ESTĂTUAS PELO MUNDO...PARA PENSAR E REFLETIR III
13/11/2007 -
PENSE!
VER... AS PESSOAS PRA VALER!
Bratislava - EslovĂĄquia.
(Colaboração: Viana)
O REMĂDIO DO MUNDO
Incessantes anos de pesquisa ainda nĂŁo foram suficientes para descobrir a cura de todos os males que afetam nossa saĂșde fĂsica e mental. O homem tem entre muitos outros, o dom de criar um mal e depois gastar um longo tempo de vida, procurando algo que seja âbomâ Ă quele mal, para que ele pare de fazer mal. Assim, em muitos casos uma aspirina Ă© boa para certas dores de cabeça, quando na verdade, o ideal seria evitar a prĂłpria dor de cabeça. Ă difĂcil de acreditar que nĂłs mesmos procuramos nossos males por conta de inĂșmeras razĂ”es que realmente nĂŁo cabe aqui discuti-las, jĂĄ que sempre haverĂĄ um motivo maior que as justifique, sem contar na feliz existĂȘncia da aspirina. AliĂĄs, que existĂȘncia! Mais de cem anos de vida, aliviando dores de cabeça, febre, inflamaçÔes e outros males. Bem, mas o assunto aqui nĂŁo Ă© mĂ©dico, nem farmacĂȘutico, talvez seja terapĂȘutico, muito embora eu nĂŁo seja terapeuta. Na verdade eu sou assim, exatamente como vocĂȘ que me lĂȘ agora. Um ser humano que tambĂ©m corre atrĂĄs de soluçÔes para problemas encontrados nos momentos em que procurava soluçÔes. E assim vai uma vida. E no momento que percebemos a vida se despedindo ou no momento que a vemos na iminĂȘncia de ir-se embora, num pequeno lapso de tempo lembramos de tudo isso, lamentamos todo o desperdĂcio, e rapidamente aprendemos ou nos conscientizamos do quanto valorizamos o que nem tanto valor tinha, e vice-versa. AĂ lembramos em quantas ocasiĂ”es deixamos de sorrir e relevar acontecimentos que assim deveriam ter sido tratados, dando lugar a pesadas discussĂ”es e brigas, colocando em risco nossos coraçÔes e envenenando o restante do dia muitas vezes de forma irreversĂvel. E pior! Espalhando o nosso veneno atĂ© os limites de nossas auras, impedindo assim que alguĂ©m se aproximasse, mesmo que repleto de boas intençÔes. Aquelas mesmas, das quais o inferno estĂĄ cheio.
Dizem que estamos aqui para sermos felizes e pensando bem, pode ser este o segredo de tudo e sua conseqĂŒĂȘncia, o remĂ©dio do mundo para todos os males. NĂŁo quero ser utĂłpico, pregando que nĂŁo devemos ligar para o dinheiro, ou que devemos encarar os problemas rindo, ou ainda dar beijinhos em quem nos esmurra, mesmo com palavras. A menos que vocĂȘ seja um robĂŽ, eu como um ser do nosso sĂ©culo, da nossa realidade, acho tudo isso muito difĂcil. O que tento colocar, assim como tambĂ©m me convencer, Ă© que pelo menos devemos tentar tomar consciĂȘncia disso, antes que seja tarde demais. Num dia a sua paciĂȘncia estĂĄ no limite, noutros nĂŁo. EntĂŁo talvez aquele seja o momento de tentar. Fala-se muito de perdoar, contar atĂ© dez, se desculpar...Enfim, tudo Ă© tentativa e penso, vĂĄlida.
Um sorriso pode trazer muito mais benefĂcios do que a gente imagina. EntĂŁo que pelo menos tentemos mudar nossa expressĂŁo no contato diĂĄrio com as pessoas da famĂlia, do trabalho, da padaria ou da feira. Os problemas sempre se apresentam para todos nĂłs e muitas vezes as soluçÔes podem estar camufladas num olhar mais terno, num sorriso ou ainda numa palavra de carinho e apreço. Se ainda assim nĂŁo resolvermos pelo menos parte dos nossos problemas, certamente conseguiremos mais saĂșde.
Eddy (Eribaldo Santos)
SĂŁo Paulo, 12 de junho de 2007
LIBERDADE DE EXPRESSĂO
"Peanuts", de Charles Schulz, foi a primeira tira explicitamente "cabeça" dos quadrinhos. NĂŁo por acaso, seus personagens -Charlie Brown, Lucy, Linus, Schroeder- tĂȘm uma cabeça enorme e problemas que nunca passariam perto de Bolinha e Luluzinha. O prĂłprio cĂŁo Snoopy estĂĄ para Pluto, de Walt Disney, como Albert Camus estaria para o querido Obina, do Flamengo.
Todo mundo em "Peanuts" Ă© depressivo, ansioso, frustrado, cheio de melindres, cruel ou apenas inseguro. Essas caracterĂsticas eram um reflexo do prĂłprio Schulz, um cartunista que expressou os sentimentos de milhĂ”es nos anos 60 e 70, ficou multimilionĂĄrio com isso e -sabe-se agora- continuou depressivo, ansioso, frustrado, cheio de melindres etc.
Ă o que se lĂȘ em sua biografia, "Schulz and Peanuts", pelo respeitado David Michaelis, recĂ©m-lançada nos EUA. Michaelis teve todo o apoio da famĂlia Schulz. Os filhos do cartunista lhe abriram seus arquivos, gavetas e memĂłrias. Publicado o livro, eles o detestaram.
"Estamos decepcionados", disse Monte Schulz, o filho mais velho. "NĂŁo reconhecemos nosso pai. Ele nĂŁo era melancĂłlico, angustiado, frio ou rancoroso como David o descreveu. Para que seu personagem fizesse sentido, David omitiu histĂłrias que o mostravam como um pai alegre, carinhoso e participante". Michaelis se defende: "Este foi o Schulz que encontrei".
Notar que Monte chama o biĂłgrafo de "David", nĂŁo de "sr. Michaelis" ou de "aquele cretino". Disse tambĂ©m que nem lhe passa pela cabeça processar o escritor: "David tem o direito, garantido pela Constituição, de escrever o que quiser". Acredite ou nĂŁo, a Constituição dos EUA Ă© assim: contĂ©m um artigo que garante a liberdade de expressĂŁo, sem dar margem a ambigĂŒidades, e revoga as disposiçÔes em contrĂĄrio.
Ruy Castro - Fonte: Folha de S.Paulo - 12/11/07.
COMO CAPTURAR PORCOS SELVAGENS
Havia um professor de quĂmica em um grande colĂ©gio com alunos de intercĂąmbio em sua turma. Um dia, enquanto a turma estava no laboratĂłrio, o professor notou um jovem do intercĂąmbio que continuamente coçava as costas e se esticava como se elas doessem.
O professor perguntou ao jovem qual era o problema. O aluno respondeu que tinha uma bala alojada nas costas pois tinha sido alvejado enquanto lutava contra os comunistas de seu paĂs nativo que estavam tentando derrubar seu governo e instalar um novo regime, um "outro mundo possĂvel".
No meio da sua histĂłria ele olhou para o professor e fez uma estranha pergunta: "O senhor sabe como se capturam porcos selvagens?"
O professor achou que se tratava de uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem disse que não era piada.
"VocĂȘ captura porcos selvagens encontrando um lugar adequado na floresta e colocando algum milho no chĂŁo. Os porcos vĂȘm todos os dias comer o milho gratuito. Quando eles se acostumam a vir todos os dias, vocĂȘ coloca uma cerca mas sĂł em um lado do lugar em que eles se acostumaram a vir. Quando eles se acostumam com a cerca, ele voltam a comer o milho e vocĂȘ coloca um outro lado da cerca. Mais uma vez eles se acostumam e voltam a comer. VocĂȘ continua desse jeito atĂ© colocar os quatro lados da cerca em volta deles com uma porta no Ășltimo lado. Os porcos que jĂĄ se acostumaram ao milho fĂĄcil e Ă s cercas, começam a vir sozinhos pela entrada. VocĂȘ entĂŁo fecha a porteira e captura o grupo todo."
"Assim, em um segundo, os porcos perdem sua liberdade. Eles ficam correndo e dando voltas dentro da cerca, mas jå foram pegos. Logo, voltam a comer o milho fåcil e gratuito. Eles ficaram tão acostumados a ele que esqueceram como caçar na floresta por si próprios, e por isso aceitam a servidão."
(Colaboração: Mario Grosso)
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