TURMAS CACHACEIRAS...
26/09/2012 -
TURMAS DO FM
CHACHAĂA CONQUISTA A CULTURA DO COCKTAIL
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Enquanto o Brasil se prepara para a Copa de 2014 e a OlimpĂada de 2016, o seu elixir nacional, a cachaça, pode estar prestes a entrar em uma nova fase.
ApĂłs uma longa campanha dos produtores da aguardente e do governo brasileiro, os Estados Unidos decidiram iniciar um processo que leve ao reconhecimento do tradicional destilado de cana como uma bebida Ă parte.
Assim, os fabricantes nĂŁo serĂŁo mais obrigados a rotularem seu produto como "Brazilian rum".
Além disso, em maio, a Diageo, conglomerado gigante do setor de bebidas, jogou sua força internacional por trås da Ypióca, terceira maior marca de cachaça do Brasil, que foi adquirida por cerca de US$ 470 milhÔes.
"Acho que isso [realização da Copa e da OlimpĂada no Brasil] serĂĄ uma grande dĂĄdiva para a cachaça", afirmou Martin Cate, dono do Smuggler's Cove, um "tiki bar" (bar especializado em coquetĂ©is, com temĂĄtica tropical) em San Francisco.
Mas antes, a cachaça terå de se livrar da associação com a caipirinha, que lhe rende a fama de "destilado de um drinque só".
A moda dos "tiki bars" nos Ășltimos anos Ă© uma oportunidade para isso. Ă que a bebida se encaixa facilmente no exĂłtico mundo dos "tikis", encharcados de rum.
No Lani Kai, no bairro nova-iorquino do SoHo, Julie Reiner faz o TriĂąngulo das Bermudas misturando cachaça com suco de limĂŁo, calamansi (pequena fruta cĂtrica nativa das Filipinas), leite de coco e suco de lichia.
O PKNY, em Manhattan, vende o Don Gorgon, combinando a aguardente com Aperol, suco de limĂŁo siciliano e xarope simples, e coroando a mistura com ĂĄgua com gĂĄs e canela ralada.
O Smuggler's Cove, por sua vez, serve uma batida de coco, cachaça e gelo picado.
"A maioria dos bares de coquetéis hoje em dia tem no cardåpio um coquetel de cachaça que não a caipirinha", disse a mixologista (profissional especialista em coquetéis) Aisha Sharpe.
A melhora na qualidade também contribui para ampliar a reputação da aguardente.
"HĂĄ essa percepção de que a cachaça Ă© tipo um combustĂvel para foguetes", disse Steve Luttmann, fundador da marca Leblon.
"Era algo meio merecido, porque as que vimos inicialmente eram mais industriais."
No Smuggler's Cove, o coquetel El Draque usa um tipo de destilado que muitos americanos nem sabem que existe: a cachaça envelhecida.
"Como a maioria dos bartenders nunca foi ao Brasil, eles não sabem do grande papel que as cachaças envelhecidas desempenham na cultura", disse Dragos Axinte, cuja cachaça Novo Fogo é mantida por dois anos em barris antes usados em bourbons.
Isso pode mudar em breve. Matti Anttila, presidente da Cabana Cachaça, cogita lançar a partir de 2013 uma linha inédita de aguardentes envelhecidas em madeiras brasileiras.
A São, marca orgùnica lançada em 2011, também terå um produto envelhecido dentro de mais ou menos um ano.
E a Leblon pretende lançar a sua versão em outubro.
Luttmann vĂȘ a versĂŁo envelhecida, que no Brasil Ă© tomada pura, como solução para a limitada imagem da cachaça como bebida famosa para o calor.
"Ă como a margarita e o mojito: quando Ă© verĂŁo, as vendas sobem."
Por Robert Simonson â Fonte: Folha de S.Paulo â 24/09/12.
MatĂ©ria original do âThe New York Timesâ:
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BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
ECONOMITOS
David Orrell
EDITORA Best Business
QUANTO R$ 39,90 (280 pĂĄgs.)
TRADUĂĂO Adriana C. Rieche
A proposta Ă© mostrar os dez maiores equĂvocos da ciĂȘncia econĂŽmica, desde as raĂzes na GrĂ©cia Antiga atĂ© as crises atuais. Para Orrell, a economia resulta de processos complexos e imprevisĂveis, o que torna as crises algo constante. O prejuĂzo de 2008, diz ele, foi principalmente para a credibilidade das teorias econĂŽmicas.
Maria Paula Autran - Fonte: Folha de S.Paulo â 22/09/12.
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