PENSANDO EM TATUAGEM
04/01/2009 -
PENSE!
SINGAPORE TATTOO SHOW
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Site: http://www.tattoo.com.sg/
Cingapura - Homem exibe tatuagem em sua nuca durante a primeira edição do Tattoo Show. O eventro reĂșne artistas da Ăsia, Europa, Estados Unidos e CanadĂĄ.
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ARTIGOS - ADM. MARIZETE FURBINO
Lembre-se: vocĂȘ Ă© o que deseja ser!
Por Adm. Marizete Furbino
"A mente Ă© como o lar, Ă© mobiliada por nĂłs. Portanto, se sua vida for fria e ĂĄrida, a culpa serĂĄ somente do proprietĂĄrio.â (Louis L'Amour)
Importante perceber que vocĂȘ Ă© produto de seu pensamento. Se vocĂȘ pensar que Ă© um fracassado, vocĂȘ o serĂĄ; se vocĂȘ pensar que Ă© um vencedor vocĂȘ o serĂĄ; assim, vocĂȘ Ă© quem irĂĄ controlar o seu prĂłprio destino. Pensando desta forma, percebemos que tudo depende de nossa opção e ação: logo, nossas opçÔes, bem como nossas açÔes, determinarĂŁo o nosso destino. Como resultado, Ă© de suma importĂąncia observar que somente vocĂȘ Ă© quem detĂ©m o poder sobre as rĂ©deas de sua vida, ninguĂ©m mais. Quando vocĂȘ descobrir este poder ninguĂ©m mais conseguirĂĄ lhe deter, pois irĂĄ encarar a vida com bastante coragem e determinação.
HĂĄ de se realçar, todavia, que Ă© de fundamental importĂąncia ressaltar que todo ser humano deve sempre manter a coerĂȘncia do que pensa em relação ao que faz. Isto Ă© o cerne da questĂŁo; conseqĂŒentemente, a maneira como procedemos pode se tornar em um verdadeiro âgargaloâ, impedindo-nos assim de alcançar os nossos objetivos.
Ă de extrema importĂąncia frisar que a vida Ă© uma sĂł, e Ă© sua. Sendo assim, tendo clareza do que se almeja, vocĂȘ Ă© a pessoa mais indicada para definir que percurso da caminhada percorrer, e se faz ou nĂŁo mudança quanto Ă rota bem como quais estratĂ©gias a serem utilizadas, uma vez que Ă© vocĂȘ quem deve definir o seu destino.
Pois bem, na vida encontramos inĂșmeros obstĂĄculos, e estes, se bem conduzidos, se tornam barreiras transponĂveis, nos conduzindo ao desenvolvimento e ao crescimento; logo, o que importa sĂŁo as maneiras como reagimos a cada obstĂĄculo enfrentado. O seu comportamento, bem como a sua atitude diante dos âentravesâ encontrados no decorrer da caminhada Ă© que definirĂŁo o seu âtrajetoâ.
Para esse propĂłsito, o modo positivo e otimista de lidar com a situação, bem como a disposição e a âbravuraâ no decorrer da âlutaâ nĂŁo se deixando se abater em momento algum diante de quaisquer obstĂĄculos, serĂŁo, alĂ©m de cruciais, determinantes no que tange Ă sua chegada ao âpĂłdioâ.
Neste contexto, Ă© preciso perceber que cada momento de nossa vida Ă© Ășnico. Assim, valorizar o momento vivido Ă© de fundamental importĂąncia e, por conseguinte, a vida passa a ter uma conotação diferenciada, as pessoas se respeitam e se amam muito mais, descobrindo uma nova maneira de viver, dando um novo âcoloridoâ Ă sua vida, encarando todo e qualquer problema com muita garra e vontade de vencer, passando a agir sem medo e/ou qualquer temor, mas de cabeça erguida e com muita disposição de reverter a situação vivida.
Somados a isso, Ă© importante perceber que cada momento, mesmo sendo ĂĄrduo, tem sua devida importĂąncia, e que atravĂ©s das nossas falhas e erros, amadurecemos e crescemos muito. Ă crucial entender que toda e qualquer falha ou erro que cometemos deve servir como aprendizado. Quem nĂŁo aprende com os prĂłprios erros ou falhas estĂĄ condenado a repeti-los e, entĂŁo, deverĂĄ arcar com as conseqĂŒĂȘncias.
Diante de todo o exposto salientamos que, quando assumimos uma postura otimista diante da vida, nĂŁo damos âbrechaâ alguma para que o medo possa nos âassombrarâ; por conseqĂŒĂȘncia, enfrentamos a situação tendo uma visĂŁo âclaraâ diante dos fatos, o que nos ajuda e muito a pensar sobre as estratĂ©gias de como atuar.
Nessa senda observamos que, além da nossa maneira de pensar, existem ferramentas que são determinantes nessa empreitada; dentre estas poderemos citar: o planejamento, a fé, a autoconfiança, a convicção, o otimismo, o autoconhecimento, a vontade de vencer, assim como a nossa garra, motivação, coragem e esperança.
De fato, Ă© importante enxergar que a vida nos testa e nos atesta o tempo todo. Para enfrentĂĄ-la Ă© preciso que tenhamos muita sabedoria e disposição. Ă fundamental atrelarmos esses prĂ©-requisitos Ă coragem, para que assim possamos tomar as rĂ©deas de nosso prĂłprio destino e controlĂĄ-lo sem deixar que sejamos influenciados. Devemos igualmente enfrentar toda e qualquer situação sem entrar em pĂąnico, com equilĂbrio e postura otimista, nĂŁo nos deixando abater, e muito menos nos prostrarmos diante das adversidades e das âamargas experiĂȘnciasâ que porventura a vida nos possa oferecer, tendo a capacidade de seguirmos em frente, mesmo em meio Ă âtempestadeâ.
Ante a este contexto, torna-se de suma importùncia cultivar a certeza de que lutaremos, mas que também alcançaremos o alvo. Pensar assim é fator sine qua non para se alcançar o sucesso, pois devemos em todo instante lembrar que os obståculos encontram-se armazenados em nossa mente.
Em sĂntese, a partir do momento em que desejamos e decidimos vencer, os limites anteriormente estabelecidos serĂŁo superados, deixando de existir. Sem essa certeza, a caminhada fica pesada, Ăngreme, ĂĄrdua e corre-se o risco de nĂŁo somente resvalar, mas de cair e se machucar.
28/07/2008 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pela UNILESTE-MG. à Administradora, Consultora e Professora Universitåria na UNIPAC- Vale do Aço.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br.
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade do texto, mencionando a autora e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br
PEQUENO CONTO DE ANO-NOVO
Milagres acontecem, mas eles sĂŁo os dons, poderes dos homens, como diz Hannah Arendt, pois sĂŁo aqueles gestos que realizamos e, que, por meio deles, iniciamos uma nova cadeia de eventos -nĂŁo sĂł imprevisĂveis mas, sobretudo, improvĂĄveis. HĂĄ o desejo de um milagre que renasce comigo em todo ano que se inicia. Ele nĂŁo Ă© apenas imprevisĂvel e improvĂĄvel, Ă© uma ficção.
Durante a madrugada em que o ano novo se gesta, algo contagia o ar. Como consequĂȘncia, inexplicavelmente, todas as pessoas se esquecem de uma de suas crenças bĂĄsicas, que, por dĂ©cadas, vem controlando suas mentes. No primeiro dia do ano, ninguĂ©m mais acredita que o bom negĂłcio e o bom trabalho sĂŁo definidos pela riqueza que geram.
Nem mesmo economistas, polĂticos e empresĂĄrios conseguem entender que a riqueza produzida pelo trabalho e pelos negĂłcios tenha por objetivo apenas produzir mais riqueza.
Portanto, quando os negociantes e industriais retomam suas atividades e analisam seus balanços e projetos para o ano, se espantam com o fato de neles constar algo absolutamente sem significado: "Projeção de crescimento para 2009".
Os empresĂĄrios, entĂŁo, convocam economistas e polĂticos em busca de uma luz. Mas ninguĂ©m compreende o que aquilo significa. Pensam, entĂŁo, em suprimir a expressĂŁo de seus planejamentos, mas alguns acham muito bonita a palavra crescimento para ser deletada.
Associada a um novo ano, ela roça nos coraçÔes como uma melodia de esperança.
EntĂŁo, em vez de se livrarem da expressĂŁo, resolvem organizar um congresso mundial para dar sentido a ela. Ă assim que todos os homens e mulheres de poder do mundo se reĂșnem e começam a buscar resposta para a Ășnica pergunta que inquieta a todos: o que poderĂĄ crescer em 2009?
Estudam mapas, dados demogrĂĄficos, relatĂłrios econĂŽmicos, grĂĄficos e censos de toda natureza e fazem um levantamento das condiçÔes ambientais, de saĂșde e de educação... Ficam estarrecidos com o resultado. Depois de muito debate, decidem que as Ășnicas coisas que devem crescer sĂŁo o valor e a qualidade da vida humana.
Dissolveu-se de tal modo no ar qualquer importùncia que a riqueza em si mesma tivesse contido que, quando alguém arrisca dizer que o que deve crescer é o lucro das empresas, é vaiado e quase expulso do evento. "Absurdo!", dizem.
Tomada a decisĂŁo e, para pĂŽr em obras o decidido, tambĂ©m definem uma cĂșpula mundial responsĂĄvel pelo novo crescimento. Escolhem, entĂŁo, renomados professores, filĂłsofos, profissionais da saĂșde e ambientalistas para dirigi-la. Assinam, finalmente, um acordo para tornar os esquemas de governo e a economia instrumentos de apoio dessa nova ordem.
De quebra, resolvem reorganizar os paradigmas da educação, da ciĂȘncia e das instituiçÔes religiosas. E, a partir de entĂŁo, o mundo passa a compreender o que sempre quis dizer: feliz Ano-Novo!
Outras ideias - Dulce Critelli, terapeuta existencial e professora de filosofia da PUC-SP, Ă© autora de "Educação e Dominação Cultural" e "AnalĂtica de Sentido" e coordenadora do Existentia - Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana. Fonte: Folha de S.Paulo - 08/01/09.
Professora Dra. Dulce MĂĄra Critelli - http://www.pucsp.br/pos/filosofia/docente/dulce.htm
Existentia - Centro de Orientação e Estudos da Condição Humana - http://www.existentia.com.br/index.php
IDEIAS MORTAS
Os paĂses desenvolvidos do mundo podem estar na frente do Brasil em muita coisa, mas perdem de longe em pelo menos uma: nossa capacidade de criar "polĂticas pĂșblicas". Faltam ao Brasil redes de esgoto, ĂĄgua tratada, coleta de lixo, transporte pĂșblico, portos, ferrovias e estradas asfaltadas. Faltam aparelhos de raios X em hospitais, sistemas para conter enchentes e escolas capazes de ensinar a prova dos noves. NĂŁo temos confiança em polĂticos, juĂzes e autoridades em geral. NĂŁo temos um serviço pĂșblico capaz de prestar serviços ao pĂșblico. Mas se hĂĄ alguma coisa que temos de sobra, em praticamente qualquer ĂĄrea da atividade humana, sĂŁo "polĂticas pĂșblicas", quase sempre descritas como as "mais avançadas do mundo"; Ă© difĂcil entender, francamente, por que os demais 190 paĂses que repartem a Terra conosco ainda nĂŁo copiaram todas elas.
NinguĂ©m ignora que o Brasil conta com o que hĂĄ de mais moderno no planeta em matĂ©ria de proteção ao menor abandonado, direitos humanos (nossos assassinos, por exemplo, tĂȘm o direito de cumprir apenas um sexto das penas a que forem condenados), defesa do meio ambiente e legislação de trĂąnsito. Temos o melhor modelo mundial nĂŁo sĂł de reforma agrĂĄria, mas tambĂ©m de reforma aquĂĄria, como nos garantiu tempos atrĂĄs o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva. NĂŁo hĂĄ quem nos supere em leis de proteção ao trabalhador, ao deficiente fĂsico e aos direitos do consumidor â e por aĂ afora, numa lista que nĂŁo acaba mais. Ă verdade que funcionĂĄrios do Incra, repartição pĂșblica encarregada de aplicar a reforma agrĂĄria, vivem sendo presos por corrupção, que os menores começam a matar gente cada vez mais cedo e que o trĂąnsito nas grandes cidades Ă© uma piada. Mas aĂ tambĂ©m jĂĄ seria querer demais â nĂŁo se pode exigir que este paĂs, depois de toda a trabalheira que teve para montar polĂticas tĂŁo admirĂĄveis, seja tambĂ©m obrigado a mostrar que elas produzem resultados prĂĄticos.
O ano de 2008 se encerrou com mais dois grandes momentos na histĂłria da criação de "polĂticas pĂșblicas" para o Brasil. O primeiro desses feitos Ă© a EstratĂ©gia Nacional de Defesa, uma coleção de planos que vĂŁo dar ao Brasil, como nas ĂĄreas citadas acima, uma nova oportunidade de se colocar entre os paĂses "mais avançados" do mundo. Ă perfeitamente correta, no caso, a ideia de melhorar o equipamento das Forças Armadas; nĂŁo adianta nada dar a elas uma missĂŁo e nĂŁo dar os meios. Mas, junto com providĂȘncias possivelmente racionais, indispensĂĄveis ou urgentes, vem todo um tropel de desejos tumultuados â a transformação do Brasil em potĂȘncia militar, o desenvolvimento de caças de quinta geração, a criação do "soldado do futuro", taxas a ser pagas por empresas que seriam beneficiadas pela ação das Forças Armadas e atĂ© um submarino nuclear, no qual a Marinha trabalha desde 1979 e que ficarĂĄ pronto, se tudo correr bem, no remoto ano de 2024. Por qual motivo o Brasil precisaria, por exemplo, de um submarino nuclear? Fala-se vagamente, em voz baixa e linguagem obscura, em "ganhos de tecnologia". Mas daĂ nĂŁo se passa â talvez por se tratar de um segredo de estado, talvez porque nĂŁo haja mesmo ninguĂ©m, no governo, capaz de explicar isso de forma coerente. O presidente Lula disse que Ă© preciso defender a AmazĂŽnia e o petrĂłleo das ĂĄguas profundas. Muito justo, mas os principais inimigos da AmazĂŽnia, atĂ© hoje, tĂȘm sido os prĂłprios brasileiros e seu principal problema, a pobreza, tambĂ©m Ă© de criação puramente nacional; quanto ao petrĂłleo, ninguĂ©m atacou atĂ© hoje as plataformas em alto-mar para roubar as riquezas da Petrobras, desde a perfuração do primeiro poço na Bacia de Campos, trinta anos atrĂĄs. NĂŁo hĂĄ sinal de mudança em nenhuma dessas duas realidades.
O segundo grande momento foi a finalização do Plano Nacional de Cultura, que, segundo o governo, vai desenvolver as "polĂticas culturais" do Brasil nos prĂłximos dez anos, com o fortalecimento da ação do estado na ĂĄrea cultural, "participação social" em sua gestĂŁo e outras ameaças parecidas. Mas, segundo o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o plano se baseia em "300 diretrizes" â e a partir daĂ nĂŁo vale a pena dizer mais nada. NĂŁo existe neste mundo projeto algum que precise de 300 diretrizes para funcionar e, caso existisse, nĂŁo haveria governo capaz de aplicĂĄ-las. NĂŁo o brasileiro, com certeza.
No mais Ă© esperar que a habitual combinação de inĂ©pcia, preguiça e burocracia da mĂĄquina estatal leve o grosso do plano para o depĂłsito geral das ideias mortas. Nessas horas a incompetĂȘncia do poder pĂșblico Ă© uma verdadeira bĂȘnção.
J.R.Guzzo - Fonte: Veja - Edição 2094.
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