FALANDO DAS FAVELAS...
18/11/2013 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
IBGE - BRASIL AGLOMERADO
English:
www1.folha.uol.com.br/favelas
Censo IBGE â
http://censo2010.ibge.gov.br/
Facebook.com/IBGE-Censo-2010
Favelas só se igualam a 'asfalto' em TV e geladeira. Crescimento econÎmico não foi suficiente para eliminar abismo, mostra censo. Diferenças ainda são gritantes nos principais indicadores, como renda, ensino e condição de acesso às casas.
O crescimento mais acelerado do rendimento das classes mais baixas, o aumento do emprego e as transferĂȘncias de renda do governo aos mais pobres nos Ășltimos anos nĂŁo foram suficientes para eliminar o fosso que ainda separa os moradores de favelas dos que vivem no "asfalto", isto Ă©, fora delas.
HĂĄ ainda uma grande diferença quando se verificam indicadores como renda, educação e condiçÔes de acesso Ă s casas, mostram dados do censo do IBGE comparando os 11,4 milhĂ”es de pessoas que vivem em favelas brasileiras --população semelhante Ă de paĂses como GrĂ©cia e Portugal-- com o restante dos habitantes do paĂs.
Mas os dois universos se aproximam bastante quando a pesquisa se volta para alguns Ăndices de consumo, como a posse de aparelhos de TV e geladeira, por exemplo.
Nesses dois itens, a diferença praticamente inexiste: 98% dos moradores de favelas e das demais ĂĄreas da cidade tĂȘm TV; 95% daqueles que vivem nessas comunidades possuem refrigeradores, contra 98% no restante da cidade.
Mas as semelhantes param por aĂ. Quase metade (48%) dos lares fora das favelas tem computador ligado Ă internet.
Dentro das comunidades, sĂŁo apenas 20,2%.
No caso da presença de måquina de lavar, a diferença era 66,7%, contra 41,4%, respectivamente.
Apesar da maior inclusão de crianças na escola desde os anos 1990, a educação é ainda o maior abismo: enquanto 14,7% da população de outras åreas concluiu uma faculdade, esse percentual é de apenas 1,6% nas favelas.
Os dados sĂŁo do censo de 2010 e parte deles jĂĄ havia sido divulgada. Mas agora o IBGE os utilizou para fazer novos recortes socioeconĂŽmicos.
PROCESSO HISTĂRICO
Segundo Maria AmĂ©lia Villanova, tĂ©cnica do IBGE, a ocupação de favelas Ă© um processo histĂłrico no paĂs e se deu de modo diferente nas diversas regiĂ”es brasileiras, mas sempre foi caracterizada pela presença de população mais pobre --muitas vezes migrante.
As caracterĂsticas desse modelo, explica ela, sĂŁo moradias com acesso mais difĂcil, sem infraestrutura adequada e, em geral, sem que seus moradores tenham posse regular do terreno ou imĂłvel.
Rute Imanishi, pesquisadora do Ipea especializada no tema, afirma que "a opção de morar nas favelas foi a que restou" Ă s famĂlias mais pobres que queriam ter acesso a serviços pĂșblicos melhores (saĂșde e educação em especial) e morar mais perto do trabalho.
"à muito caro morar em cidades como Rio e São Paulo. A alternativa barata seria viver muito mais longe, em cidades nas franjas' dessas regiÔes metropolitanas, muito afastadas e com serviços até mais precårios do que nas favelas.''
A disparidade de renda entre os moradores de favelas e dos que estĂŁo fora delas dĂĄ um panorama dessa realidade.
Quase um terço das famĂlias das favelas (31,6%) tĂȘm renda inferior a meio salĂĄrio mĂnimo por pessoa (R$ 339, em valores atuais). Nas demais localidades, o percentual Ă© bem menor: 13,8%.
Nas favelas, a informalidade também é mais elevada, atingindo 27,8% dos moradores. O percentual fica restrito a 20,5% de ocupados sem carteira assinada fora dessas åreas degradadas.
MORADIA DE RISCO
Em todo o paĂs, a maior parte das favelas estĂĄ em ĂĄrea plana (52,5%), embora 19,7% das comunidades se situem em encostas bastante inclinadas --situação que em quase toda a temporada de chuvas de verĂŁo se traduz em deslizamentos de casas e mortes.
Dos domicĂlios em favelas, 12,5% estĂŁo Ă s margens de rios e cĂłrregos e 72,6% dos domicĂlios em favelas nĂŁo tĂȘm espaçamento entre si, formando um grande bloco de casas ou de pequenos edifĂcios.
Villanova, do IBGE, diz que esses dados mostram que viver em favelas representa um risco adicional tanto do ponto de vista da saĂșde como de desastres. "O menor saneamento e mĂĄ circulação de ar levam Ă insalubridade."
Pedro Soares â Fonte: Folha de S.Paulo â 07/11/13.
Censo IBGE â
http://censo2010.ibge.gov.br/
Facebook.com/IBGE-Censo-2010
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
ORIGEM DA EXPRESSĂO: DA PĂ VIRADA
O termo pode ter muitos significados. Atualmente, Ă© usado principalmente para qualificar uma pessoa travessa, agitada, inquieta. Mas quando surgiu, no sĂ©culo 19, designava indivĂduos vadios, desocupados. A expressĂŁo alude a uma pĂĄ de pedreiro virada, voltada para o solo. O instrumento nessa posição se torna inĂștil, sem serventia alguma.
Fonte: Almanaque Brasil â Ano 15 â NĂșmero 175 â Novembro 2013.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php