UM PEDAĂO DA LUA
25/02/2010 -
MARILENE CAROLINA
MOONFIRE
English:
http://dvice.com/archives/2009/12/moon-coffee-tab.php
http://www.sybarites.org/2009/12/taschen-moonfire-lunar-rock-edition/ Uma mesinha cujo tampo imita o solo da Lua? Nada de mais. Mas ao comprĂĄ-la vocĂȘ ganha um brinde: Um pedacinho de rocha lunar. 100% inĂștil. Totalmente irresistĂvel. Pela "bagatela" de cerca de R$ 160 mil...
Mais detalhes:
http://dvice.com/archives/2009/12/moon-coffee-tab.php
http://www.sybarites.org/2009/12/taschen-moonfire-lunar-rock-edition/ Fonte: Super Interessante - Edição 275.
PAPEL DE PAREDE - PICOS ANDINOS
Os picos andinos tocam as nuvens acima do campo de gelo Norte. Agreste e sublime, essa imensidão gelada é dominada por forças tremendas - que fizeram dela uma årea em branco nos mapas. Foto de Maria Stenzel.
Confira:
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/papeis-parede-fevereiro-530160.shtml?foto=12p.
Fonte: National Geographic - Edição 119.
VIDA DE PRINCESA
A Warner Bros. recebe inscriçÔes atĂ© 1Âș de março para o concurso Dia de PenĂ©lope. A autora da frase mais criativa sobre como uma PenĂ©lope comemora o Dia da Mulher viajarĂĄ de graça ao Rio para fazer compras e visitar pontos turĂsticos, entre outras coisas. Mais informaçÔes no site http://www.soupenelopecharmosa.com.br/.
Fonte: Folha de S.Paulo - 22/02/10.
HAITI - FORA DE SINTONIA
AssociaçÔes de classes e ONGs se mobilizam por conta prĂłpria para enviar profissionais para cuidar das vĂtimas do terremoto no Haiti. MĂ©dicos, enfermeiros e tĂ©cnicos de radiologia começaram esta semana a trabalhar em Porto PrĂncipe, incorporados a equipes da ItĂĄlia e do CanadĂĄ, por exemplo. Questionado, o MinistĂ©rio da SaĂșde nada informou sobre quantos dos 1,5 mil voluntĂĄrios inscritos em seu site foram enviados ao devastado paĂs do Caribe. Entre a intenção e a prĂĄtica, a demora faz toda a diferença.
Ricardo Boechat - Fonte: Isto à - Edição 2102.
SUCESSO TEM FĂRMULA
Durante sĂ©culos, a Inglaterra dominou os mares e, dessa forma, muito mais do que os mares. Para isso tinha os melhores navios. E, para tĂȘ-los, precisava de excelentes carpinteiros navais. Com a tecnologia do ferro, os navios passaram a ter couraça metĂĄlica. ImpossĂvel manter a superioridade sem caldeireiros e mecĂąnicos competentes. Uma potĂȘncia mundial nĂŁo se viabiliza sem a potĂȘncia dos seus operĂĄrios.
A Revolução Industrial tardia da Alemanha foi alavancada pela criação do mais respeitado sistema de formação tĂ©cnica e vocacional do mundo. DaĂ enchermos a boca para falar da "engenharia alemĂŁ". Mas, no fim das contas, todos os paĂses industrializados montaram sistemas sĂłlidos e amplos de formação profissional. Para construir locomotivas, aviĂ”es, naves espaciais.
Assim como temos a OlimpĂada para comparar os atletas de diferentes paĂses, existe a OlimpĂada do Conhecimento (World Skills International). Ă iniciativa das naçÔes altamente industrializadas, que permite cotejar diversos sistemas de formação profissional. Compete-se nos ofĂcios centenĂĄrios, como tornearia e marcenaria, mas tambĂ©m em desenho de websites ou robĂłtica.
Em 1982, um paĂs novato nesses misteres se atreveu a participar dessa OlimpĂada: o Brasil, por meio do Senai. E lĂĄ viu o seu lugar, pois nĂŁo ganhou uma sĂł medalha. Mas em 1985 conseguiu chegar ao 13Âș lugar. Em 2001 saltou para o sexto. AliĂĄs, Ă© o Ășnico paĂs do Terceiro Mundo a participar, entra ano e sai ano.
Em 2007 tirou o segundo lugar. Em 2009 tirou o terceiro, competindo com 539 alunos, de sete estados, em 44 ocupaçÔes. à isso mesmo, os graduados do Senai, incluindo alunos de Alagoas, Goiås e Rio Grande do Norte, conseguiram colocar o Brasil como o segundo e o terceiro melhor do mundo em formação profissional! Não é pouca porcaria para quem, faz meio século, importava banha de porco, pentes, palitos, sapatos e manteiga! E que, praticamente, não tinha centros de formação profissional.
Deve haver um segredo para esse resultado que mais parece milagre, quando consideramos que o Brasil, no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), por pouco escapa de ser o Ășltimo. Mas nem hĂĄ milagres nem tapetĂŁo. Trata-se de uma fĂłrmula simples, composta de quatro ingredientes.
Em primeiro lugar, é necessårio ter um sistema de formação profissional håbil na organização requerida para preparar milhÔes de alunos e que disponha de instrutores competentes e capazes de ensinar em padrÔes de Primeiro Mundo. Obviamente, precisam saber fazer e saber ensinar. Diplomas não interessam (quem sabe nossa educação teria alguma lição a tirar da�).
Em segundo lugar, cumpre selecionar os melhores candidatos para a OlimpĂada. O princĂpio Ă© simples (mas a logĂstica Ă© diabolicamente complexa). Cada escola do Senai faz um concurso, para escolher os vencedores em cada profissĂŁo. Esse time participa entĂŁo de uma competição no seu estado. Por fim, os times estaduais participam de uma OlimpĂada nacional. Dali se pescam os que vĂŁo representar o Brasil. Ă a meritocracia em ação.
Em terceiro lugar, o processo nĂŁo para aĂ. O time vencedor mergulha em ĂĄrduo perĂodo de preparação, por mais de um ano. Fica inteiramente dedicado Ă s tarefas de aperfeiçoar seus conhecimentos da profissĂŁo. Ă acompanhado pelos mais destacados instrutores do Senai, em regime de tutoria individual.
Em quarto, Ă© preciso insistir, dar tempo ao tempo. Para passar do Ășltimo lugar, em 1983, para o segundo, em 2007, transcorreram 22 anos. Portanto, a persistĂȘncia Ă© essencial.
Essa quĂĄdrupla fĂłrmula garantiu o avanço progressivo do Brasil nesse certame no qual apenas cachorro grande entra. Era preciso ter um Ăłtimo sistema de centros de formação profissional. Os parĂąmetros de qualidade sĂŁo determinados pelas prĂĄticas industriais consagradas, e nĂŁo por elucubraçÔes de professores. HĂĄ que aceitar a ideia de peneirar sistematicamente, na busca dos melhores candidatos. Ă a crença na meritocracia, muito ausente no ensino acadĂȘmico. Finalmente, Ă© preciso muito esforço, muito mesmo. Para passar na frente de Alemanha e SuĂça, sĂł suando a camisa. E nĂŁo foi o ato heroico, mas a continuidade que trouxe a vitĂłria.
A fĂłrmula serve para toda competição: qualidade valorizada, seleção dos melhores, prĂĄtica obsessiva e persistĂȘncia. Quem aplicar essa receita terĂĄ os mesmos resultados.
Claudio de Moura Castro (http://www.claudiomouracastro.com.br/) - Fonte: Veja - Edição 2153.
World Skills - http://twitter.com/worldskills
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