PENSANDO EM ALTA DEFINIĂĂO
13/05/2010 -
PENSE!
RIO HIGH DEFINITION
The site:
http://www.airpano.ru/files/brasil/rio/rio_airp_eng.html
Rio de Janeiro visto na RĂșssia. Clique no Url para abri-lo. Espere atĂ© estabilizar. PreferĂvel deixar no procedimento automĂĄtico, sem mexer nas ferramentas, base da tela, lado esquerdo.
No canto superior direito da tela, estå uma janela/mapa com pontos verdes, que são os locais a serem abertos à exploração com um clique.
Ă medida que o mouse se aproxima e fica sobre cada desses pontos, abre-se uma legenda sobre o local. Aguarde o âcarregamentoâ de cada vista...!
Site em Russo: MARAVILHOSO!
http://www.airpano.ru/files/brasil/rio/rio_airp_eng.html.
(Colaboração: A.M.B.)
CUIDE DO SEU BOLSO E DO PLANETA JĂ!
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(COLABORAĂĂO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)
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O CAFĂ OU A XĂCARA?
Um grupo de alunos, muito bem sucedidos na carreira, se reuniu para visitar um velho professor universitårio. A conversa logo se transformou numa torrente de reclamaçÔes sobre o estresse do trabalho e da vida.
Oferecendo um cafĂ© aos visitantes, o professor foi Ă cozinha e retornou com um grande bule de cafĂ© e uma variedade de xĂcaras: de porcelana, plĂĄstico, vidro, cristal, algumas sem adornos, outras carĂssimas, algumas magnĂficas e disse a todos que ficassem Ă vontade para se servirem.
Depois que todos os estudantes se serviram com uma xĂcara de cafĂ©, o professor disse:
"NĂŁo sei se vocĂȘs notaram que vocĂȘs pegaram todas as xĂcaras bonitas, e deixaram de lado as simples e as baratas. Apesar de parecer normal para vocĂȘs desejarem sempre o melhor para si prĂłprios, percebam que esta Ă© a origem dos seus problemas e do seu estresse.
Estejam certos de que a xĂcara em si nĂŁo acrescenta nada Ă qualidade do cafĂ©. Na maioria dos casos, ela simplesmente Ă© algo mais caro, e em outros atĂ© esconde o sabor. O que todos vocĂȘs queriam era o cafĂ©, e nĂŁo a xĂcara, mas optaram conscientemente pelas melhores xĂcaras e depois começaram a olhar uns para as xĂcaras dos outros.
Agora, considerem isto...
A vida Ă© o cafĂ©, e nossos empregos, as nossas casas, os carros, as coisas, o dinheiro e a posição social sĂŁo as xĂcaras. Tudo isto nĂŁo passa de ferramentas nas quais derramamos a nossa vida, e o tipo de xĂcara que temos nĂŁo define, nem modifica a qualidade da vida que levamos. Muitas vezes, ao nos concentrarmos somente na xĂcara, deixamos de saborear o cafĂ©.
Deus nos preparou um café gostoso. Saboreie o seu café.
(Colaboração: A.M.B.)
SĂO MUITAS AS SAĂVAS DO BRASIL
Neste ano eleitoral, vivemos um Fla X Flu maluco: "Eu sou de esquerda, vocĂȘ Ă© de direita! Eu sou socialista, vocĂȘ Ă© neoliberal".
Acontece que nossa vida social Ă© movida por outras categorias, muito alĂ©m dessa dualidade. Temos de tudo. HĂĄ paranoicos, esquizofrĂȘnicos, psicopatas, narcisistas (vejam o Lula em lua de mel consigo mesmo...) e, descendo mais de nĂvel, temos os imbecis em geral e um vasto catĂĄlogo de vĂcios. Vamos começar pelos caretas.
A caretice Ă© uma visĂŁo de mundo que passa despercebida, mas Ă© raiz de terrĂveis males. O careta Ă© antes de tudo um forte. EstĂĄ sempre atrĂĄs de certezas, ou melhor, jĂĄ chega com elas. Olha o mundo com um olho sĂł e sĂł vĂȘ o que jĂĄ sabia. A diversidade da vida Ă© recusada como um desvio; a dĂșvida, como fraqueza. O careta tem sempre um sorriso pronto ou uma cara fechada, dependendo se Ă© do tipo "careta legal" ou "careta severo". Sua cara Ă© uma careta - daĂ o nome -, uma mĂĄscara fixa que denota uma ideia sĂł na mente. A caretice nĂŁo Ă© uma posição polĂtica; Ă© um sistema operacional. Ele finge aceitar as diferenças, mas nĂŁo vĂȘ o "outro". O chamado "outro" Ă© um mal inevitĂĄvel que ele tem de suportar para controlĂĄ-lo, para que ele nĂŁo o inquiete com surpresas. Careta odeia novidades. O careta Ă© linear - tem princĂpio, meio e fim.
O careta tende mais para o que se chamava de "direita": sĂł ele existe, com suas ideias indiscutĂveis. HĂĄ muitos caretas de "esquerda" que sĂł querem uma sociedade sob controle, pois sĂł eles sabem o que Ă© bom para nĂłs, os alienados. Existe atĂ© o careta drogado, o bicho grilo chamado "muito louco". Como disse um amigo meu: "Pior que careta sĂł o `muito loucoÂŽ...
Temos tambĂ©m a categoria da burrice que, como dizia Nelson Rodrigues, Ă© uma "força da natureza". Antigamente, os cretinos se escondiam pelos cantos, roĂdos de vergonha; hoje, eles andam de fronte alta e peito estufado.
Nunca a burrice fez tanto sucesso. HĂĄ no mundo da polĂtica e da vida social a restauração alegre da estupidez. LĂĄ fora, "Forrest Gump", o herĂłi idiota foi o precursor; Bush foi seu efeito, como outros hoje em dia: hĂĄ o ChĂĄvez, hĂĄ aquele ratinho do IrĂŁ que o Lula vai visitar... tantos. Bush se orgulhava de sua burrice. Uma vez, em Yale, ele disse: "Eu sou a prova de que os maus estudantes podem ser presidentes dos Estados Unidos da AmĂ©rica".
E nosso Lula nĂŁo se gaba de nĂŁo ter lido nada? InteligĂȘncia Ă© chato; traz angĂșstia, com seus labirintos. InteligĂȘncia nos desampara; burrice consola.
A burrice estĂĄ na raiz do populismo. Para muitos, a burrice Ă© a moradia da verdade, como se houvesse algo de "sagrado" na ignorĂąncia dos pobres, uma sabedoria que pode desmascarar a mentira "de elite". SĂł os pobres de espĂrito verĂŁo a Deus - reza a tradição. A burrice dĂĄ mais ibope, Ă© mais fĂĄcil de entender. A burrice Ă© a ignorĂąncia com fome de sentido. O problema Ă© que a burrice no poder chama-se "fascismo".
Outra saĂșva que nos ataca Ă© a incompetĂȘncia. Existe muito mais na chamada "esquerda" que entre os velhos "neoliberais". Os "ideolĂłgicos" vivem de ideias "puras". Nada mais chato para eles do que a realidade, apesar de falarem nela o tempo todo.
A realidade brasileira para eles Ă© um delĂrio, com meia dĂșzia de "contradiçÔes" Ăłbvias. Antigamente, eram latifĂșndio, burguesia nacional e imperialismo. Agora Ă© a tentativa de tomar o Estado por dentro da democracia. Eles dizem que a competĂȘncia Ă© um tecnicismo que pode ser usado para mascarar "tĂĄticas demonĂacas" do capitalismo.
Outro vĂcio que nos rĂłi Ă© a liberdade. Sim... nĂŁo a "boa", mas a liberdade como fetiche, vulgar produto de mercado. Ă a democracia vivida como zona: ĂȘxtases volĂșveis de "clubbers", celebridades saltitantes de "liberdade" dentro de um chiqueirinho de irrelevĂąncias, a vida vivida como um "reality show" esquemĂĄtico, buscando ideais como bundas querendo subir na vida, prĂłteses de silicone na alma, o sucesso sem trabalho, o marketing sexual, a troca do mĂ©rito pela fama.
A arrogĂąncia individualista das celebridades Ă© uma das saĂșvas do paĂs.
Outro vĂcio nacional, alĂ©m da esquerda e direita, Ă© a polĂtica do espetĂĄculo. Guy Debord ("A Sociedade do EspetĂĄculo") cita Feurbach: "Nosso tempo prefere a imagem Ă coisa, a cĂłpia ao original, a representação Ă realidade, a aparĂȘncia ao ser". Debord: "O espetĂĄculo nĂŁo quer chegar a outra coisa senĂŁo a si mesmo (...), onde o mentiroso mente a si prĂłprio. O espetĂĄculo Ă© inseparĂĄvel do Estado moderno". (EstĂŁo reconhecendo alguĂ©m?) No Brasil, a polĂtica do espetĂĄculo foi descoberta por JĂąnio Quadros. Lula Ă© um bom aluno.
Outro vĂcio Ă© o "passadismo rancoroso"; mais praticado pela "esquerda" burra, a RepĂșblica Ă© tratada no passado. Vivem a nostalgia de torturas, heranças malditas, ossadas do Araguaia e nenhum projeto claro para nosso futuro. HĂĄ um passadismo regressista, regado pela vingança de fracassos coletivos e individuais, como se a vida social de hoje fosse a decadĂȘncia de um passado que estaria no rumo certo. HĂĄ uma fome de marcha Ă rĂ© nacionalista, terceiro-mundista, de voltar para a "taba" ou para o casebre com farinha, paçoca e violinha.
TambĂ©m adoram condenar injustiças que jĂĄ houve... Esse vĂcio emprenha "coisas muito nossas", como a falta de imaginação polĂtica para o futuro, a retĂłrica das impossibilidades, a vida pĂșblica em cĂąmera lenta, onde a Ășnica coisa que acontece Ă© que nĂŁo acontece nada.
Mas, hĂĄ mais... hĂĄ mais... Temos os egoĂstas, os psicopatas (muito em moda...), os ladrĂ”es compulsivos, os "fracassomanĂacos", temos as imensas multidĂ”es dos "babacas" (oh... serei um deles?...), comandados pelos boçais, cafajestes, oportunistas, ladrĂ”es de todas as cores.
De modo que nĂŁo podemos nos contentar com a velha dualidade direita/esquerda; o mundo Ă© muito mais vasto, oh "raimundos" e vagabundos!...
E mais: principalmente no Brasil, nĂŁo podemos esquecer os batalhĂ”es que crescem a cada dia, os exĂ©rcitos invencĂveis: a brilhante plĂȘiade dos FDPs.
Arnaldo Jabor - Fonte: O Tempo - 11/05/10.
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