PENSANDO EM RELACIONAMENTO
04/03/2009 -
PENSE!
O NĂMERO DUNBAR
English:
http://www.economist.com/science/displaystory.cfm?story_id=13176775
http://www.lifewithalacrity.com/
Em meio Ă explosĂŁo de sites de relacionamento, depois blogs, agora Twitter, a "Economist" (http://www.economist.com/science/displaystory.cfm?story_id=13176775) avisa que "o neocĂłrtex Ă© o limite, mesmo on-line". A ideia Ă© que a capacidade de relacionamento social de um ser humano tem teto, um "limite cognitivo teĂłrico": 150 pessoas. Ă o "nĂșmero Dunbar", referĂȘncia ao antropĂłlogo britĂąnico Robin Dunbar, que primeiro apareceu com a estatĂstica, num estudo sobre macacos e tamanho do cĂ©rebro. O nĂșmero exato seria 147,8. Para alĂ©m daĂ, sublinha a revista, nĂŁo se trata de rede de relacionamento, "networking", mas de transmissĂŁo, "broadcasting". Em sites (http://www.lifewithalacrity.com/) dedicados obsessivamente ao tema, chega-se a grupos menores, como o "nĂșmero Dunbar nĂŁo-exclusivo" (ilustração acima), observado em games on-line como o World of Warcraft: 50.
Toda MĂdia - Nelson de SĂĄ - Fonte: Folha de S.Paulo - 04/03/09.
http://www.todamidia.folha.blog.uol.com.br
"A boa educação de um homem é sua melhor garantia contra a må educação dos outros." (Lord Chesterfield - http://www.pensador.info/autor/Lord_Chesterfield/)
CLASSE (CO)MĂDIA
Do nosso site favorito, Pirata Zine (http://zinedopirata.blogspot.com/): Ser classe (co)mĂ©dia Ă© ensopar lenços revendo o filme "Dança com Lobos", compadecido pelo massacre dos Ăndios defendidos pelo herĂłi entupido de culpa, Kevin Costner, mas, ao mesmo tempo, torcer para alguĂ©m colocar em seus devidos lugares "aqueles bugres de Raposa Serra do Sol" - sem falar no Evo Morales...
Ser classe (co)média é aplaudir o Obama, pelo fim de Guantà namo, e, ao mesmo tempo, ser meio contra "esse negócio de direitos humanos pra essa corja que nossos impostos sustentam nas cadeias"... Ser classe (co)média é: ser amiga dumas bichas "mega divertidas!", dumas negras "superfashion!", de uns caras do morro "hiper inteirados!", frequentar-lhes os habitats, mas nunca convidå-los para as festas em sua casa... Ser classe (co)média é: sempre parecer tudo, nunca sendo nada.
Ainda no Pirata Zine: "Em qualquer crise, procure quem estĂĄ lucrando". De LĂȘnin (1870-1924), camarada russo que muitos deveriam ler, para ver porque "algun$" precisam matĂĄ-lo todo dia.
Paulo Navarro - Fonte: O Tempo - 04/03/09.
PNC - http://www.pnc.com.br/
SEDENTARISMO
Se fosse para ficar parado, vocĂȘ teria nascido ĂĄrvore. O Sedentarismo Ă© assim: quanto mais vocĂȘ entra nele, mais difĂcil fica de sair. Ainda bem que o contrĂĄrio tambĂ©m Ă© verdadeiro, pois quanto mais vocĂȘ sai, mais se sente disposto e mais quer se movimentar.
AnĂșncio do Hospital do Coração - HCor - http://www.hcor.com.br/
OS REPASSES FEDERAIS PARA A UNE
âA UniĂŁo Nacional dos Estudantes (UNE) ganhou na loteria no governo Lula.â Ă o que diz uma reportagem do Correio Braziliense de 02 de março, afirmando que os repasses da UniĂŁo para a entidade aumentaram 20 vezes nos Ășltimos cinco anos â de R$ 199 mil em 2004 para R$ 4,5 milhĂ”es em 2008. CoincidĂȘncia ou nĂŁo, diz o jornal, âas sexagenĂĄrias manifestaçÔes independentes e de crĂticas ao governo federal desapareceramâ. Segundo a presidente da UNE, LĂșcia Stumpf, a ajuda milionĂĄria do governo nĂŁo atenua o carĂĄter contestador da entidade. âA relação que a UNE tem com o governo Ă© a mesma que teve com outros governos em seus 70 anos. Ă uma relação de absoluta autonomiaâ, diz ela.
Fonte: O Filtro (http://www.ofiltro.com.br) - 02/03/09.
UNE - http://www.une.org.br/
FUNDAĂĂO ECOLĂGICA CRISTALINO (FEC)
A Fundação EcolĂłgica Cristalino - FEC (http://www.fundacaocristalino.org.br/br_index.php), com o apoio da Fauna e Flora Internacional (http://www.fauna-flora.org/), tem trabalhado desde 2005 pela proteção do macaco-aranha-da-cara-branca e seu habitat na regiĂŁo do Cristalino, no norte do estado de Mato Grosso. Jovens de escolas urbanas e rurais dos municĂpios do entorno do Parque Estadual Cristalino que participam das atividades do Programa Escola da AmazĂŽnia (http://www.escoladaamazonia.org/) fazem excursĂ”es Ă floresta e nos ajudam a desenvolver estratĂ©gias de comunicação para a proteção da espĂ©cie e da floresta.
Fonte: Tam nas Nuvens Kids - Fevereiro 2009.
O DESAFIO DO SĂCULO XXI
Algumas pesquisas afirmam ser o Brasil nĂŁo apenas um paĂs criativo, mas com talento empreendedor. No entanto, de acordo com alguns lĂderes empresariais, falta ambiente encorajador e estimulante para que o conhecimento e as ideias sejam, de fato, transformados em açÔes.
Isso talvez explique o fato de o Brasil ocupar hoje o 43Âș lugar no ranking elaborado pelo instituto de pesquisa britĂąnico Economist Intelligence Unit. Apesar disso, especialistas afirmam que nunca houve tanta oferta de recursos para a inovação no paĂs.
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) teve em 2008 orçamento de R$ 2,5 bilhÔes para ser direcionado às instituiçÔes de ensino e pesquisa e para empresas inovadoras. Até 2011, a Finep planeja liberar R$ 1,3 bilhão para cerca de 1.800 empresas instaladas em incubadoras. Jå o BNDES destinarå até 2010 cerca de R$ 6 bilhÔes.
O curioso Ă© que muitos desses incentivos deixam de ser aplicados por falta de criatividade. AlĂ©m de recursos, Ă© necessĂĄrio que seja instituĂda uma cultura de empreendedores, como afirma IsaĂas Raw, diretor do ButantĂŁ.
Isso se inicia com a educação mais arrojada. Ela precisa priorizar o criativo, incentivar descobertas, a curiosidade, a busca pelo novo. Essa educação, se não foi estimulada pela escola formal, pode ser institucionalizada dentro da própria empresa.
Ă preciso acreditar que a inovação Ă© decorrente do espĂrito inovador do indivĂduo. Portanto, capacitar, estimular, apostar no potencial das pessoas necessita ser um exercĂcio contĂnuo das empresas. Criar uma nova cultura onde se possa ousar, arriscar, tentar, reinventar.
Houve um tempo (não muito longe) em que a qualidade de um produto era de responsabilidade do inspetor que ficava no final da linha de produção e examinava o produto dando o aval ou não de sua qualidade.
Essa realidade foi totalmente alterada e a qualidade passou a ser de responsabilidade de todos e incorporada aos processos e atividades de toda empresa. Demorou uns bons 20 anos para que esse conceito fosse amplamente utilizado e absorvido pelas empresas. Nesse aspecto, o Brasil deu um grande salto.
Atualmente, o tema obrigatĂłrio e desafiador Ă© a inovação. A sobrevivĂȘncia nĂŁo depende apenas da capacidade de enxugar custos, diminuir despesas ou ter qualidade. Ă preciso que as empresas criem ambiente para a criatividade e favoreçam o surgimento de ideias novas, fomentando o espĂrito inovador.
O futuro de nossa sociedade depende de ideias corajosas e inovadoras para tratar de diferentes questÔes sociais, econÎmicas e ambientais ainda não equacionadas. Esse é o momento das organizaçÔes fazerem uma escolha entre a inércia ou a ruptura com as fórmulas antigas que não mais nos servem.
Sabemos qual é o caminho. A inovação passa a ter um valor precioso para as empresas, em substituição à qualidade. que é considerada um requisito certo. Inovar não é ser diferente. à fazer a diferença.
Terezinha AraĂșjo - PsicĂłloga e instrutora (Ietec - http://www.ietec.com.br/) - Fonte: O Tempo - 07/03/09.
QUARESMA CABE BEM NA CRISE QUE VIVEMOS
A religiĂŁo presidiu ao nascimento de todas as culturas, exceto ao da moderna. A mĂŁe marca inevitavelmente os filhos.
As culturas carregam DNAs religiosos diferentes. No Brasil, o catolicismo, até hå algumas décadas, atingia mais de 90% dos habitantes. Não se desveste uma cultura de um dia para o outro.
A tradição catĂłlica joga sadiamente com duas dimensĂ”es do ser humano: a festa e o luto, a vida e a morte, o prazer e a dor. Se tudo se vestisse de festa, de vida e de prazer, nĂŁo saberĂamos nomear a felicidade. Ou viverĂamos a felicidade da vaca diante do pasto explodindo de capim.
Os prĂ©-socrĂĄticos jĂĄ nos ensinaram que o frio, o Ășmido se percebem em contraste com o calor e com o seco.
Se habitĂĄssemos perpĂ©tua GroenlĂąndia invernal, nĂŁo conhecerĂamos o frio, por nunca ter experimentado o calor. Eis a sabedoria dos contrastes.
No centro do cristianismo estĂĄ a PĂĄscoa. Esta anuncia a vida, celebra a alegria e acena para o prazer sadio de viver. Como saborearemos tanta festa, vida e prazer, se nĂŁo mergulharmos antes na longa Quaresma? Pequena experiĂȘncia de morte para os sentidos, de luto para os olhos, de privação para o corpo.
Faz bem nĂŁo sĂł para o homem religioso, que acredita na ressurreição de Jesus, viver um tempo de silĂȘncio, de espera, de penitĂȘncia. A cultura pĂłs-moderna se corrompe precisamente porque sĂł anuncia o prazer, a esbeltez fĂsica, a explosĂŁo vital do corpo sem limites. E quando a privação chega? Desgraça, frustração, depressĂŁo.
A sabedoria da Quaresma ensina-nos que a condição humana, por estar situada no tempo e no espaço, submete-se Ă s conjunturas ambivalentes e contrastantes do gozo e do desgosto, da abundĂąncia e da carĂȘncia, da vitĂłria e da derrota, do prĂȘmio e da perda.
A Quaresma pode ser vivida religiosa ou civilmente. Como tempo litĂșrgico da Igreja CatĂłlica, prepara os fiĂ©is pela sobriedade, oração, jejum, esmola para festejar a PĂĄscoa do Senhor. O corpo se priva. O olhar, porĂ©m, volta-se para o dom de vida a ser celebrado no tĂ©rmino da caminhada.
Em termos civis, a Quaresma cabe bem no momento de crise que estamos a viver.
Diminui a intensidade ou mesmo apaga o brilho consumista das propagandas para viver a simplicidade e a parcimĂŽnia, tĂŁo salutares para o corpo e para o espĂrito.
Ensina-nos que o ser desejo que somos carece de repouso e de jejum em face da insaciĂĄvel busca de bens. PropĂ”e criar momentos de silĂȘncio em meio Ă cultura do barulho, dos ipodes, dos estridentes celulares, das TVs ininterruptamente ligadas.
Sem perĂodos de calma e meditação no afĂŁ turbulento diĂĄrio, vivemos fora de nĂłs mesmos, conduzidos pela mĂĄquina da tĂ©cnica e nĂŁo pela força do espĂrito.
Venha Quaresma acalmar-nos!
J.B.Libanio - TeĂłlogo, escritor e professor; padre jesuĂta (http://www.jblibanio.com.br/) - Fonte: O Tempo - 01/03/09.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php