PENSANDO NOS JOVENS
22/07/2010 -
PENSE!
APENAS O "Y"
English:
http://wcco.com/local/ymca.y.name.2.1802211.html
YMCA reduz nome para apenas uma letra, depois de 166 anos de existĂȘncia. Lembrete ao Village People: a letra de seu maior sucesso precisa ser atualizada. A organização conhecida como YMCA (Youth Men's Christian Organization, ou Associação CristĂŁ de Moços) agora serĂĄ apenas Y.
Uma das mais conhecidas entre as organizaçÔes sem fins lucrativos dos EUA, a YMCA, fundada hå 166 anos na Inglaterra, passa por reformulação de marca, adotando como nome a letra pela qual é conhecida hå décadas.
"Ă uma maneira de sermos mais calorosos, mais genuĂnos, mais receptivos", disse Kate Coleman, vice-presidente de marketing da Y.
O nome novo coincide com seus esforços para enfatizar o impacto que seus programas exercem sobre a juventude, um estilo de vida saudåvel e as comunidades a que a organização atende.
A unidade da Y em Sioux City, Iowa, por exemplo, estå trabalhando para mudar regras de zoneamento para promover a construção de calçadas, para encorajar as pessoas a caminhar mais.
Em Louisville, Kentucky, a Y tenta ampliar a distribuição de frutas e legumes frescos no comércio local.
"Estamos tentando simplificar a maneira pela qual contamos a história daquilo que fazemos, e o novo nome representa isso", disse Ned Nicoll, presidente-executivo da organização.
O desafio Ă© continuar a fazer com que usuĂĄrios e doadores tenham consciĂȘncia da histĂłria, tradição e significado das letras que formam a sigla da Y.
Fonte: Folha de S.Paulo - 13/07/10.
Mais detalhes:
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DE OLHO NA URNA
Ano eleitoral não falha: os deputados pensam mais no que rende voto e menos em apoio aos governos. Uma pesquisa inédita realizada pela consultoria Arko Advice revelou que no primeiro semestre a média de apoio aos projetos do governo na Cùmara foi a segunda menor da era Lula: 45%. Porcentual mais baixo só ocorreu no primeiro semestre de 2006 (44%). Hå quatro anos, no entanto, o mensalão era assunto frequente no noticiårio. Hoje, mesmo com a popularidade nas alturas, Lula não consegue apoio maior na Cùmara.
Panorama - Radar - Lauro Jardim - Fonte: Veja - Edição 2174.
Arko - http://www.arkoadvice.com.br/apresentacao.asp
MAIS PERVERSĂO NA EDUCAĂĂO BRASILEIRA
Na sociedade contemporùnea, cada vez mais complexa e diversificada, formação universitåria aparece como fator de ascensão social.
Neste Brasil de absurdos e iniquidades, educação superior supostamente implica uma profunda perversão social.
Eis o argumento: no nĂvel bĂĄsico de ensino, aos pobres, por seu reduzido poder econĂŽmico, resta a rede pĂșblica, com precĂĄria infraestrutura e docentes desmotivados por baixos salĂĄrios.
Ao contrårio, as camadas médias e altas da sociedade, por capacidade financeira própria, financiam a educação de seus jovens em escolas privadas, com melhores condiçÔes de vencer o filtro competitivo do vestibular.
Nas universidades pĂșblicas, recebem gratuitamente educação superior de qualidade, enquanto os pobres sĂŁo obrigados a pagar caro em instituiçÔes privadas.
Essa anĂĄlise oculta dois equĂvocos e uma falĂĄcia.
O primeiro equĂvoco refere-se ao conceito de gratuidade, como se pudesse existir alguma atividade, realizada com eficiĂȘncia, sem custos estruturais e operacionais.
A universidade pĂșblica, dada sua missĂŁo social de excelĂȘncia acadĂȘmica, Ă© cara e longe estĂĄ de ser gratuita. Ă, de fato, prĂ©-paga pelo orçamento pĂșblico, constituĂdo por impostos, taxas e tambĂ©m por contribuiçÔes sociais.
O segundo equĂvoco Ă© achar que, "por capacidade financeira prĂłpria", as classes abonadas preparam seus jovens para ter acesso Ă universidade pĂșblica.
Isso nĂŁo Ă© verdade. No Brasil, importante parcela das despesas educacionais retorna Ă s famĂlias com maior nĂvel de renda sob a forma de descontos e restituição de impostos; dessa forma, enorme (mas oculta) renĂșncia fiscal subsidia a educação privada de seus filhos, o que lhes facilita predominar na educação superior pĂșblica.
A falĂĄcia encontra-se na premissa de que o Estado Ă© sustentado por toda a sociedade, igualmente.
A estrutura tributĂĄria brasileira Ă©, em si, importante fator de desigualdade social. Proporcionalmente Ă renda, os pobres contribuem para custear a mĂĄquina estatal, em todos os nĂveis e setores de governo, mais do que contribuintes de melhor situação econĂŽmica.
Dados do Ipea revelam que os mais pobres pagam 49 % de sua renda em impostos, enquanto os mais ricos contribuem com apenas 26 % da sua receita.
Ciclo vicioso, tripla perversĂŁo social. A maioria pobre nĂŁo sĂł financia a educação superior mas tambĂ©m subsidia a educação bĂĄsica privada da minoria social privilegiada, que, nĂŁo fossem as açÔes afirmativas, ocuparia a maior parte das vagas pĂșblicas.
Do ponto de vista da reprodução social, a formação daqueles oriundos da classe social detentora de poder polĂtico e econĂŽmico se dĂĄ, nas universidades pĂșblicas, em carreiras de maior retorno financeiro e prestĂgio social.
Por analogia ao conceito de mais-valia, a ideia de mais-perversĂŁo pode ser Ăștil para entender e ajudar a superar a iniquidade social que tanto nos envergonha.
O estancamento da renĂșncia fiscal de despesas escolares contribuirĂĄ para resgatar a dĂvida social da educação, entrave ao desenvolvimento econĂŽmico e humano de nosso paĂs.
Naomar de Almeida Filho, doutor em epidemiologia, pesquisador 1-A do CNPq, Ă© reitor da UFBA (Universidade Federal da Bahia) e membro do ObservatĂłrio da Equidade do CDES (Conselho de Desenvolvimento EconĂŽmico e Social). Fonte: Folha de S.Paulo - 20/07/10.
CNPq - http://www.cnpq.br/
UFBA - http://www.portal.ufba.br/
CDES - http://www.cdes.gov.br/
ObservatĂłrio da Equidade do CDES - http://www.ibge.gov.br/observatoriodaequidade/
SALVE SAKINEH
Caros amigos,
Graças a protestos globais a iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani acabou de escapar da morte por apedrejamento.
Ela ainda poderå ser enforcada, mas a execução por apedrejamento continua. Agora mesmo outras 15 pessoas estão no corredor da morte aguardando serem apedrejados, onde as pessoas são enterradas até o pescoço e pedras enormes são jogadas nas suas cabeças.
O perdĂŁo parcial a Sakineh, fruto dos esforços dos seus filhos em gerar uma pressĂŁo internacional, mostrou que se nĂłs nos unirmos manifestando o nosso horror, nĂłs poderemos salvar a vida dela e acabar com o apedrejamento de uma vez por todas. Assine a petição urgente agora e depois envie para todos que vocĂȘ conhece -- vamos acabar com estas execuçÔes crueis agora!
http://www.avaaz.org/po/stop_stoning/?vl
Sakineh foi condenada por adultério, assim como as outras 12 mulheres e um homen, que aguardam o apedrejamento. Mas os seus filhos e um advogado diz que ela é inocente e que ela não teve um julgamento justo, dizendo que a sua confissão foi forçada e como ela só fala azerbaijano, ela não entendeu o que estavam perguntando no tribunal.
Apesar do IrĂŁ assinar a convenção da ONU que requere que a pena de morte seja usada somente para os âcrimes mais sĂ©riosâ e apesar do parlamento iraniano passar a lei banindo o apedrejamento ano passado, o apedrejamento por adultĂ©rio continua.
Os advogados de Sakineh dizem que o governo iraniano âestĂĄ com medo da reação pĂșblica no IrĂŁ e da atenção internacionalâ para acabar com o apedrejamento. E depois dos Ministros da Turquia e do Reino Unido se declararem contra a sentença de Sakineh, ela foi suspensa.
Os corajosos filhos de Sakineh estĂŁo liderando uma campanha internacional para salvar a sua mĂŁe e acabar com o apedrejamento. Uma comoção internacional agora pode acabar com esta punição terrĂvel. Vamos nos unir hoje ao redor do mundo para acabar com esta brutalidade. Assine a petição para salvar a Sakineh e acabar agora com o apegrejamento:
http://www.avaaz.org/po/stop_stoning/?vl
Com esperança e determinação,
Alice, David, Milena, Ben e toda a equipe Avaaz
Fontes:
Irã suspende apedrejamento de mulher por adultério:
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5hv571JPald9bw84cvILn-E3M_ahQ
Pena de morte para mulher no Irã causa comoção internacional:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4558434-EI294,00-Pena+de+morte+para+mulher+no+Ira+causa+comocao+internacional.html
Sakineh foi poupada mas 12 mulheres e trĂȘs homens aguardam a morte por apedrejamento:
http://jornal.publico.pt/noticia/10-07-2010/sakineh-foi-poupada-mas-12-mulheres-e-tres-homens-aguardam-a-morte-por-apedrejamento-19796926.htm
(Colaboração: Marcilene)
DIĂLOGO DE SURDOS
A pressão sobre o governo de Teerã para reverter a condenação à morte por apedrejamento da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani pelo crime de adultério é emblemåtica das diferenças entre o Ocidente e o mundo islùmico.
De um lado, evocam-se os direitos humanos contra a barbĂĄrie religiosa. Do outro, afirma-se que nĂŁo Ă© dado aos homens questionar as leis estabelecidas por Deus. Resulta um diĂĄlogo de surdos.
A incompreensĂŁo mĂștua converte-se numa profecia autorrealizĂĄvel, na qual cada lado procura defender-se preventivamente das supostas mĂĄs influĂȘncias do outro, promovendo regras no mĂnimo discutĂveis.
O AfeganistĂŁo dos Taleban, por exemplo, alĂ©m de implodir estĂĄtuas de Buda, proĂbe mĂșsica, computadores, TVs e, sabe-se lĂĄ por que, pipas e o jogo de xadrez.
Ainda que mascaradas sob um verniz civilizacional, paĂses europeus vĂȘm aprovando leis que banem o uso de sĂmbolos islĂąmicos em espaços pĂșblicos. Parecem esquecer-se de que a Declaração Universal dos Direitos do Homem inclui o direito a ter uma religiĂŁo -e portanto de demonstrĂĄ-la atravĂ©s dos cultos e Ăcones prĂłprios.
Tal situação levou o ideĂłlogo conservador norte-americano Samuel Huntington a forjar o termo "choque de civilizaçÔes" para referir-se Ă tensĂŁo entre os dois mundos. A anĂĄlise de Huntington peca por reduzir uma cadeia complexa de elementos polĂticos, histĂłricos, econĂŽmicos e sociais aos aspectos mais visĂveis da cultura -notadamente a religiĂŁo- e conferir-lhe o carĂĄter de destino.
Daà não decorre, porém, que fatores etnogråficos não tenham um importante papel nas desavenças.
Consideradas apenas as prescriçÔes religiosas, o islĂŁ Ă© atĂ© mais tolerante para com adĂșlteros do que a BĂblia judaico-cristĂŁ. Enquanto o AlcorĂŁo determina uma pena de cem chibatadas, o DeuteronĂŽmio estabelece a morte por lapidação. Na verdade Ă© o "Hadith", a narrativa dos atos do profeta, que, com o AlcorĂŁo, constitui a base da "sharia", a lei islĂąmica, que autoriza, segundo algumas interpretaçÔes, o apedrejamento.
A diferença entre as visĂ”es preponderantes no Ocidente e no islĂŁ estĂĄ, portanto, muito mais na forma de posicionar-se em relação Ă religiĂŁo do que no conteĂșdo dos livros canĂŽnicos.
Enquanto a Europa e as AmĂ©ricas assistiram, ao longo dos Ășltimos trĂȘs ou quatro sĂ©culos, a uma progressiva laicização das instituiçÔes e mesmo da vida, boa parte do mundo muçulmano permaneceu fiel a seus textos sagrados.
A grande maioria dos ocidentais nĂŁo chegou ao ponto de negar a existĂȘncia de Deus -e dificilmente chegarĂĄ-, mas relegou o sagrado a uma espĂ©cie de limbo.
Um europeu tĂpico lĂȘ pouco a BĂblia e, felizmente, nem cogita de implementar as passagens que mandam apedrejar adĂșlteros.
Ă desse discernimento iluminista que o islĂŁ se ressente. LĂĄ, com uma frequĂȘncia perturbadora, Estado e religiĂŁo se confundem -a Constituição do IrĂŁ o define como uma RepĂșblica teocrĂĄtica- e tomam-se ao pĂ© da letra as passagens do livro sagrado que designam os "infiĂ©is" como gente de segunda categoria.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 22/07/10.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php