ISABELLA E O DIA DAS MĂES
10/05/2008 -
COLUNA DO CANALHA
Muitas foram as vezes que me senti com vontade de comentar o caso da menina Isabella. Mas, preferi deixar que os acontecimentos evoluĂssem a fim de nĂŁo ser leviano ou oportunista, como fez a grande mĂdia nacional.
Meu objetivo ao comentar o caso não é conquistar pontos no Ibope, mas apenas expressar um sentimento pessoal em relação ao fato.
Hoje, domingo, 11 de maio de 2008, dias as mĂŁes, as duas Anas Carolinas , uma mĂŁe de Isabella, a outra madrasta, nĂŁo poderĂŁo comemorar esta data.
A Ana Carolina mĂŁe de Isabella, como mĂŁe de Isabella jamais o farĂĄ novamente.
Ficarão em sua mente as lembranças e a saudade daquela que a tornou mãe pela primeira vez, pois a dor o tempo hå de curar.
Mas, certamente, serĂĄ esse o pior dia das mĂŁes que passarĂĄ em sua vida.
Jå Ana Carolina, a madrasta, também nada terå a comemorar nesse dias das mães.
Trancafiada numa cela individual no presĂdio de TremembĂ©, terĂĄ de se contentar em sentir a dor de nĂŁo poder estar com seus filhos.
A dor de Ana Carolina, mĂŁe de Isabella, serĂĄ amenizada pelo tempo, transformando a dor em saudade.
A dor de Ana Carolina, madrasta, hĂĄ de acompanhĂĄ-la pelo resto da vida. E mais intensamente durante o tempo em que estiver presa, longe de seus filhos que, ao contrĂĄrio de Isabella, estĂŁo vivos.
Apesar de todas as evidĂȘncias e provas reunidas atĂ© agora, nĂŁo quero aqui fazer um julgamento sobre Ana Carolina madrasta, pois nĂŁo sou juiz, nem jĂșri. Mas, se foi ela quem tirou a vida de Isabella, ao passo que tirou de Ana Carolina mĂŁe a possibilidade de viver com sua filha, ao mesmo tempo tirou de seus prĂłprios filhos a possibilidade de conviverem com a mĂŁe, pois comprovada a autoria do crime, dificilmente algum juiz ou jĂșri a deixarĂĄ impune desse ato de crueldade.
Ana Carolina mĂŁe, por uma circunstĂąncia da vida, jĂĄ nĂŁo Ă© mais mĂŁe, apesar de que o sentimento da maternidade jamais lhe serĂĄ tirado.
Ana Carolina madrasta, pela mesma circunstĂąncia da vida, terĂĄ de se contentar em ser mĂŁe sem o direito ao exercĂcio da maternidade.
Ambas serĂŁo mĂŁes apenas no sentimento e na saudade, sendo que Ana Carolina mĂŁe eternamente e Ana Carolina madrasta enquanto o castigo lhe corroer a alma.
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