FM - Faculdade Mental

GERAL

PENSANDO NA VIDA
25/02/2009 - PENSE!

MARINE LIFE CENSUS

English:
http://www.sciencenews.org/view/generic/id/40927/title/Marine_census_Surprising_number_of_creatures_bipolar
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http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/pictures/index.html?topGallery=1002351&page=1
O censo dos oceanos - Depois de quase dez anos de pesquisas, um grupo de 500 cientistas de mais de 25 paÃses catalogou 13 mil espÃ©cies nos oceanos Ãrtico e AntÃ¡rtico. As informaÃ§Ãµes fazem parte do Censo da Vida Marinha. Os resultados surpreenderam os cientistas, que estimavam uma biodiversidade menor nos polos devido Ã s baixas temperaturas. Alguns dos animais sÃ£o encontrados nos oceanos dos dois polos do planeta.
Foto: Imagem de um Clione limacina (popularmente chamado de anjo-do-mar), que vive em Ã¡guas polares.
Fonte: Ã‰poca - NÃºmero 562.
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O MUSEU DA FAMÃLIA
Bem vindo ao museu da famÃlia!
Aqui vocÃª irÃ¡ ver e saber acerca deste grupo que estÃ¡ a beira da extinÃ§Ã£o. Em meados do sÃ©culo XXI foram vistas as Ãºltimas famÃlias compostas por PAI, MAE E FILHOS. Um pouco antes desse perÃodo, quase nÃ£o se via uma mÃ£e ou um pai em casa cuidando dos filhos, do lar e da famÃlia. Eles foram trabalhar fora. JÃ¡ no sÃ©culo XIX, era costume o pai ser recebido pelos filhos em casa, apÃ³s um dia de trabalho. Ele era o provedor do LAR. Naquela Ã©poca as crianÃ§as tinham um pai que morava com elas. Este pai convivia com os filhos e passeava com eles nos fins de semana. Nas apresentaÃ§Ãµes da escola os filhos procuravam o olhar de seus maiores fÃ£s: seus pais. E o aplauso deles era a garantia da felicidade! Os pais podiam corrigir o erro e disciplinar os filhos. Quando os filhos precisavam de colo tinham um de seus pais por perto para carregÃ¡-los a hora que quisessem. No dia das mÃ£es se reuniam na casa da avÃ³ e a cama se enchia de presentes dos filhos, dos netosâ€¦ Era difÃcil esperar atÃ© o segundo domingo de agosto para entregar ao papai o presente feito pelos prÃ³prios filhos: A camisa com sua mÃ£ozinha, o quadro pintado, o cartÃ£o com moldura de gravata... A melhor comida era a da mamÃ£e. Era o papai quem ganhava no jogo de dama ou de bola. Quantas brincadeiras correndo soltas com os irmÃ£os e primos! Esconde esconde, casinha, queimadaâ€¦ Os brinquedos espalhados pela casa... Os risos, os choros.. Fartura de â€œvidaâ€. Casa cheia nÃ£o sÃ³ de gente, mas de amor e contentamento.
Nas famÃlias havia coisas que nÃ£o cabem neste museu: abraÃ§os, beijos, alegrias, choros, risos, personalidades, cachorros, papagaiosâ€¦ Os JARDINS! Eles nÃ£o poderiam faltar neste museu! As casas tinham jardins. Deles as avÃ³s retiravam plantas para enfeitar ou para fazer chazinhos caseiros para os filhos e netos. FÃ©rias tambÃ©m se passavam em famÃlia. Na roÃ§a, na praia ou na casa dos parentes: estavam todos num feliz ajuntamento. Para eles estar em famÃlia era o que fazia a vida valer a pena!
Como foi o fim das famÃlias? ... Bem, Ã© uma longa histÃ³riaâ€¦ Mas, lembre-se que, se vocÃª os deixar ir, talvez nunca mais os terÃ¡ de volta. Ã€s vezes, nos ocupamos tanto com nossas prÃ³prias vidas, que nÃ£o notamos que os deixamos ir â€¦ Outras vezes nos preocupamos tanto com QUEM estÃ¡ certo ou errado, que nos esquecemos do que Ã© CERTO e do que Ã© ERRADO.
Foi assim que as famÃlias comeÃ§aram a desaparecerâ€¦ Mas hoje temos este museu para visitÃ¡-las. Certa vez alguÃ©m falou sobre um ciclo de morte que estava se instalando nas famÃlias. E leu na BÃblia como seria a cura: SALMOS 128.1-6: "Feliz aquele que teme a Deus, o SENHOR, e vive de acordo com a sua vontade!â€
Mas parece que nÃ£o deram atenÃ§Ã£o suficiente... E as famÃlias foram se extinguindo... Nossa visita ao museu termina aqui, com o livro que falou sobre estes acontecimentos.
Texto: Alexa Guerra.
(ColaboraÃ§Ã£o: Elna - FlorianÃ³polis)

FACULDADES EM TRANSIÃ‡ÃƒO
Ã‰ descabida a reivindicaÃ§Ã£o, pelo FÃ³rum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, de uma linha de financiamento subsidiada com dinheiro pÃºblico para enfrentar supostos efeitos da crise econÃ´mica em seu ramo de negÃ³cio. A sobra de vagas nas instituiÃ§Ãµes privadas antecede a crise e decorre, em realidade, de uma saturaÃ§Ã£o. NÃ£o hÃ¡ por que socorrer o setor, que deve ajustar-se por mecanismos de mercado.
A razÃ£o mais saliente a desaconselhar o socorro estÃ¡ na substancial ajuda oficial que universidades particulares jÃ¡ recebem. Com o Programa Universidade para Todos (ProUni) a UniÃ£o abrirÃ¡ mÃ£o de R$ 394 milhÃµes em impostos neste ano para custear a ocupaÃ§Ã£o de vagas privadas por alunos de baixa renda. Em 2008, foram 225 mil vagas.
Se 42% das instituiÃ§Ãµes ouvidas em pesquisa do sindicato setorial paulista anunciam que terÃ£o menos alunos novos em 2009, isso nÃ£o resulta de falta de capital. O subsÃdio que o BNDES jÃ¡ considera conceder serviria sÃ³ para dar fÃ´lego a cursos insustentÃ¡veis, por falta de demanda, e muitas vezes de mÃ¡ qualidade. Condicionar o crÃ©dito ao cumprimento de padrÃµes de ensino, como se cogita, parece apenas um pretexto, pois jÃ¡ Ã© obrigaÃ§Ã£o do Estado exigir essa qualidade.
O crescimento vigoroso do ensino superior privado nos Ãºltimos anos teve o mÃ©rito de oferecer oportunidades de estudo a uma grande parcela da sociedade que estava tradicionalmente alijada desse benefÃcio. No Estado de SÃ£o Paulo, o nÃºmero de instituiÃ§Ãµes passou de 266 para 496 de 1997 a 2007, um aumento de 86%. Em escala nacional, o setor crescia a taxas de 10% anuais, mas de 2006 a 2007 estacionou.
O segmento deve agora passar por uma consolidaÃ§Ã£o natural, processo do qual se espera que emerjam instituiÃ§Ãµes mais robustas -sob o prisma financeiro e o pedagÃ³gico.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/02/09.
ProUni - http://portal.mec.gov.br/prouni/

ECOLOGIA DO SUCESSO
A modernidade propaga um "modo de viver" fortemente alicerÃ§ado no consumo. O sucesso das pessoas Ã© definido a partir da ampliaÃ§Ã£o do seu poder de compra. Nesse dito modo de viver, "comprar mais" equivale a "ser mais". As famÃlias desejam o bem dos filhos e as escolas se preparam, conforme tais desejos, para reproduzir sonhos de sucesso. Nesses termos, serÃ¡ preciso integrar os filhos Ã vida de mercado: tornÃ¡-los competitivos e bem- sucedidos. Contudo, o mercantil modo de viver estÃ¡ dissociado do "bem viver". Ã‰ preciso comprar para ser. NÃ£o importa o que se compre! Mas a vida perde sentido, na prevalÃªncia "do ter" e na ausÃªncia "do ser".
Como pensar a vida sob a referÃªncia dessa cultura feita "de comprar para ser feliz"? HÃ¡ um mercado de saÃºde. HÃ¡ um mercado de vida? Em que mercado compra-se o "bem viver"? O que dirÃ£o a medicina e a economia sobre os critÃ©rios humanos a definir preÃ§os da vida? Muitos dirÃ£o que os saudÃ¡veis compram saÃºde. Entretanto, a nossa cultura adoece. HÃ¡ terror, depressÃ£o, violÃªncia, solidÃ£o e vazio. NÃ£o se reconhece mais o humano. Ã‰ paradoxal, nessa cultura doente, admitir a existÃªncia saudÃ¡vel e o bem viver.
HÃ¡ um mercado de educaÃ§Ã£o. Ã‰ preciso treinamento para competir e, como diz Humberto Maturana, nÃ£o hÃ¡ competiÃ§Ã£o saudÃ¡vel. A competiÃ§Ã£o se reduz ao aniquilamento do outro para a qualificaÃ§Ã£o de si prÃ³prio. Aqui, tambÃ©m, falta saÃºde porque o sucesso de alguns depende da necessÃ¡ria derrota de outros. Nesse modo de viver, Ã© incompreensÃvel a vitÃ³ria em que todos ganhem. "Existo porque existimos": caso tal pensamento pertencesse a nÃ³s, a derrota de alguns seria a de todos nÃ³s. Mas o fracasso de muitos Ã© a vitÃ³ria de poucos.
Sobre a incapacidade de uma formaÃ§Ã£o decente, digna e solidÃ¡ria, as escolas diriam: o vestibular nos amarra. Por isso, estratÃ©gias de competiÃ§Ã£o - dicas e receitas - substituem a boa formaÃ§Ã£o e o fortalecimento dos sentidos da vida. Perdeu-se o coletivo. Prevalece o individualismo. As escolas, campos de treinamento, fabricam "mÃ¡quinas de competir", de destruir. A destruiÃ§Ã£o, contudo, Ã© o caminho da autodestruiÃ§Ã£o.
O sucesso se reduz a um crescente "poder de comprar" sempre inferior ao progressivo "desejo de ter". Ã‰ infeliz, o tipo comum bem-sucedido, porque se preparou "para ter" e nÃ£o "para ser". DesperdiÃ§a-se a vida para que se reproduza um modo de viver que concede apenas tristes sobrevivÃªncias que se estendem no tempo. O que se deseja, ao final desse tempo? Nada alÃ©m de mais tempo para viver e noutros termos. Entretanto, tal como nÃ£o se sabe o que Ã© saber, nÃ£o se saberia o que Ã© bem viver e, tampouco, o que fazer com o tempo. Diante da nossa ecolÃ³gica equaÃ§Ã£o de termos invertidos, na impossibilidade de comprar vida, talvez muito antes do final da existÃªncia jÃ¡ se saiba o significado do sucesso: nele se conhece o fracasso, se contrai a doenÃ§a e se experimenta a solidÃ£o interior. Faz sentido a nossa ecologia?
CÃ¡ssio E. Viana Hissa - Professor e pesquisador (UFMG). Fonte: O Tempo - 22/02/09.

FRALDAS - RECICLAR Ã‰ POSSÃVEL
VÃ¡rias cidades britÃ¢nicas poderÃ£o adotar um esquema para reciclar milhares de toneladas de fraldas descartÃ¡veis usadas, transformando-as em produtos que vÃ£o de telhas a capacetes para ciclistas. O metano extraÃdo das fraldas Ã© transformado em gÃ¡s, usado para a geraÃ§Ã£o de energia. A primeira usina, em Birmingham, deverÃ¡ entrar em operaÃ§Ãµes em meados de 2010. A estimativa da empresa Ã© de processar 36 mil toneladas de fraldas descartÃ¡veis por ano.
Fonte: O Tempo - 28/02/09.

SAUDADES DOS VELHOS CARNAVAIS
Toda terÃ§a-feira de Carnaval, rola um artigo meu. Todo ano, arrisco sociologias ou antropologias atabalhoadas, "profundidades" psicolÃ³gicas sobre cultura e natureza; coisas como "nosso Carnaval mostra o inconsciente brasileiro Ã flor da carne" e "talvez o Carnaval seja uma doenÃ§a salvadora". JÃ¡ escrevi atÃ© que "o Carnaval Ã© anti-Bush, anti-Iraque. Ã‰ o antÃdoto devasso contra o pragmatismo fundamentalista". Pode uma coisa dessas?
Por isso, em meio ao tumulto que Ã© o Carnaval de hoje, sÃ³ falarei dos tempos mais delicados, mais baldios, onde morava sua frÃ¡gil poesia.
O Carnaval chegava em dezembro ainda, com as cigarras chiando no alto dos "flamboyants", com flores sangrentas dentro da imensa cÃºpula azul que cobria o verÃ£o. O Carnaval vinha aos poucos, nÃ£o explodia de repente na TV como hoje; cedo, se anunciava, com os sambas e marchinhas nos rÃ¡dios. JÃ¡ escrevi sobre algumas dessas imagens remotas.
No Rio, de dia faltava Ã¡gua e de noite faltava luz. E a marchinha crÃtica pedia a Deus: "tomara que chova trÃªs dias sem parar, a minha grande mÃ¡goa Ã© que lÃ¡ em casa nÃ£o tem Ã¡gua eu preciso me lavar!"
Do fundo de meu passado surge a proa de um grande navio fosforescente, dourado e prata, onde navegava uma linda mulher, sÃ³ com uma folha de parreira de lantejoulas, a primeira mulher nua que eu vi, ao lado de meu pai que me levava pela mÃ£o na avenida. Seu olhar ficou torto quando apareceu a vedete triunfante sobre o carro alegÃ³rico dos "Tenentes do Diabo". Vi que pais de famÃlia ali perto detestaram por instantes as esposas, as sogras, os filhos e quiseram fugir com as sereias nuas de Copacabana: a Luz del Fuego, a Eros Volusia, a VirgÃnia Lane.
Antes, sÃ³ as atrizes se despiam. Hoje, as peruas tambÃ©m querem ser "mulheres da vida", como falava minha mÃ£e, com ciÃºmes de meu pai esgazeado diante da Elvira PagÃ£ nua.
Vejo a Casa Turuna - de fantasias -, suas mÃ¡scaras de diabo, morcego ou de caveira, roupas de pirata, havaianas inspiradas nas coxas de Dorothy Lamour ou de Eleanor Powell danÃ§ando no HavaÃ, fantasias de cowboy, de espadachins como Errol Flynn, dos sonhos norte-americanos que jÃ¡ povoavam nosso imaginÃ¡rio.
Lembro tambÃ©m dos anjos de cara suja, dos blocos das "escrotas", dos blocos dos vagabundos, dos bÃªbados ornamentais, da crioulada pobre. Esses molambos e pirados criavam uma autocaricatura que denunciava a micharia de suas vidas tristes. De certa forma, os blocos de sujos se fantasiavam de "brasileiros"... (olha eu fazendo sociologia de galinheiro, de novo. Voltemos Ã s memÃ³rias).
Vejo os "clovis" ("clowns") de Santa Cruz correndo e gritando (atÃ© hoje), mendigos rebolando, confundidos com foliÃµes, escolas de samba sem alegorias, sem alto-falantes, no chÃ£o da avenida, com baianas imensas girando e tribos de Ãndios vestidos com penas de espanador e bigodes, os primeiros veados assumidos desfilando (Ã s vezes levavam porrada, pois era duro ser "gay" nos anos 50), os primeiros travestis, filhos da bicha precursora francesa Coccinelle, as roupas de luxo de ClÃ³vis Bornay, herÃ³i vanguardeiro dos concursos de fantasia com seus nomes maravilhosos: "Esplendor e morte da rainha CleÃ³patra", a bicha com um escravo negro abanando-a com ventarola egÃpcia, apertando no peito uma serpente venenosa; Madame SatÃ£, precursor das drag-queens, forte capoeirista, bom de briga, saindo na porrada com os policiais de cassetete, ele vestido de bailarina, peruca loura, dando-lhes rasteiras de salto alto.
Vejo os primeiros biquinis, os banhos de mar Ã fantasia na praia de Copacabana, ainda com Cadillacs e Studebakers paquerando "brotinhos", fantasias de papel crepom laranja e azul se desfazendo no mar, entre as coxas das moÃ§as inatingÃveis.
OuÃ§o ainda Lamartine Babo, na TV preta-e-branca ou nos rÃ¡dios Capelinha, gorjeando como um passarinho rouco, aquele gÃªnio magrinho, de "summer jacket", cantando "Quem foi que inventou o Brasil?" Emilinha Borba, Marlene, o afro-negÃ£o "Blackout" anunciando que "chegou o general da banda ÃªÃª!" (bem antes de chegarem os generais de 64), o Jorge Veiga, Ãºnico cantor "fanho" da histÃ³ria do mundo, as irmÃ£s Batista, Dircinha e Linda, que depois morreram loucas num apartamento imundo (uma tinha sido amante do GetÃºlio).
Havia muito menos gente, sem sexo esfregado na cara; era um Carnaval com esperanÃ§a de se encontrar um grande amor na esquina, um Carnaval sem camisinha (na Ã©poca, os preservativos eram as poÃ©ticas camisas de VÃªnus e amanheciam boiando no mar - provas do pecado noturno).
As peruas do cafÃ© society nÃ£o iam para as ruas; sÃ³ danÃ§avam de vestidos "tomara-que-caia", com o marido de "smoking", no baile do Municipal.
Vejo o Baile das Atrizes, Mara Rubia, Angelita Martinez e todas as desejadas coristas, algumas cavalgando os ombros de foliÃµes atlÃ©ticos, as lindas coxas estrangulando-lhes o pescoÃ§o, lembro do famoso "baile do cabide" (verdade ou mentira?), mitolÃ³gica orgia onde o sujeito entrava, pendurava a roupa no cabide e caÃa no salÃ£o com todo mundo nu.
O lanÃ§a-perfume dourado ejetava o Ã©ter perfumado no lenÃ§o que cheirÃ¡vamos. E o mundo comeÃ§ava a rodar. A mÃºsica das avenidas ficava longÃnqua, os gritos se abafavam, as cuÃcas e tamborins gemiam mais lentos e nÃ³s desmaiÃ¡vamos no chÃ£o, entre colombinas e tirolesas.
Ainda sinto o tremor dos porres homÃ©ricos, lÃvidos rapazes nos meio-fios, o bicarbonato, os vÃ´mitos salpicados de confetes, malandros esfaqueados com sangue no asfalto, as manchetes dos jornais: "Rasgou a faca o coraÃ§Ã£o da amante".
E os beijos no banheiro do baile, os chupÃµes e sarros na chuva quente, com gosto de cerveja, os "amassos" na praia dando dores nos rins da rapaziada, porque menina nÃ£o dava nem morta antes da pÃlula, os beijos sem destino, os cÃ©us de purpurina, as teias de serpentinas coloridas. E o Carnaval terminava, como uma chuva de estrelas e perfumes.
Arnaldo Jabor (http://www.arnaldojabor.blogger.com.br/) - Fonte: O Tempo - 24/02/09.

APOSTA CORRETA - PEDALA BH
Apesar de a cidade nÃ£o oferecer condiÃ§Ãµes favorÃ¡veis ao uso de bicicletas como transporte, em razÃ£o de suas caracterÃsticas montanhosas, a administraÃ§Ã£o municipal mostra estar atenta Ã conveniÃªncia de uso de vias de trÃ¡fego que facilitem a mobilidade horizontal.
O programa, denominado Pedala BH, visa dar Ã cidade, atÃ© o final do ano, mais seis ciclovias, totalizando 18 quilÃ´metros. Os projetos de implantaÃ§Ã£o jÃ¡ estÃ£o prontos e vÃ£o ligar, por meio de corredores mais ou menos planos, bairros populosos a estaÃ§Ãµes de metrÃ´ ou Ã´nibus.
A cidade tem algumas ciclovias, que sÃ£o pouco utilizadas como vias de transporte. As que sÃ£o mais usadas o sÃ£o como vias de esporte. No entanto, muitos belo-horizontinos utilizam esse meio como veÃculo de transporte, sujeitando-se aos riscos oferecidos pelo trÃ¢nsito.
O paÃs tem cerca de 60 milhÃµes de bicicletas. O veÃculo estÃ¡ presente em praticamente todas as residÃªncias. A indÃºstria nÃ£o conhece crise, graÃ§as ao impulso que recebe do segmento esportivo. HÃ¡, no entanto, um enorme mercado, representado pelo segmento dos trabalhadores.
Uma grande parte da populaÃ§Ã£o das grandes cidades do paÃs nÃ£o utiliza nenhum tipo de transporte pÃºblico por falta de condiÃ§Ãµes financeiras. Anda a pÃ©. SÃ£o cerca de 30 milhÃµes de brasileiros. Essa populaÃ§Ã£o poderia ser a primeira a ser beneficiada.
NÃ£o obstante haja cidades em que a frota de bicicletas Ã© majoritÃ¡ria, o governo ainda nÃ£o despertou para as possibilidades do veÃculo. AlÃ©m do baixo custo e facilidade de manutenÃ§Ã£o, ela ocupa menos espaÃ§o, nÃ£o polui o meio ambiente e ainda estimula o preparo fÃsico.
Algumas cidades europeias estimulam, hÃ¡ dÃ©cadas, o uso desses pequenos veÃculos. O cidadÃ£o nem precisa possuir uma. Pega e larga onde quiser. O Estado provÃª o veÃculo e o cidadÃ£o se comporta com responsabilidade. A prÃ¡tica tem um fundamento cultural.
A vida nas cidades brasileiras pode melhorar muito com as bicicletas. Em todos os sentidos.
Editorial - Fonte: O Tempo - 24/02/09.
Pedala BH - http://abetran.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=870&Itemid=45

AQUECIMENTO - ANTÃRTIDA ESTÃ DERRETENDO
O ritmo Ã© mais rÃ¡pido que se imaginava. O alerta Ã© de um estudo da OrganizaÃ§Ã£o MeteorolÃ³gica Mundial, com mais de mil especialistas sobre as regiÃµes polares do planeta. A consequÃªncia serÃ¡ a elevaÃ§Ã£o sem precedentes dos oceanos a nÃveis nem mesmo previstos pelo Painel Internacional sobre MudanÃ§as ClimÃ¡ticas. Mais de 200 milhÃµes de pessoas que vivem em regiÃµes costeiras poderÃ£o sofrer. Outro foco de preocupaÃ§Ã£o Ã© a de perda de gelo na GroenlÃ¢ndia e o derretimento das Ã¡guas do Ãrtico.
Fonte: O Tempo - 26/02/09.
OrganizaÃ§Ã£o MeteorolÃ³gica Mundial - http://www.wmo.int/pages/index_en.html

FUNDAÃ‡ÃƒO MAPFRE
A FundaÃ§Ã£o Mapfre (http://www.fundacaomapfre.com.br/) desenvolve iniciativas com objetivo de fomentar a cidadania, a educaÃ§Ã£o e o desenvolvimento econÃ´mico sustentÃ¡vel. O foco de atuaÃ§Ã£o das atividades da fundaÃ§Ã£o sÃ£o arte, cultura e meio ambiente.
Blogdepapel - Fonte: O Tempo - 26/02/09.

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