DOLAR EM BRAILLE
01/04/2009 -
MARILENE CAROLINA
THE BRAILLE COMMEMORATIVE DOLLAR
English:
http://edition.cnn.com/2009/US/03/26/braille.coin/index.html
http://coins.about.com/od/famousrarecoinprofiles/a/braille_coin.htm
Imagem do Tesouro dos EUA mostra a primeira moeda de dólar em braille, lançada em 26 de março. A moeda comemorativa, de prata, celebra os 200 anos de nascimento de Louis Braille, o criador do alfabeto para cegos.
Fonte: O Tempo â 26/03/09.
ARTE - LOUVRE Ă O MUSEU MAIS VISITADO EM 2008
Com 8,5 milhĂ”es de pessoas, o Louvre, em Paris, foi o museu mais visitado em 2008, segundo ranking publicado no jornal "The Art Newspaper". Na sequĂȘncia vem o British Museum, em Londres, com 5,9 milhĂ”es, seguido pela National Gallery of Art, em Washington (4,96 milhĂ”es), pela Tate Modern, em Londres (4,95 milhĂ”es), e pelo Metropolitan, em Nova York (4,82 milhĂ”es).
Fonte: Folha de S.Paulo - 01/04/09.
Louvre - http://www.louvre.fr/llv/commun/home.jsp?bmLocale=en
British Museum - http://www.britishmuseum.org/
National Gallery of Art - http://www.nga.gov/
Tate Modern - http://www.tate.org.uk/modern/
Metropolitan - http://www.metmuseum.org/
The Art Newspaper - http://www.theartnewspaper.com/
UM SITE DE DAR ĂGUA NA BOCA
Para os âMaitresâ de plantĂŁo e os outros que gostam de cozinhar o site abaixo Ă© um prato cheio:
O livro de receitas digital - http://livrodereceitas.com/
(Colaboração: A.M.B.)
PEQUENO GUIA HISTĂRICO DAS LIVRARIAS BRASILEIRAS
Autor: Ubiratan Machado
Editora: AteliĂȘ Editorial
(264 pĂĄgs.)
Estantes envidraçadas eram protegidas por balcĂ”es, atrĂĄs dos quais atendentes faziam o meio de campo entre os fregueses e os livros. No sĂ©culo 19, vĂĄrias livrarias brasileiras lembravam farmĂĄcias, e nĂŁo sĂł na aparĂȘncia; vendiam remĂ©dios, alĂ©m de perfumes, chĂĄs e rapĂ©.
DĂ©cadas depois, algumas delas teriam de manter os tĂtulos ainda mais seguros -durante a ditadura, Raimundo Jinkings fez um fundo falso numa prateleira de seu estabelecimento, em BelĂ©m, e lĂĄ depositou volumes de filosofia e marxismo, que agradavam aos fregueses, mas nĂŁo tanto Ă s autoridades.
O "Pequeno Guia HistĂłrico das Livrarias Brasileiras", de Ubiratan Machado, conta a saga de uma centena dessas lojas, selecionadas em 16 Estados, a partir de critĂ©rios como data de inauguração, repercussĂŁo entre intelectuais e no mercado. "Mais difĂcil que chegar Ă s cem foi conseguir dados aparentemente prosaicos, mas essenciais para o rigor histĂłrico", diz Machado, 68. Isso deixou de fora, por exemplo, a Livraria do Povo, sebo que existiu atĂ© os anos 1970 na praça paulistana JoĂŁo Mendes. Mas nĂŁo impediu a inclusĂŁo da remota coleção de obras piedosas vendidas pelos jesuĂtas, ainda no sĂ©culo 17, no colĂ©gio da ordem, no Rio.
Entre as mais antigas, receberam destaque as criadas por imigrantes franceses, como a Laemmert (1833), frequentada por Machado de Assis, no Rio, e Garraux (1860), em SĂŁo Paulo. Os franceses, diz o autor, abriam livrarias mais bem estruturadas que os portugueses.
Mas foi um argentino quem criou uma espĂ©cie de megastore ainda nos anos 1940, em Belo Horizonte. Com mais de 50 funcionĂĄrios e o nome do proprietĂĄrio, a Oscar Nicolai foi visionĂĄria ao oferecer obras latino-americanas numa Ă©poca em que a guerra dificultava a importação das europeias. As bancas de livros de SĂŁo Paulo, improvisadas em bancas de jornais, mereceram um capĂtulo Ă parte. "FenĂŽmeno paulistano", persistiram por meio sĂ©culo, atĂ© os livreiros serem enxotados pela prefeitura, durante a caça aos camelĂŽs.
As livrarias antigas que restaram precisaram se adaptar. A Francisco Alves, no Rio, que insistiu nas estantes fechadas e nos balcĂ”es, fechou as portas nos anos 1990. Outras, como a Saraiva e a Cultura, multiplicaram-se e estĂŁo entre as maiores do paĂs. A mais antiga ainda em funcionamento na mesma loja resiste em Campos, no Rio -Ă© a Ao Livro Verde, criada em 1844.
Raquel Cozer - Fonte: Folha de S.Paulo - 04/04/09.
O livro:
http://www.livroselivros.com.br/index.php?menu=pesquisa_detalhes&produtos=55443835
SEM ENFEITES, O MEC CONSERTA O VESTIBULAR
A proposta de reformulação do vestibular preparada pelo MEC pode atolar, vitimada pela SĂndrome das ReivindicaçÔes Sucessivas. Trata-se de uma doença da burocracia. Nela sempre hĂĄ alguĂ©m dizendo que nĂŁo se pode fazer A (legalizar lotes urbanos) enquanto nĂŁo se fizer B (sanear a ĂĄrea) e nĂŁo se pode fazer B enquanto nĂŁo se fizer C (corrigir o arruamento). Ao fim, nada se faz.
A ideia Ă© reformar o processo seletivo do vestibular transformando um novo modelo de Exame Nacional do Ensino MĂ©dio, o Enem, num substituto daquilo que hoje Ă© a primeira fase do processo. Nela sĂŁo massacrados dois em cada trĂȘs candidatos. EstĂĄ embutida na proposta do MEC a vontade de englobar num sĂł exame o que hoje sĂŁo as duas fases do vestibular. Essa consolidação nĂŁo excluiria a realização de um exame complementar, a juĂzo de cada universidade.
Para reduzir as desigualdades regionais, a nova nota federal permitiria a um aluno da Bahia que conseguiu boas notas matricular-se em SĂŁo Paulo. Um baiano de famĂlia pobre poderĂĄ vir para SĂŁo Paulo com suas boas notas, diminuindo as desigualdades regionais. E como fica a situação quando um paulista de famĂlia rica ocupar a vaga de um baiano que teve nota menor? Aumentam-se as desigualdades regionais.
O projeto do MEC ecoa o SAT americano. Ele Ă© um dos muitos elementos que determinam a entrada de um garoto numa boa universidade, mas nĂŁo tem o peso absoluto das notas do vestibular. Tanto um atleta como um filho de ex-aluno tĂȘm mais chances de entrar em Harvard que os outros mortais, mesmo com notas mais baixas no SAT.
A ideia de um exame federal para substituir a primeira fase do vestibular Ă© excelente. Ir alĂ©m disso Ă© entrar na SĂndrome das ReivindicaçÔes Sucessivas.
Seria mais fĂĄcil revolucionar a vida da garotada que passa um ano inteiro sob a ansiedade de um dia de exame. Bastaria fazer com que, algum dia, o novo exame federal fosse aplicado em trĂȘs ocasiĂ”es ao longo do ano. (O SAT Ă© oferecido sete vezes.) O aluno Ă© obrigado a fazer uma sĂł prova, mas, se quiser, faz as outras e manda a melhor nota para a universidade.
O primeiro exame serĂĄ gratuito, mas os demais poderiam ser financiados por taxas cobradas aos candidatos. (Coisa de menos que R$ 100.) A ideia pode ser boa, mas, se for o caso, deve esperar. O essencial Ă© acabar com o massacre da primeira fase.
Elio Gaspari (http://www.submarino.com.br/portal/Artista/80141/+elio+gaspari) - Fonte: Folha de S.Paulo - 29/03/09.
SAT - http://www.studyusa.com/Portuguese/articles/SAT-p.asp
MEC - http://portal.mec.gov.br/index.php
O VESTIBULAR FUNCIONA, MAS DEVE ACABAR. E ISSO Ă BOM
Ao contrĂĄrio do que pensam alguns, os nossos vestibulares sĂŁo impecĂĄveis para a tarefa de selecionar os melhores candidatos. Como nos paĂses de educação sĂ©ria, buscam identificar os alunos que melhor dominam os conteĂșdos do ensino mĂ©dio. HĂĄ sĂłlida evidĂȘncia de que barram os mais fracos e aprovam os mais sabidos, escolhendo assim os que terĂŁo mais probabilidade de sucesso nos cursos superiores. Sua administração Ă© ĂĄgil, sem fraudes e mostra resultados rapidamente. Coisa de paĂs sĂ©rio. VĂĄrias naçÔes do nĂvel do Brasil nĂŁo tĂȘm nada comparĂĄvel. Ora, se sĂŁo tĂŁo bons assim, por que o MEC anuncia sua iminente decapitação?
Em contraste com pretéritos acessos de burrice, desta vez o MEC estå coberto de razão. Embora descubra e selecione os melhores, o vestibular atual é inconveniente para os candidatos. E, pior, massacra o ensino médio.
Para um aluno genial â e que sabe disso â, basta escolher seu curso favorito e fazer o vestibular correspondente. Mas os outros tĂȘm todo o interesse em fazer tantos vestibulares quanto logisticamente possĂvel. A maioria nĂŁo sabe nem onde nem em que vai passar. Portanto, suas opçÔes aumentam se fizer muitos vestibulares. Contudo, essa operação Ă© penosa e, sobretudo, cara. HĂĄ mĂșltiplas taxas a pagar e mais os deslocamentos entre cidades. Sofre a equidade, pois muitos nĂŁo tĂȘm recursos para isso. Dessa forma, o vestibular Ășnico Ă© um presente generoso para os alunos mais modestos.
PorĂ©m, o problema mais grave estĂĄ na influĂȘncia funesta sobre o nĂvel mĂ©dio. Diante das orientaçÔes vagas dos parĂąmetros curriculares e da realidade concreta do vestibular da universidade pĂșblica mais prĂłxima, o ensino mĂ©dio se vĂȘ atraĂdo para este, como a mariposa para a lĂąmpada.
Entendamos a lĂłgica do vestibular. Inclui perguntas fĂĄceis, para separar os burrinhos dos apenas meio burrinhos. E, entre os 2% mais sabidos, Ă© preciso identificar o 1% ainda melhor, para que eles sejam aceitos nos cursos hipercompetitivos. Conseguir isso, sĂł com perguntas difĂceis. PorĂ©m, a presença de perguntas terrivelmente ardilosas ilude o ensino mĂ©dio, pressionado a ensinar tudo o que pode aparecer na prova.
O resultado Ă© uma inundação curricular. Ă muito mais matĂ©ria do que Ă© razoĂĄvel esperar que a vasta maioria dos alunos possa digerir. Ao contrĂĄrio de paĂses como o JapĂŁo â em que o currĂculo Ă© desenhado para que todos possam entender tudo â, somente um ou outro gĂȘnio tupiniquim conseguirĂĄ se beneficiar dessa abundĂąncia. Para a maioria, o excesso de assuntos dilui o ensino â Ă© muita ĂĄgua deitada ao feijĂŁo. Quando se tenta ensinar demais, aprende-se de menos. NĂŁo hĂĄ tempo para profundidade. Portanto, nĂŁo hĂĄ tempo para uma real educação. Ă decorar palavras e fĂłrmulas, o que sabemos ser uma perversĂŁo do ensino.
Uma escola que queira simplificar arrisca-se a ver os pais retirar de lĂĄ seus pimpolhos, pois nĂŁo estĂĄ ensinando tudo o que pode cair na prova. Contudo, nĂŁo nos esqueçamos: mais de trĂȘs quartos dos alunos do superior entraram em cursos em que o vestibular Ă© apenas uma liturgia, pois passam quase todos. O que Ă© ainda pior, escolas em que poucos entram no superior acabam seguindo a boiada e tentando ensinar demais. Ou seja, para pescar o 1% que vai para a medicina, arrasta-se todo o ensino mĂ©dio para a superficialidade de decorar infindĂĄveis nomes de bactĂ©rias, enzimas e pedaços das cĂ©lulas.
Portanto, mudar o sistema Ă© uma boa ideia. Quando se cria uma prova centralizada e Ășnica, acaba-se com o passeio aflito para prestar mĂșltiplos vestibulares. Como sĂŁo muitos candidatos, diluem-se os custos de preparar uma prova tecnicamente sofisticada. Ainda mais importante, Ă© possĂvel formular um teste circunscrito aos aprendizados essenciais do ensino mĂ©dio. Os vestibulares atuais sĂŁo feitos por professores que buscam garantir o conhecimento de suas matĂ©rias por parte dos calouros. MeritĂłrio. Mas, quando todos fazem o mesmo, a prova fica ambiciosa demais. Em contraste, uma prova concebida para o ensino mĂ©dio que almejamos tem melhores chances de conter as tentaçÔes dos especialistas de cada ĂĄrea.
O Enem Ă© o candidato mais Ăłbvio para substituir os vestibulares tradicionais. Em que pesem alguns problemas tĂ©cnicos, Ă© uma prova que vem melhorando ao longo do tempo. Sabemos que seleciona praticamente os mesmos candidatos que um vestibular tradicional. E, ao contrĂĄrio dos vestibulares, privilegia o raciocĂnio e o conhecimento dos conteĂșdos centrais que devem ser aprendidos no mĂ©dio. Dispensa decoreba. Esse Ă© o lado bom, mas tambĂ©m traz perigos. Se a prova ficar apartada demais dos conteĂșdos curriculares tradicionais, haverĂĄ o risco de que as escolas parem de ensinĂĄ-los. Nem tanto ao mar nem tanto Ă terra. Com boas razĂ”es, o MEC quer temperar o Enem com um pouco mais de currĂculo. O equilĂbrio do tempero Ă© crĂtico. CurrĂculo de mais, volta a ser vestibular de federal. E, de menos, deixa de orientar o ensino. AlĂ©m disso, para que se reduza a margem de erro, Ă© preciso aumentar o nĂșmero de perguntas, mas isso Ă© problema menor.
Os candidatos fazem a prova e ganham uma nota. Mas e a� O sistema vai parecer um pouco com o americano (exceto pela diferença nas provas). Lå, os alunos fazem o teste SAT, que passa a ser o certificado nacional do tanto que aprenderam na escola. Munidos dele, apresentam-se a diferentes instituiçÔes. Estas, por sua vez, decidem se aceitam um candidato com tal ou qual pontuação. Ademais, antes de decidir, costumam exigir outras demonstraçÔes de aptidão ou vocação.
No caso brasileiro, o novo Enem serĂĄ a cotação do aluno na "bolsa de valores acadĂȘmicos". Diante dos outros candidatos que aparecerem, o curso compara e decide. Um curso muito concorrido poderĂĄ escolher os melhores talentos. Outros se contentarĂŁo com desempenhos mais modestos. Para as universidades, faz pouca diferença. Atualmente, baseado no vestibular da instituição, cada curso escolhe os melhores que optarem por ele. No sistema proposto muda pouco, embora seja uma prova nacional. Os candidatos ao curso trazem as suas notas, e os melhores serĂŁo escolhidos. O candidato brilhante do Acre pode entrar na medicina da UFRGS. Em contrapartida, a UFRGS poderĂĄ recrutar um aluno brilhante no Acre. Para os dois lados, a concorrĂȘncia passa a ser nacional e mais aberta.
Se o curso de medicina achar que precisa de alunos que conheçam mais nomes de bichinhos e plantinhas, poderĂĄ fazer uma prova adicional. A grande vantagem Ă© que somente os alunos voltados para esses cursos precisam decorar as amebas e protozoĂĄrios. Naturalmente, o curso de educação fĂsica pode querer que os alunos deem a volta no quarteirĂŁo correndo, para ver se estĂŁo em boa forma. Os candidatos de arte podem se ver obrigados a desenhar a cara do reitor, para testar seus talentos. Por que nĂŁo?
Na prĂĄtica, hĂĄ alguns desafios tĂ©cnicos a ser enfrentados, sobretudo na logĂstica de operar a "bolsa de valores acadĂȘmicos" dentro de cada curso. Alunos aceitos em vĂĄrios lugares tĂȘm de optar, criando um perĂodo de indefinição. Mas, comparado com o sistema americano, Ă© mais simples, pois nĂŁo tem a multiplicidade de critĂ©rios subjetivos usados nos Estados Unidos.
A grande dĂșvida Ă© a adesĂŁo das universidades pĂșblicas. Vivemos em um paĂs em que os impostos sĂŁo transferidos Ă s universidades pĂșblicas, mas o ĂłrgĂŁo encarregado de zelar pelo seu bom uso, o MEC, estĂĄ proibido pela Constituição de dar palpites nesse assunto (nĂŁo haveria espaço aqui para uma discussĂŁo responsĂĄvel sobre autonomia). Nisso, a universidade federal Ă© dona do seu nariz; portanto, o MEC nĂŁo pode mandar que use o seu novo vestibular (embora possa azucrinar infinitamente, com suas armadilhas burocrĂĄticas). Para nĂŁo ser refĂ©m delas, a adesĂŁo serĂĄ voluntĂĄria.
Recordando: para selecionar os candidatos mais talentosos, nosso vestibular nĂŁo deixa nada a dever aos de outros paĂses. Seu problema Ă© envenenar o ensino mĂ©dio com o dilĂșvio de conhecimentos exigidos. Para consertar o mĂ©dio, Ă© preciso divorciĂĄ-lo desse vestibular. JĂĄ passou a hora de liberar o ensino mĂ©dio dessa tirania. Afinal, sĂł a metade dos graduados vai para o superior e, desses, sĂł uma quarta parte para cursos de acesso competitivo. Faz muito sentido a proposta do MEC de exame nacional com um Enem turbinado. Vamos torcer para que seja bem implementada.
Claudio de Moura Castro (http://www.claudiomouracastro.com.br/) - Fonte: Veja - Edição 2106.
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php