ROBOMANIA MARATONISTA
12/08/2010 -
EU DIGITAL
RANGER ROBOT
English:
http://www.sciencedaily.com/releases/2010/07/100722143905.htm
Video:
http://www.youtube.com/watch?v=YjTLSpFyi38
O Ranger, um robĂŽ feito por estudantes de engenharia dos EUA Ă© o primeiro mecanismo com pernas a conseguir percorrer uma meia-maratona sem recarregar as baterias. O recorde nĂŁo oficial foi atingido por alunos da Universidade de Cornell, e supera em 2,4 km o recorde anterior, totalizando 23km.
O autÎmato ambulante simula a caminhada de uma pessoa, apesar de não ter joelhos. Com isso, ele aproveita a força do balanço e do próprio peso para auxiliar no movimento das pernas, economizando energia, como pode ser visto pela url http://www.youtube.com/watch?v=YjTLSpFyi38.
Assim, ele foi capaz de superar o recorde anterior do Big Dog, que pode ser visto pelo endereço alturl.com/m5u8z, um quadrĂșpede que pesa quase quinze vezes mais e Ă© produzido por uma empresa dos EUA.
Os dois robĂŽs tĂȘm finalidades distintas, porĂ©m. Enquanto o Ranger Ă© uma prova conceitual, que prioriza a economia de energia e exige um controle remoto, o Big Dog Ă© um equipamento militar capaz de enfrentar terrenos acidentados e de se locomover de maneira autĂŽnoma.
Fonte: Terra Tecnologia - 29/07/10.
15 ANOS DE INTERNET
Os 15 anos da internet no Brasil: eleiçÔes, velocidade da informação, publicidade na web e entretenimento.
Confira: http://www.iabbrasil.org.br/15anosdeinternet/.
Lupa - Fonte: O Tempo - 08/08/10.
SITE DA SEMANA
http://ogrifoemeu.wordpress.com/.
O blog O Grifo Ă Meu destaca trechos interessantes de livros. Geralmente, seleciona um parĂĄgrafo ou uma frase que contenham uma passagem poĂ©tica, engraçada ou dramĂĄtica. De CecĂlia Meireles ao maldito Bukowski, conheça um pouco das grandes obras da literatura. SĂł nĂŁo deixe de ler os originais.
Fonte: Folha de S.Paulo - 09/08/10.
TECNOLOGIA - LISBOA NO SEU CELULAR
Os turistas que viajam para Lisboa contam com uma ferramenta nova. O Turismo de Lisboa disponibiliza aplicativo gratuito para smartphone que permite obter dados sobre monumentos, museus, restaurantes, hotĂ©is, bares e casas noturnas. Com ele, Ă© possĂvel saber a que distĂąncia vocĂȘ estĂĄ do ponto turĂstico. Para se conectar Ă© preciso que o smartphone conte com GPS, internet e bĂșssola, entre outros dispositivos que permitem que, ao apontar a cĂąmera, por exemplo, para um restaurante, apareça na tela a informação disponĂvel na base de dados do Turismo de Lisboa. Para saber como baixar e usar o aplicativo, visite o site www.visitlisboa.com.
Pelo Mundo - Fonte: O Tempo - 10/08/10.
SITE - 365 DIAS VIAJANDO
URL www.365diasviajando.com
Quer fazer uma viagem no Brasil, mas ainda estĂĄ em dĂșvida sobre o destino? DĂȘ uma olhada no site 365 Dias Viajando, que traz dicas de destinos nacionais classificados por praia, serra e interior.
Hå ainda dicas de viagens internacionais, GLS e para a terceira idade, além de especiais, como o da Copa.
Overbook - Fonte: Folha de S.Paulo - 12/08/10.
CLIQUE
VELOCĂMETRO - RJNET
Site de teste de velocidade de conexão, independentemente do tipo de acesso, discado ou banda larga. Com interface limpa e navegação simples, o teste é realizado rapidamente.
http://www.rjnet.com.br/1velocimetro.php
ORANGOTAG
Rede social para fĂŁs de seriados de TV. Ă possĂvel pesquisar pelo nome do seriado, ler resumos de temporadas e episĂłdios, associar seu perfil a seriados especĂficos e visualizar a lista de pessoas que assistem a cada seriado.
http://orangotag.com/
CURRĂCULO FĂCIL
Site para elaboração de currĂculos. ContĂ©m formulĂĄrio com os itens considerados necessĂĄrios para o documento. ApĂłs o preenchimento, a prĂłpria pĂĄgina gera o currĂculo, em formato HTML ou PDF.
http://gameoverlan.com.br/curriculofacil/
LIVEMOCHA
Comunidade que oferece cursos de idiomas on-line gratuitamente. O usuĂĄrio Ă© posto em contato com membros cuja lĂngua nativa Ă© a mesma que ele deseja aprender. A pĂĄgina estĂĄ disponĂvel em vĂĄrias lĂnguas, incluindo portuguĂȘs.
http://www.livemocha.com/
EMAIL TEMPORĂRIO
Site Ăștil para quem nĂŁo gosta de registrar o e-mail pessoal em cadastros de pĂĄginas nĂŁo confiĂĄveis. O e-mail temporĂĄrio expira em 15 minutos, durante os quais pode ser usado normalmente.
http://emailtemporario.com.br/
Fonte: Folha de S.Paulo - 11/08/10.
A INTELIGĂNCIA COLETIVA
resumo
A corrida tecnolĂłgica e econĂŽmica deram Ă internet feiçÔes descentralizadas, em que aplicativos e sistemas operacionais dispersos em diferentes plataformas permitem a constituição de uma "inteligĂȘncia coletiva". Alimentadas pelos usuĂĄrios, essas preciosas bases de dados devem ditar o modelo de negĂłcios na web nos prĂłximos anos.
PERGUNTE-SE POR UM MOMENTO: qual é o sistema operacional da busca que realiza no Google ou no Bing? Qual é o sistema operacional de uma chamada de celular? Qual é o sistema operacional dos mapas e endereços no seu celular? Qual é o sistema operacional de um "tweet"?
Num computador que nĂŁo esteja em rede, sistemas operacionais como Windows, Mac OS X e Linux gerenciam os recursos da mĂĄquina e permitem que os aplicativos se dediquem Ă s suas tarefas. Mas muitas das atividades mais importantes para nĂłs acontecem hoje entre as mĂĄquinas individuais, num espaço misterioso. A maioria acha normal que essas coisas funcionem e reclama quando, por um instante que seja, cai o milagre diĂĄrio da comunicação instantĂąnea e do acesso Ă informação. Mas olhe debaixo do tapete: vocĂȘ verĂĄ uma imensa infraestrutura tĂ©cnica, de alcance mundial, que possibilita o futuro permanentemente conectado, no qual nos precipitamos sem refletir.
PAPEL SECUNDĂRIO
Quando vocĂȘ faz uma busca no Google, os recursos do seu computador -o teclado em que digita o pedido, o monitor que exibe os resultados, o hardware de rede e o software que conecta a sua mĂĄquina Ă rede, o navegador que formata e encaminha seu pedido aos servidores do Google- desempenham um papel secundĂĄrio.
Na verdade, eles pouco importam para a operação da busca -vocĂȘ pode digitar o termo que estĂĄ buscando no navegador, numa mĂĄquina com Windows, Linux ou Mac, ou num "smartphone" que rode Symbian, PalmOS, Mac OS, Android, Windows Mobile ou qualquer outro sistema operacional para celulares.
A maioria dos recursos essenciais para essa operação estĂĄ em outro lugar: nas imponentes fazendas de servidores do Google, onde softwares do Google encaminham a sua busca (uma entre as milhĂ”es feitas simultaneamente pelos internautas) a algum subconjunto de servidores, onde os softwares processam um Ăndice maciço para devolver o resultado em milissegundos. HĂĄ tambĂ©m, em cada sistema entre vocĂȘ e o "data center" do Google (ou vocĂȘ achava que estava diretamente conectado a ele?), o software de roteamento de IP, a maioria rodando em equipamentos da Cisco; o sistema de nomes de domĂnio (DNS), na maior parte de cĂłdigo aberto, uma rede de servidores que nĂŁo sĂł permitem que o seu computador se conecte a google.com (em vez de precisar digitar um endereço de IP como 74.125.19.106), mas tambĂ©m intervĂȘm para que a sua mĂĄquina acesse qualquer sistema que armazene as pĂĄginas da web que vocĂȘ estĂĄ procurando; os protocolos da web propriamente ditos, que permitem que navegadores em clientes rodando qualquer sistema operacional local (talvez devĂȘssemos chamĂĄ-los de "conjuntos de 'drivers'") se conectem a servidores rodando qualquer sistema operacional.
CAMADA DE SOFTWARE
VocĂȘ pode alegar que a busca do Google nĂŁo passa de um aplicativo que roda em uma rede de computação maciça e que, no fundo, o sistema operacional dessa rede continua sendo o Linux. E que a internet nada mais Ă© do que uma camada de software implementada pelo seu computador e por aplicativos remotos como o Google.
Mas espere. Vai ficar mais interessante. Imagine agora uma pesquisa feita no Google com o seu celular, usando a função de busca com voz. VocĂȘ fala no seu telefone, o serviço de reconhecimento de fala do Google traduz em texto o som da sua voz e passa adiante para o buscador -ou, num telefone Android, para qualquer outro aplicativo que escolha ouvir.
AlguĂ©m que esteja acostumado com o reconhecimento de fala no PC pode achar que a tradução acontece no celular, mas nĂŁo -ela ocorre nos servidores do Google, mais uma vez. Mas espere. NĂŁo acabou. O Google aprimora a precisĂŁo do reconhecimento de voz comparando o que os algoritmos de fala acham que vocĂȘ disse com o que o sistema de busca (leia "Google Suggest") espera que vocĂȘ vĂĄ dizer. Em seguida, como o seu celular sabe onde vocĂȘ estĂĄ, o Google filtra os resultados para encontrar os mais relevantes para a sua localização.
LOCALIZAĂĂO
Seu celular sabe onde vocĂȘ estĂĄ. Como ele faz isso? A resposta fĂĄcil Ă© "ele tem um receptor de GPS". Mas, se ele tem um receptor de GPS, quer dizer que o seu telefone recebe a informação sobre a sua posição acessando uma rede de satĂ©lites lançados no espaço pelos militares norte-americanos. Ele tambĂ©m pode ter obtido com a sua operadora informaçÔes adicionais para acelerar a detecção da localização por GPS.
Ele pode, em vez disso, estar usando a "triangulação de antenas de celular" para medir a sua distĂąncia em relação Ă antena mais prĂłxima, ou mesmo consultando uma base de dados que mapeia coordenadas a partir de pontos de wi-fi. (Essas bases de dados foram criadas percorrendo todas as ruas e assinalando a localização e a força de cada sinal de wi-fi.) O iPhone conta com o serviço da Skyhook Wireless para realizar essas consultas; o Google tem seu equivalente para isso, criado, sem dĂșvida, no mesmo momento em que foram capturadas as imagens para o Google Streetview. Seja qual for a tĂ©cnica usada, o aplicativo depende de instalaçÔes e serviços disponĂveis em rede, e nĂŁo apenas de recursos do prĂłprio telefone. E, cada vez mais, Ă© difĂcil alegar que todos esses recursos entrelaçados sĂŁo um mesmo aplicativo, mesmo quando sĂŁo disponibilizados pela mesma empresa, como o Google.
MISCELĂNEA
Continue acompanhando a trama. Afora eventuais jogos, que aplicativos móveis existem apenas no telefone? Praticamente todos são aplicativos de rede, que dependem de serviços remotos para desempenhar suas funçÔes. E onde estå o "sistema operacional" em tudo isso? Estå claramente evoluindo. Os aplicativos usam uma miscelùnea de serviços de vårios provedores diferentes para conseguir a informação de que precisam.
Mas em que medida isso Ă© diferente do desenvolvimento de aplicativos para PC no inĂcio dos anos 1980, quando cada fornecedor escrevia seus prĂłprios "drivers" compatĂveis com a miscelĂąnea de discos, entradas, teclados e monitores envolvidos no entĂŁo emergente ecossistema de computadores pessoais? A Microsoft veio com uma oferta difĂcil de recusar: vamos gerenciar os "drivers"; tudo que os programadores de aplicativos precisam fazer Ă© escrever e usar as APIs Win32, e toda a complexidade serĂĄ afastada. E assim foi. Hoje poucos programadores escrevem "drivers". Isso fica a cargo dos fabricantes de dispositivos, com toda a desordem ocultada pelos "fornecedores de sistemas operacionais" que gerenciam as atualizaçÔes e, volta e meia, oferecem APIs genĂ©ricos para categorias inteiras de dispositivos. Esses fornecedores, que assumiram o ĂŽnus de gerenciar a complexidade, terminaram com um poderoso padrĂŁo. Criaram o contexto em que os aplicativos tĂȘm funcionado desde entĂŁo.
PACTO FĂUSTICO
Eis a essĂȘncia do meu argumento sobre o sistema operacional da internet. Aproximamo-nos, mais uma vez, do ponto em que o pacto fĂĄustico serĂĄ feito: basta usar as nossas instalaçÔes, e toda a complexidade se dissiparĂĄ. E, assim como aconteceu nos anos 1980, hĂĄ mais de uma empresa fazendo essa promessa.
Estamos entrando numa versão moderna do "Grande Jogo", a rivalidade para controlar os estreitos desfiladeiros até o prometido futuro da computação (John Battelle chama-os de "pontos de controle").
Essa rivalidade Ă© vista de forma mais aguda em aplicativos mĂłveis, que dependem de serviços da internet para alimentar a interface com o usuĂĄrio. Como Nick Bilton, do "New York Times", descreveu num artigo recente, comparando o Google Nexus One e o iPhone: "Chad Dickerson, diretor-chefe de tecnologia da Etsy, recebeu um Nexus One do Google antes do lançamento. Disse que o celular do Google parece conectado a determinados serviços da web de um jeito que o iPhone nĂŁo fica. "Comparado com o iPhone, para mim o telefone do Google parece fazer parte da internet", disse-me ele. "Se vocĂȘ vive no mundo do Google, tem o mundo no bolso de um jeito mais limpo e mais conectado do que com o iPhone." O mesmo se aplica ao iPhone. Se vocĂȘ Ă© usuĂĄrio do MobileMe, iPhoto, iTunes ou Safari, o iPhone o conecta sem dificuldades a suas fotos, contatos, favoritos e mĂșsicas. Mas se vocĂȘ usa outros serviços, Ă s vezes precisa achar uma alternativa para acessar o conteĂșdo. Em comparação com o Nexus One, se vocĂȘ usa o Gmail, o Google Calendar ou o Picasa (o software de armazenamento de fotos on-line do Google), o celular se conecta sem esforço a esses serviços e automaticamente sincroniza com uma simples autenticação no telefone. Os celulares funcionam perfeitamente com seus respectivos soft-wares, mas nenhum deles faz esforço para lidar bem com outros serviços.
ESCOLHA
Não se preocupe com os detalhes técnicos sobre se de fato a internet tem ou não um sistema operacional. à claro que, na tecnologia móvel, estamos sendo apresentados a uma escolha de plataformas que vai muito além do sistema operacional do dispositivo que temos em mão.
Vejamos qual Ă© o estado do sistema operacional da internet -ou melhor, dos sistemas operacionais concorrentes da internet- tais como existem hoje. Entre outras funçÔes, um sistema operacional convencional coordena o acesso dos aplicativos aos recursos da mĂĄquina -coisas como memĂłria, armazenamento em disco, teclado e monitor. O nĂșcleo do sistema operacional -o "kernel"- gerencia processos, aloca memĂłria, lida com interrupçÔes dos dispositivos, com exceçÔes variadas, e geralmente permite que muitos aplicativos compartilhem o mesmo hardware.
NUVEM
à fåcil concluir que plataformas de "computação em nuvem", como Amazon Web Services, Google App Engine ou Microsoft Azure, que dão aos programadores acesso a armazenamento e computação, estão no ùmago do sistema operacional da internet que estå nascendo.
Os serviços de infraestrutura em nuvem sĂŁo, de fato, importantes, mas concentrar-se neles seria cometer o mesmo erro que a Lotus fez ao apostar que o DOS permaneceria o sistema operacional padrĂŁo, mesmo depois do surgimento de concorrentes baseados em interfaces grĂĄficas com o usuĂĄrio. Essas interfaces, afinal, nĂŁo faziam parte do sistema operacional "real", apenas eram mais um construto no nĂvel dos aplicativos. Mesmo que o Windows tenha sido, ao longo de anos, apenas uma fina casca sobre o DOS, a Microsoft entendeu que levar os programadores a graus maiores de abstração era a chave para fazer aplicativos mais fĂĄceis de usar. Mas quais sĂŁo esses graus mais altos de abstração? Seriam eles apenas aspectos que ocultam os detalhes das mĂĄquinas virtuais em nuvem, isolando o programador da gestĂŁo da escala, ou ocultando detalhes de exemplos de sistemas operacionais dos anos 1990 em mĂĄquinas virtuais em nuvem?
SUBSISTEMAS
Os serviços subjacentes acessados pelos aplicativos hoje nĂŁo sĂŁo meros componentes do dispositivo ou recursos de um sistema operacional, mas subsistemas de dados: localizaçÔes, redes sociais, Ăndices de websites, reconhecimento de voz e de imagem, tradução automĂĄtica. Ă fĂĄcil pensar que sĂŁo os sensores no seu dispositivo -a tela sensĂvel ao toque, o microfone, o GPS, o magnetĂŽmetro, o acelerĂŽmetro- que tornam possĂvel essa nova funcionalidade "cool". Na verdade, tais sensores sĂŁo apenas "inputs" para subsistemas maciços de dados que residem na nuvem.
Quando, por exemplo, como um programador para o iPhone, vocĂȘ usa o Core Location Framework para estabelecer a localização do telefone, vocĂȘ nĂŁo faz apenas uma solicitação ao sensor: faz uma consulta de dados em nuvem com os resultados, transformando coordenadas de GPS em endereços, ou transformando a intensidade dos sinais de wi-fi em coordenadas GPS, e daĂ em endereços. Quando o aplicativo da Amazon ou o Google Goggles leem um cĂłdigo de barras ou a capa de um livro, eles nĂŁo apenas usam a cĂąmera com processamento de imagem integrado: passam a imagem para um processador muito mais poderoso, em nuvem, e depois fazem uma consulta no banco de dados com os resultados.
Cada vez mais, os programadores de aplicativos nĂŁo recorrem Ă programação de baixo nĂvel para fazer reconhecimento de imagem, reconhecimento de fala, determinação da localização, gestĂŁo de redes sociais ou conexĂŁo com amigos.
Solicitam funçÔes de alto nĂvel a plataformas ricas em dados que oferecem esses serviços.
DESAFIO
Como o volume dos dados a serem tratados Ă© muito grande, pois estĂŁo em constante mudança e distribuĂdos ao longo de milhĂ”es de sistemas em rede, a busca revelou-se o primeiro grande desafio da era do sistema operacional da internet. Resolver o problema da busca requer um pesado e contĂnuo rastreamento da rede, a construção de Ăndices maciços e mecanismos algorĂtmicos de recuperação de dados para achar os resultados mais apropriados para a busca de um usuĂĄrio.
Por se tratar de uma tarefa complexa, apenas alguns empreendedores tiveram sucesso na busca para a web, especialmente o Google e a Microsoft. O Yahoo! e a Amazon tambĂ©m fizeram avanços substantivos nesse campo, mas deixaram grande parte do terreno para os dois lĂderes do mercado. Nem toda busca, no entanto, Ă© tĂŁo complexa como uma pesquisa na web. Um site de comĂ©rcio eletrĂŽnico como a Amazon, por exemplo, nĂŁo precisa rastrear constantemente outros sites para achar seus produtos; ela estĂĄ diante do problema bem mais especĂfico de encontrar apenas pĂĄginas na web que ela prĂłpria gerencia. No entanto, a busca Ă© fractal e a infraestrutura para isso se replica sucessivas vezes em muitos nĂveis em toda a internet. Isso sugere que hĂĄ oportunidades futuras para dirigir mecanismos de busca especializados e distribuĂdos para rastreamentos mais completos do que os que poderiam ser feitos por um mecanismo centralizado. A Amazon, por exemplo, classifica seus produtos mais populares lançando mĂŁo tanto de dados visĂveis apenas por eles, como a taxa de vendas, quanto dados que eles tornam pĂșblicos, como o nĂșmero e avaliação das resenhas dos usuĂĄrios.
BUSCAS POR ARQUIVO
AlĂ©m da busca na web, hĂĄ muitos tipos especializados de busca por diferentes tipos de arquivo. Sempre que vocĂȘ coloca um CD de mĂșsica num leitor ligado Ă internet, por exemplo, ele imediatamente busca o nome das faixas no banco de dados CDDB usando uma espĂ©cie de impressĂŁo digital produzida pela duração e pela sequĂȘncia das faixas no CD.
Outros tipos de busca por mĂșsica, como a feita por aplicativos para celulares como o Shazam, buscam mĂșsicas comparando sua impressĂŁo digital acĂșstica. JĂĄ o "projeto genoma da mĂșsica", da Pandora, encontra mĂșsicas parecidas recorrendo a um complexo de centenas de fatores analisados por mĂșsicos profissionais. Muitas das tĂ©cnicas de busca desenvolvidas para pĂĄginas da web se baseiam na semĂąntica dos links, em que cada link Ă© um voto, e votos de fontes com autoridade tĂȘm peso maior do que os demais. Trata-se de um caso de metadado implicitamente alimentado pelo usuĂĄrio, ausente na busca por outros tipos de conteĂșdo, como livros digitalizados.
Nesses casos, a busca permanece na mesma idade das trevas e da força bruta em que a busca na web estava antes do Google. Avanços significativos nas tĂ©cnicas de busca para livros, vĂdeos, imagens e sons serĂŁo, muito provavelmente, uma caracterĂstica da evolução futura do sistema operacional da internet.
Tim O'Reilly - Tradução Bernardo Esteves - Fonte: Folha de S.Paulo - 08/08/10.
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