BLOCOS CULTURAIS...
26/03/2007 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROFESSOR X
Oi pessoal.
Temos escutado tantas discussÔes, ultimamente, sobre formaçÔes de blocos. Seja na América do Sul, na América Central, na América do Norte ou em outros continentes, as negociaçÔes são muito complicadas, devido aos diferentes interesses.
Achei por bem repassar para vocĂȘs uma matĂ©ria da Folha que retrata um pouco da histĂłria do bloco europeu que agora em março completou 50 anos.
BLOCO EUROPEU FESTEJA 50 ANOS DE BUROCRACIA E PAZ
Comunidade foi criada em Roma em 1957; meta plenamente alcançada evitou guerras pela interdependĂȘncia econĂŽmica.
Tratado de Roma sĂł criou a zona de livre comĂ©rcio entre seis paĂses; eles hoje sĂŁo 27 e tĂȘm plano maior; modelo, no entanto, enfrenta crise.
O sĂ©culo 20 foi bastante cruel com a Europa. A Primeira Guerra Mundial (1914-1919) fez 8,5 milhĂ”es de mortos. A Segunda Guerra (1939-1945), no mĂnimo 35 milhĂ”es. Povoaram-se de modo sangrento os cemitĂ©rios do continente.
Mudando de assunto, mas nem tanto. Segundo a OMC (Organização Mundial do ComĂ©rcio), os paĂses membros da UniĂŁo EuropĂ©ia exportavam, hĂĄ dois anos, em torno de US$ 2,5 trilhĂ”es. SĂł um terço dessa quantia foi vendida para terceiros. Quanto Ă s importaçÔes, 66,1% (US$ 2,9 trilhĂ”es) foram comercializados com os parceiros do prĂłprio bloco.
NĂŁo se trata apenas de comĂ©rcio externo. Ă sobretudo interdependĂȘncia econĂŽmica e polĂtica. Os empresĂĄrios alemĂŁes rejeitariam hoje qualquer nacionalismo que levasse o paĂs a bombardear a PolĂŽnia ou a França. SĂŁo seus clientes, seus fornecedores de peças ou de matĂ©ria-prima. Um sindicato espanhol nĂŁo permitiria que disputas bĂ©licas levassem ao desemprego, com o corte no fornecimento de componentes da Ăustria ou da GrĂ©cia.
Pois Ă© justamente esse o "desenho" da UniĂŁo EuropĂ©ia. Seus 27 Estados membros estĂŁo de tal modo interligados que seria inconcebĂvel entre eles uma nova guerra.
Ă esse o balanço dos 50 anos de integração europĂ©ia. A CEE (Comunidade EconĂŽmica EuropĂ©ia), nascida com o Tratado de Roma hĂĄ 50 anos, nĂŁo foi o inĂcio de uma histĂłria comercial. Ă uma histĂłria de paz, que amansou os nacionalismos e evitou conflitos regionais.
1950, a idéia inicial:
A idĂ©ia jĂĄ estava explĂcita no embriĂŁo desse processo, quando em 1950 o ministro do Exterior francĂȘs, Robert Schuman, propĂŽs Ă Alemanha a instituição de uma comunidade do carvĂŁo e do aço. Passaria ao controle de uma autoridade supranacional uma grande fonte energĂ©tica e a matĂ©ria-prima para material bĂ©lico. Quatro outros paĂses embarcaram em 1951 nesse projeto.
O bloco europeu cresceu e virou rotina. A lembrança das guerras se distanciou. Os 50 anos do Tratado de Roma não serão pretexto para uma grande festa de Portugal à Bulgåria.
Os seis integrantes iniciais passaram hoje para 27. Os contribuintes dos paĂses mais ricos nĂŁo querem mais financiar investimentos nos paĂses mais pobres. O mau humor para com uma Europa que nĂŁo parava de crescer -e que absorveria mais um pouco da soberania dos Estados- partiu da França e da Holanda, que em 2005 rejeitaram em plebiscito o projeto de Constituição.
E Ă© tambĂ©m controvertida a possĂvel adesĂŁo da Turquia, que islamizaria em parte a UniĂŁo EuropĂ©ia e a empurraria na direção geogrĂĄfica do Oriente.
Em paĂses como a Irlanda e a BĂ©lgica, a Espanha ou a Dinamarca, mais de 60% dos cidadĂŁos acreditam que a UE continua a ser uma grande idĂ©ia. Mas na Ăustria ou no Reino Unido, os chamados "eurocĂ©ticos" sĂŁo majoritĂĄrios. Eles aceitam a uniĂŁo comercial, mas rejeitam a adesĂŁo de novos membros e o apetite crescente de Bruxelas em elaborar normas e leis que os afetam.
Ă comum, no entanto, comparar a força dessa mĂĄquina econĂŽmica e social integrada a sua fraqueza em termos de polĂtica externa. A integração diplomĂĄtica sai poucas vezes do papel. Em 2003, com a invasĂŁo do Iraque, a Europa se dividiu.
Evolução:
Ă difĂcil imaginar de que maneira a UniĂŁo EuropĂ©ia evoluirĂĄ nos prĂłximos anos. Ela Ă© uma mĂĄquina pesada, que se mexe lentamente e cujos 300 mil funcionĂĄrios -especialistas, burocratas, tradutores que produzem toneladas de documentos nessa imensa repartição pĂșblica com 23 idiomas- aprenderam a reagir na defesa de seus prĂłprios interesses.
Enxugar esses quadros nĂŁo estĂĄ na ordem do dia, embora seja inevitĂĄvel que os Estados, pressionados a gastar menos, acabem exigindo o mesmo da burocracia supranacional.
As disputas que hoje em dia envolvem dinheiro sĂŁo outras. HĂĄ uma revisĂŁo orçamentĂĄria marcada para 2008. O Reino Unido, que subsidia pouco sua agricultura, abrirĂĄ frente de atrito com a França, que subsidia muito. Afinal, incentivos aos agricultores envolvem a contribuição de todos os paĂses ao caixa Ășnico da PAC (PolĂtica AgrĂcola Comum).
Iniciativa alemĂŁ:
Em termos polĂticos, Ă© incerto o sucesso do esforço da Alemanha, que exerce neste semestre a presidĂȘncia do bloco, para relançar o processo de integração que o projeto de Constituição emperrou.
No fundo, no entanto, Ă© provĂĄvel tudo seja um dia secundĂĄrio aos olhos dos historiadores, ao se lembrarem que a UniĂŁo EuropĂ©ia Ă© tambĂ©m um espelho que deve refletir 27 imagens constituĂdas por valores democrĂĄticos.
Não hå ditaduras. Grécia, Espanha e Portugal só entraram depois de redemocratizados. E a democracia européia tem um sentido bem amplo. O direito à vida, por exemplo, é sinÎnimo da supressão da pena de morte. Guilhotinas e pelotÔes de fuzilamento são hoje orgulhosamente coisas de museus.
JoĂŁo Batista Natali - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/03/2007.
Até a próxima semana e Feliz Påscoa a todos.
Abraços
Professor X
PROFESSORA PASQUALINA
ATENĂĂO: AULAS DE INGLĂS
O domĂnio da lĂngua inglesa deixou de ser um diferencial. Ă fundamental para o exercĂcio de qualquer atividade profissional. Aulas de inglĂȘs para pequenos grupos com a Professora Pasqualina e sua parceira Professora PatrĂcia. No Barreiro e no Eldorado. JĂĄ foi formada a primeira turma.
Aos interessados: Enviem mensagens para o Faculdade Mental através do Fale Conosco de nosso site ou entrem em contato - 33889365.
Na edição passada, mais um texto para anålise e, dessa vez, os problemas são mais sérios.
Iniciamos nosso trabalho com o levantamento dos problemas gramaticais e posteriormente faremos as demais correçÔes.
Logo no primeiro perĂodo temos o uso inadequado de uma palavra: âimpostaâ, jĂĄ que Ă© um tanto arbitrĂĄria para uma sociedade democrĂĄtica; e seria mais interessante dar luz Ă democracia acrescentando ao texto: â...sĂł deve ser aprovada depois de suficientemente discutida com a sociedade.â
No segundo perĂodo do primeiro parĂĄgrafo, o correto Ă© usar âEmâ no lugar de âParaâ; e nĂŁo se deve usar primeira pessoa nos textos dissertativos, logo âEm casos de homicĂdios, estupros e seqĂŒestros nĂŁo se pode ter...â. A palavra seqĂŒestros nĂŁo foi grafada corretamente pelo autor, pois a letra âuâ Ă© pronunciada e pertence ao grupo gĂŒe, gĂŒe, qĂŒe e qĂŒi, recebe, portanto, o trema.
Ainda no primeiro parĂĄgrafo, no final do segundo perĂodo â...que agir no sentido de colocar nas cadeias os indivĂduos...â, a expressĂŁo em destaque estĂĄ diretamente ligada Ă linguagem coloquial, devendo ser substituĂda, por exemplo, por â...de agir para que seja possĂvel colocar na cadeia indivĂduos...â. A vĂrgula colocada apĂłs a conjunção e em â...comiseração e, o Congresso...â estĂĄ incorreta, o perĂodo que se inicia Ă© uma continuação da idĂ©ia anterior e nĂŁo funciona como uma oração intercalada.
A fim de que a correção não se torne cansativa, as demais observaçÔes ficarão para a próxima semana.
Boa semana a todos! Bom feriado e FELIZ PĂSCOA!!!!!!!!!!
Professora Pasqualina