CRIATIVIDADE NO MARKETING
10/03/2011 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (POPULUS / PUC MINAS)
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A agĂȘncia Populus Ă© a responsĂĄvel pela divulgação da campanha Sacola PlĂĄstica Nunca Mais, alvo de muita discussĂŁo nos Ășltimos dias. A partir do dia 15, começam a circular panfletos com informaçÔes sobre a lei que proĂbe o uso das sacolinhas. Em abril, a publicidade chega em peso a outras mĂdias.
Banco de Ideias - Luiz Tito - Fonte: O Tempo - 06/03/11.
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PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
O Desejado Pergaminho
*por Tom Coelho
âDecepção nĂŁo mata, ensina a viver.â
(Provérbio)
InfĂąncia alegre e feliz Ă lembrança remete de brincadeiras que caĂram em desuso. Jogos que nĂŁo podiam ser individuais, mas apenas coletivos, e que por conta disso jĂĄ nos ensinavam a magia do fazer em grupos, do construir equipes, do formar times.
PeripĂ©cias cultivadas com mĂŁos arteiras e pĂ©s descalços; bolas, piĂ”es, pipas e bonecas; joelhos esfolados, galos na cabeça; frutas na copa das ĂĄrvores, plantar bananeira. Tudo interrompido apenas pelo compromisso da lição de casa, ou âo deverâ. Ditado e tabuada, nomes de rios e de presidentes. Feito isso, podia-se aproveitar mais um pouco do luar que iluminava as ruas e da brisa que as varria.
Anos depois, adolescĂȘncia plena, os ditados viraram redação, e as tabuadas, equaçÔes. A educação apropriou-se do expediente dos âtrabalhosâ como metodologia. Construir instrumentos musicais com materiais descartĂĄveis, elaborar um informativo a partir de notĂcias recortadas de jornais e revistas. Tarefas prazerosas, respectivamente, para aqueles dotados de talento artĂstico e editorial. Tarefas desgostosas para os mesmos, em papĂ©is inversos, quando nĂŁo as apreciavam.
Um salto no tempo e a memĂłria vislumbra noites que avançam madrugadas adentro, livros no colo, refrigerante de cola no copo, olhos cansados, temas diversos sendo estudados para avaliaçÔes rotineiras chamadas âprovasâ, como quem denuncia que devemos comprovar que entendemos, que decoramos, mas nĂŁo necessariamente que aprendemos.
Ensino médio que vai, vestibular que passa, faculdade que chega. Os ditados, que outrora se transformaram em redaçÔes, agora evoluem para teses e monografias. As tabuadas, antes promovidas a equaçÔes, ganham o status de cålculos diferenciais e integrais.
Na infĂąncia, vocĂȘ questiona o porquĂȘ de memorizar os nomes dos rios. Mas, tudo bem, aceita fazĂȘ-lo para granjear uma boa nota e, por conseguinte, o sorriso estampado no rosto de seus pais.
Na adolescĂȘncia, vocĂȘ se pergunta os motivos pelos quais deve estudar quĂmica se pretende ser um historiador; biologia, quando deseja ser engenheiro. Mas, tudo bem, supera mediocremente as aulas e avaliaçÔes, afinal, na faculdade estarĂĄ isento deste âdestemperoâ.
No ensino superior, custa-lhe aceitar que cĂĄlculos estatĂsticos tenham que ser conduzidos a partir de fĂłrmulas matemĂĄticas quando o computador estĂĄ Ă disposição para apontar o resultado em uma fração de segundos. Mas, tudo bem, vocĂȘ aceita mais esta, tudo porque estĂĄ desde sua mais tenra idade em busca do desejado pergaminho: o diploma.
Na trajetĂłria pela conquista do canudo, documento com a capacidade singular de anunciar ao mundo as qualidades e competĂȘncias pretensamente adquiridas, tal qual divisas que ilustram uniformes de oficiais, desperdiçamos o prazer do estudo, o sabor do aprendizado. Com olhos fixos na almejada copa da ĂĄrvore, a mesma onde colhĂamos jabuticabas, e mangas, e goiabas, e onde o poder agora parece nos aguardar, esquecemos da amplidĂŁo da floresta, perdemos a magia da diversidade.
Diploma em punho, vem a decepção de que ele nada garante, seja a percepção de conhecimento, seja a segurança de um emprego. A descoberta maior é de que ele é insuficiente. E, agora, talvez até indesejåvel, porque embotou sonhos e talentos do passado. Frustração com gosto de traição.
As portas foram apenas destrancadas, mas devem ser abertas por dentro de cada um de nĂłs. Se vocĂȘ puder resgatar sonhos e talentos, nĂŁo apenas na memĂłria, mas tambĂ©m na ação, poderĂĄ refletir: âVivi. E aprendi a viverâ.
PS: Este artigo Ă© dedicado ao meu amigo JoĂŁo Padilha, um jovem com 72 anos completos que iniciou recentemente um curso de especialização pela Internet. JoĂŁo sempre escreve para comentar os textos relatando em tĂłpicos âo que aprendeuâ a partir de cada um deles. Esquece-se de relacionar o que ensina. Disse-me em sua Ășltima mensagem: âEnquanto em mim repousar o suspiro de vida, tudo o que posso executar para vencer o medo, nĂŁo hesitarei em fazĂȘ-loâ.
24/05/2005 - Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br
PROFESSOR X
EM DEFESA DA VIDA NO PLANETA TERRA
Mudanças climĂĄticas e aquecimento global. Essas sĂŁo as duas colunas que sustentam o debate sobre a "vida no planeta", proposto pela CNBB (ConferĂȘncia Nacional dos Bispos do Brasil) Ă s comunidades catĂłlicas e Ă sociedade brasileira, por meio da Campanha da Fraternidade, que começa hoje, na Quarta-Feira de Cinzas.
Sob esse prisma, todos são convidados a estender seu olhar sobre o planeta Terra e contemplar, para além de sua riqueza e de sua beleza, as ameaças que pairam sobre a vida nele existente sob as mais variadas formas, bem como as causas e os responsåveis pelo iminente risco de sua destruição.
Ao apresentar esse tema, a Igreja tem consciĂȘncia da complexidade que o envolve e que, por isso mesmo, sob vĂĄrios aspectos ainda exige aprofundamentos e debates.
Um fato, no entanto, Ă© incontestĂĄvel: seja por causas naturais, seja por ação humana, o planeta Terra sofre profundas alteraçÔes e vĂȘ, como consequĂȘncia, recair sobre si ameaças nunca antes imaginĂĄveis.
Ă fundamental que todos tomem consciĂȘncia disso e de sua prĂłpria responsabilidade em defesa da vida, em suas variadas manifestaçÔes, e da criação como um todo.
O desenvolvimento a todo custo estå, certamente, por trås de muitas açÔes fatais para o ecossistema.
A Igreja nĂŁo se opĂ”e ao desenvolvimento, desde que respeite a natureza e possibilite a inclusĂŁo social tambĂ©m para os pobres e excluĂdos.
JĂĄ o papa Bento 16, ao falar na 5ÂȘ ConferĂȘncia Geral dos Bispos da AmĂ©rica Latina e Caribe, reunidos em Aparecida, em 2007, lembrava que a subordinação da preservação da natureza ao desenvolvimento econĂŽmico provoca "danos Ă biodiversidade, com esgotamento das reservas de ĂĄgua e de outros recursos naturais, com a contaminação do ar e a mudança climĂĄtica".
Nesse sentido, como nĂŁo nos impressionar, por exemplo, com as estatĂsticas que apontam o desmatamento e as queimadas como causa de 50% das emissĂ”es de gases de efeito estufa no Brasil?
Nesse processo agressivo, os pobres são os mais vulneråveis. Por não terem outras opçÔes de retirar da terra o próprio sustento, acabam se transferindo em massa para os grandes centros urbanos.
As hidrelétricas, especialmente as que estão previstas para a AmazÎnia, também devem fazer parte de nossas reflexÔes e preocupaçÔes. A necessidade de energia não pode justificar projetos que ignoram o meio ambiente, desalojam povos inteiros, matam culturas.
Aqui, vale o alerta do texto-base da Campanha: "A AmazĂŽnia, tĂŁo valiosa para o paĂs e para a humanidade, parece ser vista como um vazio demogrĂĄfico e improdutivo que, ao menos, deve produzir energia, mesmo a despeito do alto custo para sua biodiversidade".
Se quisermos salvar nosso planeta, precisamos nos lembrar de que "a sustentabilidade passa necessariamente por uma mudança de håbitos nos padrÔes de consumo, especialmente dos que gastam em demasia". Isso requer uma conversão do coração, apelo permanente da Quaresma, tempo em que é vivida de maneira mais forte a Campanha da Fraternidade.
Envoltos pela espiritualidade quaresmal, somos convidados a voltar o olhar para o ato criador. Ao contemplar sua obra, Deus viu que tudo "era muito bom" (cf. Gn 1,31) e confiou a nĂłs, seus filhos e filhas, o cuidado de todas as criaturas.
A Campanha da Fraternidade deste ano vem para nos lembrar desse dom e tarefa e nos alerta: "Nossa mĂŁe Terra, Senhor, geme de dor noite e dia. SerĂĄ de parto essa dor ou simplesmente agonia? Vai depender sĂł de nĂłs!".
Dimas Lara Barbosa - doutor em teologia sistemĂĄtica pela Universidade Gregoriana de Roma, Ă© bispo-auxiliar do Rio de Janeiro e secretĂĄrio-geral da CNBB (ConferĂȘncia Nacional dos Bispos do Brasil).
Fonte: Folha de S.Paulo - 09/03/11.
Universidade Gregoriana de Roma -
http://www.unigre.it/home_page_it.php
CNBB -
http://www.cnbb.org.br/site/
PROFESSORA PASQUALINA
ACERVO DE GILBERTO FREYRE DIGITALIZADO
O escritor e antropĂłlogo Gilberto Freyre (1900-1987) era um homem de pouco traquejo com a tecnologia. SĂł escrevia textos Ă mĂŁo, nunca aprendeu a datilografar e nem sequer manejava um telefone.
Pelo que se tem registro, jamais usou uma cùmera fotogråfica. Isso não o impediu de produzir uma obra extensa, datilografada por terceiros, e de reunir uma farta coleção de fotografias, composta por mais de 17 mil imagens.
São registros de viagens ao exterior, de momentos com amigos, familiares e, sobretudo, de situaçÔes sociais usadas como base em suas pesquisas e textos.
Elas foram feitas por pessoas ligadas ao escritor, como o irmĂŁo, Ulysses, e o filho, Fernando, doadas a Freyre ao longo dos anos.
A partir de maio, essas imagens estarĂŁo disponĂveis na internet, no site da Fundação Gilberto Freyre (http://www.fgf.org.br/).
O projeto de catalogação e digitalização começou em 2009. Custou R$ 250 mil, bancado pelo Ministério da Cultura.
No escritório onde Freyre trabalhava, até hoje preservado no museu da fundação, em Recife, pilhas de papéis com manuscritos, fotografias e recortes de jornal ficavam espalhados pelo chão.
Cada montanha dizia respeito a um projeto ao qual o escritor se dedicou. "Ele nĂŁo seguia regras, nĂŁo costumava usar as mesmas fontes dos acadĂȘmicos. Eram critĂ©rios muito pessoais", diz SĂŽnia Freyre Pimentel, filha do antropĂłlogo.
AlĂ©m das imagens utilizadas na pesquisa do livro "Casa Grande & Senzala", o acervo tem registros da expedição que Freyre fez, na dĂ©cada de 1950, Ă s colĂŽnias portuguesas da Ăfrica e Ăsia.
As fotos, tiradas sob sua orientação, seriam usadas posteriormente no livro "Aventura e Rotina", de 1953.
A maioria das imagens Ă© inĂ©dita, e algumas nĂŁo foram identificadas por falta de referĂȘncia. A ideia, segundo Jamille Barbosa, coordenadora do projeto, Ă© que o trabalho seja colaborativo. "Vamos disponibilizar tudo, para que os pesquisadores ajudem na descrição".
HistĂłrico. Gilberto Freyre criou o controverso conceito da democracia racial brasileira, tendo vĂĄrias de suas teses contestadas por cientistas sociais progressistas.
Muitos crĂticos tambĂ©m acreditam que algumas teses de Freyre nĂŁo se confirmaram, como a manutenção do Ăłdio racial nos Estados Unidos e das relaçÔes pacĂficas entre grupos de origens Ă©tnico-sociais distintas no Brasil.
Outro olhar de Freyre sempre foi para Portugal, a partir de estudos sobre o importante papel do paĂs na criação da "primeira civilização moderna nos trĂłpicos".
Fonte: O Tempo - 07/03/11.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
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