âHERROSâ PERCEPTIVOS
13/07/2013 -
A JENTE HERRAMOS
#VEMPRARUA...
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Folha.uol.com.br/en/cometothestreet
Vem Pra Rua â
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A imprensa precisa inventar um modo de captar as mudanças de humor da sociedade e também de cobrir o que estå fora das instituiçÔes
A inesperada explosĂŁo de descontentamento que se vĂȘ nas cidades mostra que alguma coisa precisa mudar no jornalismo tradicional. Como ninguĂ©m percebeu que o clima estava tĂŁo pesado?
As pesquisas que apontavam uma alta aprovação da presidente e os bons Ăndices de emprego pareciam indicar que, apesar da inflação e da economia fraca, estava "tudo bem". Imaginava-se que a Copa das ConfederaçÔes aumentaria a sensação de bem-estar, jĂĄ que, diz o senso comum, o futebol sempre adiciona um ingrediente de orgulho nacional ao momento polĂtico.
A multidão, com seus gritos de protesto, deu um "looping" nessas certezas e deixou evidente que os canais da imprensa são insuficientes para captar as mudanças de humor na sociedade.
Fosse um movimento que tivesse nascido nas franjas da cidade, a surpresa seria mais compreensĂvel. Mas o gatilho das manifestaçÔes foi acionado pelos jovens de classe mĂ©dia urbana, pĂșblico teoricamente prĂłximo a um jornal como a Folha.
Em sua coluna "A vez da mĂdia", na "Ilustrada" de quarta-feira passada, Marcelo Coelho afirma que as pessoas que se manifestam nas ruas e nas redes sociais "se sentem mal representadas na mĂdia tradicional". Entre outros fatores, Coelho cita um "abismo geracional", que ele identifica na falta de jovens escrevendo no jornal ou sendo entrevistados para comentar o movimento.
Rejuvenescer o corpo de colunistas poderia ajudar a criar uma sintonia maior com as ruas, mas, com certeza, nĂŁo basta. Um monitoramento mais profissional das redes sociais tambĂ©m Ă© um caminho, jĂĄ que elas mostraram a sua força nas mobilizaçÔes pelo paĂs.
Ă preciso aprender a interpretar as ondas no Facebook e no Twitter, separando o que Ă© realmente importante do que Ă© espuma. Trata-se de tornar realidade o pretensioso slogan da mais recente campanha publicitĂĄria do jornal em que uma garota diz: "A Folha segue o que eu penso e o que eu nĂŁo penso. A Folha me segue. Eu sigo a Folha".
NĂŁo Ă© uma tarefa fĂĄcil porque implica inventar um modo de cobrir aquilo que estĂĄ fora das instituiçÔes. Para entender o que querem os manifestantes, nĂŁo adianta ligar para sindicatos, agremiaçÔes estudantis ou partidos polĂticos. NĂŁo hĂĄ nem lideranças definidas, o que subverte a lĂłgica da reportagem polĂtica.
Perdida, a imprensa não se cansa de reproduzir os cartazes desenhados para as passeatas, na esperança de decifrar, por meio desses pedaços de papel, um fenÎmeno tão novo. Além de chacoalhar as diferentes instùncias de poder, a moçada do #vemprarua deu um nó na cabeça dos jornalistas.
EM RITMO FRENĂTICO
NĂŁo estĂĄ fĂĄcil fazer jornalismo nas Ășltimas semanas. Desde que os protestos tomaram o paĂs, o noticiĂĄrio muda em ritmo de montanha-russa. Num dia, Ă© fundamental explicar o que seria uma Assembleia Constituinte exclusiva para a reforma polĂtica; 24 horas depois, essa proposta jĂĄ tinha sido engavetada.
Em dois dias, o Congresso tomou mais decisĂ”es do que nos Ășltimos seis meses. A PEC 37, que limitaria a ação do MinistĂ©rio PĂșblico, foi enterrada sumariamente. Votaram a destinação dos royalties do petrĂłleo e tambĂ©m o projeto de tornar a corrupção um crime hediondo.
Até o Supremo Tribunal Federal foi sacudido: determinou a prisão imediata de um parlamentar. A prefeitura cancelou a licitação de Înibus em São Paulo e o Estado anunciou que não aumentarå o pedågio.
Essas respostas imediatas ao que se supĂ”e que queiram os manifestantes formam uma mirĂade de medidas difĂcil de ser discutida em pouco tempo. Cabe aos jornais, onde hĂĄ maior espaço para a reflexĂŁo, aprofundar o debate e mostrar que nem tudo Ă© tĂŁo bom quanto parece.
Segurar o pedĂĄgio nĂŁo Ă© uma forma de subsidiar o transporte individual? De onde o governo vai cortar os R$ 50 bilhĂ”es que irĂŁo para projetos de transportes? Mais verbas sĂŁo a saĂda para melhorar a educação?
Da mesma forma que os polĂticos reagiram Ă urgĂȘncia criada pelo clamor popular, o jornal precisarĂĄ "mostrar serviço". Ă hora de fazer a diferença, analisando cada assunto sem entrar num clima de "agora o Brasil vai pra frente".
Ombudsman â Suzana Singer â Fonte: Folha de S.Paulo â 30/06/13.
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VERDADES DO SISTEMA DE ESPIONAGEM AMERICANO
Muito boa mesmo...
Confira:
Faculdademental.com.br/espiao
Fonte: Jane Rivelli (Colaboração: A. M. Borges)
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
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