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27/04/2006 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROFESSOR X
CĂ©dulas do Brasil
IMPĂRIO DO BRASIL (PadrĂŁo Real - 1833/1888);
REPĂBLICA MIL-REIS - 1888/1942;
O Cruzeiro foi criado dia 5 de Outubro de 1942, mas só passou a valer como unidade monetåria a partir da meia-noite do dia 31 de Outubro de 1942. Ele substituiu o padrão Mil-Réis, que causava problemas por ter divisão milesimal. Outro objetivo dessa mudança foi unificar o meio circulante, jå que na época existiam 56 tipos diferentes de cédulas, sendo 35 do tesouro nacional, 14 do Banco do Brasil e 7 da extinta Caixa de Estabilização. Foram usadas aproximadamente 8 notas do padrão Mil-Réis, carimbadas para o novo valor. 1$000 = Cr$ 1,00.
O Cruzeiro Novo foi implantado no dia 13 de fevereiro de 1967. O Cruzeiro, padrĂŁo monetĂĄrio desde 1942, perdia trĂȘs zeros e se transformava em Cruzeiro Novo. O Cruzeiro Novo foi o Ășnico padrĂŁo monetĂĄrio que nĂŁo teve cĂ©dulas prĂłprias. O Banco Central reaproveitou cĂ©dulas do Cruzeiro, carimbando-as para o Cruzeiro Novo. O carimbo utilizado era formado por 2 cĂrculos concĂȘntricos, com o valor expresso no centro e as palavras BANCO CENTRAL e CENTAVOS ou CRUZEIROS NOVOS no espaço entre os cĂrculos. Cr$ 1.000 = NCr$ 1,00.
O Cruzeiro substituiu o Cruzeiro Novo em 15 de Maio de 1970, sendo que um Cruzeiro valia um Cruzeiro Novo. Durou até 27 de fevereiro de 1986. NCr$ 1,00 = Cr$ 1,00.
O Cruzado é proveniente do Plano Cruzado, implantado pelo governo Sarney. O Plano tinha como objetivo combater a inflação e aumentar o poder aquisitivo da população. A partir do dia 28 de Fevereiro de 1986, mil cruzeiros passaram a valer um cruzado. Para implantar o Cruzado o governo aproveitou as cédulas de 10 mil, 50 mil e 100 mil cruzeiros, carimbando-as para o novo padrão. O Carimbo era circular com as palavras "Banco Central do Brasil" e "Cruzado", com o valor no centro. Cr$ 1.000 = Cz$ 1,00.
O Cruzado Novo entrou em circulação no dia 15 de janeiro de 1989, na segunda reforma monetĂĄria do presidente JosĂ© Sarney. A nova moeda substituĂa o Cruzado, sendo que um Cruzado Novo valia 1000 Cruzados. Foram aproveitadas as cĂ©dulas de mil, 5 mil e 10 mil Cruzados, que receberam um carimbo para o novo padrĂŁo monetĂĄrio. O carimbo adotado era um triangulo com as palavras "cruzado novo" em duas linhas prĂłximas Ă base do triĂąngulo. Cz$ 1.000,00 = NCz$ 1,00.
O Cruzeiro foi reintroduzido como padrĂŁo monetĂĄrio em substituição ao "Cruzado Novo", como parte do "Plano Collor", sem ocorrer a perda de trĂȘs zeros. NCz$ 1,00 = Cr$ 1,00.
O Cruzeiro Real foi implantado no 1o de Agosto de 1993, substituindo o Cruzeiro, por excesso de zeros. Foram aproveitadas as notas de 50 mil, 100 mil e 500 mil Cruzeiros, devidamente carimbadas para o novo padrĂŁo. Cr$ 1.000,00 = CR$ 1,00.
O Real foi lançado em 01/07/1994 pelo Plano Real no governo Itamar Franco, com o objetivo de criar uma moeda forte e acabar com a inflação. Primeiramente foi estabelecido um Ăndice paralelo para efeito de transição, a Unidade Real de Valor (URV). A ConversĂŁo de Cruzeiros Reais para Reais foi feita mediante a divisĂŁo do valor em Cruzeiros Reais pelo valor da URV de CR$2.750,00. CR$ 2.750,00 = R$ 1,00.
RESUMO
âą 1993/1994 â CRUZEIROS REAIS
âą R$ 1,00 = CR$ 2.750,00
âą 1990/1993 â CRUZEIROS
âą R$ 1,00 = Cr$ 2.750.000,00
âą 1989/1990 â CRUZADOS NOVO
âą R$ 1,00 = NCz$ 2.750.000,00
âą 1986/1989 â CRUZADOS
âą R$ 1,00 = Cz$ 2.750.000.000,00
âą 1970/1986 â CRUZEIROS
âą R$ 1,00 = Cr$ 2.750.000.000.000,00
âą 1967/1970 â CRUZEIROS NOVO
âą R$ 1,00 = NCr$ 2.750.000.000.000,00
âą 1942/1967 â CRUZEIROS
âą R$ 1,00 = Cr$ 2.750.000.000.000.000,00
âą ****/1942 â MIL-REIS
âą R$ 1,00 = 2.750.000.000.000.000$000
PERGUNTE AOS SEUS PAIS OU AO SEUS AVOS O QUE PODIA SER FEITO COM 2.750.000.000.000.000$000. PARA COMPARAR, EM 1940 - 1$000 = US$ 0,06. PORTANTO, R$ 1,00 = US$ 165.000.000.000.000,00.
Até a próxima semana, pessoal!
Abraços
Professor X
PROFESSORA PASQUALINA
Um leitor do FM nos enviou um "e-mail" questionando o tĂtulo de uma coluna do site "Aprendam que os caras sabem!", referindo-se Ă conjunção que (ligando as oraçÔes "Aprendam" e "os caras sabem"), a qual estaria tecnicamente correta, porĂ©m propĂ”e as seguintes alteraçÔes a fim de que semanticamente estejam adequadas Ă chamada da coluna: "Aprendam! Os caras sabem!" ou "Aprendam! PorquĂȘ os caras sabem!". A mudança de pontuação ou conjunção (que para porque) nĂŁo altera o objetivo da mensagem, jĂĄ que a conjunção que introduz uma oração coordenada explicativa, logo pode ser substituĂda por porque, ou podemos usar o ponto final, exclamação ou vĂrgula, pois sĂŁo oraçÔes coordenadas e, portanto, sĂŁo gramaticalmente independentes, apenas estariam dando ĂȘnfase Ă comunicação. Mas um erro o leitor cometeu ao usar acento circunflexo no porquĂȘ, pois somente serĂĄ acentuado caso seja um substantivo. Aproveitando o momento, o uso dos "porquĂȘs" serĂĄ trabalhado na prĂłxima edição.
Bem, dando continuidade ao emprego dos pronomes, vamos relembrar o emprego dos demonstrativos: este, esse, aquele, isto, isso, aquilo e variaçÔes, as quais obedecem a trĂȘs princĂpios bĂĄsicos: espaço, tempo e contexto. Hoje trabalharemos "espaço" e "tempo" e na prĂłxima edição "contexto".
No espaço, este deve ser usado quando hĂĄ proximidade em relação ao emissor (1a. pessoa): Esta mochila que eu carrego estĂĄ muito pesada. Esse deve ser usado quando hĂĄ proximidade em relação ao receptor (2a. pessoa): Essa chave que estĂĄ com vocĂȘ Ă© minha. Aquele deve ser usado quando hĂĄ distanciamento em relação Ă s pessoas do discurso (emissor e receptor), portanto 3a. pessoa: Aqueles estudantes sofreram um acidente ontem, vocĂȘ ficou sabendo?
No tempo, devemos usar o este no presente: Este dia estĂĄ maravilhoso para pescar! ou Nesta semana, vocĂȘ irĂĄ ao supermercado? Esse para o passado ou futuro prĂłximos: Em 2003, havia resolvido retomar meus estudos, mas, nesse ano, fiquei muito doente. Aquele para passado ou futuro distantes: Em 1945, chegava ao fim a Segunda Guerra Mundial, naquele ano, o mundo sonhou com a paz.
Boa semana e bom feriado!