DIREITO Ă PAZ
25/03/2009 -
FAZENDO DIREITO
O SĂMBOLO DA NĂO-VIOLĂNCIA
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Manifestantes seguram tochas para formar sĂmbolo da nĂŁo-violĂȘncia durante protesto contra as guerras, em Budapeste. A manifestação foi organizada pelo Movimento Humanista da Hungria.
Fonte: Terra - 22/03/09.
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1Âș DE ABRIL - DESCRĂDITO
A tradição pelo dia da mentira nasceu na França, no sĂ©culo XVI. Popularizou-se na Europa atĂ© tornar-se conhecida no Brasil, em 1848. Mais que uma simples pilhĂ©ria, como Ă© considerado hoje, o dia da mentira surgiu como uma represĂĄlia ao rei Carlos IX, da França, que em 1564 extinguiu um antigo feriado popular, que era comemorado em 1Âș de abril. A partir de entĂŁo, a data passou a simbolizar nĂŁo apenas a mentira, mas tambĂ©m a farsa, a trapaça e a fraude.
Esses sĂŁo substantivos que, historicamente, adjetivam com dramĂĄtica precisĂŁo o Ăąmago da polĂtica nacional. Pudera ser o Brasil um paĂs onde o dia da mentira vigorasse apenas em 1Âș de abril. As infindĂĄveis e jĂĄ habituais denĂșncias revelam que a fraude compĂ”e as estruturas dos Poderes no paĂs. Desde servidores rasos atĂ© nobres comandantes de primeiro escalĂŁo sĂŁo o epicentro de investigaçÔes policiais, comissĂ”es de inquĂ©rito, sindicĂąncias, oitivas e processos.
Salvo raras e honrosas exceçÔes, os polĂticos brasileiros promovem a banalização da mentira. De tal forma que o jargĂŁo popular das ruas atrela diretamente os termos polĂtica e corrupção. Muitos sĂŁo os governos, parlamentos e tribunais brasileiros que ilustram o dia da mentira.
NĂŁo menos grave Ă© o descrĂ©dito popular pelo poder pĂșblico que, inevitavelmente, reflete-se na sociedade. SĂŁo trapaças, esquemas e artimanhas que restringem o crescimento, o desenvolvimento e a autoafirmação do paĂs perante o mundo. SĂŁo fraudes que se disseminam, regadas pela impunidade.
Promessas de açÔes para dar mais transparĂȘncia, moralidade e Ă©tica Ă administração pĂșblica sĂŁo um senso comum em discursos dos presidentes do Congresso, JosĂ© Sarney, do Supremo, Gilmar Mendes, e da RepĂșblica, Luiz InĂĄcio Lula da Silva. Mas sĂŁo mudanças que sĂł devem começar quando o 1Âș de abril realmente acabar.
A.Parte - Fonte: O Tempo - 01/04/09.
OLIMPĂADAS JURĂDICAS 2009
18 a 20 de abril - JuĂz de Fora - Minas Gerais
Confira todos os detalhes: http://www.olimpiadasjuridicas.com.br/
EDUCAĂĂO ON-LINE
AtĂ© sexta-feira 28 de março, a Assembleia Legislativa de Minas jĂĄ havia recebido 40 sugestĂ”es na consulta pĂșblica sobre o Plano Decenal de Educação no Estado. O fĂłrum Ă© feito pela Internet. Qualquer pessoa pode participar atĂ© 12 de abril. O plano estabelece metas e açÔes estratĂ©gicas, nos diversos nĂveis de ensino, para a polĂtica educacional de Minas nos prĂłximos dez anos. O site da Assembleia Ă© http://www.almg.gov.br/.
Fonte: O Tempo - 28/03/09.
IGUALDADE DE DIREITOS
Para quem quer informaçÔes sobre igualdade de direitos de homens e mulheres na relação com os filhos, hå o site da Associação de Pais e Mães Separados (http://www.apase.org.br/). (RS)
Fonte: Folha de S.Paulo - 26/03/09.
O PREĂO DA QUEIXA
Coisas que acontecem quando uma pessoa entra no mundo dos hospitais, passa pela banca e termina no JudiciĂĄrio. Em 1995, um professor aposentado do ColĂ©gio Pedro 2Âș, de 90 anos, levou sua mulher, com mais de 80, para uma consulta na ClĂnica SĂŁo Vicente. Durante o exame ela teve um desmaio e acabou na UTI. Passadas 72 horas, sua famĂlia transferiu-a. Sobrou uma conta de R$ 19 mil. Inconformado com o custo, o professor fez um depĂłsito judicial no Banerj de R$ 20 mil e passou a discutir o pagamento.
A senhora, o professor e o Banerj jå morreram, e a conta de R$ 19 mil virou uma cobrança de R$ 60 mil contra o espólio. Como a execução judicial esqueceu-se dos herdeiros do depósito de R$ 20 mil, ir à Justiça resultou numa multa de 100%.
Elio Gaspari (http://www.submarino.com.br/portal/Artista/80141/+elio+gaspari) - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/03/09.
NOVA LEGISLAĂĂO NA SUĂCIA
Motoristas condenados por dirigir embriagados na SuĂ©cia serĂŁo obrigados a instalar em seus carros uma trava especial acoplada a um bafĂŽmetro, que sĂł permitirĂĄ dar partida no veĂculo se a pessoa estiver sĂłbria. A nova legislação deve entrar em vigor a partir de janeiro de 2010. "Sabemos que um terço dos motoristas condenados por dirigir sob o efeito de ĂĄlcool sĂŁo reincidentes", disse a ministra dos Transportes, Ă
sa Torstensson. A trava de bafĂŽmetro Ă© um pequeno aparelho, adaptado ao painel de instrumentos do veĂculo. Para dar partida no motor, os motoristas terĂŁo que soprar dentro do aparelho, a fim de provar que nĂŁo estĂŁo sob a influĂȘncia de ĂĄlcool.
Interessa - Etc - Fonte: O Tempo - 27/03/09.
Leia mais e veja o equipamento:
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/03/090326_bafometrosueciacw.shtml
ESPANHA - CLIENTE PODE COMER E PAGAR O QUANTO QUISER
Madri, Espanha. Um restaurante espanhol, lutando contra a difĂcil situação econĂŽmica, estĂĄ cortejando clientes ao permitir que eles paguem o quanto quiserem pelo prato do dia. Eledino Garcia, dono do pequeno Mireya, em Barcelona, disse que estabeleceu o sistema trĂȘs semanas atrĂĄs em seu bar e restaurante de 32 lugares para trazer de volta seus clientes, muitos dos quais perderam seus empregos.
E a ideia estå funcionando. Depois do almoço, os clientes que optam pelo especial do dia, que custa 10 euros, não recebem a conta. "Eu entrego um envelope e a pessoa paga o que ela acha que vale ou o que pode pagar", afirma Garcia, 50, proprietårio do pequeno Mireya.
Embora ele diga que nĂŁo acompanha quanto cada pessoa paga, ninguĂ©m parece estar tirando vantagem dele. "As pessoas sĂŁo melhores do que pensamos", disse. "Estamos tentando perder o menos possĂvel."
Fonte: O Tempo - 24/03/09.
CASOS DE ASSĂDIO MORAL CRESCEM NA CRISE
A.S., ex-diretor de Recursos Humanos de uma indĂșstria de motocicletas, diz que nĂŁo apoiou a demissĂŁo de centenas de funcionĂĄrios que poderiam ser lesados em seus direitos. Perdeu poder na empresa, foi ameaçado veladamente e acabou demitido no mĂȘs passado.
O executivo decidiu cobrar na Justiça do Trabalho o assédio moral que acredita ter sofrido após as medidas que a companhia adotou para enfrentar os efeitos da crise mundial.
Vendedora de uma empresa de cosmĂ©ticos, M.S. diz que foi isolada por colegas que temiam a competição no trabalho. Passou a receber e-mails com vĂrus para atrasar e desqualificar seu desempenho. Teve de trabalhar de madrugada para colocar o serviço em dia atĂ© ser afastada por doença fĂsica e psĂquica e tambĂ©m acionou a Justiça por assĂ©dio moral.
Advogados relatam que a pressĂŁo para melhorar os resultados diante dos efeitos da crise mundial se dissemina e coloca cada vez mais trabalhadores -como o ex-diretor de RH e a vendedora- em situaçÔes de possĂvel assĂ©dio moral.
Em 12 escritĂłrios de advogados consultados pela Folha na Ășltima semana, aumentou desde outubro o nĂșmero de açÔes trabalhistas ou de consultas para abrir processos e pedir indenizaçÔes por assĂ©dio moral.
A Associação dos Advogados Trabalhistas do Estado de São Paulo (AATSP) estima que os mil profissionais associados ingressaram na Justiça com ao menos uma ação de assédio moral cada um desde que a crise se agravou no final de 2008.
Procuradores do MinistĂ©rio PĂșblico do Trabalho em seis Estados (Rio, Pernambuco, PiauĂ, CearĂĄ, Santa Catarina e SĂŁo Paulo) e no Distrito Federal investigam 145 denĂșncias recebidas neste ano sobre assĂ©dio nos setores aĂ©reo, bancĂĄrio, metalĂșrgico e de comĂ©rcio.
à considerado assédio moral um conjunto de condutas abusivas, frequentes e intencionais que atingem a dignidade da pessoa e que resultam em humilhação e sofrimento. "O assédio moral, também chamado de "terror psicológico" no trabalho, é hoje um dos requisitos para aumentar a produtividade nas empresas, que precisam ser mais competitivas contra a crise", diz Luiz Salvador, presidente da Abrat (associação brasileira dos advogados do setor).
Com o acirramento da competição, o assédio moral tende a crescer intra e entre os grupos nas empresas de diferentes setores -principalmente em segmentos onde a tensão é maior, como mercado financeiro e empresas que tiveram o patrimÎnio reduzido na crise.
"Existe uma crise real e uma imaginåria, que torna os funcionårios mais inseguros e angustiados. Com essa tensão coletiva, o clima é de maior disputa. Quem estå fora do mercado quer entrar, e quem estå dentro não quer sair. Os gestores são mais pressionados, pressionam os empregados da produção, e as situaçÔes de assédio vão se alastrando", diz o pesquisador Roberto Heloani, professor da FGV e da Unicamp.
O nĂșmero de consultas ao site (http://www.assediomoral.org/) cresceu cerca de 20% desde que a crise se agravou, em outubro, afirma Heloani, coordenador do site. Em alguns escritĂłrios paulistas, a demanda por essas informaçÔes subiu em 30% nos Ășltimos dois meses.
O assédio, que se espalha do alto escalão à produção, atinge trabalhadores de todas as rendas. Um alto executivo americano que veio ao Brasil comandar grupo de assuntos estratégicos de um banco por quase R$ 60 mil mensais jå recorreu à Justiça por assédio. Com a crise, sua função foi extinta. Ele foi deixado em casa até o banco romper seu contrato, antes do prazo previsto e sem pagar a devida indenização.
Cobrar metas faz parte do dia a dia de qualquer empresa. O problema, dizem os especialistas, Ă© a forma dessa cobrança. Se houver humilhação e ameaça, estĂĄ caracterizado o assĂ©dio. "A imposição de metas para alcançar maior produtividade nĂŁo implica qualquer violação aos direitos do empregado. Ao contrĂĄrio, jĂĄ que podem servir como motivação para alcançar bĂŽnus ou prĂȘmio. Mas as metas nĂŁo podem ser absurdas nem abusivas", diz Otavio Brito Lopes, procurador-geral do Trabalho.
NĂŁo hĂĄ legislação federal especĂfica para o assĂ©dio moral no Brasil. Por isso, parte dos advogados crĂȘ que, em Ă©pocas de crise, o assĂ©dio pode ser "usado" pelos trabalhadores para pleitearem indenizaçÔes.
"HĂĄ pedidos absurdos relativos a assĂ©dio moral e com valores desproporcionais. Essa situação Ă© fruto da angĂșstia e desespero dos trabalhadores quando sĂŁo demitidos. Com isso, demandas verdadeiras de assĂ©dio moral ficam sujeitas Ă ideia de tambĂ©m serem despropositadas", diz o advogado Guilherme Miguel Gantus.
Claudia Rolli / FĂĄtima Fernandes - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/03/09.
AATSP - http://www.aatsp.com.br/Principal/Home.aspx
Abrat - http://www.abrat.adv.br/
LIVROS JURĂDICOS
Programa de PolĂtica Criminal
GUILHERME COSTA CĂMARA
Editora: Revista dos Tribunais (0800-702-2433); Quanto: R$ 98 (394 pĂĄgs.)
Dissertação de mestrado defendida na Universidade de Coimbra foi transposta para o livro, com algumas alteraçÔes e atualizaçÔes. CĂąmara quis desenvolver indagaçÔes e passar Ă tentativa de lhes dar respostas, nas subdivisĂ”es da investigação realizada. SĂŁo duas partes orientadas para a vĂtima do crime, que surge na primeira como protagonista esquecida pela polĂtica criminal. As tendĂȘncias do processo penal compĂ”em a segunda parte, nos modelos portuguĂȘs e alemĂŁo, antes de chegar ao brasileiro. Neste, Ă© claro o papel da vĂtima como coadjuvante. A obra Ă© instigante, boa de se ler, concordando ou discordando da posição de CĂąmara.
Fundamentos do Direito Internacional PĂłs-Moderno
PAULO BORBA CASELLA
Editora: Quartier Latin (0/xx/11/ 3101-5780); Quanto: R$ 221 (1.523 pĂĄgs.)
Parece claro que Casella optou pela expressĂŁo "pĂłs-moderno" como meio para dar nota Ă instabilidade das transformaçÔes do presente. Hugo Caminos (professor emĂ©rito da Universidade de Buenos Aires) diz no prĂłlogo que Casella busca a construção de um sistema melhor em termos institucionais, "assentado entre a polĂtica e a moral, a ser legado Ă s futuras geraçÔes". A conclusĂŁo inclui a assertiva de que "o futuro do direito internacional pĂłs-moderno dependerĂĄ da humanidade que o construa e o aplique". No plano das tĂ©cnicas, o autor quer a diversificação dos processos de formação do direito e "o aparecimento de novas categorias normativas", com destaque para "a consolidação das normas do direito internacional".
O Novo Procedimento do JĂșri
EDILSON MOUGENOT BONFIM E DOMINGOS PARRA NETO
Editora: Saraiva; Quanto: R$ 48 (192 pĂĄgs.)
De aspectos gerais Ă instrução e Ă s etapas do novo jĂșri, segue-se o direcionamento metĂłdico atĂ© sentença e recursos.
Elementos de Direito Eleitoral
CARLOS MĂRIO DA SILVA VELLOSO E WALBER DE MOURA AGRA
Editora: Saraiva; Quanto: R$ 75 (392 pĂĄgs.)
O ministro Carlos Velloso, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral, e Walber Agra trazem visĂŁo completa do direito vigente.
Marcas Tridimensionais
MAITĂ CECĂLIA FABBRI MORO
Editora: Saraiva; Quanto: R$ 68 (336 pĂĄgs.)
Ensaio monogråfico, com prefåcio de José de Oliveira Ascensão, onde diz tratar-se de valioso contributo doutrinårio.
O SilĂȘncio Eloquente
MARCĂLIO TOSCANO FRANCA FILHO
Editora: Almedina (0/xx/11/3562-6624); Quanto: preço não fornecido (420 pågs.)
Nesta tese, o subtĂtulo critica a "omissĂŁo do legislador e responsabilidade do Estado na Comunidade Europeia e no Mercosul".
Resumo de Direito PrevidenciĂĄrio
JAIR TEIXEIRA DOS REIS
Editora: LTr (0/xx/11/3826-2788); Quanto: R$ 30 (132 pĂĄgs.)
Corte esquemĂĄtico dos temas envolvidos resume o essencial do tĂtulo com clareza e precisĂŁo.
Direitos Humanos
OBRA COLETIVA
Editora: JuruĂĄ (0/xx/41/3352-3900); Quanto: R$ 84,40 (372 pĂĄgs.)
Melissa Folmann e Danielle Annoni organizaram o livro, cuidando dos 60 anos da Declaração Universal na ONU (Organização das NaçÔes Unidas).
A RazĂŁo JurĂdica
LLOYD L. WEINREB
Editora: Martins Fontes (0/xx/11/3241-3677) Quanto: R$ 39,80 (177 pĂĄgs.)
O cerne da obra aponta para o uso da analogia no argumento jurĂdico e seus efeitos, em tradução de Bruno C. SimĂ”es.
Revista CEJ
NĂMERO 43
Editora: Centro de Estudos JurĂdicos da Justiça Federal (revista@cif.jus.br) Quanto: revista para distribuição
Sob direção do ministro Asfor Rocha, a matĂ©ria de capa afirma a atribuição da polĂcia judiciĂĄria na persecução criminal e examina os efeitos da sĂșmula vinculante nĂșmero 4.
Fonte: Folha de S.Paulo - 28/03/09.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php