PONTO DE VISTA VI
23/04/2007 -
FAZENDO DIREITO
PONTO DE VISTA VI
VOCĂ JĂ OBSERVOU QUE AS DIFICULDADES DA NOSSA VIDA DEPENDEM MUITO DO PONTO DE VISTA QUE VOCĂ OLHA?
OBSERVE ....
Na figura vocĂȘ consegue ver: O rosto de um tĂpico Ăndio americano...ou um esquimĂł?
Seu sucesso ou insucesso depende de como enxerga as coisas em sua vida. Pense nisso!
(Colaboração: A.M.B.)
FRASE QUE CIRCULA NA INTERNET
"Prender juĂz Ă© como pum, vocĂȘ prende, prende, prende, mas acaba soltando". Ă a famosa prisĂŁo de ventre. NĂŁi dura um dia.
José Simão - Fonte: Folha de S.Paulo - 28/04/2007.
JUDICIĂRIO, O PODER MAIS ATRASADO
A histĂłria se repete. A polĂcia prende e a Justiça solta. JuĂzes suspeitos de estarem na roubalheira descoberta pela Operação Hurricane foram soltos no fim de semana. Outros pobres diabos continuarĂŁo presos.
Um magistrado do Superior Tribunal de Justiça nem sequer foi incomodado, embora os indĂcios contra ele sejam similares aos dos demais implicados. Na injustiça brasileira, alguns vĂŁo para a cadeia. Outros pedem licença mĂ©dica -caso do citado magistrado do STJ.
O Poder JudiciĂĄrio terĂĄ certamente uma argumentação tĂ©cnica para justificar o relaxamento das prisĂ”es dos magistrados. Mas tal comportamento sĂł reforça a percepção crescente sobre a inoperĂąncia daquele que Ă© o mais hermĂ©tico dos Poderes da RepĂșblica.
Se os brasileiros tĂȘm hoje uma pĂ©ssima imagem do Congresso, Ă© porque esse Poder abriu-se como nenhum outro ao escrutĂnio popular. Suas CPIs sĂŁo transmitidas ao vivo. As vĂsceras da corrupção de alguns deputados e senadores ficam expostas Ă luz do Sol. Por extensĂŁo, o Poder Executivo tambĂ©m acaba tendo de se submeter a algum tipo de anĂĄlise pĂșblica -ainda que em menor intensidade.
No longo prazo, apĂłs um razoĂĄvel perĂodo de expiação, o Congresso e o Executivo vĂŁo se beneficiar da exposição pĂșblica. Muitos acabam se salvando nas CPIs, Ă© verdade, mas sucumbem nas urnas -como foi o caso de dezenas de congressistas sanguessugas. O sistema se autodepura. A democracia evolui.
Jå do Judiciårio pouco se sabe. Além de um comportamento quase imperial, os magistrados são econÎmicos nas suas açÔes para banir corruptos de seu meio.
Generalizar Ă© imprĂłprio, por Ăłbvio. Mas o JudiciĂĄrio corre o risco de perder o respeito da população. Seria uma contribuição desastrosa dos juĂzes para atrasar, ainda mais, o desenvolvimento do paĂs.
Fernando Rodrigues
Fonte: Folha de S.Paulo - 23/04/2007.