"HERROS" MARÃTIMOS
10/06/2010 -
A JENTE HERRAMOS
A IMAGEM DO TERROR
English:
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BP consegue conter 7% do vazamento. Dos cerca de 15 mil barris por dia que vazam por dia de poço no golfo do México, mil estão sendo recolhidos. Óleo atinge praia na Flórida, e Obama diz que ainda é cedo para ficar otimista; empresa tenta acalmar acionista.
A petroleira BP teve sucesso parcial na tentativa de selar o vazamento de um de seus poços no golfo do México. Ligando um sifão à válvula do poço para bombear o óleo a um navio tanque, técnicos capturam agora mil barris de petróleo dos cerca de 15 mil que vazam por dia.
A operação foi realizada no mesmo dia em que a mancha de óleo na região atingiu pela primeira vez uma praia da Flórida. Pensacola, no noroeste do estado, amanheceu com bolas de piche desaguando em suas areias.
O presidente Barack Obama desembarcou ontem em Nova Orleans para sua terceira visita à região desde que o vazamento começou, quase sete semanas atrás. As estimativas feitas pelo governo indicam que 100 milhões de litros de óleo já tenham vazado do poço submarino. Números mais pessimistas ultrapassam os 400 milhões.
Apesar de o sucesso na tentativa de estancar o vazamento de óleo ser modesto ainda, técnicos da BP e da Guarda Costeira dos EUA dizem que a vedação no sifão pode ser aprimorada. Por enquanto, o sistema não está fechado hermeticamente para evitar congelamento de material que bloquearia o sifão.
Obama mostrou pela primeira vez algum entusiasmo em relação aos esforços para deter o vazamento no golfo, mas disse que "ainda é muito cedo para ficar otimista".
FINANÇAS FLEXÃVEIS
O executivo-chefe da BP, Tony Hayward, tentou tranquilizar investidores. Disse que prejuÃzos com o vazamento serão "certamente severos", mas a empresa tem "flexibilidade suficiente para bancar custos do incidente".
Obama criticou a empresa ontem ao saber que US$ 50 milhões estão sendo gastos em propaganda e que 10 bilhões estão sendo pagos em dividendos neste trimestre.
"Algo que não quero ouvir ao vê-los gastando esse dinheiro com seus acionistas é que estejam dando só trocados para comerciantes e trabalhadores locais", disse. "Há um desastre na região."
Testes de laboratório na Flórida confirmaram ontem que o petróleo vazado se acumulou não só na superfÃcie do mar mas também em duas grandes faixas submarinas. Biólogos dizem que o óleo acumulado em profundidade pode prejudicar a reprodução de peixes da região.
O coro contra a BP foi reforçado ontem pelo ator Robert Redford, que lançou um vÃdeo na internet. "Tenho vontade de vomitar", disse, atacando as propagandas da empresa que remetem a cuidados com o ambiente.
Com "The New York Times"
Fonte: Folha de S.Paulo - 05/06/10.
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ZONA AFETADA PELO ÓLEO NO GOLFO VIRA PRAÇA DE GUERRA
Nas comunidades à beira-mar do Estado da Louisiana, os turistas e barcos de pesca deram lugar a helicópteros e jipes do Exército e a um batalhão de funcionários da BP, empresa responsável pelo maior vazamento de petróleo da história dos EUA.
Aos moradores resta assistir à movimentação, calculando os prejuÃzos causados pela suspensão indefinida dos negócios e espalhando placas de protesto contra a BP e o presidente americano, Barack Obama.
A transformação da paisagem fez com que o jornal "USA Today" comparasse a pequena comunidade de Venice, na foz do Mississippi, a Bagdá. Um exagero.
Mas o fato é que mais de 2.000 pessoas foram deslocadas para lá para trabalhar no desastre -cerca de cinco vezes a população local.
Na marina de Venice, em vez de pescadores e velejadores, as instalações estão ocupadas por jornalistas e funcionários contratados para a contenção de danos.
RETIRANTE
O hondurenho José Adonai, 36, que limpava os barcos pesqueiros, conta à Folha que decidiu abandonar a Louisiana e voltar a seu paÃs, por falta de trabalho.
Ele mostra o que restou para a sua especialidade: esfregar os cascos das poucas embarcações que voltam arrastando óleo do mar. Uma mancha amarronzada, a dois palmos acima da linha d'água, comprova o passeio .
Uma das maneiras encontradas pelos barqueiros para sobreviver à crise foi cobrar até US$ 1.000 para levar repórteres a um tour pelo entorno da área onde houve a explosão, cujo acesso é restrito. Outros são pagos pela BP para transportar equipamentos e trabalhadores.
Mesmo assim, as perdas com a pesca e o turismo parados na época mais lucrativa do ano são grandes. O dono da marina, Bill Butler, 48, calcula em US$ 100 mil o prejuÃzo que teve no Memorial Day, feriado nacional, na semana passada. Ele diz ainda não ter aberto um processo contra a BP "porque não se chuta cachorro morto", mas reclama da "falta de liderança" do presidente.
"Obama é uma piada. Isso aqui está o caos. Ele deveria ser um lÃder e dizer: "Do que vocês precisam? O que podemos lhes dar?". Dê o equipamento e saia do caminho. O povo da Louisiana é quem sabe o que deve ser feito."
Obama está sentindo a pressão: diante do bombardeio da imprensa, do Congresso e dos cinco Estados afetados, o presidente cancelou viagens à Austrália e à Indonésia e fez anteontem a sua terceira visita ao golfo do México desde o inÃcio do vazamento, em 20 de abril.
Texas, Louisiana, Mississippi e Alabama são governados por republicanos; a Flórida, por um independente, ex-republicano.
A reação do presidente democrata, considerada lenta, ineficiente e pouco assertiva, foi comparada à resposta de George W. Bush ao furacão Katrina, que devastou parte da Louisiana, em 2005.
Obama admitiu a responsabilidade do governo em 27 de maio, mais de um mês após a explosão da plataforma que matou 11 pessoas e despejou pelo menos 100 milhões de litros de petróleo no golfo até agora.
A aprovação pública da reação ao vazamento despencou, e Obama começou a subir o tom contra a BP. Disse em entrevista que é seu trabalho "ter a certeza de que tudo seja feito para fechar esse negócio", em referência poço que ainda vaza.
Na sexta-feira, na Louisiana, Obama bateu mais forte: "Não quero vê-los dando migalhas por aqui", disparou, notando que a BP anunciou a distribuição de US$ 10 bilhões em dividendos. "É bilhão, com B", disse.
Cristina Fibe - Fonte: Folha de S.Paulo - 06/06/10.
BP PROMETEU IR "ALÉM" DO ÓLEO, MAS SE AFOGOU NELE
Parece irônico que o desastre do golfo ameace levar à bancarrota justamente a BP. Afinal, a britânica foi a primeira petroleira a jurar que iria "além do petróleo".
Há uma década, numa iniciativa de marketing de US$ 200 milhões, a British Petroleum encurtou seu nome para a sigla atual e adotou o slogan "Beyond Petroleum".
A ideia era reconhecer que, sim, óleo e gás ainda eram necessários, mas eram coisa do passado: o futuro pertencia às energias renováveis, como a eólica e a solar.
O logo da empresa foi substituÃdo por um ecológico girassol estilizado. E seu executivo-chefe, John Browne, chegou a se juntar com o Greenpeace em 2002 para pedir a George W. Bush que ratificasse o Protocolo de Kyoto.
Anos antes, a BP já se destacara das irmãs ao reconhecer que a mudança climática era real (enquanto a Exxon financiava ataques ao IPCC).
Mas, no chão, os atos da BP diziam outra coisa.
A empresa fez lobby pela perfuração do santuário ecológico do Alasca no mesmo ano em que mudava o logo. Em 2006, foi processada pelo vazamento de 1 milhão de litros de óleo na tundra.
Em 2008, o mesmo Greenpeace que fazia coro antibush com John Browne tentou entregar a seu sucessor, Tony Hayward, o troféu "Pincel de Esmeralda", por considerar a BP campeã da propaganda enganosa verde.
Apesar do discurso ambientalista, a BP investia só 1,39% de seus fundos em energia solar e 93% (US$ 20 bilhões) em óleo e gás.
SEM PLANO B
Aparentemente, nem um centavo desse dinheiro foi gasto no desenvolvimento de um método para conter vazamentos em águas profundas. E nisso a BP não está só.
"O estado da arte da indústria do petróleo não tem procedimentos para estancar um vazamento a 1.500 metros de profundidade", diz o engenheiro Segen Estefen, diretor de tecnologia e inovação da Coppe-UFRJ.
Isso vale também para a Petrobras. Depois do derrame de 2000 na baÃa da Guanabara, a empresa tem cuidado mais da segurança, diz Estefen. "Mas ela segue as tendências internacionais."
A Petrobras, ao se preparar para explorar o óleo do pré-sal em águas muito mais profundas que as do golfo, a até 2.500 metros, tem uma chance de se adiantar às "tendências" no quesito segurança.
Já a BP, se tivesse agido de acordo com o próprio marketing, não teria perdido um terço de seu valor de mercado. Talvez ainda ostentasse o epÃteto "Beyond Petroleum" -hoje misteriosamente desaparecido de seu site.
Claudio Angelo - Fonte: Folha de S.Paulo - 06/06/10.
ACIDENTE PODE SE TORNAR O PIOR DA HISTÓRIA
Tudo começou com uma explosão no poço de perfuração. Técnicos correram para fechar válvulas de segurança, mas em instantes a plataforma tinha se incendiado e já colapsava. Dezenas de milhões de litros de petróleo vazaram para o golfo do México. Várias tentativas de estancar o vazamento falharam e, três décadas depois, o vazamento de Ixtoc continua sendo o pior da história.
A comparação entre o acidente de 1979 e o que a BP tenta controlar agora traz lições. Não houve solução rápida para Ixtoc: foram necessários dez meses para deter o vazamento, durante os quais a estatal mexicana Pemex tentou estratégias similares às que a BP usa agora.
O jorro de petróleo não cessou até que dois furos de alÃvio tivessem sido escavados. E mesmo essa solução -que consiste em cavar poços secundários para interceptar o poço vazante e vedá-lo- demorou a ter efeito.
Ao final, o acidente de Ixtoc havia derramado 530 milhões de litros de óleo. Manchas chegaram até o norte do golfo do México e 275 km de praias foram atingidos.
O vazamento da plataforma da BP, em comparação, expeliu entre 80 milhões e 170 milhões de litros de óleo. Se ocorrer o mesmo visto com a Pemex, porém, o jorro de petróleo pode continuar depois de dois furos de alÃvio serem cavados até agosto.
Até lá, é possÃvel que a BP supere Ixtoc como pior vazamento de petróleo da história, afirma Tad Patzek, engenheiro de petróleo da Universidade do Texas. "Consideramos uma janela de tempo até agosto para deter o vazamento", diz. "Se por alguma razão esse estancamento for imperfeito, ou se for preciso cavar outro furo, devemos considerar mais quatro meses. Até lá, esse vazamento já se aproximaria do de Ixtoc."
IMPACTO PROFUNDO
Um mau sinal é que o vazamento de agora, a uma profundidade de 1.500 m, é mais complicado de estancar do que Ixtoc, um poço apenas 45 m embaixo d"água. A BP precisa recorrer a robôs para manipular alicates, serras e outras ferramentas, monitorando tudo por vÃdeo.
Uma esperança dos biólogos de que a região se recupere do vazamento em alguns anos é que o golfo do México abriga comunidades de bactérias que já consomem óleo que vaza naturalmente.
Após cerca de cinco anos, a maior parte do óleo do acidente da Pemex tinha se dispersado, mas cientistas não sabem explicar bem porquê. As áreas costeiras perto de Ixtoc, porém, não eram tão sensÃveis quanto as próximas ao poço da BP, vizinho de pântanos na Louisiana.
Cientistas estão incertos sobre o quanto a natureza resiliente do golfo o ajudará a se recuperar do vazamento atual, como aconteceu no caso do acidente de Ixtoc.
Melissa Canone - Fonte: Folha de S.Paulo - 06/06/10.
MADAME NATASHA
Madame Natasha é uma veterana de todas as guerras em defesa do idioma e, vestindo um uniforme do Bope, concedeu mais uma de suas bolsas de estudo ao embaixador de Israel no Brasil, Giora Becher.
Narrando a interceptação da flotilha multinacional que pretendia chegar a Gaza, ele escreveu o seguinte:
"Durante a madrugada de 31 de maio, soldados da marinha israelense embarcaram em uma frota de seis navios que tentavam violar o bloqueio marÃtimo em Gaza".
Ele quÃs dizer o seguinte:
"Durante a madrugada de 31 de maio, soldados da marinha israelense abordaram e capturaram uma frota de seis navios que tentavam violar o bloqueio marÃtimo em Gaza".
Quem embarcou nos navios foram os militantes da organização Gaza Livre. Os comandos os invadiram.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo – 06/06/10.
EREMILDO, O IDIOTA
Eremildo é um idiota e jura que já viu o filme de um navio tentando chegar a Israel. Em 1947 a organização Aliya Belt, apoiada por combatentes da Haganah, embarcou no porto de Marselha 4.500 judeus que pretendiam entrar ilegalmente na Palestina. O barco chamou-se Exodus.
A Marinha inglesa interceptou o navio, matou três e feriu trinta imigrantes. A viagem terminou no porto de Hamburgo, de onde os judeus foram levados para dois campos de refugiados. Mais tarde, quase todos chegaram a Israel.
A comovente história do Exodus virou romance e, no cinema, Paul Newman viveu o papel de Yossi Harel, o comandante do barco. Ele morreu em 2008, em Jerusalém.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo – 06/06/10.
E NÓIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR É UMANO!
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