FALANDO DE COMUNICAĂĂO
22/02/2012 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
NAS ESCOLAS DO QUĂNIA
English:
http://www.schoolskenya.net/index.php/TUSQEE-SYSTEMS.html
Tusqee: http://tusqee.com/
32% dos habitantes da Ăfrica Subsaariana tĂȘm pelo menos 1 telefone celular. Em 2003, eram 5%.
RegiĂ”es pobres tĂȘm crescimento mais acelerado de adesĂŁo Ă telefonia mĂłvel do que lugares ricos. De olho nisso, a Tusqee, do QuĂȘnia, lançou um aplicativo gratuito que manda mensagens SMS em massa para turmas de escola, como um grupo de e-mail. Um serviço barato e que facilita a comunicação entre pais e professores.
Super Radar - Fonte: Super Interessante - Edição 301.
Mais detalhes:
http://www.schoolskenya.net/index.php/TUSQEE-SYSTEMS.html
Tusqee: http://tusqee.com/
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
PRESIDENTE DA COSTA RICA (ALGUMA COISA FIZEMOS ERRADO)
DEPOIMENTO DO PRESIDENTE DA COSTA RICA, QUE MERECE SER LIDO E REFLETIDO
Discurso proferido na presença do Lula e demais Presidentes latino-americanos, incluindo o "manequim" do Equador, o caloteiro CorrĂȘa, abaixo nominalmente citado.
"ALGO HICIMOS MAL"
Palavras do Presidente Oscar Arias da Costa Rica na CĂșpula das AmĂ©ricas em Trinidad e Tobago , 18 de abril de 2009
"Tenho a impressĂŁo de que cada vez que os paĂses caribenhos e latino-americanos se reĂșnem com o presidente dos Estados Unidos da AmĂ©rica, Ă© para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas.
Quase sempre, Ă© para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros.
NĂŁo creio que isso seja de todo justo. NĂŁo podemos esquecer que a AmĂ©rica Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que sĂŁo as primeiras universidades desse paĂs.
NĂŁo podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos atĂ© 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres. Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros paĂses sobem nesse vagĂŁo: Alemanha, França, Estados Unidos, CanadĂĄ, AustrĂĄlia, Nova ZelĂąndia e aqui a Revolução Industrial passou pela AmĂ©rica Latina como um cometa, e nĂŁo nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade. HĂĄ tambĂ©m uma diferença muito grande.
Lendo a histĂłria da AmĂ©rica Latina, comparada com a histĂłria dos Estados Unidos, compreende-se que a AmĂ©rica Latina nĂŁo teve um John Winthrop espanhol, nem portuguĂȘs, que viesse com a BĂblia em sua mĂŁo disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensĂŁo dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos. Faz 50 anos, o MĂ©xico era mais rico que Portugal.
Em 1950, um paĂs como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da CorĂ©ia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questĂŁo de 35 a 40 anos Ă© um paĂs com $40.000 de renda anual por habitante. Bem, algo nĂłs fizemos mal, os latino-americanos. Que fizemos errado?
Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa Ă© a escolaridade mĂ©dia da AmĂ©rica Latina e nĂŁo Ă© o caso da maioria dos paĂses asiĂĄticos. Certamente nĂŁo Ă© o caso de paĂses como Estados Unidos e CanadĂĄ, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nĂvel secundĂĄrio na AmĂ©rica Latina, em alguns paĂses, sĂł um termina esse nĂvel secundĂĄrio.
HĂĄ paĂses que tĂȘm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a mĂ©dia nos paĂses asiĂĄticos mais avançados Ă© de 8, 9 ou 10. NĂłs temos paĂses onde a carga tributĂĄria Ă© de 12% do produto interno bruto e nĂŁo Ă© responsabilidade de ninguĂ©m, exceto nossa, que nĂŁo cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos paĂses. NinguĂ©m tem a culpa disso, a nĂŁo ser nĂłs mesmos.
Em 1950, cada cidadão norte-americano era quatro vezes mais rico que um cidadão latino-americano. Hoje em dia, um cidadão norte-americano é 10, 15 ou 20 vezes mais rico que um latino-americano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa. No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em pråtica também no século XXI, é um sistema de valores equivocado.
Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhÔes de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhÔes de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados. *Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000 milhÔes em armas e soldados.
Eu me pergunto: quem Ă© o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razĂŁo, Ă© a falta de educação; Ă© o analfabetismo; Ă© que nĂŁo gastamos na saĂșde de nosso povo; que nĂŁo criamos a infra-estruturar necessĂĄria, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que nĂŁo estamos dedicando os recursos necessĂĄrios para deter a degradação do meio ambiente; Ă© a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; Ă© produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que nĂŁo estamos educando nossos filhos e nossas filhas. VĂĄ alguĂ©m a uma universidade latino-americana e parece no entanto que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta.
Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este Ă© um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadĂȘmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o sĂ©culo XXI Ă© um sĂ©culo dos asiĂĄticos nĂŁo dos latino-americanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles.
Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...) os asiåticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*.
Para sĂł citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a CorĂ©ia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus prĂłprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoĂstas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, Ă© que a mim nĂŁo importa se o gato Ă© branco ou negro, sĂł o que me interessa Ă© que cace ratos". E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade Ă© que enriquecer Ă© glorioso".
E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 atĂ© hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhĂ”es de habitantes da pobreza, nĂłs continuamos discutindo sobre ideologias que devĂamos ter enterrado hĂĄ muito tempo atrĂĄs. A boa notĂcia Ă© que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos. Olhando em volta, queridos presidentes, nĂŁo vejo ninguĂ©m que esteja perto dos 74 anos. Por isso sĂł lhes peço que nĂŁo esperemos completĂĄ-los para fazer as mudanças que temos que fazer.
Muchas gracias."
Fonte: Sérgio Guimarães Viana (Colaboração: A.M.Borges)
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