UM TIME, UM PAĂS
23/01/2010 -
FUTEBOL SHOW
INVICTUS
English: http://invictusmovie.warnerbros.com/
Em 1995, Nelson Mandela (Morgan Freeman) une forças com um sĂmbolo marcante da segregação racial na Ăfrica do Sul: o rĂșgbi. Um ano apĂłs ter vencido a primeira eleição direta do paĂs. Mandela conquista François Pienaar (Matt Damon), capitĂŁo do time Springboks, com seu inato talento para liderar. A aproximação dos dois homens se dĂĄ em função dos planos de Mandela de consolidar o fim do apartheid - sistema polĂtico-social dominante de 1948 a 1992, que impunha uma rĂgida separação racial no paĂs. Com a vitĂłria na Copa do Mundo de RĂșgbi daquele ano, a Ăfrica do Sul garante os primeiros passos em busca de uma uniĂŁo social (e racial), e caminha para a estabilidade polĂtica necessĂĄria Ă garantia dos direitos civis da população.
Invictus - Direção: Clint Eastwood - estreia prevista para 19 de janeiro.
Fonte: Aventuras na História - Edição 78.
Detalhes: http://invictusmovie.warnerbros.com/
FILANTROPIA - BOLA DENTRO
Dedicada ao trabalho com crianças e jovens de baixa renda do Jardim Irene, na periferia de SĂŁo Paulo, a Fundação Cafu, mantida pelo ex-lateral da Seleção Brasileira, ganhou o tĂtulo de Utilidade PĂșblica Federal. Ela funciona hĂĄ nove anos. Nesse perĂodo, a delegacia policial da ĂĄrea diz ter havido redução de 40% nas ocorrĂȘncias envolvendo menores.
Ricardo Boechat - Fonte: Isto à - Edição 2097.
Fundação Cafu - http://www.fundacaocafu.org.br/
JOGO DURO
A Rede Record encaminhou Ă Fifa um pedido para que sua equipe de 25 enviados especiais Ă Copa da Ăfrica do Sul tivesse acesso aos centros oficiais de mĂdia. A Fifa negou. Disse que somente as redes que compraram os direitos de transmissĂŁo podem fazĂȘ-lo. Apesar de os direitos da Copa serem da Globo, a Record estĂĄ vendendo por 23 milhĂ”es de reais cinco cotas para a cobertura jornalĂstica do torneio, com um total de 400 inserçÔes. O pacote tem o nome de "O outro lado da Copa" â pelo visto, Ă© o lado de fora.
Panomara - Radar - Lauro Jardim - Fonte: Veja - Edição 2148.
MĂO DE HENRY ESCAPA DE PUNIĂĂO DA FIFA
De acordo com o comitĂȘ disciplinar da entidade, nĂŁo havia base jurĂdica para voltar ao caso, jĂĄ que o lance nĂŁo Ă© considerado "infração grave". O toque originou o gol da classificação francesa Ă Copa.
Fonte: Folha de S.Paulo - 19/01/10.
DOIS BRASILEIROS NA "SELEĂĂO IDEAL" DE 2009
A Uefa anunciou a "seleção ideal" de 2009. O lateral-direito Daniel Alves (Barcelona) e o meio-campista KakĂĄ (Real Madrid) sĂŁo os Ășnicos brasileiros na equipe, definida em uma votação no site oficial da entidade.
Em torno de 320 mil usuĂĄrios participaram da escolha (nĂșmero cerca de 30% superior ao do ano anterior). O Barcelona dominou a lista de indicados com seis jogadores, alĂ©m do treinador Josep Guardiola. O Real Madrid teve trĂȘs atletas na lista. Os "intrusos" vieram do futebol inglĂȘs.
Cada um dos jogadores eleitos para a "seleção ideal"receberĂĄ um prĂȘmio de 100 mil euros, que serĂĄ revertido para o comitĂȘ internacional da Cruz Vermelha.
A seleção - Confira o time eleito:
Casillas (R. Madrid); Daniel Alves (Barcelona), Terry (Chelsea), Puyol (Barcelona) e Evra (M. United); Xavi (Barcelona), Iniesta (Barcelona) e KakĂĄ (R. Madrid); C. Ronaldo (R. Madrid), Messi (Barcelona) e Ibrahimovic (Barcelona).
Fonte: O Tempo - 21/01/10.
RECEITA COM PATROCĂNIOS APROXIMA BRASIL E EUROPA
Brasileiros se descolam dos rivais sul-americanos em publicidade no uniforme.
Puxados pelo Corinthians, que fechou quinto maior contrato do mundo, clubes do paĂs devem arrecadar R$ 320 milhĂ”es em 2010.
Ao menos em arrecadação com patrocĂnio, os clubes do Brasil se descolaram definitivamente dos rivais sul-americanos e estĂŁo cada vez mais prĂłximos dos grandes da Europa.
Puxados pelo Corinthians -que vendeu a camisa por R$ 38 milhÔes e espera chegar a R$ 50 milhÔes por ano no total com a venda de espaço no calção do uniforme- , as equipes brasileiras devem arrecadar R$ 320 milhÔes em 2010, segundo projeção feita pela consultoria Crowe Horwath RCS.
O Flamengo também conseguiu o maior contrato de sua história, ao fechar com a Brasil Foods por R$ 25 milhÔes anuais. O São Paulo, que recebeu R$ 18 milhÔes da LG em 2009, espera R$ 30 milhÔes.
Os valores superam em muito o que os maiores times argentinos arrecadam. Boca Juniors e River Plate, somados, praticamente empatam com o Palmeiras, que fechou com a Samsung.
Com o novo acordo, o Corinthians jĂĄ tem o quinto maior patrocĂnio do mundo, atrĂĄs dos gigantes Real Madrid, Bayern de Munique, Liverpool e Manchester United. "NĂłs devemos isso Ă recuperação de nossa credibilidade e ao fator Ronaldo", afirma o presidente corintiano, Andres Sanchez.
A diferença, explica Amir Somoggi, da Crowe, é que na Europa a venda de espaço no uniforme é só uma fração do que os clubes arrecadam com marketing. "O Barcelona não tem patrocinador na camisa e arrecadou mais de 100 milhÔes em 2009, só com marketing."
Segundo CĂ©sar Gualdani, diretor da TNS Brasil, braço da empresa multinacional de pesquisas, os nĂșmeros atingidos por Corinthians e Flamengo em 2010 estĂŁo prĂłximos do teto. "Mas as empresas estĂŁo enxergando futebol como ferramenta de comunicação que ajuda na construção da marca."
AtĂ© dez anos atrĂĄs, os clubes viviam de bilheteria e venda de jogador. A mudança de perfil no faturamento se deu ao longo desta dĂ©cada, quando os times do paĂs profissionalizaram seus departamentos de marketing.
"As empresas se deram conta de que negociavam com profissionais, não com curiosos", diz Julio Casares, vice de marketing do São Paulo. "No nosso caso, não tivemos um 2009 glorioso dentro de campo, mas fizemos açÔes, demos retorno para os parceiros e por isso queremos pedir mais."
Eduardo Arruda/MartĂn Fernandez - Fonte: Folha de S.Paulo - 19/01/10.
VITRINE: PESQUISA APONTA QUE CORINTHIANS APARECEU MAIS EM 2009
Segundo a InformĂdia, empresa que mede exposição de marcas atreladas ao futebol, o Corinthians foi o clube que mais apareceu em 2009. E, portanto, mais retorno deu a patrocinadores. "Apesar de sermos a segunda maior torcida do paĂs, as pessoas falam mais da gente do que do Flamengo", diz o presidente Andres Sanchez. Mas Rafael Plastina, diretor da InformĂdia, faz a ressalva de que sĂł os grandes tĂȘm obtido boa exposição. "Essa marĂ© boa nĂŁo Ă© para todos. Fora dos 12 grandes, hĂĄ muita dificuldade para conseguir patrocĂnio."
Fonte: Folha de S.Paulo - 19/01/10.
COMO FORMAR NOVOS CRAQUES?
Acompanhando a Taça SĂŁo Paulo de Futebol JĂșnior, podemos notar como as coisas mudaram. Antigamente, era nos times de vĂĄrzea que nasciam nossos grandes jogadores. Neles percebĂamos que a maioria era de negros e mulatos. Havia (e hĂĄ) aqui uma estreita relação com a distribuição racial no nosso PaĂs, formada basicamente por descendentes de africanos, apesar da importante presença de vĂĄrias outras colĂŽnias de todos os continentes. ഀ
Para esses afrodescendentes, em razão de sua situação social que infelizmente persiste até hoje, o futebol sempre foi uma das poucas chances de ascensão na pirùmide econÎmica social. Desde, é claro, que possuam talento para o jogo. A elite, até meados dos anos 70, apesar de controlar o gerenciamento do negócio, pouco se interessava em ocupar os espaços existentes no trabalho dentro de campo.
Os jogadores de futebol, assim como as dançarinas de cabarĂ©, os atores e os que militavam nas artes plĂĄsticas, eram pouco valorizados pela sociedade e mesmo discriminados. Esta profissĂŁo popular sempre foi, porĂ©m, uma grande oportunidade para que os jovens mais carentes pudessem se colocar e assim criar mais perspectivas para suas vidas e de suas famĂlias. O grande time do Santos dos anos 60, para termos uma ideia, possuĂa praticamente todos os seus titulares negros, em destaque e contraste com o uniforme absolutamente alvo. ഀ
Ainda nĂŁo tĂnhamos a explosĂŁo demogrĂĄfica dos grandes centros urbanos, o grande fator desencadeador do nascimento das favelas na quantidade e condiçÔes de hoje. A falta de uma polĂtica rural adequada e a indução Ă industrialização atraĂram milhares de pessoas, principalmente do Nordeste brasileiro â mais pobre e eternamente assolado pela seca e pelo descaso das autoridades â para as maiores cidades do PaĂs, em busca de trabalho e subsistĂȘncia.
Inclusive o presidente Lula â e, de certo modo, eu tambĂ©m â foi um dos retirantes a abandonar a terra natal, na esperança de uma vida melhor. Infelizmente, essa migração desenfreada, em vez de oferecer oportunidades, criou mais e mais dificuldades, pois na cidade eles nĂŁo encontraram facilidades e tiveram de buscar soluçÔes criativas para os seus inĂșmeros problemas. E foram a falta de recursos para moradia e o abandono do Estado brasileiro os fatores que o empurram para a ilegalidade, invadindo ĂĄreas pĂșblicas ou nĂŁo para instalarem suas famĂlias. E foi nas favelas â sĂmbolo cruel da nossa realidade econĂŽmica â que muitos dos nossos grandes jogadores cresceram. ഀ
Viver, mesmo que eventualmente, a realidade de uma favela Ă© um fator promotor de ojeriza em parte da sociedade brasileira; aquela abastada que dĂĄ as costas para os imensos problemas sociais que vivemos. Conhecer a misĂ©ria, o desencanto e o abandono jamais estarĂĄ nos planos dessa gente. ഀ
Ă como se os favelados fossem gente diferente. SĂŁo vistos por duvidosa e aparĂȘncia repugnante. Um outro mundo, uma outra espĂ©cie. Esse sentimento, tĂŁo endemicamente presente na consciĂȘncia de tantos, Ă© o pleno exercĂcio da rejeição a que esta parte da nação estĂĄ submetida. Uma fatia imensa do nosso povo que Ă© desprezada de forma torpe.
Essa imagem Ă©, porĂ©m, mais que falsa. Nesses bolsĂ”es em que se reĂșnem milhĂ”es de famĂlias, cujo Ășnico objetivo e concessĂŁo Ă© resistir, hĂĄ muita inteligĂȘncia, Ă©tica e sensibilidade. Talvez muito mais que nos salĂ”es da riqueza, aqueles que nos fazem um dos piores paĂses do planeta em distribuição de renda. SĂŁo pessoas que sabem o quanto vale um abraço, o sorriso e o pleno exercĂcio da solidariedade. SĂŁo mais gente que a gente que os despreza e lhes nega o olhar em qualquer esquina da vida. Uma indigĂȘncia somente material, mas que por isso provoca repulsa. Como se isso fosse a posse mais importante que poderĂamos carregar. Mas sĂŁo de uma dignidade espantosa.
Infelizmente, a realidade mudou e os times de vĂĄrzea, aqueles que ainda resistem, estĂŁo com os dias contados. E com isso detectamos uma queda na qualidade dos atletas que estamos formando nos dias de hoje. Ainda que notemos alguns de notĂłrio talento, estes hoje sĂŁo minoria, o que deveria servir de alerta aos nossos gestores, jĂĄ que uma das mais importantes fontes de renda dos nossos clubes Ă© a transferĂȘncia dos nossos jogadores. Eis aĂ uma cruel verdade.
Sócrates - Fonte: Carta Capital - Edição 579.
LINEAR E TECNICAMENTE CORRETO
Aprendi na medicina, mais como médico e professor do que como aluno, que não se deve transportar o que estå escrito nos livros para todos os pacientes.
Os sintomas do doente, que são só dele, é que devem ser comparados com o que estå nos livros. Dois pacientes com a mesma doença são diferentes. O doente é que tem de ser tratado, e não a doença.
O mesmo ocorre no futebol e na vida. Cada jogo tem sua histĂłria, como diz o antigo e correto lugar-comum. Cada experiĂȘncia vivida nunca Ă© idĂȘntica Ă outra.
Uma das caracterĂsticas da neurose Ă© a dificuldade de viver, de construir uma nova histĂłria. Repetir Ă© muito mais fĂĄcil e mais seguro. Somos todos neurĂłticos. Uns mais, outros menos.
O sonho de muitos treinadores Ă© fazer do futebol, cada vez mais, um esporte tĂ©cnico, cientĂfico, neurĂłtico, medido, calculado e programado em um computador. As surpresas, as observaçÔes subjetivas e o imponderĂĄvel teriam a mĂnima importĂąncia. Tudo isso jĂĄ acontece e Ă© cada vez mais frequente.
Progressivamente, o futebol se torna um jogo programado, de passes curtos, para os lados, lineares e tecnicamente corretos. Os dribles surpreendentes e desconcertantes, de todos os tipos, estão desaparecendo, além dos passes de curva, de rosca e de trivela.
Os passes de curva nĂŁo sĂŁo apenas bonitos. SĂŁo eficientes e essenciais. Ă a Ășnica maneira de fazer a bola contornar o corpo do adversĂĄrio e chegar aos pĂ©s do companheiro, atrĂĄs do marcador.
Desde que os ingleses inventaram o futebol, ou melhor, organizaram o futebol como um jogo coletivo e com regras, discute-se sobre futebol arte e de resultados. NĂŁo consigo ver a arte separada da tĂ©cnica e dos resultados. O que nĂŁo se pode Ă© confundir arte com firula, exibicionismo e habilidade. Todo artista Ă© habilidoso, mas nem todo habilidoso Ă© um artista.ഀ
Os grandes artistas, como Garrincha, Maradona, Ronaldinho e Messi, sĂł se tornaram craques porque possuĂam Ăłtima tĂ©cnica. Jogam bem e com eficiĂȘncia. JĂĄ os que se destacam mais pela tĂ©cnica, como KakĂĄ, sĂł se tornam craques porque sĂŁo tambĂ©m habilidosos e criativos. Se KakĂĄ fosse mais fantasista, seria ainda melhor.
O futebol precisa do bĂĄsico e do extra, como disse o tĂ©cnico RenĂȘ SimĂ”es. O bĂĄsico sĂŁo os fundamentos tĂ©cnicos, a capacidade fĂsica, a dedicação, a concentração e tantas outras coisas que podem ser planejadas e ensaiadas. O extra Ă© o enfeite, a improvisação, a fantasia, as finalizaçÔes, os dribles e os passes surpreendentes. O enfeite e o supĂ©rfluo sĂŁo essenciais.ഀ
Os treinadores tĂȘm medo de jogar com vĂĄrios jogadores habilidosos, criativos e imprevisĂveis.
Antes da Copa do Mundo de 2006, Carlos Alberto Parreira disse que atuar com Ronaldinho, Kakå e Robinho, além de Ronaldo, seria o limite da ousadia. Ele não suportou essa pressão interna e se perdeu, além de trocar Robinho por Adriano.
No fundo de sua alma, Parreira queria treinar a seleção inglesa ou a italiana, nas quais as coisas seriam mais previsĂveis.
A seleção brasileira de 1994, campeã do mundo, dirigida por Parreira, era uma seleção inglesa com o genial Romårio na frente.
TostĂŁo - Fonte: Folha de S.Paulo - 17/01/10.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
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