O MELHOR EMPREGO DO MUNDO
07/05/2009 -
MARILENE CAROLINA
QUEENSLAND
English:
http://www.daylife.com/search?q=Ben+Southall+
Felicidade. Ben Southall (Ă direita) posa para foto promocional do Departamento de Turismo de Queensland.
Ben Southall vai receber US$ 111 mil para cuidar de ilha paradisĂaca. BritĂąnico ganha concurso para o 'melhor emprego do mundo'. Vencedor superou 35 mil candidatos Ă vaga em praia situada na AustrĂĄlia.
O vencedor da disputa pelo chamado "melhor emprego do mundo" é um britùnico que gosta de praticar bungee jumping e montar em avestruzes, mas ultimamente trabalhava como arrecadador de fundos para uma instituição de caridade. Ben Southall, 34, natural de Petersfield, conquistou o contrato de seis meses para ser o zelador de uma ilha tropical australiana.
Ele superou cerca de 35 mil candidatos de todas a partes do mundo para realizar as tarefas como nadar, explorar e relaxar na ilha de Hamilton, na Grande Barreira de Corais, enquanto escreve um blog para promover a regiĂŁo. O vencedor vai receber pelo trabalho 150 mil dĂłlares australianos (US$ 111 mil), pagos pelo Departamento de Turismo do Estado de Queensland.
Southall e outros 15 finalistas passaram quatro dias na ilha, onde foram submetidos a um prolongado processo de entrevistas que incluiu mergulhar em åguas cristalinas, aproveitar um churrasco na praia e relaxar num spa. Os finalistas também tiveram que demonstrar suas habilidades como blogueiros e fazer testes de natação.
"Foi muito traumĂĄtico hoje porque passamos a gostar de todos, entĂŁo ter de escolher um foi terrĂvel", disse o diretor geral de turismo de Queensland, Anthony Hayes, apĂłs o anĂșncio. "PorĂ©m, acho que escolhemos a pessoa certa. Sua capacidade de lidar com pessoas Ă© incrĂvel." O emprego Ă© parte de uma campanha de turismo de 1,7 milhĂŁo de dĂłlares australianos para promover a regiĂŁo nordeste de Queensland.
Frase
"O mais importante para mim é ter um trabalho divertido que me faça feliz e que coloque sorriso nos rostos das pessoas.
Ben Southall
aventureiro
Perfil
Ben Southall. CidadĂŁo britĂąnico, natural de Petersfield, tem 34 anos.
ProfissĂŁo. JĂĄ trabalhou como guia turĂstico na Ăfrica, dirigindo projetos de caridade no Reino Unido ao lado do pai, como administrador de um festival de mĂșsica. Gosta de correr maratonas e escalar montanhas.
Contato. Southall mantĂ©m o site http://www.afritrex.com/ (em inglĂȘs).
MĂdia
Promoção. Jå houve geração de publicidade de mais de 110 milhÔes de dólares australianos para a região de Queensland, dizem autoridades australianas
Interessa - Fonte: O Tempo - 07/05/09.
Mais fotos:
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BELEZA INDĂGENA
Dezessete Ăndias de diferentes etnias participaram do 1o Concurso Beleza IndĂgena, organizado pela Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande. ValĂ©ria Figueiredo, de 18 anos, foi eleita a Ăndia mais bonita do Pantanal. Segundo os organizadores, o concurso aumenta a autoestima da mulher indĂgena.
Fonte: Ăpoca - NĂșmero 572.
Saiba mais: http://www.pmcg.ms.gov.br/index.php?s=48&location=2&idNot=12544
CAFĂ ALEXANDRINA
Reservas: 3261.26.33
Rua Pernambuco , 797
Savassi
NA REDE - BRINCANDO COM AS PALAVRAS
Com referĂȘncias literĂĄrias, o site Wordtoys recria de forma poĂ©tica a experiĂȘncia da escrita. Estamos ao mesmo tempo num mundo medieval, feito de mitos e mistĂ©rios; num mundo borgeano, costurando histĂłrias inacabadas e com mentiras que parecem verdades e num mundo tecnolĂłgico, em que a Idade MĂ©dia e Borges sĂł podem acontecer por causa de botĂ”es.
A tecnologia é grande, mas surpreendentemente delicada. Como se não estivéssemos acionando teclas, mas tivéssemos voltado a usar a pena e o mata-borrão.
E a proposta do site Wordtoys (http://www.findelmundo.com.ar/wordtoys/) faz coincidirem, como que por necessidade, possibilidades modernas oferecidas pelo computador com a nostalgia do artesanato.
Wordtoys sĂŁo brinquedos de palavras. Mas sĂŁo brinquedos literĂĄrios e bibliotecĂĄrios. O site Ă© um livro-biblioteca, em que cada pĂĄgina convida o leitor a uma brincadeira diferente, todas absurdas e onĂricas.
Na pĂĄgina "Escreve o Teu PrĂłprio Quixote", surge uma tela branca e, independentemente do que o leitor digite, aparece o texto de Dom Quixote. NĂŁo haveria outra maneira de realizar o sonho possĂvel e impossĂvel de Borges, que nĂŁo fosse por meio do computador.
NĂŁo hĂĄ outra maneira nĂŁo verbal de fazer com que uma pessoa sempre escreva o mesmo texto. E o efeito Ă© tĂŁo ilusionista que, apĂłs algum tempo, nĂłs nos sentimos como autores do texto, que agora deixou de ser de Cervantes.
Em "Por que a Senhorita Chao se Suicidou?", apĂłs contar a triste histĂłria de uma jovem chinesa que esfaqueia a si mesma no momento de ser levada ao casamento arranjado, o leitor depara com a pergunta e, no lugar de letras coloridas, ele Ă© convidado a criar sua prĂłpria resposta para a pergunta.
Em um "Processador de Textos Rimbaudiano", apĂłs a leitura do poema "Voyelles" (Vogais), de Rimbaud, em que se comparam as vogais a cores, o leitor pode escrever seu prĂłprio poema, que terĂĄ suas letras transformadas em diferentes cores, segundo estabelecido por Rimbaud.
Hå uma coleção de mariposas-citaçÔes, porque, é claro, as mariposas se parecem com livros e, como dizia Galileu, a natureza inteira é um grande alfabeto; hå poemas feitos de ågua (lembrando Joan Brossa), que escorrem quando se abre a torneira; hå o idioma dos påssaros e os céus do sul, por onde passa um avião antigo.
Hå o barulho das påginas virando, as påginas marmorizadas ou as iluminuras e o site da autora, Belén Gache, uma artista argentina (http://www.findelmundo.com.ar/). A internet é, para quem quiser e souber, um mundo sem fim. As artes são, também para quem pode, o fim do mundo, o fim de um mundo, o mundo num lugar onde ficamos felizes em nos postar à beira do abismo.
Noemi Jaffe - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/05/09.
CASA-GRANDE E SENZALA, SEMPRE
Respeitados economistas europeus e americanos avisam que a crise econĂŽmica global ainda vai atingir maior gravidade nos paĂses em desenvolvimento. ResponsĂĄveis pela saĂșde do mundo temem a pandemia suĂna. Mas nĂŁo Ă© destas crises que aqui se fala, e sim de outra, especĂfica, de nĂtida marca brasileira. Nasce do descrĂ©dito das instituiçÔes democrĂĄticas, nas barbas do Pacto Republicano recentemente selado.
O PaĂs tem o presidente mais popular de sua histĂłria e goza de um prestĂgio internacional nunca dantes navegado, graças Ă simpatia e Ă vocação diplomĂĄtica de Lula, e a uma polĂtica externa inteligente, independente e assertiva. Em contrapartida, a nação nĂŁo alimenta a mais pĂĄlida confiança em relação ao Legislativo e ao JudiciĂĄrio.
A opiniĂŁo pĂșblica brasileira, por mais difĂcil que seja traçar-lhe os contornos, estĂĄ indignada com os comportamentos dos parlamentares federais, entregues a uma mamata, como se dizia antigamente, sem precedentes. Muitos brasileiros fingem nĂŁo perceber a evidĂȘncia: a falta de decoro e pudor Ă© apenas um dos aspectos de uma inesgotĂĄvel trajetĂłria de predaçÔes variadas e crescentes, a gerar uma crise moral que transcende largamente as fronteiras do Congresso Nacional.
Sem grande esforço tropeçaremos em desmandos iguais nas assembleias estaduais e nas cĂąmaras municipais de todo o PaĂs, sem excluir a possibilidade de algumas, raras, surpresas. E sem falar da leniĂȘncia mais ou menos generalizada em relação a valores Ă©ticos, em nome do cĂ©lebre jeitinho, praticado em quaisquer nĂveis com a celebração do lema: aos amigos tudo, aos inimigos a lei.
Quanto ao JudiciĂĄrio, Ă© o impĂ©rio do presidente Gilmar Mendes, despĂłtico nĂŁo somente em Diamantino. O ministro Joaquim Barbosa nĂŁo estĂĄ enganado quando afirma que a Justiça estĂĄ a ser âdestruĂdaâ, embora nem todas as responsabilidades caibam a Mendes. Resta um fato indiscutĂvel: o entrevero no STF, encenado ao vivo na semana passada do Oiapoque ao ChuĂ, teria cenĂĄrio mais adequado se desenrolado em um botequim do arrabalde.
Barbosa tambĂ©m nĂŁo erra quando recomenda prestar atenção aos humores da rua. Mendes pode contar com o apoio estratĂ©gico dos seus pares e de boa parte da mĂdia, espanta, porĂ©m, a maioria dos patrĂcios e os incentiva a desacreditar da Justiça a partir da sua mais alta instĂąncia. SĂŁo sentimentos e pensamentos que vĂȘm de longe, agora, entretanto, se exasperam.
Ă possĂvel que a crise das instituiçÔes nĂŁo esteja tĂŁo clara aos olhos dos privilegiados e dos aspirantes ao privilĂ©gio. Ou, ao menos, dos cidadĂŁos prontos a se identificarem com a hipocrisia midiĂĄtica. Assentam suas crenças no seu prĂłprio bem-estar, e o resto que se moa.
Conviria, porĂ©m, entender as razĂ”es deste descrĂ©dito vertiginoso em que despencaram o Legislativo e o JudiciĂĄrio. NĂŁo se exija dos descrentes que na operação espremam as meninges. Constatem, simplesmente, que o Brasil continua atado Ă cultura da escravidĂŁo, a da casa-grande e da senzala. A prepotĂȘncia, a desfaçatez, a empĂĄfia dos predadores baseiam-se na certeza da impunidade e na resignação popular. A casa-grande age Ă vontade porque se sente Ă vontade.
Sim, em outros tempos a crise das instituiçÔes submeteria o Brasil a riscos hoje inimaginĂĄveis. Gerados inclusive pela necessidade dos presidentes governarem com o apoio de oligarcas e apaniguados. A questĂŁo tornou-se crucial depois do enterro do Estado Novo, primeiro com GetĂșlio democraticamente eleito e enfim suicida, depois com JK, com JĂąnio e suas apostas falidas, com Jango atĂ© o golpe.
A composição não foi årdua, depois da ditadura, para Sarney e Fernando Henrique Cardoso, excelentes no cumprimento da praxe antidemocråtica. A dificuldade de Lula estå aà com a nitidez do meio-dia, apesar de seu talento de conciliador, talento que nem sempre convém à situação. Nos tais tempos idos a casa-grande, em meio à meteorologia turva, não hesitou em convocar seus gendarmes. Hoje os gendarmes não são mais aqueles e os senhores quem sabe se tenham convencido de que como estå é bom para eles, bom demais.
A casa-grande porta-se, sempre e sempre, com extremo imediatismo. O presente é que interessa, predação-jå. Houvesse a vontade de cogitar do futuro, creio que o Brasil teria tomado os rumos da contemporaneidade. Mas a casa-grande jamais se preocupou com a senzala.
Mino Carta - Fonte: Carta Capital - http://www.cartacapital.com.br/.
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