TURMAS DO DESIGN
06/04/2013 -
TURMAS DO FM
MĂVEL INTELIGENTE : âMOBĂLIA ANĂâ
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http://www.bbc.co.uk/news/technology-22015184
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Huffingtonpost.com/self-assembling-furniture-carl-de-smet
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http://www.dezeen.com/2012/10/25/noumenon-by-carl-de-smet/
Milan Design Week â
http://www.youtube.com/watch?v=_6EMnnCcfhc
http://www.dexigner.com/news/26407
http://www.facebook.com/#!/dexigner.com?fref=ts
MĂłvel inteligente: Designer belga cria `mobĂlia anĂŁÂŽ que se expande quando Ă© aquecida.
O designer belga Carl de Smet vem trabalhando hå meses em um tipo de poliuretano que, depois de comprimido, pode retornar ao seu formato original. Agora, ele planeja lançar no mercado móveis usando o material.
Talvez a maior vantagem de seu uso em mobĂlias seja a facilidade de transporte, jĂĄ que, com a compressĂŁo, os mĂłveis podem ser empacotados em tamanho reduzido.
Smet afirma que, em mobĂlias feitas com esse tipo de tecnologia, o material Ă© montado "sozinho". O composto, que Ă© flexĂvel, mas se torna rĂgido em temperatura ambiente, retorna ao formato original quando estimulado por um calor de 70Âș C.
Fonte: O Tempo â 06/04/2013.
Mais detalhes:
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BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
GOVERNANĂA INTELIGENTE PARA O SĂCULO XXI
Para autor, vivemos hoje a cultura da Coca-Cola light. Cientista polĂtico diz que mundo atual Ă© o da 'democracia de consumidores'.
Uma via intermediĂĄria de governança, que mistura aspectos do Ocidente e do Oriente. Mais especificamente, dos sistemas americano e chinĂȘs. Essa Ă© a proposta do livro "Governança Inteligente para o SĂ©culo XXI" (Objetiva), recĂ©m-lançado no Brasil.
Os autores -Nathan Gardels, urbanista e cientista polĂtico, e Nicolas Berggruen, investidor e filantropo- dizem que vivemos hoje em democracias de consumidores, com visĂŁo de curto prazo.
Segundo eles, a governança inteligente consiste em chegar ao equilĂbrio entre os dois sistemas, o que resulta em delegar mais poder e envolver mais os cidadĂŁos.
Combinaria democracia esclarecida -dando mais poder para as comunidades nas tomadas de decisão- e uma meritocracia que prestasse contas, com base em capacidade e supervisionada pela população.
No Brasil para o lançamento da obra, eleita uma das mais importantes do ano passado pelo "Financial Times", os autores disseram Ă Folha que os paĂses emergentes tĂȘm mais chances de aprender com os outros e construir uma via intermediĂĄria.
Leia os principais trechos da entrevista.
Democracia de consumidor
Nathan Gardels - Nas democracias industriais, havia um equilĂbrio, vocĂȘ economizava agora para investir no futuro. JĂĄ nas democracias de consumidores, tudo Ă© pensado a curto prazo.
A televisĂŁo diz para vocĂȘ comprar, comprar e comprar. Na polĂtica, as soluçÔes sĂŁo de curto prazo, no mercado, Ă© o lucro no curto prazo que importa. A mentalidade dos consumidores Ă© de gratificação imediata, o que torna mais difĂcil pensar no longo prazo. Vivemos a cultura da Coca light. As pessoas tendem a querer uma solução rĂĄpida e sem custo. Ă como querer doce, mas sem calorias, querer governo, mas sem taxas.
Ă a mesma ideia da bolha imobiliĂĄria dos EUA: vamos consumir sem nenhuma economia. Esse Ă© o perigo da democracia de consumidores.
Governança inteligente
NĂŁo Ă© um modelo, mas um estado de equilĂbrio, porque todas as grandes governanças atualmente estĂŁo em um estado de desequilĂbrio.
A Europa estå dividida entre devedores e credores. Os Estados Unidos estão às voltas com o abismo fiscal, e a China vive o que chamamos de abismo social, porque estå crescendo muito råpido, mas tem corrupção, problemas ambientais e falta de liberdade de expressão.
Ă preciso haver equilĂbrio no que a China tem, que sĂŁo a autocracia (no sentido de que nĂŁo hĂĄ eleição) e a meritocracia (no sentido de uma capacidade de governar alĂ©m das brigas polĂticas), mas com responsabilidade, prestação de contas, imprensa livre etc.
Nos EUA, temos democracia, que, por definição, enfatiza o presente.
A governança inteligente Ă© um equilĂbrio entre os dois. O que nĂłs propomos Ă© um sistema em que vocĂȘ teria uma meritocracia com responsabilidade. Portanto, pessoas com conhecimento em instituiçÔes por um longo perĂodo. E a democracia tem que ser uma democracia esclarecida.
Uma ampla distribuição de poder e participação popular combinada com a capacidade institucional de oferecer e gerenciar bens pĂșblicos comuns (estabilidade financeira, qualidade do ambiente, qualidade de vida etc.).
Exemplos
PaĂses menores alcançaram esse equilĂbrio, porque Ă© mais fĂĄcil chegar a consensos quando vocĂȘ tem uma população pequena. Alguns paĂses escandinavos, por exemplo. Mas, quando vocĂȘ sai dos paĂses pequenos, Ă© mais difĂcil atingir um balanceamento.
Mas cada sistema tem alguns elementos. Aqui no Brasil, por exemplo, hĂĄ o Bolsa FamĂlia, que nĂŁo Ă© sĂł um programa para dar aos pobres, mas Ă© atrelado Ă educação, Ă© um mecanismo de presente e tambĂ©m de futuro.
No Chile, com [o ex-presidente] Ricardo Lagos, houve um programa em que uma parte das receitas do cobre ia para a educação e pesquisa e desenvolvimento.
SĂŁo prĂĄticas e elementos de equilĂbrio em diferentes locais. Mas os grandes sistemas como Europa, EUA e China estĂŁo em desequilĂbrio.
Necessidades
A Europa precisa de mais democracia, no sentido de que a ComissĂŁo Europeia precisa ser eleita pelo Parlamento ou diretamente, para haver uma democracia legitimada.
Os Estados Unidos precisam de menos politização. Na China, vocĂȘ tem um governo tecnocrata que precisa de mais politização, mais liberdade de expressĂŁo e mais responsabilidade. O equilĂbrio requer diferentes calibragens em cada lugar.
Economias emergentes
As economias emergentes, como Brasil, Chile, ColĂŽmbia e Turquia, sĂŁo mais abertas para o mundo e para aproveitar o que funciona. Os paĂses do AtlĂąntico Norte nĂŁo acreditam que podem aprender com ninguĂ©m.
A AmĂ©rica Latina tem mais chances, mas a tentação Ă© o populismo, gastar toda a riqueza e nĂŁo construir um futuro, porque a democracia enfatiza o curto prazo, vocĂȘ quer prometer Ă s pessoas o que elas querem agora, para ser eleito.
Redes sociais
Nicolas Berggruen - Elas tĂȘm um enorme papel, mas hĂĄ diferenças entre Ocidente e Oriente. Num lugar como os Estados Unidos ou o Brasil, as redes sociais criam um ambiente dinĂąmico, mas acabam competindo com as mĂdias tradicionais, que jĂĄ foram a voz da nação no passado.
No Oriente, basicamente na China, elas ajudam a contrabalançar o fato de a mĂdia ser um monopĂłlio do poder.
Se nĂŁo hĂĄ uma competição real com o poder em termos de mĂdia, as redes sociais, que sĂŁo muito ativas lĂĄ, sĂŁo uma forma de as pessoas se comunicarem. Criam uma voz alternativa e engajam os cidadĂŁos.
GOVERNANĂA INTELIGENTE PARA O SĂCULO XXI
AUTOR Nathan Gardels e Nicolas Berggruen
EDITORA Objetiva
QUANTO R$ 36,90 (224 pĂĄgs.)
TRADUĂĂO Martim Cardoso
Cifras & Letras - Maria Paula Autran - Fonte: Folha de S.Paulo â 30/03/13.
Detalhes:
Objetiva.com.br/site2011/livro
Editora Objetiva â
Objetiva.com.br/
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