VOLTA ĂS AULAS
15/02/2008 -
MANCHETES DA SEMANA
TROTE DE ELITE
No primeiro dia de matrĂculas na Universidade de SĂŁo Paulo (USP), os calouros da Escola PolitĂ©cnica foram surpreendidos pelo âTrote de Eliteâ. Uma comissĂŁo de estudantes da empresa jĂșnior da instituição se encarregou de vestir preto e decorar os diĂĄlogos do filme âTropa de Eliteâ, sucesso do cinema nacional.
Entre as frase cĂ©lebres, os calouros tiveram de ouvir: âNa Poli nĂŁo entra corrupto, bixo*. VocĂȘ comprou sua vaga!â, ou um ameaçador âTĂĄ com nojinho, bixo? NĂŁo vai entrar na lama? Pede pra sair!â.
Leia mais:
http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL294180-5604,00.html
Fonte: Globo.Com - 11/02/08.
TROTES MEDICINAIS
Em uma conceituada faculdade de Medicina, quatro enfermeiras resolvem pregar trotes em um estudante novato. Depois das brincadeiras, elas se encontram pra contar o que fizeram:
- Eu coloquei algodĂŁo no estetoscĂłpio dele! - Disse a primeira, caindo na risada.
- Eu troquei as fichas dos pacientes dele! - Comentou a segunda.
- Eu fui mais malvada! - Disse a terceira - Encontrei uma caixa de preservativos na sua jaqueta e furei todos eles com uma agulha!
A quarta enfermeira desmaiou...
Fonte: http://orapois.com.br
HISTĂRIA DO TROTE NO MUNDO
A histĂłria do Trote Ă© quase tĂŁo antiga quanto a prĂłpria universidade. A repressĂŁo ao trote tambĂ©m nĂŁo Ă© novidade. O primeiro ato proibindo a prĂĄtica das chamadas âtaxas de bichosâ data de 1342 pela universidade de Paris. Mas os trotes medievais eram muito diferentes dos trotes praticados hoje:
1. França: Na França entre os anos de 1.200 (criação da universidade de Paris) e 1.700 (quando o trote chegou ao auge) predominavam duas culturas distintas:
a) RegiĂŁo Norte (Paris e arredores) â Os trotes, ou bajulationes, foram severamente reprimidos com o ato da Universidade de Paris, em 1.342. No entanto, o trote âextra-oficialâ, era uma prĂĄtica comum entre os veteranos.
b) RegiĂŁo Sul (Avignon e Aix) â os bejaunus, ou calouros eram submetidos ao purgatio. O purgatio era literalmente um perĂodo de purgação com duração de 1ano, divididas em 3 etapas: julgamento, pena e absolvição. Entre outras coisas, durante o purgatio, o bejaunus deveria pagar um banquete ao reitor, ao tesoureiro e ao promotor os quais poderiam convidar veteranos a participar do banquete. AlĂ©m disto, o bejaunus era escravizado por um ano servindo os veteranos Ă mesa, cedendo os melhores lugares Ă lareira no inverno, fazendo comida e arrumando-lhes a cama. O bejaunus ainda poderia ganhar uma palmatoada sem nenhum motivo aparente toda vez que fosse Ă presença de um veterano. ApĂłs este perĂodo, o bejaunus finalmente poderia ser chamado de estudante.
2. Alemanha: O termo usado para trote era deposição. Um certo Manuale Scholarium, publicação sem autoria datada de 1481, narra a vida estudantil de trĂȘs personagens fictĂcios na Universidade de Heidelberg: Joannes, o calouro, e Camillus e Bartoldus, os veteranos. No âmanualâ fica claro que o calouro era considerado uma fera que deveria ser domada e domesticada, e âlimpa dos seus pecadosâ. Para tanto, apĂłs despir o âbichoâ âo mĂ©dico finge limar as presas do monstro, cortar-lhes as longas orelhas e o nariz hediondo, tudo acompanhado de muita pancadaâ . Na verdade, um veterano cortava seu cabelo, arrancava os pĂȘlos do nariz e esfolava seu rosto. AlĂ©m disto, o âmonstroâ era obrigado a tomar pĂlulas a base de purgante e estrume de hiena e de outros animais. Depois da limpeza, o calouro era obrigado a confessar uma sĂ©rie de crimes como roubo, estupro e adultĂ©rio pelos quais ele deveria pagar um banquete aos mestres e veteranos. A deposição, aparentemente tinha o carĂĄter de purificar o calouro. Como era considerado de uma casta inferior, o calouro era obrigado a servir um veterano que lhe era designado como carrasco, ou perseguidor, por 1 ano, 6 semana, 6 dias, 6h e 6 minutos. Por fim, o calouro era submetido a um questionĂĄrio e obrigado a prestar juramento de que faria com os outros calouros tudo o que lhe fora feito.
3. Inglaterra: Conhecido atĂ© hoje como freshman, o calouro inglĂȘs era obrigado a depositar no ato da matrĂcula certa quantidade de livros caução, variĂĄvel conforme suas posses. A iniciação do freshman consistia em improvisar um discurso nonsense proferido nu em cima de uma mesa para uma platĂ©ia de veteranos. Quanto mais sem sentido o discurso e mais eloqĂŒente o calouro melhor.
4. Estados Unidos: Devido Ă cultura extremamente moralista, os trotes americanos foram sempre muito discretos.
a) Nas confrarias - Os trotes mais pesados, ou pledging, se restringiam Ă s fraternities, ou confrarias. Apesar da participação em uma confraria nĂŁo ser obrigatĂłria, significava integração e status, motivo pelo qual, assim que se matriculavam, os alunos voluntariamente se candidatavam Ă uma ou outra. O pledging ia mais ou menos de fevereiro a abril, e durante este perĂodo o calouro começava a sofrer trotes progressivamente mais violentos e humilhantes que terminavam na Hell Week. As cerimĂŽnias das confrarias se assemelhavam muito com as prĂĄticas de grupos secretos, e como todas as cerimĂŽnias eram como rituais, o calouro nĂŁo podia se recusar a sofrĂȘ-los, muito menos denĂșnciĂĄ-los. Entre as obrigaçÔes do calouro estavam usar broche de bicho, trazer sempre fĂłsforos e cigarros para oferecer ao veterano e fazer faxina conforme for designado. As puniçÔes mais comuns eram comer no chĂŁo e como a mĂŁo, fazer exercĂcios fĂsicos atĂ© a exaustĂŁo ao gosto do veterano. JĂĄ durante a Hell Week os calouros eram submetidos a provas ainda mais humilhantes como empurrar amendoins com o nariz por toda a extensĂŁo do piso da moradia estudantil nus, enquanto levava palmadas dos veteranos. A Hell Week ainda tinha provas ainda piores principalmente, pautadas de conotação sexual.
b) Nas universidades em geral â O hazing reflete a cultura âmaquiadaâ americana de pretenso puritanismo, e por isto, nĂŁo houve nenhuma prĂĄtica tĂŁo estruturada que pudesse virar reconhecida tradição nas universidades. Mesmo assim, houveram casos de acidentes e atĂ© mesmo mortes em trotes nos Estados Unidos. No entanto, na dĂ©cada de 20 jĂĄ se esboçava um movimento anti-trote e na dĂ©cada de 60 começaram a surgir os primeiros movimentos para a humanização do trote, substituindo os trotes fĂsicos por trotes culturais ou beneficentes.
5. Espanha: As novatadas, sĂł se tornaram assunto de grande importĂąncia no sĂ©culo XVI, principalmente nas universidades de Salamanca e AlcalĂĄ. As 4 Ordenes de Consejo proibindo a prĂĄtica do trote entre os anos de 1781 1783 foram inĂșteis. Mais uma vez, enquanto sumiam os trotes institucionalizados, aumentavam os trotes extra-oficiais. O documento que nos dĂĄ melhor idĂ©ia de como eram as novatada Ă© um caderno conhecido como Constituiciones, provavelmente escrito por um veterano. Nele, encontra-se a descrição do bautismo, no qual o cabrĂłn, um dos mais antigos veteranos, com a ajuda de outros colegas, sujeitava os novatos Ă tortura fĂsica. Com o passar do tempo, o bautismo perdeu o carĂĄter clerical de punição, para assumir uma relação semelhante Ă de servo-senhor, cachorro-amo.
6. Portugal: Concentrado basicamente na Universidade de Coimbra, as investidas de Novatos consistiam em constante humilhação, agressĂŁo fĂsica, extorsĂŁo e o canelĂŁo, isto Ă©, o chute com o qual os novatos eram recebidos nas salas de aula. Em Coimbra, chegaram a se formar grupos de estudantes conhecidos pelas maldades que praticavam por toda a cidade desde que os novatos, ou louraças, chegavam Ă cidade. Os mais famosos desses grupos foram o Rancho da Carqueja e o Palito MĂ©trico cuja fama ainda âassombraâ a cidade. Entre os lemas destes grupos estava a mĂĄxima: âSer calouro Ă© ser asno de ouro, e ser asno de ouro Ă© ser quase lente a menos que gente,â
7. Uruguai: O trote Ă© peculiar, pois nĂŁo Ă© o calouro que Ă© troteado, e sim o veterano ao se formar. O calouro, Ă© recebido na universidade com uma semana de cultura com palestras e atividades para ambientarĂŁo Ă nova realidade. O veterano, por outro lado, ao se formar, recebe seu batismo como futuro profissional. O trote acontece logo apĂłs o Ășltimo exame e os amigos do recĂ©m-formado Ă© que se responsabilizam pelo trote. O novo profissional tem que desfilar pela cidade em um carro aberto (ou na capota de um carro) com algumas mechas de cabelo cortadas, roupas em frangalhos e cartases do tipo âNuevo mĂ©dicoâ, âNuevo ingenieroâ.
8. Brasil: A formação da universidade no Brasil foi bastante tardia em relação a outros paĂses da AmĂ©rica latina. Enquanto a universidade de Lima data de 1551 e a do MĂ©xico de 1553, as primeiras universidades brasileiras sĂŁo constituĂdas apenas me 1808, com a chegada da FamĂlia Real ao Brasil. Como atĂ© 1808, nĂŁo haviam universidades no paĂs, os filhos de famĂlias ricas eram enviados para a França, e principalmente para Portugal para estudar. Com a formação das universidades do Rio de Janeiro e da Bahia, abre-se uma nova oportunidade para que os filhos de famĂlias ricas que estudavam fora, estudassem no Brasil. O resultado, foi praticamente um transplante do trote conimbrense para o Brasil.
Fonte: www.trotedacidadania.com.br
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