PENSANDO EM 2009
25/12/2008 -
PENSE!
FOTO PRĂMIO UNICEF 2008
English:
http://www.unicef.de/foto/2008/english/index_engl_2008.htm
Foto tirada na capital do Haiti, bairro pobre de Porto PrĂncipe, pela fotĂłgrafa belga Alice Smeets de 21 anos, em julho de 2007, ganhou o prĂȘmio como a melhor foto do ano pelo Unicef (Fundo das NaçÔes Unidas para a InfĂąncia), entre 1.450 fotos.
Fonte: O Tempo/Folha de S.Paulo - 19/12/08.
Unicef -
http://www.unicef.org.br/
http://www.unicef.org/
CATAS ALTAS
Indo a Catas Altas da Noruega, um lugar que vale a pena conhecer Ă© o museu e arquivo histĂłrico da cidade, que leva o nome de Memorial Padre Luiz Gonzaga Pinheiro. A instituição, inaugurada em 1999, fica em um casarĂŁo centenĂĄrio. AtĂ© dia 5 de janeiro, o museu recebe a exposição "O Natal em Manuel Bandeira e CĂąndido Portinari". Elaborada pela SuperintendĂȘncia de Bibliotecas PĂșblicas de Minas Gerais, a mostra reĂșne banners com ilustraçÔes e poemas de Natal e pode ser visitada das 10h30 Ă s 16h.
Ălder Martinho - Fonte: O Tempo - 26/12/08.
Catas Altas da Noruega - http://www.descubraminas.com.br/DestinosTuristicos/hpg_municipio.asp?id_municipio=624
Memorial Padre Luiz Gonzaga Pinheiro - http://www.catasaltas.hpg.ig.com.br/curiosidades/memorial.htm
ARTIGOS - ADM. MARIZETE FURBINO
De mĂŁos dadas.
Por Adm. Marizete Furbino
âLiderança Ă© uma escolha que se faz, nĂŁo um lugar em que se senta" (John C. Maxwell, consultor americano).
Em pleno sĂ©culo XXI vĂȘ-se de maneira urgente e emergente que temos de ser, alĂ©m de gerente, um grande lĂder; caso contrĂĄrio, estaremos fadados nĂŁo apenas ao fracasso, mas tambĂ©m a sucumbirmos no mercado em que atuamos.
Enquanto lĂder, o gerente, alĂ©m de se preocupar em demasia com todos os recursos humanos envolvidos no processo organizacional, procurando investir, manter e reter os talentos dentro da organização, ele possui tambĂ©m a preocupação incansĂĄvel em incentivar toda a equipe de trabalho, fazendo destes um verdadeiro time, e assim, alcançar resultados mais do que esperados.
Enquanto gerente, o lĂder se preocupa em descentralizar açÔes, realizando um trabalho em equipe, de forma a somar talentos, habilidades e conhecimentos, colocando de forma clara as atribuiçÔes para cada um dentro da organização, deixando de maneira transparente o que se espera de cada profissional. AlĂ©m disso, realiza o planejamento de forma conjunta, atuando de forma a atender Ă satisfação de seus clientes, estipulando prazos para cumprimentos de tarefas, e assim, buscando alcançar a eficiĂȘncia e eficĂĄcia.
Enquanto lĂder, o gerente entende bastante de gente, sabe como ninguĂ©m lidar com o ser humano, procurando nĂŁo somente conhecer os seus anseios e reais necessidades, mas procurando atendĂȘ-los, pois tem consciĂȘncia que profissional satisfeito Ă© sinĂŽnimo de produtividade.
Enquanto gerente, o lĂder busca controlar, assegurando a compreensĂŁo e monitorando as açÔes realizadas, detectando falhas em tempo hĂĄbil e corrigindo-as, demonstrando indignação diante de um erro e/ou falha, mas tambĂ©m vibrando com seus colaboradores a cada conquista.
Enquanto lĂder o gerente sabe, alĂ©m de ouvir, dialogar e respeitar seus colaboradores, pois sabe que cada ser humano da organização tem algo a contribuir, uma vez que sĂŁo seres dotados de inteligĂȘncia, conhecimentos, habilidades e talentos. Nesse viĂ©s, alĂ©m de valorizar todos dentro da organização, energiza-os com muita paixĂŁo. AtravĂ©s do carisma que possui, envolve de certa forma todos no trabalho, fazendo com que seus colaboradores se entreguem de âcorpo e almaâ ao que se propĂ”em a fazer, e com muito gosto.
Enquanto gerente, o lĂder preocupa com a qualidade da prestação de serviço e/ou fabricação do produto, Ă s vezes impĂ”e suas idĂ©ias e opiniĂ”es, esquecendo-se que estĂĄ cercado de pessoas que podem colaborar e muito com a organização, se estas tiverem vez e voz.
Ainda, Ă© importante notar que um grande lĂder Ă© um gerente orientado para resultados. Os lĂderes sĂŁo profissionais que, alĂ©m de aguçar a vontade de toda equipe em trabalhar mais, melhor e com gosto, incentiva-os sempre, desenvolvendo a difĂcil arte de trabalhar em equipe. Entre seus necessĂĄrios talentos, sabe ouvir seus colaboradores, possuindo muita facilidade em se relacionar e inspirado sempre na confiança se apĂłia nas pessoas envolvidas no processo, procurando atuar inovando sempre, tomando sempre a decisĂŁo mais acertada, contribuindo assim para o desenvolvimento e crescimento da organização em que atua.
Ressalta-se que o lĂder, alĂ©m de possuir um forte equilĂbrio emocional, exerce sua função com muita humildade e sabedoria, sabendo reconhecer seus erros, driblar as crises e conflitos que porventura poderĂŁo surgir, lidando muito bem com as pressĂ”es, procurando transformĂĄ-las em desafios, e como resultado obtendo grandes conquistas.
Ă pacĂfico dizer que, sendo um profissional prĂł-ativo, o lĂder muitas vezes quebra regras e se antecipa aos problemas, sendo flexĂvel e adaptando Ă s mudanças, trilhando um novo caminho. Ă com essa sutil tĂĄtica que reinventa uma nova forma de caminhar, pois Ă© um profissional que se encontra sempre obcecado pelas transformaçÔes, procurando sempre olhar para alĂ©m do plano jĂĄ traçado com o objetivo de fazer acontecer. Em sĂntese, Ă© atravĂ©s dessa visĂŁo futurista que enxerga o que o outro ainda nĂŁo viu, âabocanhandoâ assim, as grandes oportunidades de mercado.
NĂŁo se pode olvidar que o lĂder preocupa-se muito com a Ă©tica e com a moral, zelando entĂŁo pelo seu comportamento, tendo um autocontrole invejĂĄvel, sendo sempre gentil e extremamente transparente em suas açÔes, pois quando comunica, expĂ”e de fato o que realmente sente, expĂ”e sua alma, o seu coração. Ă admirĂĄvel verificar que suas açÔes refletem sempre a sinceridade do momento.
Pautados em trĂȘs pilares â inteligĂȘncia, conhecimento e criatividade â o gerente atua na organização canalizando esforço em prol da produtividade, agindo com maestria. JĂĄ para o lĂder existem trĂȘs pilares que o sustentam e que sĂŁo: visĂŁo, valores e comportamentos, e Ă© exatamente esta trĂade que o conduz habitualmente ao sucesso.
Por fim e diante todo o exposto, conclui-se que liderar e gerenciar predispĂ”e a papĂ©is diferentes, porĂ©m complementares. Um gerente nĂŁo sobrevive hoje sem ser um grande lĂder e vice-versa. Assim, torna-se essencial que gerentes se preocupem em desenvolver capacidades que os tornem grandes lĂderes, pois a liderança estĂĄ intimamente ligada a comportamento interpessoal, e a boa notĂcia Ă© que se pode aprender, bastando querer ser.
07/07/2008 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. à Administradora, Consultora e Professora Universitåria UNIPAC- Vale do Aço.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br.
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade do texto, mencionando a autora e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br
REFLEXĂES DE FIM DE ANO
NinguĂ©m ainda conseguiu decifrar completamente o porquĂȘ todos sĂŁo levados a penetrar num mundo de reflexĂ”es a cada aproximação dos Ășltimos dias do ano que vai findar. Se na prosaica mudança de um para outro perĂodo do calendĂĄrio gregoriano, as pessoas sĂŁo levadas a encasularem-se em si mesmas em busca de respostas para a maioria das questĂ”es que as afligem, fĂĄcil serĂĄ imaginar o quanto elas penetraram profundamente em suas reflexĂ”es na vigĂlia do Natal e em meio ao pipocar de rojĂ”es e das girĂąndolas coloridas iluminando a noite e do borbulhar dos vinhos e champanhes nas saudaçÔes do novo ano. Isso sem falar naqueles que, repetidamente, preferem o silĂȘncio dos retiros ou se curvam respeitosos diante das imagens das catedrais, igrejas e campanĂĄrios com o Ășnico propĂłsito de elevarem seu espĂrito. Os favorĂĄveis ao burburinho das ruas para a confraternização anĂŽnima, trocando saudaçÔes e sorrisos com desconhecidos, de alma leve e coração aberto envoltos na vestimenta imaculadamente branca, produzirĂŁo interessante fenĂŽmeno de comunicação global ao proferirem o novo nome da paz chamando-a de esperança. Quem permanecer ligado aos meios de comunicação perceberĂĄ na totalidade dos entrevistados, indagados sobre a mensagem que enviariam aos semelhantes e o seu mais ardente desejo, responderem a uma sĂł voz, certamente subjugados ante o mistĂ©rio do menino nascido na manjedoura: a paz. Nesta Ă©poca do ano, parecem todos movidos pelo desejo de pronunciar a palavra sem artificialismo, brotada do fundo da consciĂȘncia, reflexo de um desejo incontido e dominador. Mesmo aquelas pessoas articulando pensamentos leves tĂȘm sempre a palavra paz como fecho de seu principal anelo. O cientista social hĂĄ de vislumbrar no fenĂŽmeno uma reação quase instintiva Ă disseminação da violĂȘncia nas ruas, ao medo que começa a dominar os habitantes das grandes metrĂłpoles submetidas ao impĂ©rio do crime organizado, assustados com a falĂȘncia da autoridade. Os observadores polĂticos hĂŁo de retirar do episĂłdio conclusĂ”es sobre a crescente demanda da população por nĂveis de qualidade de vida superior, de certa forma representando a superação de dificuldades massacrantes para as pessoas simples. A paz hĂĄ de vir como conseqĂŒĂȘncia de uma nova ordem de coisas, novas necessidades econĂŽmicas, uma ciĂȘncia nova. Apesar dos Ăłbices colocados pela ambição de mando e a busca desesperada pela acumulação de riquezas, ela imporĂĄ aos homens um estado de serenidade e sublimação, pela mesma forma que, no passado, suas prĂłprias condiçÔes de vida e a pobreza os colocavam e os mantinham em permanente estado de beligerĂąncia. Nada mais simples do que retirar da cena do Cristo no berço pobre de NazarĂ© as inspiraçÔes para que todos possam se conduzir segundo os ensinamentos por ele deixados para a eternidade. Quando, em unĂssono, todos falam em paz e formulam votos de felicidades aos semelhantes com verdadeira sinceridade de propĂłsitos, nĂŁo Ă© lĂcito supor estejam pecando contra a virtude pela falsidade das intençÔes. A esperança abrasa os coraçÔes e a mente dos homens na caminhada indesviĂĄvel para o futuro. Este nĂŁo Ă© uma fatalidade cega, estĂĄ disponĂvel Ă determinação dos homens de fazĂȘ-lo Ă sua imagem e semelhança.
Murilo BadarĂł - Fonte: O Tempo - 27/12/08.
QUE DEUS Ă ESSE?
Boa parte das naçÔes e dos homens celebrou, nesta semana, o nascimento do Cristo, e uma vez mais nos perguntamos, e o faremos eternidade afora: qual Ă© o lugar de Deus num mundo de iniqĂŒidades? AtĂ© quando hĂĄ de permitir tamanha luta entre o Bem e o Mal? AtĂ© Ele fechou os olhos diante das vĂtimas do nazismo em Auschwitz, dos soviĂ©ticos que pereceram no Gulag, da fome dizimando milhĂ”es depois da revolução chinesa? E hoje, "Senhor Deus dos Desgraçados" (como O chamou o poeta Castro Alves)? Darfur, a Ăfrica Subsaariana, o Oriente MĂ©dio... EntĂŁo nĂŁo vĂȘ o triunfo do horror, da morte e da fĂșria? Por que um Deus inerme, se Ă© mesmo Deus, diante das "espectrais procissĂ”es de braços estendidos", como escreveu Carlos Drummond de Andrade? Que Deus Ă© este, olĂmpico tambĂ©m diante dos indivĂduos? Olhemos a tristeza dos becos escuros e sujos do mundo, onde um homem acaba de fechar os olhos pela Ășltima vez, levando estampada na retina a imagem de seu sonho â pequenino e, ainda assim, frustrado...
AtĂ© quando haveremos de honrĂĄ-Lo com nossa dor, com nossas chagas, com nosso sofrimento? AtĂ© quando pessoas miserĂĄveis, anĂŽnimas, rejeitadas atĂ© pela morte, murcharĂŁo aos poucos na sua insignificĂąncia, fazendo o inventĂĄrio de suas pequenas solidĂ”es, colecionando tudo o que nĂŁo tĂȘm â e o que Ă© pior: nem se revoltam? Se Ele realmente nos criou, por que nos fez essa coisa tĂŁo lastimĂĄvel como espĂ©cie e como espĂ©cimes? Se ao menos tirasse de nosso coração os anseios, os desejos, para que aprendĂȘssemos a ser pedra, a ser ĂĄrvore, a ser bicho entre bichos... Mas nem isso. Somos uns macacos pelados, plenos de fĂșrias e delicadezas (e estas nos doem mais do que aquelas), a vagar com a cruz nos ombros e a memĂłria em carne viva. Se a nossa alma Ă© mesmo imortal, por que lamentamos tanto a morte, como observou o latino LucrĂ©cio (sĂ©c. I a.C.)? Se hĂĄ um Deus, por que Ele nĂŁo nos dĂĄ tudo aquilo que um mundo sem Deus nos sonega?
Evito, leitor, tratar aqui do mistĂ©rio da fĂ©, que poderia, sim, responder a algumas perplexidades. O que me interessa neste texto Ă© a mensagem do Cristo como uma Ă©tica entre pessoas, povos e atĂ© religiĂ”es. NĂŁo pretendo, com isso, solapar a dimensĂŁo mĂstica do Salvador, mas dar relevo a sua dimensĂŁo humana. O cristianismo Ă© o inequĂvoco fundador do humanismo moderno porque Ă© o criador do homem universal, de quem nada se exigia de prĂ©vio para reivindicar a condição de filho de Deus e irmĂŁo dos demais homens. Ă o fundamento religioso do que, no mundo laico, Ă© o princĂpio da democracia contemporĂąnea. NĂŁo por acaso, a chamada "civilização ocidental" Ă© entendida, nos seus valores essenciais, como "democrĂĄtica" e "cristĂŁ". Isso tudo Ă© histĂłria, nĂŁo gosto ou crença.
Falo das iniqĂŒidades porque Ă© com elas que se costuma contrastar a eventual existĂȘncia de uma ordem divina. Segundo essa perspectiva, se o Mal subsiste, entĂŁo nĂŁo pode haver um Deus, que sĂł seria compatĂvel com o Bem perpĂ©tuo. Ocorre que isso tiraria dos nossos ombros o peso das escolhas, a responsabilidade do discernimento, a necessidade de uma Ă©tica. Nesse caso, o homem sĂł seria viĂĄvel se isolado no ParaĂso, imerso numa natureza necessariamente benfazeja e generosa. O cristianismo â assim como as demais religiĂ”es (e tambĂ©m a ciĂȘncia) â existe Ă© no mundo das imperfeiçÔes, no mundo dos homens. Contestar a existĂȘncia de Deus segundo esses termos corresponde a acenar para uma felicidade perpĂ©tua sĂł possĂvel num tempo mĂtico. E as religiĂ”es sĂŁo histĂłrias encarnadas, humanas.
Em Auschwitz, no Gulag ou em Darfur, vĂȘ-se, sem dĂșvida, a dimensĂŁo trĂĄgica da liberdade: a escolha do Mal. E isso quer dizer, sim, a renĂșncia a Deus. Mas tambĂ©m se assiste Ă dramĂĄtica renĂșncia ao homem. Esperavam talvez que se dissesse aqui que o Mal Absoluto decorre da deposição da Cruz em favor de alguma outra crença ou convicção. A piedade cristĂŁ certamente se ausentou de todos esses palcos da barbĂĄrie. Mas, com ela, entrou em falĂȘncia a RazĂŁo, humana e salvadora.
FĂ© e RazĂŁo sĂŁo categorias opostas, mas nasceram ao mesmo tempo e de um mesmo esforço: entender o mundo, estabelecendo uma hierarquia de valores que possa ser por todos interiorizada. As cenas das mulheres de Darfur fugindo com suas crianças, empurradas pela barbĂĄrie, remetem, Ă© inevitĂĄvel, Ă fuga de Maria e do Menino Jesus para o Egito, retratada por Caravaggio (1571-1610) na imagem que ilustra este texto â o carpinteiro JosĂ© segura a partitura para o anjo. As representaçÔes dessa passagem, pouco importam pintor ou escola, nunca sĂŁo tristes (esta vem atĂ© com mĂșsica), ainda que se conheça o desfecho da histĂłria. Ă o cuidado materno, sĂmbolo praticamente universal do amor de salvação, sobrepondo-se Ă violĂȘncia irracional que o persegue.
Nazismo, comunismo, tribalismos contemporĂąneos tornados ideologias... SĂŁo movimentos, cada um praticando o horror a seu prĂłprio modo, que destruĂram e que destroem, sem dĂșvida, a autoridade divina. Mas nenhum deles triunfou sem a destruição, tambĂ©m, da autoridade humana, subvertendo os valores da RazĂŁo (afinal, acreditamos que ela busca o Bem) e, para os cristĂŁos, a santidade da vida. Todas as irrupçÔes revolucionĂĄrias destruĂram os valores que as animaram, como Saturno engolindo os prĂłprios filhos. O progresso estĂĄ com os que conservam o mundo, reformando-o.
Pedem-me que prove que um mundo com Deus Ă© melhor do que um mundo sem Deus? Se nos pedissem, observou Chesterton (1874-1936), pensador catĂłlico inglĂȘs, para provar que a civilização Ă© melhor do que a selvageria, olharĂamos ao redor um tanto desesperados e conseguirĂamos, no mĂĄximo, ser estupidamente parciais e reducionistas: "Ah, na civilização, hĂĄ livros, estantes, computador..." Querem ver? "Prove, articulista, que o estado de direito, que segue os ritos processuais, Ă© mais justo do que os tribunais populares." E haveria uma grande chance de a civilização do estado de direito parecer mais ineficiente, mais fraca, do que a barbĂĄrie do tribunal popular. HĂĄ casos em que Ă© mais fĂĄcil exibir cabeças do que provas. A convicção plena, Ă s vezes, Ă© um tanto desamparada.
Este artigo nĂŁo trata do mistĂ©rio da fĂ©, mas da força da esperança, que Ă© o cerne da mensagem cristĂŁ, como queria o apĂłstolo Paulo: "Ă na esperança que somos salvos". O que ganha quem se esforça para roubĂĄ-la do homem, fale em nome da RazĂŁo, da Natureza ou de algum outro Ente maiĂșsculo qualquer? E trato da esperança nos dois sentidos possĂveis da palavra: o que tenta despertar os homens para a fraternidade universal, com todas as suas implicaçÔes morais, e o que acena para a vida eterna. O ladrĂŁo de esperanças nĂŁo leva nada que lhe seja Ăștil e ainda nos torna mais pobres de anseios.
O cristianismo jå foi acusado de morbidamente triste, avesso à felicidade e ao prazer de viver, e também de ópio das massas, cobrindo a realidade com o véu de uma fantasia conformista, que as impedia de ver a verdade. Ao pregar o perdão, dizem, é filosofia da tibieza; ao reafirmar a autoridade divina, acusam, é autoritårio. Pouco afeito à subversão da autoridade humana, apontam seu servilismo; ao acenar com o reino de Deus, sua ambição desmedida. Em meio a tantos opostos, subsiste como uma promessa, mas também como disciplina vivida, que não foge à luta.
Precisamos do Cristo nĂŁo porque os homens se esquecem de ter fĂ©, mas porque, com freqĂŒĂȘncia, eles abandonam a RazĂŁo e cedem ao horror. Sem essa certeza, Darfur â a guerra do forte contra o indefeso, da criança contra o fuzil, do bruto contra a mulher â, uma tragĂ©dia que o mundo ignora, seria ainda mais insuportĂĄvel.
Reinaldo Azevedo - Fonte: Veja - Edição 2092.
SE EU ME CANSAR
Grande mensagem para profunda reflexĂŁo.
Ela nos faz lembrar a cĂ©lebre frase de ConfĂșcio, o famoso pensador chinĂȘs:
" Eu que me queixava de não ter sapatos, encontrei um mendigo que não tinha pés ".
Com votos de FELIZ ANO NOVO com muito amor, paz,saĂșde,alegria e prosperidade.
Para todos. Beijos com saudades.
http://www.slideshare.net/anara2007/se-um-dia-me-cansar-presentation
(Colaboração: Elna - Floripa)
VĂDEO PARA QUEM AINDA RECLAMA DA VIDA
...chegou o fim de 2008... e como sempre, recebemos vĂĄrios emails com mensagens de Natal e Ano Novo... hoje recebi uma especialmente diferente... com uma proposta simples para termos uma vida melhor... repasso a vocĂȘs esta mensagem e junto o meu abraço de agradecimento pelos dias, emails e telefonemas que passamos neste ano!!!!
âMeus amigos,
Estamos na melhor Ă©poca para refletir sobre o que fizemos e o que ainda pode ser feito. Fazer uma reflexĂŁo sobre o tempo que temos e que podemos fazer de bom e sermos diferentes, fazer diferença na vida de alguĂ©m por exemplo.Ă claro que no Natal tudo parece muito piegas, pois Ă© nestas horas que vemos todas as pessoas desejando mudança...mas na verdade quantas realmente mudam ? Falam tantas coisas bacanas, em ser solidĂĄrio, em ajudar o prĂłximo, enfim este discurso que todo mundo jĂĄ conhece e realmente Ă© difĂcil mudar. Mas vimos muitas coisas amargas acontecerem, com pessoas que conhecemos e com pessoas que nunca cruzarĂŁo nossos caminhos, mas no fundo todo mundo quer a mesma coisa,SER FELIZ, TER PAZ DE ESPĂRITO. Minha sugestĂŁo Ă© muito simples... vamos tentar viver bem, de bem com todos, ajudar o outro de acordo com nossas possibilidades. por mais clichĂȘ que pareça, viver bem nĂŁo depende de mais ninguĂ©m a nĂŁo ser de cada um de nĂłs individualmente, se todo mundo pensasse nos mandamentos que Deus nos deixou, entenderia que somente dois jĂĄ resolveria bem nossa situação: AMAR DEUS SOBRE TODAS AS COISAS E AMAR AO PRĂXIMO COMO A TI MESMO, o resto vem junto! Vamos tentar fazer nossa parte,o mundo jĂĄ estĂĄ bem difĂcil e eu particularmente nĂŁo quero contribuir em nada para continuar deste jeito. E vocĂȘ?
DESEJO A TODOS OS MEUS AMIGOS E SUAS FAMĂLIAS UM FELIZ NATAL, UM ANO NOVO BEM MELHOR, CHEIO DE SAĂDE, PAZ E SOLIDARIEDADE.â
http://www.youtube.com/watch?v=aYE_TdVo5FY
(Colaboração: Valéria Melo)
VISTA DO CĂU, A TERRA Ă LINDA
Fotos aéreas de alguns belos lugares do mundo. Para refletir e pensar!!!
http://www.officinadamente.com.br/blog/Powerpoint/Nosso%20_mundo_e_belo.ppt
(Colaboração: Tadeu - Curitiba)
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php