"HERROS" ACORRENTADOS
13/02/2010 -
A JENTE HERRAMOS
OS MENINOS PERDIDOS DA CHINA
English:
http://www.dailymail.co.uk/news/worldnews/article-1248252/Chinese-boy-chained-lamp-post-dad.html
A foto do pequeno Lao Lu acorrentado a um poste numa rua de Pequim foi de cortar o coração â e de chamar atenção como poucas imagens conseguiriam sobre os inesperados desdobramentos da polĂtica de filho Ășnico. O pai do menininho, Chen Chuanliu, condutor de riquixĂĄ clandestino, disse que acorrentou o filho como Ășltimo recurso para mantĂȘ-lo a salvo: a mĂŁe, deficiente mental, nĂŁo consegue tomar conta dele, e a filhinha do casal, de 4 anos, desapareceu recentemente. SerĂĄ verdade? O sequestro de crianças na China Ă© mais do que a costumeira lenda urbana â as estimativas variam de 10 000 a 70 000 casos por ano. As pequenas vĂtimas destinam-se a um mercado clandestino alimentado por pais desesperados pela falta do filho homem que 2 500 anos de confucionismo consagraram como obrigação familiar suprema. Ou, no caso das meninas, famĂlias rurais que nĂŁo acham esposa para os filhos. Este, um problema demograficamente comprovado: a disparidade decorrente do controle populacional mandatĂłrio e da preferĂȘncia pelos meninos projeta para 2020 um dĂ©ficit feminino que produzirĂĄ 24 milhĂ”es de solteiros sem chance de casamento. Por causa do limite imposto com a polĂtica do filho Ășnico, a população chinesa começarĂĄ a declinar por volta de 2026, quando nascerĂĄ o bebĂȘ que baterĂĄ a marca de 1,4 bilhĂŁo de pessoas. SerĂĄ menino?
Vilma Gryzinski - Fonte: Veja - Edição 2151.
Veja mais:
http://www.dailymail.co.uk/news/worldnews/article-1248252/Chinese-boy-chained-lamp-post-dad.html
LULA E A MERDA
Durante a inauguração de uma barragem na capital goiana, o presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva abusou da irreverĂȘncia em seu discurso. Ao comentar da dificuldade da construção de obras no Brasil, ele citou, novamente, a perereca encontrada em uma obra numa estrada no Rio Grande do Sul. Segundo Lula, a obra ficou parada seis meses porque havia um risco da extinção da perereca. No entanto, depois descobriram que a perereca nĂŁo corria risco.
"Graças a Deus que a perereca não seria extinta. Perereca não pode ser extinta nunca!", disse o presidente,causando risos na plateia.
Em outro trecho do discurso, o presidente destacou que o Brasil conquistou espaço importante no cenĂĄrio internacional fazendo parte de grupos importantes como o G-20, G-4 e G-8. "Cria um G que o Brasil vai estar lĂĄ dentro", afirmou o presidente, que depois emendou: "NĂŁo tem paĂs mais preparado para achar o ponto G que o Brasil", declarou, tambĂ©m arrancando risos.
O presidente voltou a usar expressĂŁo "merda" em seu discurso. Disse que, ao conversar com dirigentes internacionais, se pergunta qual deles teve a sua experiĂȘncia de vida.
"Qual deles teve que acordar de madrugada com ågua nos calcanhares e disputar espaço com ratos, baratas e merda? Isso nos då autoridade", afirmou Lula.
O presidente comentou também que vai montar uma sala de comando no Palåcio do Planalto na qual ele vai comandar.
"Os ministros que ficaram (no governo) nĂŁo sabem o que estĂŁo esperando", avisou, dizendo que vai trabalhar atĂ© o Ășltimo dia porque, segundo ele, no final de mandato "nego começa afrouxar".
Por fim, o presidente disse que quer tomar uĂsque na noite de 31 de dezembro ao se preparar para a posse de seu sucessor. TambĂ©m disse, para a plateia, que, se alguĂ©m lhe desse uma "caninha" de GoiĂĄs, poderia beber.
"Vou te dar agora", alguĂ©m sugeriu. Mas Lula recusou. " NĂŁo posso receber por causa dos fotĂłgrafos. Uma pessoa chique ganhando cachaça Ă© algo chique. Um metalĂșrgico ganhando cachaça Ă© um cachaceiro", afirmou o presidente.
Fonte: O Tempo - 13/02/10.
AFASTA DE MIM
De um cardeal do DEM, sobre os caminhos abertos pela prisão de Arruda: "Para nós, o melhor seria a intervenção federal".
MAIS UM
Piada instantĂąnea ouvida ontem em BrasĂlia: "o PMDB jĂĄ estĂĄ de olho no cargo de interventor".
Painel - Ranata Lo Prete - Fonte: Folha de S.Paulo â 12/02/10.
MADAME NATASHA
Madame Natasha acredita que o ministro Tarso Genro fala num código que só ela entende. Por isso concedeu-lhe uma de suas bolsas de estudo com o bÎnus de um passagem a Cuba (só de ida) pela seguinte afirmação, ao repórter Valdo Cruz:
"Eu acho que o PT vai diminuir bastante a taxa de tradicionalização da polĂtica, em função da experiĂȘncia pelo prĂłprio mensalĂŁo". Natasha entendeu o seguinte: "Por causa do mensalĂŁo, o PT vai tomar menos dinheiro dos outros".
Elio Gaspari (http://pt.wikipedia.org/wiki/Elio_Gaspari) - Fonte: Folha de S.Paulo â 07/02/10.
MENSAGEM AO CONGRESSO DE NOVO IGNORADA
Em 8 de fevereiro de 2009, critiquei aqui o fato de este jornal ter limitado a duas notas na coluna "Painel" o noticiĂĄrio sobre a mensagem que o presidente da RepĂșblica Ă© obrigado pela Constituição a mandar ao Congresso Nacional todos os anos com as prioridades do Executivo.
Na edição da quarta-feira retrasada, a mensagem presidencial de 2010 mereceu, além de (novamente) duas notas na mesma seção, um parågrafo e meio no fim do texto sobre a cerimÎnia em que foi lida. No restante, o destaque todo foi para fofocas referentes à eleição presidencial.
O jornal deveria editar resumo detalhado da mensagem, e acompanhĂĄ-la durante o ano todo em reportagens. Ela Ă© a agenda do governo para o ano. O leitor tem o direito de conhecĂȘ-la e fiscalizar seu cumprimento.
Se Congresso e Planalto parecem desprezar a mensagem, um motivo a mais para o jornal exigir que seja respeitada.
Na quinta-feira, pequena reportagem informou que a Consolidação das Leis Sociais não consta do documento, embora seja anunciada pelo governo como prioritåria. Pouco, quase nada, mas melhor do que em 2009.
Carlos Eduardo Lins da Silva - Fonte: Folha de S.Paulo - 07/02/10.
EXISTE UMA LĂGICA POR TRĂS DA MENTIRA
Por excĂȘntrico que pareça, hĂĄ uma lĂłgica por trĂĄs dos panetones de Arruda. Na verdade, existem atĂ© duas lĂłgicas.
Na mais terrena delas, a da estratĂ©gia de defesa, costuma ser vantajoso para o acusado alegar qualquer coisa que nĂŁo o incrimine, por mais mirabolante que pareça. Cabe Ă acusação demonstrar que a histĂłria Ă© falsa. Se nĂŁo conseguir, prevalece a presunção da inocĂȘncia.
Essa hierarquia talvez nĂŁo seja a melhor para efeitos de combate ao crime, mas Ă© crucial para o Estado de Direito.
A segunda lĂłgica Ă© mais sutil. Ela estĂĄ entranhada na natureza humana: somos todos mentirosos patolĂłgicos.
Crianças começam a mentir por volta dos trĂȘs anos, idade em que ainda nĂŁo conseguem proceder a cĂĄlculos sofisticados como "o que eu devo fazer para escapar Ă punição". De acordo com Laurence Tancredi, em "Hardwired Behavior: What Neuroscience Reveals about Morality", crianças mentem por diversos motivos, como evitar castigos, ou simplesmente porque enganar Ă© divertido.
Tancredi elenca trabalhos dos EUA que mostram que 60% das pessoas mentem regularmente, numa média de 25 vezes diårias. A maioria das inverdades tende a ser inocente, como elogiar a comida mesmo quando intragåvel. à uma mentira socialmente necessåria.
Como somos bons em mentir, somos também bons em detectar mentiras dos outros. Sai-se melhor o sujeito que acredita nas próprias lorotas, daà o surgimento do autoengano, tão importante na psicanålise.
A questão que fica é: como conciliar isso tudo? Quem esboça uma resposta é Steven Pinker em "How the Mind Works". Para ele, nossos cérebros são multipartidos: se uma parte de nós se deixa enganar, hå outra que sabe a verdade.
Assim, o propĂłsito das desculpas de polĂticos pegos com a boca na botija talvez nĂŁo seja apenas enganar eleitores e juĂzes. Uma parte de seus cĂ©rebros sabe que tudo nĂŁo passa de histĂłria para boi dormir. A questĂŁo Ă©: o que se dĂĄ com a outra parte? Pinker responde: "O autoengano Ă© a mais cruel das motivaçÔes, pois nos faz sentir bem quando estamos errados e nos encoraja a lutar quando deverĂamos nos render".
HĂ©lio Schwartsman - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/02/10.
O SILĂNCIO DOS INOCENTES
Em recente pesquisa do Instituto Sensus, os entrevistados dizem que a corrupção no Brasil aumentou. Nenhuma novidade. AtĂ© o ministro Mangabeira Unger, antes de ser vergonhosamente cooptado, assim julgou o regime de Lula da Silva. Esse dado Ă© notĂĄvel pelas caracterĂsticas da presente situação histĂłrica, onde o lulo-petismo mostra-se hegemĂŽnico ideologicamente e sem qualquer contestação por parte de dĂ©beis oposiçÔes. A maciça propaganda oficial lança mĂŁo atĂ© da publicidade de empresas privadas para vender uma imagem triunfante das precĂĄrias realizaçÔes dos Ășltimos sete anos.
Apesar desse esforço de domesticação das consciĂȘncias, os serviços executados pelo governo sĂŁo vistos como ruins, ou pĂ©ssimos, por 38% dos entrevistados, e somente 16% os taxam como Ăłtimos ou bons. No pĂąntano da avaliação regular permanece 44% do total, indicando que, se nĂŁo os reprovam claramente, tambĂ©m nĂŁo sĂŁo aprovados inequivocadamente. A bem da verdade, esses 44% poderiam ser entendidos como crĂticos envergonhados. Quem diz concordar mais ou menos, na verdade nĂŁo estĂĄ aprovando nada. Onde estaria, portanto, o fundamento empĂrico para as endeusadoras consideraçÔes do governo Lula? Qual a base real do tĂŁo decantado prestĂgio de um governo chancelado como corrupto e ruim de serviço pela maioria da população?
Os Ăndices de intenção de voto mostrados pela candidata oficial (hĂĄ pelo menos trĂȘs anos em acintosa campanha) sĂŁo um sintoma da verdade oculta na alma dos brasileiros. Mais que a ela, o repĂșdio de fato Ă© ao que ela representa (truculĂȘncia, mentira e corrupção).
Para um povo vĂtima da insegurança e violĂȘncia desenfreadas, seria palatĂĄvel uma mulher com histĂłrico de mortes e brutalidades contra terceiros e contra inocentes?
à necessårio um incremento do esforço de homens do pensamento no sentido de reforçar o processo de maior esclarecimento popular. Algo na direção do que foi realizado por Thomas Mann na luta contra o nazismo, oferecendo argumentos aos que se sentem incomodados, mas não possuem elementos de imaginação nem de informação para interpretar os acontecimentos.
O bolsismo com que o governo pensa anestesiar as pessoas tem limites (no mĂnimo, pela ingratidĂŁo, essa pantera indissociĂĄvel da condição humana). Na envergonhada academia começam a surgir soluços crĂticos contra certos desatinos e fraudes antipopulares patrocinados pelo petismo e sequazes - do tipo daqueles impostos pelo alardeado modelo da dita Escola Plural.
Esta jĂĄ começa a ser vista como escola para os filhos dos outros e, nĂŁo, para os "nossos" filhos. HĂĄ que se aplaudir o tĂmido avanço dos arrependidos. O futuro, no entanto, cobrarĂĄ a devida responsabilidade pelo que houve de erros e de comportamentos levianos nos Ășltimos anos. O mais difĂcil nĂŁo serĂĄ, provavelmente, vencer a barbĂĄrie, mas limpar as estrebarias depois.
AntĂŽnio Machado - SociĂłlogo - Fonte: O Tempo - 07/02/10.
Instituto Sensus - http://www.sensus.com.br/
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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