PARABĂNS, CALOUROS DE 2007
15/02/2007 -
RAPIDINHAS
Mais de 1,5 milhĂŁo de jovens brasileiros começam neste mĂȘs a derradeira etapa de sua educação. Meus parabĂ©ns! O grande problema que vocĂȘs vĂŁo enfrentar Ă© que o conhecimento humano estĂĄ dobrando a cada nove meses. Seguindo esse raciocĂnio, dois anos depois de formados, entre 60% e 80% de tudo o que vocĂȘs aprenderam estarĂĄ obsoleto, dependendo da profissĂŁo. Isso se seus professores ensinarem o que hĂĄ de mais novo em sua especialidade, o que nem sempre acontecerĂĄ.
VocĂȘs provavelmente encontrarĂŁo trĂȘs tipos de professor. Os ultraconservadores, que ainda ensinam "conhecimentos" de 1880. Na realidade, dogmas de um mundo que nĂŁo existe mais. Percebam como vocĂȘs encontrarĂŁo muito poucos professores que se definem como neoliberais, neomarxistas, neofreudianos ou neo alguma coisa. Neo significa novo. No fundo, nĂŁo sĂŁo progressistas como dizem, mas ultraconservadores. Acham que o mundo nĂŁo mudou ou entĂŁo pararam no tempo, como todo conservador.
Outro grupo de professores Ă© o dos enganadores, aqueles que nĂŁo se atualizam e dĂŁo aulas mesmo assim. NĂŁo se reciclam hĂĄ anos, ensinam o que era novo dez anos atrĂĄs. Ou, pior, ensinam as mesmas coisas que eles prĂłprios aprenderam quando estudavam. Se tiverem sorte, vocĂȘs tambĂ©m encontrarĂŁo um pequeno grupo de professores criativos e visionĂĄrios, que criam e mostram como serĂĄ o mundo de amanhĂŁ. SĂŁo eles que vĂŁo inspirĂĄ-los a tentar fazer o que ninguĂ©m fez antes, sĂŁo eles tambĂ©m que inspiraram quase todos os jovens que inventaram esses sites na internet.
O que muitos de seus professores ainda nĂŁo perceberam Ă© que o conceito de conhecimento humano mudou. NĂŁo existe mais o conhecimento perene, guardado a sete chaves, restrito Ă s "lides acadĂȘmicas". As universidades nĂŁo sĂŁo mais as "casas do saber", as "catedrais do conhecimento", como muitas se autodefinem. Hoje, o conhecimento humano Ă© de curta duração, poderĂamos atĂ© dizer descartĂĄvel, usado duas ou trĂȘs vezes e jogado fora, quando nĂŁo faz mais sentido guardĂĄ-lo. Isso os obrigarĂĄ a repensar e a gerar novo conhecimento, porque provavelmente o futuro precisarĂĄ de soluçÔes nunca vistas.
Estou exagerando um pouco para que vocĂȘs entendam aonde quero chegar. O importante Ă© vocĂȘs aprenderem a criar conhecimento, e nĂŁo somente a usar o conhecimento do passado. Eu utilizo o termo administrativo "conhecimento just in time". VocĂȘs terĂŁo muitos problemas a resolver, e terĂŁo de saber como analisĂĄ-los, gerando uma solução ou "conhecimento" apropriado, que nĂŁo necessariamente servirĂĄ para o resto da vida. Daqui a alguns anos, a situação serĂĄ outra, requerendo nova anĂĄlise e solução.
Que algumas coisas sĂŁo perenes, como 2 + 2 = 4 e muitas leis da fĂsica, nĂŁo hĂĄ a menor dĂșvida. Mas o que estou sugerindo Ă© que vocĂȘs tomem o cuidado de sempre questionar seus professores, para se certificar de que o conhecimento do passado serĂĄ de fato Ăștil no futuro. Max Weber, Keynes e Freud escreveriam a mesma coisa se estivessem vivos hoje? Ă isso que vocĂȘs precisam descobrir. AtĂ© pode ser que sim, mas Ă© melhor desconfiar sempre.
O que eu peço a vocĂȘs, calouros de 2007, Ă© que se concentrem em como gerar conhecimento. Como observar, como identificar variĂĄveis relevantes, os personagens vitais do problema e os interesses. Como analisar alternativas e tomar decisĂ”es. Usei muito pouco das teorias que me ensinaram na faculdade. Meu sucesso profissional foi devido muito mais ao conhecimento que eu prĂłprio gerei, que eu mesmo criei, do que Ă s teorias e tĂ©cnicas que mal me ensinaram.
A "faculdade" que vocĂȘs precisam adquirir Ă© a da criação, da criatividade, da geração de conhecimento, e nĂŁo a da erudição, do academicismo ou a da decoreba que se alastra pelo paĂs.
Infelizmente, vocĂȘs terĂŁo de agradar aos dois primeiros tipos de professor repetindo o passado que eles querem ouvir, senĂŁo nĂŁo serĂŁo aprovados. Mas aproveitem os prĂłximos quatro ou cinco anos procurando e prestigiando os professores criativos, aqueles que de fato pesquisam o futuro e nĂŁo somente o passado, e juntos criem o conhecimento para resolver os problemas atuais do Brasil, e mandem-nos para mim ou coloquem na internet.
Saibam distinguir quem Ă© quem, e boa sorte!
Stephen Kanitz Ă© formado pela Harvard Business School
Fonte: Veja - Nr. 1.996.
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(Colaboração: Marlon)
"NĂŁo acredite em sorte, levante-se e acredite em vocĂȘ mesmo."
Max Ărell