CRIATIVIDADE NO MARKETING
04/08/2011 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (BBC - HUMAN PLANET)
Video:
http://www.youtube.com:80/watch_popup?v=2HiUMlOz4UQ&vq=large
Soberbo clip da BBC... Impressionante... 3 minutos e 33 segundos de prazer para os olhos e para os ouvidos!...
Maravilhosas imagens...
Video: http://www.youtube.com:80/watch_popup?v=2HiUMlOz4UQ&vq=large.
(Colaboração: Waldeyr Estevão)
PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
Reimagine!
*por Tom Coelho
"Se vocĂȘ nĂŁo gosta de mudança,
vai gostar ainda menos de irrelevĂąncia."
(General Eric Shinseki)
VocĂȘ pode ler as 352 pĂĄginas de âReimagine! ExcelĂȘncia nos negĂłcios numa era de desordemâ (Futura, 2004) ou assistir aos 77 minutos do filme com igual tĂtulo, distribuĂdo no Brasil pela Siamar, para entender o porquĂȘ de Tom Peters ser considerado um dos nomes mais influentes da administração moderna.
O fato Ă© que Peters aborda temas que por vezes nĂŁo chegam a ser inovadores, mas sua forma de apresentĂĄ-los Ă© Ășnica e surpreendente. Ilustra, exemplifica e utiliza cases de empresas para demonstrar que Ă© possĂvel fazer diferente, fazer a diferença.
Algumas sugestĂ”es que podem ser extraĂdas de sua obra acompanhadas de breves reflexĂ”es pessoais:
1. Abrace uma grande visĂŁo. VocĂȘ ou sua empresa alcançarĂŁo o grau de crescimento e de exposição que postularem em seus planos. Pense pequeno e pisarĂĄ a grama, pense mĂ©dio e caminharĂĄ por entre arbustos, pense grande e habitarĂĄ uma floresta. Se desejar ser a maior empresa de seu setor parecer utĂłpico, experimente imaginar ser a melhor. Isso Ă© sempre possĂvel. E compartilhe esta visĂŁo.
2. Contrate grandes pessoas. Num mundo de produtos comoditizados, sĂŁo as pessoas o grande diferencial. Aprenda a selecionar gente com vontade de trabalhar, com eletricidade no corpo e brilho nos olhos. Gente com atitude, mais do que habilidades, que podem ser ensinadas a qualquer tempo. Gente melhor do que vocĂȘ! E contrate devagar, buscando qualidade a partir da quantidade. Mas demita rĂĄpido, tĂŁo logo seja preciso.
3. Promova o envolvimento. Faça as pessoas trabalharem com vocĂȘ e nĂŁo para vocĂȘ. Elas devem se sentir nĂŁo apenas parte do processo, mas protagonistas das soluçÔes. O envolver Ă© entrelaçar, compartilhar e comprometer-se. Empenho que decorre do entusiasmo, determinado menos por questĂ”es financeiras e mais pelo orgulho de pertencer e pelo respeito aos propĂłsitos da companhia e Ă liderança.
4. Treine o tempo todo. Prepare sua equipe treinando-os continuamente. A tarefa Ă© desenvolver competĂȘncias tĂ©cnicas, comportamentais, relacionais e atĂ© valorativas. Esqueça a mensuração baseada em horas de treinamento anual por pessoa. Isso Ă© balela estatĂstica. A verdadeira rĂ©gua estĂĄ na qualidade do treinamento. Ajude-os a conhecer tudo sobre seus produtos e serviços, mas contribua tambĂ©m para que se tornem tambĂ©m pessoas melhores e nĂŁo somente profissionais melhores.
5. Comunique constantemente. Mantenha a todos informados: colaboradores, clientes, acionistas. Faça a informação â de qualidade â circular. Use da transparĂȘncia, evite eufemismos, diga a verdade. A mentira tem pernas curtas, vida longa e seu legado Ă© devastador. Compartilhar resultados favorĂĄveis Ă© prazeroso e fĂĄcil, mas poucos fazem o mesmo com as mĂĄs notĂcias, perdendo a oportunidade de captar grandes aliados para superĂĄ-las.
6. Desenvolva idĂ©ias e soluçÔes inovadoras. Pense fora da caixa, do plano bidimensional. Faça propostas absurdas ao mesmo tempo em que reflete sobre o Ăłbvio â assim surgiu a jornada flexĂvel de trabalho. Atente para as perguntas e formule outras perguntas quando tiver obtido uma provĂĄvel resposta â assim nasceu o carro bicombustĂvel. Fique de olho nas conseqĂŒĂȘncias, inclusive aquelas que parecerem totalmente desfavorĂĄveis â assim foi criado o medicamento para disfunção erĂ©til. Hospitais nĂŁo precisam ser tristes, aulas nĂŁo carecem de ser chatas, polĂticos nĂŁo necessitam ser corruptos.
7. Design Ă© fundamental. Em termos de design, o que menos conta Ă© a beleza, ainda que ela possa e deva ser contemplada. O que estĂĄ em jogo Ă© a funcionalidade, a praticidade, o tipo de material empregado. Falamos de leveza, de manuseio, de alternativas com custo inferior â e valor agregado superior. Continuo sem entender por que aqueles sachĂȘs de mostarda, maionese e ketchup sĂŁo tĂŁo irritantemente difĂceis de serem abertos. Ou por que as embalagens de sanduĂches nĂŁo sĂŁo formatadas para funcionarem como guardanapo, evitando o contato das mĂŁos com o alimento. AlguĂ©m se habilita?
8. Tecnologia para facilitar. Tecnologia que se propÔe exclusivamente a transparecer uma imagem futurista apenas intimida e afasta clientes, além do risco de representar um caminhão de dinheiro jogado no lixo. O que se espera são instrumentos para agilizar processos, promover a integração, ampliar a comunicação, reduzir custos diretos ou indiretos. A mudança tecnológica deve ser evolucionåria, e não revolucionåria. Pequenos avanços hoje, grandes inovaçÔes amanhã.
9. Ofereça um atendimento extraordinĂĄrio. Duvido que ainda haja neste mundo uma pessoa qualquer que nĂŁo tenha sido flagrantemente destratada, negligenciada e atĂ© desrespeitada enquanto consumidora. SĂŁo profissionais de telemarketing ativo que invadem nossa privacidade na calada da noite, muitas vezes para oferecer um produto do qual jĂĄ somos seus usuĂĄrios. SĂŁo profissionais de telemarketing passivo, dos ordinĂĄrios serviços de atendimento ao cliente, desprovidos de treinamento, autonomia e bom senso, que raramente resolvem uma demanda com iniciativa, interesse e rapidez. SĂŁo profissionais em pontos de venda, que nĂŁo procuram identificar nossas necessidades, mas apenas sugerir o que lhes convĂ©m, e raramente solĂcitos por ocasiĂŁo de uma troca ou substituição. Estou farto deste desatendimento! Gente que nĂŁo entende que venda se processa antes, durante e depois da compra. Gente que nĂŁo aprende que vender e servir andam de mĂŁos dadas. Gente que ainda nĂŁo descobriu que a Ășnica coisa que cativa um cliente Ă© uma experiĂȘncia de atendimento inesquecĂvel e extraordinĂĄria. E que isso Ă© fĂĄcil de proporcionar: basta dar atenção.
10. Divirta-se! Quer colher comprometimento dos funcionårios, fidelidade dos clientes e retorno sobre o investimento? Construa um ambiente que seja prazeroso para trabalhar e agradåvel para visitar. Um local onde quem trabalha aguarde ansiosamente pela segunda-feira para iniciar uma nova e produtiva semana. Um espaço onde quem consome sinta-se estimulado a permanecer por horas desfrutando de sua atmosfera e infra-estrutura. Livrarias com confortåveis poltronas onde se pode degustar a leitura de qualquer obra sem restriçÔes, por exemplo, jå aprenderam esta lição.
Reflita sobre estas propostas, celebre as conquistas e gerencie com paixĂŁo. Tenha menos foco em coisas, mais cuidado com pessoas. Reinvente. E reimagine!
25/08/2008 - Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
PROFESSOR X
CHĂO DE ESTRELAS
O sol começava a se pĂŽr em meio Ă s arvores da floresta e fazia um jogo de luzes nos corpos dos bailarinos que dançavam num palco a cĂ©u aberto. Como o cenĂĄrio eram as montanhas, a coreografia fazia parecer que os corpos estavam suspensos no ar. Em alguns instantes, era como se o voo dos pĂĄssaros e suas vozes se mesclassem com a mĂșsica e com o movimento daqueles jovens, que, vindos de diferentes paĂses, se encontravam pela primeira vez ali.
Nesse ambiente, descobri algo totalmente inusitado sobre como ensinar o prazer de aprender. A ideia nĂŁo tem nada a ver com o palco em si, mas com o que eu vi naquele momento: pode-se aprender biologia, histĂłria, fĂsica ou matemĂĄtica de um jeito diferente, usando nĂŁo apenas a cabeça mas tambĂ©m o corpo.
Na semana passada, fui conhecer esse laboratório que integra dança e natureza, instalado numa fazenda chamada Jacob's Pillow (O Travesseiro de Jacó), numa região montanhosa de Massachusetts.
Por causa de suas experimentaçÔes desde o começo do século passado, o local atraiu os maiores nomes da dança, como Pina Bausch e Baryshnikov. O alemão Joseph Pilates, na década de 1940, quando ninguém sabia o que era Pilates, jå desenvolvia experimentos ali.
SĂŁo vĂĄrios galpĂ”es, pequenos estĂșdios e palco espalhados pela fazenda onde grupos de dança do mundo se apresentam e ensaiam, sem distinção de estilo. Juntam-se desde os balĂ©s da Broadway atĂ© os balĂ©s clĂĄssicos da Europa, passando por grupos da Ăfrica ou da Ăndia.
Nesse ambiente, pode-se encontrar, num dos galpĂ”es, um mĂșsico como Yo-Yo Ma inventando um arranjo para um balĂ© ou alguĂ©m tentando reinventar os passos do samba. Neste ano, a fotĂłgrafa-celebridade Annie Leibovitz expĂŽs num dos galpĂ”es seu arquivo de dĂ©cadas de registro de corpos em movimento.
Dessa vivĂȘncia com a dança surgiu uma experiĂȘncia em escolas pĂșblicas das redondezas, batizada de "currĂculo em movimento".
Eles se perguntavam o que poderiam fazer para ajudar os alunos a ter mais interesse pela aprendizagem. "SĂł sabemos dançar, mas nĂŁo querĂamos ensinar a dançar, isso seria repetitivo", conta J.R. Groover, responsĂĄvel pelos projetos educativos do Jacob's Pillow, atĂ© entĂŁo focados no grupo de jovens de todo o mundo selecionados todos os anos para passar ali o verĂŁo aprendendo com artistas e coreĂłgrafos durante o Festival de Dança. Chega-se ao requinte de ensinar design de luz para produção de espetĂĄculo. Ă o que vem aprendendo o Ășnico brasileiro selecionado, Henrique Fonseca, que, em Belo Horizonte, trabalha com o grupo Mimulus.
Mas esse pessoal vai embora depois do verĂŁo. Buscava-se algo na prĂłpria comunidade e que fosse, na sala de aula, tĂŁo inovador como o que se faz nos palcos.
Foi aĂ que veio a ideia de descer do palco e fazer do corpo um jeito de ajudar a compreender problemas complexos nos mais diferentes assuntos, como matemĂĄtica, biologia, fĂsica, histĂłria ou geologia. "Mas nĂŁo sabemos o suficiente dessas matĂ©rias", conta Glover.
EntĂŁo, conversaram com os professores para entender o que se tenta ensinar numa aula de genĂ©tica. Dos conceitos surgiam ideias de movimentos, construĂdos em conjunto com os alunos."O que sabemos Ă© criar gestos com base em um conceito ou em uma histĂłria", diz. O jeito como as proteĂnas circulam comandando o corpo do piscar de olhos Ă s emoçÔes Ă© fonte suficiente de inspiração. Numa aula de geologia, buscou-se criar o fluxo do Ăłleo jorrando.
A mĂșsica, por exemplo, segue a lĂłgica matemĂĄtica, traduzĂvel nos gestos inventados pelos alunos.
Fica muito mais fĂĄcil entender a escravidĂŁo tentando traduzir no corpo o sofrimento dos escravos do que por meio de nomes ou datas -aliĂĄs, a fazenda onde hoje funciona o projeto de dança foi um refĂșgio de escravos. "A chave Ă© o coreĂłgrafo trabalhar em conjunto com o professor da matĂ©ria", afirma Glover.
Trabalha-se, assim, o sofisticado conceito de inteligĂȘncias mĂșltiplas, que virou de cabeça para baixo o conceito de QI. A relação espacial, o modo de trabalhar o corpo, expressa inteligĂȘncia.
A experiĂȘncia estĂĄ completando dois anos e jĂĄ hĂĄ sinais interessantes. Os alunos submetidos ao aprendizado pela dança revelaram, nas provas de suas matĂ©rias, maior facilidade de apreensĂŁo dos conceitos.
Nesta Ă©poca, em que se valoriza tanto a tela do computador e a "cabeça", Ă© uma brisa num dia quente ver uma experiĂȘncia que faz do movimento do corpo um jeito de aprender pela emoção e pela beleza.
PS- Neste ano, eles lançaram um projeto interativo pondo na internet imagens das apresentaçÔes, algumas das quais verdadeiras raridades que nunca tinham sido mostradas. Num dos debates, apresentou-se também um aplicativo para celular com coreografias. Esses projetos podem ser vistos no http://catracalivre.com.br/.
Dance Interactive. Clique aqui: http://danceinteractive.jacobspillow.org/.
Jacobâs Pillow. Clique aqui: http://www.jacobspillow.org/.
VĂdeos. Clique aqui: http://www.justonemec.com/dances_iphone_videos.htm.
Gilberto Dimenstein (www.dimenstein.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo â 31/07/11.
PROFESSORA PASQUALINA
LIVREIRO DO ALEMĂO CRIA "BARRACOTECA" NA FAVELA
OtĂĄvio JĂșnior, 27, idealizou e construiu biblioteca em comunidade no Rio. Ele tambĂ©m escreveu seu primeiro livro enquanto os traficantes trocavam tiros com policiais e militares.
Enquanto traficantes do Comando Vermelho em fuga trocavam tiros com a polĂcia e soldados do ExĂ©rcito durante a ocupação dos complexos da Penha e do AlemĂŁo, em novembro de 2010, OtĂĄvio JĂșnior, 27, escrevia.
Sem poder sair de casa, finalizava "O Livreiro do AlemĂŁo" -seu ingresso no mundo dos escritores-e preparava-se para instalar a primeira biblioteca do conjunto de 13 favelas na zona norte do Rio com quase 400 mil pessoas.
"Quando os confrontos eram muito acirrados, eu produzia muito. Escrevia enquanto as balas "comiam" para cima e pra baixo."
Biblioteca? Na verdade, trata-se da "Barracoteca Hans Christian Andersen" -corrige OtĂĄvio. O nome Ă© uma homenagem ao escritor dinamarquĂȘs autor de contos como "A Pequena Sereia" e "A Roupa Nova do Rei".
O local -um antigo salĂŁo de forrĂł- no morro do Caracol, Complexo da Penha, funciona desde maio e serĂĄ inaugurado oficialmente em 22 de agosto, dia do Folclore.
Parte dos livros é doação do Ministério da Cultura, o resto foi amealhado por Otåvio durante os dez anos em que andou por todo o Complexo da Penha e do Alemão, com uma mala na mão, oferecendo livros emprestados aos moradores.
O investimento foi de R$ 7.000. Como não tinha nem a décima parte desse valor, a solução foi apelar a conhecidos e desconhecidos. "Passei o chapéu, mas passei o chapéu virtual", diz.
No blog Ler Ă© 10 - Leia Favela (http://leredezleiafavela.blogspot.com/), o jovem anunciou a barracoteca. Em trĂȘs meses reuniu a quantia necessĂĄria.
Filho de pedreiro, chamou o pai para reformar o local.
OtĂĄvio narra em "O Livreiro do AlemĂŁo" (Panda Books) como seu amor Ă literatura se deu quase por acaso. Aos oito anos, saĂa de casa todo dia para ver as peladas no campo de terra da comunidade.
"Naquele dia, passei em frente a um lixĂŁo e havia uma caixa com brinquedos velhos e um livro", conta. "Ă tarde faltou luz e como nĂŁo podĂamos assistir a televisĂŁo preto e branco, lembrei do livro."
IMPACTO
O "impacto da literatura" mudou a vida do menino. A paixĂŁo cresceu a ponto de, no ensino mĂ©dio, desenvolver um hĂĄbito: matar aula, tomar um ĂŽnibus, andar 20 km e ir para a biblioteca do Museu da RepĂșblica, no centro. "Chegava a ler dez livros por dia."
Era entĂŁo um tempo difĂcil. A famĂlia enfrentava o alcoolismo do pai de OtĂĄvio.
"Minha mãe ficou louca quando descobriu. Porém, sabia que eu matava aula mas estava bem acompanhado."
Emilio Sant'anna - Fonte: Folha de S.Paulo â 31/07/11.
O Livreiro do AlemĂŁo - http://www.recantodasletras.com.br/redacoes/2997327
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php