INDEPENDÊNCIA
03/09/2009 -
EDITORIAL
No dia 07 de setembro de 1822 foi declarada a Independência do Brasil. São 187 anos de um país independente, tempo mais do que suficiente para um amadurecimento político. No entanto, depois de várias mudanças políticas, incluindo até uma longa ditadura militar, com toda certeza, ainda falta muita maturidade aos políticos brasileiros. A ponto de um leitor ter escrito o seguinte para o FM: "Em que planeta estão os senadores? No mundo da Lua, digo, de LULA...???"
No meio desse embrólio todo, surgem no horizonte as novas regras do Pré-Sal, uma luz no fim do túnel, uma boa notícia. Parte da renda será destinada às questões sociais, ou seja, dinheiro carimbado e com destino certo. Uma luz que poderá brilhar daqui há 20 anos refletindo na Educação, na Saúde, na Habitação, etc. Está certo que existe o aspecto do interesse eleitoral, tanto é que o Chefe do Executivo disse em seu discurso, sem gafes e sem metáforas, que os recursos do pré-sal são de todos os eleitores, ops!!! Entretanto, completou mencionando que o país tem democracia estável, economia sofisticada e plenas condições para usar parte da renda do petróleo para aprofundar o combate às desigualdades.
Para entender melhor, a chamada camada pré-sal é uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros entre os Estados do Espírito Santo e Santa Catarina, abaixo do leito do mar, e engloba três bacias sedimentares (Espírito Santo, Campos e Santos). O petróleo encontrado nesta área está a profundidades que superam os 7 mil metros, abaixo de uma extensa camada de sal que, segundo geólogos, conservam a qualidade do petróleo. A região do pré-sal brasileiro, que prenuncia gigantescas reservas de petróleo e gás em volumes ainda indefinidos, pode livrar o Brasil da crônica dependência do financiamento externo. Fala-se no momento em novas regras para o Pré-Sal, com pensamento firme em melhores dias que virão no "Pós-Sal", se é que se pode dizer assim. São cifras trilionárias para serem gerenciadas com a devida responsabilidade social e ambiental.
De acordo com o Aurélio Buarque, independência é o estado ou a condição de quem ou do que é independente, de quem ou do que tem liberdade ou autonomia; caráter de quem rejeita qualquer sujeição; autonomia política. A destinação explícita de parte da renda do Pré-Sal para o "social", principalmente para a Educação, vislumbra um futuro melhor para a nação. Um futuro em que os políticos serão eleitos e cobrados com veêmencia por cidadãos bem educados, um povo verdadeiramente independente e com a consciência política necessária para não permitir mais que deputados e senadores estejam no mundo da Lua ou no mundo de Lula, mas, sim, no planeta Terra e num país chamado Brasil.
Educação, Paz, Saúde e Independência a todos!
Imagem acima: Charge do Glauco - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/09/09.
Imagem – capa: Fonte: Toda Mídia – Nelson de Sá - Folha de S.Paulo – 04/09/09.
Revista liberal, a nova "Economist" (http://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=14370680)
trata do pré-sal sem questionar a presença do Estado. Até sublinha que os contratos foram respeitados. Em "A política de petróleo do Brasil", prefere perguntar se "a riqueza será investida ou desperdiçada". Alerta que, "como Lula apontou", o que parece um bilhete premiado pode virar maldição -com o fundo social assaltado por interesses diversos, sublinhando que "tal desastre está ao alcance da mão dos congressistas do país", dos "escândalos recentes".
História da Indepêndencia do Brasil - http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=3
ESTREIA DO RÁDIO NOS 100 ANOS DE INDEPENDÊNCIA
No Rio de Janeiro, durante a abertura da Exposição Comemorativa do Primeiro Centenário da Independência do Brasil (07 de Setembro de 1922), é realizada a primeira transmissão radiofônica do país. Além de música, a elite brasileira ouve de suas casas um discurso do presidente Epitácio Pessoa (1865-1942). O rádio só se tornaria popular na década seguinte.
ARQUIVO
“Uma nota sensacional do dia de ontem foi o serviço de rádio-telefone e alto-falante (...). O discurso do Sr, Presidente da República (...) foi, assim, ouvido no recinto da Exposição, em Niterói, Petrópolis e em São Paulo, graças à instalação de uma possante estação transmissora no Corcovado (...). À noite, (...) a multidão teve uma sensação inédita. A ópera Guarany, de Carlos Gomes, que estava sendo cantada no Theatro Municipal, foi ali distintamente ouvida.” – Notícia do jornal A Noite, edição de 8 de dezembro de 1922.
Setembro na História – Maria Carolina Cristianini - Fonte: Aventuras na História – Edição 74.
Acesse o site http://www.bemtv.org.br/portal/materiais/Historia_do_radio.pdf para conferir uma cronologia da história do rádio no Brasil.
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