OS PREDIOS VIVOS
26/08/2009 -
MARILENE CAROLINA
ARBOARQUITETURA
English:
http://www.german-info.com/german_about_shownews.php?pos=Baubotanik:%20German%20architects%20develop%20project%20on%20building%20botany&pid=104
The site:
http://www.baubotanik.com/
TĂ©cnica alemĂŁ transforma ĂĄrvores em pilares de construçÔes de atĂ© trĂȘs andares.
Foi-se o tempo em que madeira certificada e coletores de ĂĄgua de chuva bastavam para garantir o tĂtulo de prĂ©dio sustentĂĄvel a uma casa ou edifĂcio. Uma nova tĂ©cnica de construção que usa ĂĄrvores vivas como infraestrutura para imĂłveis de atĂ© trĂȘs andares Ă© a Ășltima novidade entre os entusiastas do ecologicamente correto. Conhecida como arboarquitetura, ela foi desenvolvida por um escritĂłrio alemĂŁo chamado Baubotanik com base nas tĂ©cnicas de uma prĂĄtica conhecida pelos jardineiros hĂĄ oito sĂ©culos - a arboescultura. A diferença Ă© que, enquanto a arboescultura modela ĂĄrvores e arbustos jĂĄ crescidos para fins estĂ©ticos, na arboarquitetura a ideia Ă© cultivar uma ĂĄrvore desde a sua infĂąncia para que ela cresça de maneira a ter um papel estrutural. Ou seja, funcionar como o pilar da obra.
A técnica ainda estå sendo aprimorada. A primeira construção de porte a sair do papel foi uma estação para observação de påssaros. Concebida para se misturar à paisagem, ela tem dois andares, abriga até dez observadores e tem sua infraestrutura apoiada em cerca de 96 salgueiros. Enquanto as årvores cresciam - foram seis anos de preparação -, elas foram condicionadas a suportar o peso da estação. Em åreas onde a sustentação de carga seria maior, foram pendurados pesos para que o tronco engrossasse. Podas também ajudaram a concentrar a força e a monitorar o crescimento das årvores, para manter a simetria. "Foi um desafio colocar as plantas para trabalhar juntas por um objetivo que não o de simplesmente crescer", diz Oliver Stroz, um dos sócios do Baubotanik.
Os salgueiros sĂŁo o alicerce de uma construção que custou R$ 210 mil e Ă© vistoriada anualmente desde 2007, quando ficou pronta, por engenheiros que autorizam seu uso. Antes da estação de observação de pĂĄssaros, os arquitetos alemĂŁes testaram a tĂ©cnica com uma passarela elevada, de execução mais simples. A prĂłxima empreitada Ă© um prĂ©dio de trĂȘs andares. No mĂȘs passado, eles plantaram as mudas e colocaram os tubos de metal que orientarĂŁo o crescimento delas. AlĂ©m de apoiar estruturas nas plantas, a Baubotanik usa tĂ©cnicas que fundem chapas de metal e barras de aço com as ĂĄrvores - que Ă s vezes as rejeitam - para sustentar o piso. E quando as ĂĄrvores morrem? "Gosto do que Ă© efĂȘmero", explica Stroz. "Muitos prĂ©dios sĂŁo construĂdos para durar para sempre. Como os nossos estĂŁo vivos, um dia eles morrem - e isso Ă© bom."
Fotos: Cultivando edifĂcios. Leva pelo menos seis anos para moldar as ĂĄrvores que servirĂŁo de estrutura. Estação de observação (detalhe do interior em vermelho). Passarela pronta e projeto de pavilhĂŁo de artes de 120 m2. SĂŁo necessĂĄrios 15 anos de cultivo para erguer espaços de mais de 100 m2.
João Loes - Fonte: Isto à - Edição 2076.
O site:
http://www.baubotanik.com/
PAPEL DE PAREDE - ĂGUIAS MARINHAS
Ăguias marinhas de Steller, chamadas de papagaios pelos locais, voam na direção dos salmĂ”es que se deslocam em cardumes para se alimentar. Foto de Randy Olson.
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/edicao113-agosto-2009-488101.shtml?foto=19p.
Fonte: National Geographic - Agosto 2009.
ORIGEM DA EXPRESSĂO: âĂGUA MOLE EM PEDRA DURA...â
A expressĂŁo louva a persistĂȘncia como virtude que vence a dificuldade. HĂĄ registro de dois milĂȘnios em OvĂdio (43 a.C.-18 d.C.), poeta latino: "A ĂĄgua mole cava a pedra dura." Ă tradição de vĂĄrias culturas formar rimas nesse tipo de oração para facilitar a memorização. Foi o que nĂłs, de lĂngua portuguesa, fizemos com o provĂ©rbio. "Ăgua mole em pedra dura... Tanto bate atĂ© que fura."
Fonte: Primeira Chamada - 27/08/09.
ESPERANĂA Ă TEMA DE CONCURSO DE FOTOS
A Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia) e a Abrasta (Associação Brasileira de Talassemia) promovem o 2Âș Concurso Nacional de Fotografia "Retratos da Esperança". As inscriçÔes podem ser feitas pelo site http://www.abrale.org.br/, atĂ© 9/9, em uma das categorias: profissionais de fotografia, pĂșblico em geral, profissionais de saĂșde, familiares e pacientes com doenças onco-hematolĂłgicas. InformaçÔes pelo site ou pelo tel. 0800-7739973.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/08/09.
CĂOMINHADA
Cachorros vĂŁo tomar a avenida Paulista no dia 4 de outubro, Dia Mundial dos Animais, numa "cĂŁominhada" promovida pela prefeitura. No evento, voluntĂĄrios vĂŁo passear com cĂŁes abandonados. O objetivo Ă© estimular o pĂșblico a nĂŁo largar suas mascotes.
MĂŽnica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo â 25/08/09.
Mais: http://www9.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/sms/probem/ccz/caominhada
PLANTAS ADESTRADAS
Como alimentar uma população tão imensa quanto a da União Soviética? Era esse o problema que atormentava Josef Stålin na década de 1940. Mas o agrÎnomo Trofim Lysenko tinha a resposta: em vez de pesquisar sementes, é melhor treinar as plantas a crescer cada vez mais. O conto do adestrador de årvores colou e Stålin mandou os geneticistas quebrarem pedra na Sibéria por um bom tempo.
História Maluca - Fonte: AVenturas na História - Edição 73.
SE VOCĂ ESTIVER COM DOR DE DENTE
Essa Ă© uma das notĂcias mais devastadoras para o Brasil.
Entre fevereiro e julho deste ano, dez equipes de pediatria e 15 de saĂșde bucal examinaram 119.850 alunos de escolas pĂșblicas e descobriram que a maioria deles tinha pelo menos um problema capaz de dificultar o aprendizado.
O documento, inĂ©dito, Ă© mais grave de que parece. Os exames ocorreram apenas em crianças da cidade de SĂŁo Paulo. Imagine o resto do paĂs. Ă, de longe, um dos maiores escĂąndalos de saĂșde dos brasileiros.
Suponha que, ao começar a ler esta coluna, vocĂȘ seja acometido subitamente de uma dor de dente.
Qual a chance de passar do primeiro parĂĄgrafo? Pergunta um tanto estĂșpida- provavelmente, nenhuma chance. Das crianças que passaram por exame bucal, 35% apresentaram alto risco de cĂĄrie -lembremos, de novo, que estamos falando de SĂŁo Paulo, onde a ĂĄgua Ă© encanada e, em geral, tem flĂșor.
Entende-se, assim, estudo publicado pela Universidade de Santa Catarina, a partir de dados do MinistĂ©rio da SaĂșde: cerca de 40% dos brasileiros entre 15 e 19 anos jĂĄ perderam um dente por causa de uma cĂĄrie. Isso significa que, para chegar a esse ponto, tiveram de passar um bom tempo com dor de dente.
A boca nem de longe Ă© o caso mais grave.
Os dados sĂŁo baseados em relatĂłrio, ainda reservado, do programa "Aprendendo com a SaĂșde", realizado na cidade de SĂŁo Paulo, onde mĂ©dicos e dentistas passam pelas escolas e fazem os encaminhamentos para a rede de saĂșde.
Dos examinados, 7% foram encaminhados para psicĂłlogos, por demonstrarem distĂșrbios de comportamento; 12%, a fonoaudiĂłlogos; 15%, a oftalmologistas; 18%, a otorrinos; 13%, a endocrinologistas. Ă gente que nĂŁo enxerga, fala, ouve ou respira direito -alĂ©m de sofrer com sobrepeso ou desnutrição.
Criador de uma rede de dentistas que atende gratuitamente, FĂĄbio Bibancos constata que, com a questĂŁo bucal, aparecem problemas da fala, audição, digestĂŁo e autoestima, que se traduzem em notas ruins, evasĂŁo, indisciplina, violĂȘncia. DaĂ ele defender que pasta de dente e escova seja entregue em posto de saĂșde - assim como a camisinha.
Bibancos aprendeu como muitos de seus pacientes ficam curvados por causa da boca: "Eles sempre ficam olhando para baixo, nĂŁo querem encarar as pessoas, com vergonha dos dentes, e a postura, com o tempo, vai mudando."
JĂĄ existem algumas iniciativas (os programas federais SaĂșde na Escola e Brasil Sorridente, por exemplo), mas sĂŁo tĂmidas para o tamanho da tragĂ©dia. Mesmo quando hĂĄ recursos, existem desperdĂcios. O governo federal enviou para as prefeituras kits para exames mĂ©dicos, mas muitos prefeitos deixaram o material fechado.
O projeto "Aprendendo com a SaĂșde", de SĂŁo Paulo, Ă© considerado um modelo, por fazer o exame e, ato contĂnuo, o encaminhamento, o que exigiu a montagem de um cadastro especial -aliĂĄs, considero a iniciativa mais inovadora de toda a gestĂŁo Kassab. Mas, por enquanto, limitada aos alunos da prĂ©-escola.
HĂĄ uma crescente convergĂȘncia no paĂs sobre o que fazer para melhorar a educação: formar os professores e melhorar seus salĂĄrios, premiar o mĂ©rito, treinar os diretores em gestĂŁo, aproximar o currĂculo do cotidiano, envolver pais e comunidade, trabalhar com metas, aprimorar as avaliaçÔes, estimular a leitura o mais cedo possĂvel, aumentar a jornada de trabalho, oferecer reforços permanentes etc.
Um sinal da nossa ignorĂąncia coletiva Ă© a saĂșde mental e psicolĂłgica dos estudantes nem remotamente estar incluĂda no topo dessa agenda.
Seria muito mais eficiente (e justo) avaliar antes a saĂșde das crianças e dos adolescentes do que o que eles sabem de portuguĂȘs e matemĂĄtica.
NĂŁo Ă© ĂĄ toa que tantos professores ficam tĂŁo doentes.
Ou vocĂȘ acha que o leitor com dor de dente conseguiu chegar atĂ© o final desta coluna?
PS - A Secretaria da SaĂșde da cidade de SĂŁo Paulo estĂĄ preparando uma medida que vai dar polĂȘmica.
Mas vale a pena prestar atenção.
Além de construir centros odontológicos (as prometidas AMAs Sorriso, cuja versão federal são os Centros de Especialidades Odontológicas), é preciso credenciar dentistas privados que prestariam serviços em seus consultórios.
Um mapeamento mostrou que, em todas as regiÔes da cidade, existem dentistas. Coloquei em meu site (www.dimenstein.com.br) mais detalhes sobre os exames médicos nas escolas de São Paulo.
Gilberto Dimenstein - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/08/09.
RelatĂłrio do Aprendendo com a SaĂșde - http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/noticias/index.htm
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php