FNH. SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO!
22/02/2007 -
EDITORIAL
Depois das férias, do carnaval e do recesso de carnaval, o semestre está começando pra valer.
As primeiras duas semanas de aulas foram só um “aperitivo” do que vem pela frente. Basta pegar o calendário letivo pra ver que, daqui pra frente, os feriados são poucos e os compromissos com a faculdade são muitos.
A FNH continua sem um DA decente, continua tendo uma empresa júnior carente de pai e mãe e, enquanto instituição, continua não sabendo como se comunicar com os seus alunos.
Falha de quem? Do marketing? Da comunicação? Talvez de ambos, mas falha muito mais da falta de uma diretriz para esta área, simplesmente porque essa diretriz não existe.
Mas, esta falha não se reflete apenas nos alunos.
Quando conversamos reservadamente com funcionários e professores percebemos claramente que a FNH não tem uma política de comunicação com as pessoas sem ser através de uma visão acadêmica, curiosamente, ignorando ensinamentos o que a própria academia nos dá nas áreas de gestão de marketing e gestão de pessoas.
Hello! A FNH não é a UFMG. E nem vai ser. Nunca. Por mais que alguém possa querer insistir nesse rumo.
Não dá pra construir uma instituição privada, moderna, contemporânea, com uma visão de gestão pública.
Aluno de instituição privada pouco está se importando com ícones acadêmicos. Ele quer é perceber no professor uma pessoa com visão de mercado, que contribua para que ele se torne um profissional em condições de implementar uma carreira de sucesso, independentemente dos prêmios que este professor possa ter recebido na sua vida acadêmica.
Em universidade pública faltam vagas para os alunos. Em universidade privada faltam alunos para as vagas. Eles são disputados a tapa. Mas não é só o aluno que está escolhendo uma faculdade para estudar. Ela investe em conquistar permanentemente o aluno que já freqüenta seus corredores e salas de aula.
Quando um filho nasce, os pais se enchem de expectativas e planos para os seus filhos, assim como os empresários fazem com suas empresas. Mas isso não é garantia de que estas expectativas e planos se concretizarão. Não dependem apenas de estarem certos ou errados, mas sim de estarem atualizados com a realidade que o mundo e o mercado apresentam.
Por isso tudo, a FNH tem que ser a promotora de um novo ambiente de comunicação com sua comunidade, investindo nos seus funcionários, no corpo docente, nos seus alunos, com instrumentos cuja eficácia seja maior do que, por exemplo, um jornal institucional, trimestral, com uma estrutura que pouco desperta o interesse dos alunos. Experimentem fazer uma enquete para saber quantos alunos e professores realmente lêem esse jornal e, quem lê, que conteúdo assimilou da última edição.
Precisamos de um DA de verdade (leia a Carta ao DA, na Coluna do Canalha), de uma empresa júnior que sobreviva a orfandade, de convênios com empresas que visem geração de estágios, de empregos, e não apenas convênios para captar alunos através de programas de desconto. E isso também não acontece por falta de diretriz para o setor.
Ainda não dá para sentir com precisão, mas parece que as mudanças na estrutura acadêmica começam a dar sinal de vida, principalmente no que diz respeito ao ambiente no setor, bem menos carregado de estrelismos.
Assim, depois das férias, do carnaval e do recesso de carnaval, o semestre está começando pra valer. Que todos juntos façamos, então, que ele valha a pena.