UMA NOVA FILOSOFIA
12/02/2009 -
MARILENE CAROLINA
PERMACULTURA
English:
http://www.permaculture.org/nm/index.php/site/index/
http://www.permaculture.org.uk/
Um movimento silencioso estĂĄ em curso no paĂs e Ă© formado por pessoas que buscam uma vida sustentĂĄvel, que tenha na integração com a natureza a base para a alimentação, moradia e subsistĂȘncia. A Permacultura propĂ”e uma nova forma de habitar o mundo. Tecnologias simples podem promover a sonhada sustentabilidade.
Enquanto cientistas e polĂticos discutem alternativas para o aquecimento global, algumas pessoas decidiram nĂŁo esperar pelos protocolos internacionais e estĂŁo mudando o prĂłprio modo de vida de forma a impactar o mĂnimo possĂvel as condiçÔes ambientais.
O nome dado a essa filosofia é permacultura, uma derivação do conceito de agricultura permanente, desenvolvido no começo dos anos 70 por Bill Mollison e David Holmgren, numa Austrålia em que a agricultura convencional estava combalida, com perdas de recursos naturais.
A permacultura vai alĂ©m e planeja toda ação humana, seja a construção de uma casa, o uso da ĂĄgua ou a destinação do lixo. Alimentação, habitação e energia devem ser providos de forma sustentĂĄvel, provocando o mĂnimo impacto ambiental. A proposta Ă© colocada em prĂĄtica atravĂ©s de tecnologias que podem estar ao alcance de muitos, embora nĂŁo de todos. Alguns exemplos: os restos de alimentos que iriam para o lixo vĂŁo para uma composteira, que irĂĄ produzir adubo, que Ă© colocado na horta, que volta para a mesa. Simples assim.
A arquitetura das casas é pensada de forma a proporcionar o måximo de luz natural e a energia elétrica é provida também pelo sol, em painéis fotovoltaicos e de energia solar. No lugar de tijolos e cimento - que consomem energia para sua produção -, adobe, bambu e terra.
PrincĂpios
Energia - à obtida por tecnologia solar através de painéis fotovoltåicos ou solar
Ăgua - Sistemas de captação e tratamento de ĂĄgua
Lixo - Sistema de reciclagem e tratamento do lixo
Arquitetura - Construção utiliza os recursos naturais
Agricultura orgùnica - Adubação é feita com estercos animais
Navegue
Ipema - http://www.ipemabrasil.org.br/
Ecovilas - http://www.ecovilas.ecocentro.org/
Ipec - http://www.ecocentro.org/inicio.do
Rede Permear - http://www.permear.org.br/
Ipa - http://www.ipapermacultura.org/
Ipers - http://permacultura-rs.org.br/newsite/modules/news/
O Lixo - http://www.lixo.com.br/
Andréa Castello Branco - Fonte: O Tempo - 08/02/09.
GĂNIO DA PINTURA
Vå até http://www.vangoghgallery.com/ e conheça um pouco do trabalho do pinto Van Gogh.
Fonte: O Tempo - 12/02/09.
AMĂRICA LATINA: DIVERSIDADE ARTĂSTICA
Mostra "Latitudes" reĂșne 39 pintores latino-americanos no Instituto Tomie Ohtake em SĂŁo Paulo.
A exposição inclui ainda nomes como Frida Kahlo e os brasileiros IberĂȘ Camargo e Arcangelo Ianelli e reĂșne uma coleção de obras vindas da Argentina, Brasil, ColĂŽmbia, Cuba, Chile, Equador, MĂ©xico, NicarĂĄgua, Uruguai e Venezuela.
Com a curadoria de Rosa MarĂa RodrĂguez Garza, a exposição tem como objetivo nĂŁo apenas representar a diversidade artĂstica da AmĂ©rica Latina e Caribe, mas tambĂ©m algumas caracterĂsticas comuns, como a influĂȘncia do cubismo e a incorporação do surrealismo.
A exposição sobre a arte da América Latina fica em cartaz até o dia cinco de abril de 2009, e a entrada é franca.
Fonte: O Tempo - 12/02/09.
Instituto Tomie Ohtake - http://www.institutotomieohtake.org.br/programacao/exposicoes/latitude/latitude.html
BARDO MAIOR - SHAKESPEARE
A obra completa de William Shakespeare vocĂȘ encontra em http://shakespeare.mit.edu/.
Fonte: O Tempo - 13/02/09.
ESTĂGIOS EM QUEDA
O nĂșmero de estagiĂĄrios no Brasil caiu de 1,1 milhĂŁo para 900 mil, segundo a Associação Brasileira de EstĂĄgios (Abres). Levantamento da entidade aponta que houve uma queda de 200 mil postos oferecidos em relação a setembro de 2008 -uma diminuição de 18%.
O recuo coincide com a entrada em vigor da lei nÂș 11.788. A norma tinha o objetivo de coibir abusos por parte de empresas e evitar a precarização do trabalho. AlĂ©m disso, visava garantir o carĂĄter pedagĂłgico desse trabalho, mediante acompanhamento estrito por parte de instituiçÔes de ensino e das empresas.
A regra limitou o nĂșmero de horas que os estagiĂĄrios podem permanecer na empresa, estabeleceu seguro de vida e fĂ©rias obrigatĂłrias. TambĂ©m determinou a concessĂŁo de bolsa-auxĂlio e vale-transporte em alguns casos.
Os maiores atingidos foram os alunos do ensino mĂ©dio. Nessa faixa, a queda Ă© estimada pela Abres em 46%. Atualmente apenas 28% dos estagiĂĄrios sĂŁo alunos do ensino mĂ©dio -250 mil, contra 650 mil do nĂvel superior.
A crise econĂŽmica concorreu para o abatimento. Mas o fator preponderante Ă© o nĂvel de desembolso que a lei impĂ”e Ă empresa. O custo de manter um estagiĂĄrio ficou mais prĂłximo do de contratar um funcionĂĄrio regular, o que desestimula a oferta de vagas para aprendizado.
à lamentåvel que os estudantes de ensino médio sejam mais atingidos. Desde a década de 1990, a educação profissional foi na pråtica transferida ao ensino superior, fechando portas de entrada ao mercado de trabalho para uma parcela importante de jovens que não cursarão faculdade.
A fatia de estagiårios no total de estudantes matriculados no ensino médio é inferior a 3%. Tamanha desproporção deveria levar autoridades e congressistas a mudar a lei -que deveria facilitar, e não dificultar, a obtenção de estågio pelos jovens.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/02/09.
ARIANO SUASSUNA DETONA O "FORRĂ DE PLĂSTICO"
O escritor Ariano Suassuna em uma matĂ©ria publicada num jornal sobre o chamado forrĂł estilizado, que estĂĄ lotando casas de show e praças pĂșblicas, principalmente nas cidades interioranas do Nordeste, ficou escandalizado ao ouvir algumas das mĂșsicas de vĂĄrias bandas que seguem essa linha grotesca, do achincalhe e da desmoralização Ă mulher.
As suas consideraçÔes renderam crĂticas e durante uma das suas aulas-espetĂĄculo, ano passado, ele foi bastante criticado, por ter 'malhado' uma mĂșsica da banda Calipso, apontada de mau gosto. Quando mostraram a Ariano algumas letras das bandas desse tipo de 'forrĂł', ele exclamou: 'Eita, que Ă© pior do que eu pensava' . Do que ele pensava e do que muito mais gente jamais imaginou.
Para conhecer algumas letras e as respectivas bandas, Ariano foi na fonte e lĂĄ se deparou com 'Calcinha no chĂŁo' (Banda Caviar com Rapadura),'ZĂ© Priquito' (Cantor Duquinha), 'Fiel Ă putaria' (Banda de FelipĂŁo ForrĂł Moral), 'Chefe do puteiro' (Banda AviĂ”es do forrĂł), 'Mulher roleira' (Banda Saia Rodada), 'Mulher roleira a resposta' (Banda ForrĂł Real). Encontrou tambĂ©m 'Chico Rola' (Banda Bonde do ForrĂł), 'Banho de lĂngua' (Banda SolteirĂ”es do ForrĂł), 'Vou dĂĄ-lhe de cano de ferro' (Banda ForrĂł Chacal), 'Dinheiro na mĂŁo, calcinha no chĂŁo' (Banda Saia Rodada), 'Sou viciado em putaria' (Banda Ferro na Boneca), 'Abre as pernas e dĂȘ uma sentadinha' (Banda GaviĂ”es do forrĂł), 'Tapa na cara, puxĂŁo no cabelo' (Banda Swing do forrĂł) entre tantas 'pĂ©rolas' desta artilharia que anda povoando a mentes de quem, parece nĂŁo pensa, desconhece a boa mĂșsica brasileira.
Diante de todas essas possibilidades, Ariano Suassuna disse que toda essa esculhambação tem uma origem. Veja o que escreveu o mestre: 'O culpado desta 'desculhambação' nĂŁo Ă© culpa exatamente das bandas ou dos empresĂĄrios que as financiam, jĂĄ que na grande parte delas, cantores, mĂșsicos e bailarinos sĂŁo meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco Ă© mais embaixo. '
Faço um paralelo com o turbo folk, um subgĂȘnero musical que surgiu na antiga IugoslĂĄvia, quando o paĂs estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras Ă©tnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com mĂșsica regional sĂ©rvia e oriental. As estrelas do turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forrĂł', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde.
Numa entrevista ao jornal inglĂȘs The Guardian, o diretor do Centro de Estudos Alternativos de Belgrado, Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma mĂșsica que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estĂ©tico. Pior, o glamour, a facilidade estĂ©tica, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos polĂticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela mĂĄfia, que, por sua vez, dominava o governo.
Aqui o que se autodenomina 'forrĂł estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forrĂł autĂȘntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenĂŽmeno lamentĂĄvel e merecedor de maior atenção.
Quando um vocalista de uma banda de mĂșsica popular, em plena praça pĂșblica, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platĂ©ia?', alguma coisa estĂĄ fora de ordem.
Quando canta uma canção (canção ?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrĂŁo Ă© ' E vou dĂĄ-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa estĂĄ muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça Ă© feita por tal tipo de mĂșsica Ă© a que vai tomar as rĂ©deas do poder daqui a alguns poucos anos, nĂŁo precisa dizer mais nada.
A minha opiniĂŁo comunga com a do mestre e de tanta gente que gosta da boa mĂșsica brasileira. O que percebo Ă© que essas 'mĂșsicas' incentivam e estimulam a violĂȘncia; tornam as relaçÔes banais e fazem acreditar que a porrada e a falta de respeito entre as pessoas estĂŁo 'na crista da onda'. Neste sentido, a vida perde toda a sua essĂȘncia. O que nos move Ă© o princĂpio do prazer.
Fonte: Bahia JĂĄ - 30 Out 08 (http://www.bahiaja.com.br/artigos_texto.php?idArtigo=256).
(Colaboração: Elna - Florianópolis)
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