CRIATIVIDADE NO MARKETING
16/06/2011 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (CANNES LIONS - FESTIVAL OF CREATIVITY)
English:
http://www.canneslions.com/
O Festival Internacional de Publicidade de Cannes, prĂłximo de completar 60 anos, virou Festival Internacional de Criatividade e começa dia 19. O mercado brasileiro concorre aos LeĂ”es com 2.647 peças inscritas, quase batendo o recorde de 2001 (2.686). Ă o segundo, atrĂĄs dos EUA, com 4.045. SerĂŁo examinados 28.828 trabalhos de 90 paĂses. Entre as novidades deste ano, uma exibição abrangendo pintura, fotografia, escultura e outras formas de arte, de autoria dos criativos da comunicação.
Paulo Navarro (www.pnc.com.br) - Fonte: O Tempo - 06/06/11.
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PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
Liderança Questionada
DifĂcil nĂŁo Ă© alcançar a liderança, mas permanecer no topo
*por Tom Coelho
âLidere, siga ou saia do caminho.â
(Ted Turner)
A cada dois anos, o mĂȘs de outubro Ă© marcado em nosso paĂs pela ocorrĂȘncia de eleiçÔes. JĂĄ dentro dos muros das empresas, as eleiçÔes nĂŁo tĂȘm data agendada. Elas acontecem constantemente, em campanhas nĂŁo declaradas de candidatos a cargos hierarquicamente mais elevados. Chefes que querem se tornar supervisores, que desejam assumir gerĂȘncias, que sonham com diretorias, que pensam estar preparados para a presidĂȘncia da companhia. Acredite, seu cargo pode, neste momento, estar sendo alvejado por terceiros, provenientes do seio da empresa ou de fora dela. Afinal, toda liderança Ă© situacional e transitĂłria.
Ă da natureza humana postular sempre o âmaisâ. Se vocĂȘ tem um carro popular, trabalha para adquirir um mais completo. Se reside em um imĂłvel alugado, quer comprar sua casa prĂłpria. Se ocupa um cargo operacional, tenciona uma posição estratĂ©gica e de maior remuneração.
Analogamente, as empresas esperam maior participação de mercado (market share), maior reputação de marca (share of mind), maior lucratividade e rentabilidade (Ebitda). Assim, para potencializar os resultados, acredita-se que o caminho ideal seja promover mudanças. Neste caso, invariavelmente o atalho é trocar a liderança.
Uma pesquisa sobre os motivos das demissĂ”es, realizada em maio de 2000 pela H2R e Right Management, a pedido da revista VocĂȘ S/A, apontou que 61% dos profissionais acreditavam que poderiam perder seus empregos por problemas de atualização, conhecimento e habilidade tĂ©cnica ou por falta de experiĂȘncia. Entretanto, 87% das organizaçÔes declararam, naquela ocasiĂŁo, demitir profissionais por causa de suas atitudes, temperamento, falta de garra ou por problemas de relacionamento interpessoal.
Em junho de 2007 pesquisa similar voltou a ser realizada. Desta vez, apenas 32% das organizaçÔes informaram demitir profissionais devido Ă s suas atitudes; porĂ©m, 29% apontaram como principal motivo os resultados gerenciais nĂŁo alcançados. De fato, o nome do jogo Ă© âfazer acontecerâ.
Quando um time de futebol nĂŁo vai bem, o tĂ©cnico Ă© demitido e nĂŁo todo o elenco. Se em uma sala de aula o rendimento da maioria dos alunos em uma disciplina Ă© insatisfatĂłrio, o professor Ă© modificado. Quando cai o nĂșmero de fiĂ©is em uma igreja, o pastor Ă© substituĂdo. Se a empresa nĂŁo atinge suas metas, sĂŁo os lĂderes que pagam o pato!
A esta altura, vocĂȘ deve estar se questionando sobre o que deve ser feito para defender sua posição. A resposta estĂĄ em reinventar-se. Seu maior risco Ă© a acomodação. Acreditar que o bom Ă© suficiente onde o Ăłtimo Ă© esperado. Contentar-se com o azul da Ășltima linha do balanço, quando a expectativa era cravar indicadores com dois dĂgitos.
O segredo do sucesso estĂĄ em demonstrar real interesse pelas pessoas, descobrindo o valor e potencial individual de cada membro de sua equipe, inspirando-os e despertando-lhes a vontade de fazer, e nĂŁo de cumprir ordens.
Abraham Shashamovitz, ex-vice presidente da Nextel, dizia que para gerenciar uma organização vocĂȘ utiliza os mĂșsculos e a razĂŁo, mas para liderar de verdade deve usar tambĂ©m o coração.
O mais difĂcil nĂŁo Ă© alcançar a liderança. Ă permanecer no topo. O alto da montanha Ă© de acesso restrito, normalmente de trajeto Ăngreme, repleto de armadilhas e emboscadas. Mas lembre-se: nunca hĂĄ lugar para sentar!
19/11/2010 - Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br
PROFESSOR X
INOVAR A INOVAĂĂO
Harvard e MIT investem em laboratórios multidisciplinares e apontam novos caminhos para a universidade do século 21.
Em um prédio abandonado em Boston, nos EUA, onde funcionava uma emissora de televisão, estå surgindo um laboratório que propÔe reinventar a maneira como a universidade produz inovação.
Essa Ă© uma das apostas de Harvard para continuar em primeiro lugar no ranking das melhores do mundo, atraindo ainda mais pessoas com espĂrito empreendedor.
Batizado de I-Lab (Innovation Lab, laboratório de inovação), a ser inaugurado no próximo semestre, esse centro quer quebrar os muros que separam as vårias faculdades, misturando num mesmo espaço de colaboração alunos, professores e pesquisadores, apoiados por empresårios e executivos.
"VĂŁo ficar juntos engenheiros, mĂ©dicos, advogados, designers e arquitetos, cada um desenvolvendo seu projeto -que pode ser desde criar um novo aplicativo para celular como uma campanha para combater a malĂĄria da Ăfrica", conta o diretor do I-Lab, Gordon Jones.
"Estamos fazendo um esforço interdisciplinar para gerar melhores empreendedores", diz Jones, também professor na Escola de Negócios de Harvard.
A mensagem por trĂĄs desse novo laboratĂłrio Ă© a de que os currĂculos universitĂĄrios devem abrir espaço para o cruzamento das diversas ĂĄreas de conhecimento.
O recĂ©m nomeado prĂł-reitor acadĂȘmico de Harvard Ă© alguĂ©m cuja biografia resume esse movimento. Alan Garber formou-se em medicina e economia, e usou ambas as ĂĄreas para ensinar como melhorar a saĂșde pĂșblica.
"Um dos principais elementos da excelĂȘncia acadĂȘmica no sĂ©culo 21 Ă© a qualidade de programas inter e multidisciplinares", diz Garber.
A visĂŁo do prĂł-reitor Ă© reforçada por sua experiĂȘncia em Stanford, na CalifĂłrnia. LĂĄ, foi um dos pioneiros na criação de nĂșcleos que unem pesquisadores de diferentes ĂĄreas. Foi o que ajudou a transformar o Silicon Valley no centro planetĂĄrio de experimentaçÔes e desenvolvimento de produtos de tecnologia da informação. Google e Yahoo, por exemplo.
TambĂ©m com passagem por Stanford, Gordon Jones, o diretor do I-Lab, acredita que ser empreendedor Ă© ter a disposição de experimentar e lidar com o erro. "Vamos ser avaliados pelo nĂșmero de inovaçÔes que vamos gerar."
MIT TAMBĂM
Um dos grandes exemplos dos bons resultados trazidos por tal diversidade de formaçÔes trabalhando em um espaço comum estå em outro prédio, bem próximo do I-Lab, onde pesquisadores se propÔem a revolucionar as investigaçÔes sobre o cùncer.
Em parceria com vårias instituiçÔes, inclusive Harvard, funciona no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets) o centro David H. Koch, inaugurado neste ano.
O projeto colocou no mesmo prĂ©dio vĂĄrios cientistas da quĂmica e da biologia e misturou-os com oncologistas, psicĂłlogos, psiquiatras e engenheiros especializados em nanotecnologia.
Muitos dos pesquisadores jĂĄ trabalhavam com projetos ligados ao tema, mas poucos se conheciam entre si.
O David Koch segue um modelo criado dentro do próprio MIT para reinventar a produção e a disseminação de informação, o MediaLab.
Ligado Ă faculdade de arquitetura, jĂĄ nasceu inter e multidisciplinar. Dali, por exemplo, surgiu o projeto que usa o aparelho celular para fazer exames Ă distĂąncia de problemas na vista.
Em Harvard, existe um outro polo interdisciplinar, citado como um dos inspiradores para o I-Lab, voltado Ă biologia regenerativa.
Engenheiros e médicos pesquisam drogas para rejuvenescer os órgãos do corpo humano -ali levantou-se a hipótese de desafiar a ideia de que sejamos mortais.
A imortalidade pode ser mais uma dessas fantasias que acompanham a história da humanidade. O fato é que, graças à combinação de pesquisadores de diferentes åreas, eles jå conseguiram rejuvenescer um rato.
Gilberto Dimenstein (www.dimenstein.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/06/11.
Harvard - http://www.harvard.edu/
MIT - http://web.mit.edu/
PROFESSORA PASQUALINA
COLĂGIOS BONS, CAROS E MANDĂES
Em menos de um mĂȘs, trĂȘs colĂ©gios tradicionais do Rio caĂram no noticiĂĄrio policial. Bem feito. O SĂŁo Bento e a Escola AlemĂŁ Corcovado, por conta da maneira como lidaram com agressĂ”es sofridas por alunos. No SĂŁo Bento, envolvendo dois jovens, um de 14 anos (batendo) e outro de seis (apanhando). Na Corcovado, com um professor acusado de empurrar e derrubar um menino de 12 anos. No terceiro caso, no pH, da Abril Educação, a mĂŁe de uma aluna do primeiro ano do ensino mĂ©dio diz que a a diretora e dois professores exigiram que a jovem apagasse textos que pusera numa rede social. Nela, trocava informaçÔes sobre tarefas escolares e provas.
Os pais dos estudantes resolveram defender o direito de seus filhos buscando a proteção do Estado e de suas leis. Isso aconteceu em escolas do andar de cima. O SĂŁo Bento Ă© campeĂŁo de desempenho no Enem, a escola alemĂŁ ficou em 9Âș lugar e o pH, em 14Âș. Suas mensalidades chegam a R$ 1.900.
Os trĂȘs episĂłdios, diferentes entre si nas circunstĂąncias e na gravidade, tiveram em comum a postura prepotente da direção das escolas diante dos malfeitos. Na escola alemĂŁ, quando a diretoria soube que a famĂlia do estudante agredido pelo professor dera entrada num processo contra o colĂ©gio, decidiu expulsĂĄ-lo. Expulsaram tambĂ©m seu irmĂŁo.
Explicando-se aos doutores disseram que os jovens foram mandados embora para preservar um ambiente em que prevaleça "a confiança, o respeito e a cooperação entre pais e escola". Beleza, expulsaram os filhos porque discordam da conduta dos pais. Quanto ao professor, voltou para a Alemanha.
O São Bento chamou a agressão de "acidente" e informou que "repudiamos (...) qualquer atitude desavisada ou que extrapole o ùmbito educacional que qualquer um tome em relação ao fato em questão". Como se a busca de um direito fosse indisciplina. Segundo a escola, o caso, restrito ao aspecto educacional, fora resolvido com a aplicação de uma "sansão" ao aluno agressor, suspenso por um dia. (Sansão é o namorado da Dalila.)
O colégio pH informou que suspendeu a aluna de 15 anos porque ela "usava o logotipo da instituição e veiculava material didåtico do colégio sem autorização e de forma inadequada". à um caso diferente e a Justiça dirå se a escola teve razão. Mesmo assim, veio a ladainha: lamentou que um assunto de cunho educacional tenha sido levado ao tribunal.
NĂŁo ocorreu a nenhum dos trĂȘs educandĂĄrios que escolas nĂŁo sĂŁo sociedades secretas e ir Ă Justiça Ă© um direito. Ă saudĂĄvel que os colĂ©gios defendam seus cĂłdigos de conduta nas cortes, atĂ© para desautorizar pais reclamĂ”es. Se as escolas acham que devem ficar fora do alcance do JudiciĂĄrio, que mais ensinam?
Vejam os doutores da escola alemĂŁ o que lhes aconteceu em 1974: sua direção demitiu uma professora, ela nĂŁo gostou e sua queixa chegou a um general. O Serviço Nacional de InformaçÔes investigou secretamente o colĂ©gio e concluiu que "visa a Escola Corcovado preparar em seus bancos escolares uma elite de brasileiros e alemĂŁes para que em futuro prĂłximo, constitua um grupo de defesa de interesses polĂticos alemĂŁes no Brasil". Havia ali "um foco de contrabando ideolĂłgico e de revolução pedagĂłgica, incompatĂveis com as diretrizes politicoeducativas nacionais".
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/06/11.
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