CRIATIVIDADE NO MARKETING
10/07/2011 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (HEALTH FOR SALE)
English:
http://www.nytimes.com/2011/06/21/health/21posters.html
See more:
http://www.nytimes.com/slideshow/2011/06/20/science/21Posters.html
Video:
http://www.vimeo.com/6505158
Todo o mundo sabe que saĂșde nĂŁo Ă© algo que se possa comprar, mas isso nunca impediu ninguĂ©m de tentar vendĂȘ-la. Como deixa claro uma exposição de pĂŽsteres no Museu de Arte da FiladĂ©lfia, o marketing desta nĂŁo commodity Ă© uma arte duradoura, em todos os sentidos.
Os primeiros praticantes dela viviam em ambos os lados do AtlĂąntico. Nos EUA, incluĂram o mĂ©dico P.H. van der Weyde, inventor do genuĂno Cinto Eletro GalvĂąnico AlemĂŁo, para males que incluĂam as doenças do fĂgado, do estĂŽmago e dos rins ("cuidado com as imitaçÔes"), e M.K. Paine, farmacĂȘutico de Windsor, Vermont, que criou o BĂĄlsamo de Gileade Green Mountain a partir de resinas de ĂĄrvores locais.
Na França, o famoso mĂ©dico Gillaume Dupuytren, depois de idealizar uma cirurgia para uma condição da mĂŁo que ainda leva seu nome e antes de morrer, em 1835, dedicou-se ao problema da calvĂcie. Sua pomada fortalecedora dos cabelos continuava a ser vendida com sucesso na dĂ©cada de 1860, divulgada em respeitoso estilo neoclĂĄssico contra um pano de fundo rosa choque.
Jules ChĂ©ret, mestre da arte dos pĂŽsteres da Belle Ăpoque, levou duas de suas moçoilas vivazes, trajadas em vestes transparentes, a se dedicarem Ă causa do Vin Mariani, o vinho que refresca o corpo e o cĂ©rebro e restaura a saĂșde e a vivacidade. As duas senhoritas se servem alegremente de um cĂĄlice do vinho; estĂĄ claro que nĂŁo se trata do primeiro. Leonetto Cappiello, artista francĂȘs nascido na ItĂĄlia, criou um extĂĄtico senhor na terceira idade dançando de chinelos e robe, depois de suas articulaçÔes serem curadas pelo Uricure.
Amigos que bebiam juntos tambĂ©m foram desenhados por um artista hĂșngaro anĂŽnimo, mas o homem alto que segura a garrafa usa vestes negras e tem cabeça de caveira, enquanto seu companheiro baixinho e corado, usando trajes de trabalho folgados e um bigode grande e caĂdo, estĂĄ a caminho de ter problemas (uma filosofia favorĂĄvel Ă abstinĂȘncia estava por trĂĄs desse anĂșncio). Caveiras sĂŁo empregadas em outras instĂąncias para ilustrar questĂ”es sombrias sobre a sĂfilis, enquanto uma aranha negra faz as honras da tuberculose.
Mas a estrela da exposição talvez seja a Ășnica imagem cujo objetivo nĂŁo era persuadir ou meter medo, mas educar e divertir. O livro didĂĄtico de anatomia e fisiologia, em cinco volumes, lançado na dĂ©cada de 1920 pelo mĂ©dico alemĂŁo Fritz Kahn era adornado com uma ilustração dobrĂĄvel, em tamanho de pĂŽster, retratando "O Homem como PalĂĄcio Industrial" -uma obra que parece um cruzamento encantador entre a melhor casa de bonecas do mundo e um Ăłtimo jogo de pinball.
No alto, nos recintos do cĂ©rebro, dois grupos de homenzinhos de terno e gravata discutem em volta de pequenas mesas de conferĂȘncia; eles sĂŁo, Ă© claro, a Vontade e a RazĂŁo. Ali perto, um sujeito solitĂĄrio de mangas de camisa e fones de ouvido opera um telĂ©grafo: ele Ă© a Audição, enquanto o fotĂłgrafo no cubĂculo ao lado Ă© a VisĂŁo.
Engrenagens deslocam partĂculas de alimentos ao longo do trato alimentar, auxiliadas por minĂșsculos operĂĄrios munidos de ancinhos e caldeirĂ”es de enzimas digestivas. Mais abaixo, na Medula Ăssea, um artesĂŁo solitĂĄrio produz glĂłbulos vermelhos.
Ă uma imagem que parece suplicar ser animada, e o designer alemĂŁo Henning M. Lederer fez exatamente isso, em um curta-metragem que acompanha a litogravura original. A criação de Lederer, irresistĂvel, pode ser vista on-line no endereço http://www.vimeo.com/6505158.
As imagens, que ficarĂŁo expostas no Museu de Arte de FiladĂ©lfia atĂ© 31 de julho, dĂŁo lugar a mais uma reflexĂŁo. Ă medida que nosso entendimento tĂ©cnico da saĂșde ganha definição em pixels espalhados por tonalidades de cinza, as assertivas certeiras espalhadas pela parede da galeria tornam-se ainda mais sedutoras.
Apenas me diga o que fazer, elas dizem. Passe alguma coisa que funcione. Nenhum médico de hoje é capaz de fazer uma coisa ou outra, não sem antes mencionar uma série de ressalvas, condiçÔes que podem modificar os resultados ou declaraçÔes isentando-se de responsabilidade. Mas isso não quer dizer que alguém tenha desistido de pedir.
ON-LINE
Um show de slides de pÎsteres da exposição "Health for Sale": http://www.nytimes.com/pages/health/index.html. Digite "poster" no buscador.
Abigail Zuger - Fonte: Folha de S.Paulo - 04/07/11.
Veja mais:
http://www.nytimes.com/slideshow/2011/06/20/science/21Posters.html
MatĂ©ria original em inglĂȘs:
http://www.nytimes.com/2011/06/21/health/21posters.html
PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
Liderando com visĂŁo e energia
* por Tom Coelho
"NĂŁo caminhe atrĂĄs de mim; eu posso nĂŁo liderar.
NĂŁo caminhe na minha frente; eu posso nĂŁo seguir.
Simplesmente caminhe ao meu lado e seja meu amigo."
(Albert Camus)
Robert Cooper Ă© um especialista em inteligĂȘncia emocional e neurociĂȘncia da liderança, autor da interessante obra "Get out of your own way", ou seja, "Caia fora de seu prĂłprio caminho", numa tradução livre, na qual ele apresenta cinco chaves para exceder expectativas.
A estas cinco chaves, acrescentei outras duas, totalizando sete aspectos essenciais no processo de liderança. Vamos a eles:
Chave 1 - Lidere pelo exemplo
Uma meta Ă© resultado de inteligĂȘncia integrada aplicada. Suas decisĂ”es devem decorrer de uniĂŁo de trĂȘs cĂ©rebros localizados na cabeça, no coração e nas vĂsceras. Liderar sĂł com a cabeça limita a criatividade. VocĂȘ deve ouvir seu coração, mas tambĂ©m dar atenção ao seu feeling - aquele frio na barriga que sentimos por ocasiĂŁo de algumas açÔes.
Chave 2 - Administre a direção, não o movimento
As estatĂsticas apresentadas anualmente pelas revistas que relacionam as maiores empresas globais comprovam que a inovação aplicada gera lucro. Tanto que as companhias mais inovadoras conseguem auferir ganhos superiores a cada novo exercĂcio.
A ciĂȘncia para ativar este processo de inovação nĂŁo estĂĄ no autocontrole, atravĂ©s do qual a motivação torna-se efĂȘmera e o comprometimento se esvai diante da agitação ou do estresse. O ĂȘxito estĂĄ na autorregulação, um processo de vincular metas ao melhor resultado emocional possĂvel.
Um Ăłtimo mecanismo de liderança consiste em comprimir o tempo destinado a uma determinada tarefa ou meta. Assim, relacione suas metas programadas para o perĂodo de um ano, por exemplo. Em seguida, estude como realizĂĄ-las nĂŁo em 12 meses, mas em apenas um semestre, um trimestre ou mesmo um Ășnico mĂȘs.
Lembre-se de que nosso cĂ©rebro adora jogar com a segurança. Por isso Ă© tĂŁo confortĂĄvel falar em metas para cinco, dez ou mais anos, pois nada serĂĄ feito de imediato. Assim, desafie-se! Torne possĂvel o que, Ă primeira vista, possa parecer impossĂvel.
Chave 3 - Administre a concentração, não apenas o tempo
A neurociĂȘncia confirma que somos maus administradores de nosso tempo. E, mais do que isso, sofremos forte tendĂȘncia a perder o foco.
Algumas provocaçÔes para sua reflexão:
- Em suas reuniĂ”es regulares, como vocĂȘ poderia reduzir em 50% ou mais o tempo gasto, mantendo ou melhorando os resultados?
- Suas reuniĂ”es sĂŁo agendadas para o inĂcio do expediente, por volta das 9h00, ou logo apĂłs o almoço, Ă s 14h00, prolongando-se por todo aquele meio turno de trabalho? O que aconteceria se vocĂȘ iniciasse os encontros Ă s 11h00 ou 17h00?
- Quanto tempo vocĂȘ desperdiça diariamente em decorrĂȘncia de interrupçÔes, distraçÔes, desorganização ou falta de planejamento?
- Estabeleça uma hora por dia sem interrupçÔes para vocĂȘ e neste intervalo trabalhe concentradamente em trĂȘs objetivos especĂficos, reservando 20 minutos para cada um deles;
- Um feedback é importante, mas ele atua sobre um evento passado, aprisionando o cérebro e colocando-o na defensiva. Trabalhe com feedforward, ou seja, um impulso emocional positivo para influenciar e mudar de agora em diante.
Chave 4 - Administre a energia, não o esforço
Faça pausas estratĂ©gicas de apenas 30 segundos a cada meia hora, e pausas essenciais de dois a cinco minutos no meio da manhĂŁ e no perĂodo da tarde para aumentar sua energia e concentração.
VocĂȘ pode fazĂȘ-lo realinhando sua postura, respirando profundamente, bebendo ĂĄgua gelada, movimentando-se em direção a uma luz mais forte, entrando em contato com paisagens naturais, situaçÔes bem humoradas e expondo-se a mudanças visuais ou mentais. Estas açÔes podem garantir um incremento de atĂ© 50% no seu nĂvel de energia, elevando a produtividade em atĂ© 10%. Seja rĂĄpido sem se apressar. Mantenha a flexibilidade.
AlĂ©m disso, administre a transição de seu ambiente profissional para o familiar. Assim, ao chegar em casa, estabeleça uma zona intermediĂĄria de atĂ© 15 minutos, perĂodo no qual deverĂĄ apenas cumprimentar carinhosamente seus familiares com no mĂĄximo 25 palavras. Procure desacelerar. Tome um banho, troque suas roupas, beba algo. EstĂĄ comprovado que situaçÔes de conflito e argumentos prejudiciais começam ou se intensificam nos primeiros minutos apĂłs o regresso ao lar.
Chave 5 - Administre o impacto, não as intençÔes
O objetivo é reduzir o tempo pela metade e dobrar os resultados. No processo de monitoramento, faça mediçÔes semanais - elas aumentam significativamente a iniciativa e a responsabilidade pessoais no cumprimento das metas estabelecidas.
Procure avaliar como andam os nĂveis de energia e concentração da equipe. Observe as economias de tempo e reduçÔes de custo possĂveis, onde foram obtidas e qual sua magnitude. Acompanhe a evolução da eficĂĄcia da equipe e o redirecionamento das metas com base no critĂ©rio da prioridade.
Chave 6 - Compartilhe o propĂłsito
Não são apenas as metas que precisam ser apresentadas à equipe. à fundamental compartilhar missão, visão e valores. As pessoas necessitam de m senso de finalidade para seu trabalho, compreendendo sua real contribuição para a organização.
Contudo, o fato é que muitos sequer sabem qual o produto ou serviço que oferecem ao mercado, quem são seus concorrentes, o que o consumidor espera da corporação e qual a posição estratégica que esta espera ocupar no mercado.
Chave 7 - Lidere com base nas trĂȘs Ăłticas
HĂĄ um objetivo fundamental que Ă© de carĂĄter corporativo. Independentemente de se tratar de uma empresa pĂșblica ou privada, os esforços de todos os profissionais devem estar a serviço de um resultado positivo capaz de apoiar, sustentar e conferir reconhecimento Ă organização.
PorĂ©m, para alcançar este resultado, o lĂder deve centrar foco na equipe, pois Ă© o trabalho conjunto e multidisciplinar o instrumento catalizador do alto desempenho. Um lĂder deve questionar sua equipe sobre seu aprendizado buscando contribuição e nĂŁo julgamento.
Mas equipes sĂŁo formadas por pessoas e este Ă© o Ășltimo e essencial ponto de vista: o elemento humano. O desafio Ă© conhecer, compreender e auxiliar cada colaborador a alcançar seus objetivos pessoais, enxergando-os como projetos de vida individuais.
Todos os dias os melhores lĂderes desistem de tudo o que conquistaram para se reinventar na busca pela excelĂȘncia. Deve-se jogar para ganhar. Ir atĂ© onde for possĂvel usando todos os recursos de que se dispĂ”e. PorĂ©m, liderança Ă© um jogo de estilo. NĂŁo Ă© o que vocĂȘ faz que conta, mas como vocĂȘ faz.
* Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paĂses. Ă autor de "Sete Vidas - LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissional", pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos atravĂ©s do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.
PROFESSOR X
NOTA NA PORTA DA ESCOLA
O economista Gustavo Ioschpe fez uma sugestĂŁo que pode virar lei federal: obrigar escolas pĂșblicas a afixar na porta sua nota no Ideb (Ăndice de Desenvolvimento da Educação BĂĄsica).
Ă o mais importante indicador de qualidade da educação, que dĂĄ, de zero a dez, uma mĂ©dia para cada escola baseada na taxa de aprovação de alunos e em testes de portuguĂȘs e de matemĂĄtica.
Além do baixo custo, a ideia tem o mérito de estimular o debate sobre como fazer com que os milhÔes gastos com avaliaçÔes educacionais revertam em melhoria da qualidade. Uma vez escancarando o Ideb, supÔe-se que pais vão se mobilizar para cobrar melhor ensino.
Mas hĂĄ um cuidado a ser tomado. Estudos comprovam que o principal fator a explicar o desempenho do aluno Ă© extraescolar: as caracterĂsticas dos pais, especialmente renda e educação. Escolas que atendem crianças mais ricas, em geral, tĂȘm mĂ©dias maiores nĂŁo necessariamente por seus mĂ©ritos, mas pelo perfil do aluno.
O Ideb Ă© um indicador inteligente por combinar aprovação e desempenho, sinalizando que Ă© preciso melhorar o aprendizado sem elevar a repetĂȘncia. Mas falta-lhe uma ponderação que considere o perfil de aluno atendido.
Neste debate, poderĂamos olhar para o exemplo da cidade de Nova York, administrada pelo bilionĂĄrio Michael Bloomberg, e que talvez mais longe foi com a ideia de que Ă© preciso avaliar e cobrar resultados. A avaliação, lĂĄ, compara cada unidade levando em conta o resultado de outras com perfil semelhante de alunos.
Escolas que atendem alunos mais pobres no Brasil deveriam ser as de maior investimento e com melhores professores. Infelizmente, nĂŁo Ă© o que acontece. Mas isto nĂŁo Ă© desculpa para que deixemos de exigir um mĂnimo de qualidade. Apenas Ă© preciso ser justo e cobrar o possĂvel, sem esperar milagres.
AntĂŽnio Gois - Fonte: Folha de S.Paulo - 10/07/11.
PROFESSORA PASQUALINA
CARPE DIEM
O que Ă© "viver bem" para vocĂȘ? Escreva um conto sobre o tema e concorra a iPads e vale-compras polpudos em lojas de roupa. A competição rola no site http://www.euamoescrever.com.br/.
Folhateen 0 Fonte: Folha de S.Paulo - 04/07/11.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php