DE OLHO NO MUNDO!
15/02/2007 -
NOSSOS COLUNISTAS
ATENĂĂO: AULAS DE INGLĂS
O domĂnio da lĂngua inglesa deixou de ser um diferencial. Ă fundamental para o exercĂcio de qualquer atividade profissional.
Aulas de inglĂȘs para pequenos grupos com a Professora Pasqualina e sua parceira Professora PatrĂcia. No Barreiro e no Eldorado.
Aos interessados: Enviem mensagens para o Faculdade Mental através do Fale Conosco de nosso site.
PROFESSORA PASQUALINA
Estamos aqui novamente, sempre esperançosos por dias melhores: Ano Novo... Vida Nova!
Bem-vindos calouros! Aos veteranos, mais um semestre de contato virtual. Ăqueles que estĂŁo na reta final, bom trabalho e muito sucesso.
Vamos iniciar o ano de 2007 com a anĂĄlise de uma redação feita por um leitor da Folha de SĂŁo Paulo Ă coluna âRedação do Leitorâ - Caderno âFovestâ -, a qual serĂĄ transcrita na Ăntegra e na prĂłxima edição farei os comentĂĄrios pertinentes ao texto.
O tema sugerido para a produção do texto foi: â Reportagem publicada na revista Veja (23.out.2002) mostra que Ă© cada vez maior o nĂșmero de meninas que recorrem Ă pĂlula do dia seguinte como se ela fosse o Ășnico mĂ©todo anticoncepcional existente. Dessa forma, ficam mais expostas a doenças sexualmente transmissĂveis, como a Aids. AlĂ©m disso, a alta dosagem hormonal pode aumentar os riscos de cĂąncer de mama e, ao contrĂĄrio do que se imagina, a pĂlula do dia seguinte, Ă s vezes, falha. Faça uma reflexĂŁo sobre o comportamento sexual dos jovens no Brasil.â
Prevenção
O comportamento sexual dos jovens tem-se processado de maneira na maioria das vezes irresponsĂĄvel, a utilização de mĂ©todos tais como a pĂlula do dia seguinte sĂł vem comprovar essa asserção.
A mĂdia tambĂ©m possui papel fundamental em tais atitudes, o estimulo Ă prĂĄticas sexuais sem compromisso Ă© amplamente disseminado por meios de comunicação nada responsĂĄveis.
A pĂlula do dia seguinte Ă© um mĂ©todo que nĂŁo protege contra as doenças sexualmente transmissĂveis alĂ©m de caracterizar o aborto, que Ă© uma prĂĄtica que nĂŁo deve ser aceita pela sociedade sĂ©ria e responsĂĄvel do Brasil.
HĂĄ a necessidade de tomar-se uma atitude, conduzida pelo governo afim de conscientizar a sociedade em geral, mas em especial as jovens que fazem uso da pĂlula do dia seguinte.
Faça sua anålise.
Até a próxima edição. Boa semana!
Abraços
Professora Pasqualina
PROFESSOR X
AlĂŽ galera! Estou de volta. Ă um prazer voltar com a minha coluna e voltar a manter contato com vocĂȘs. O assunto da moda no paĂs Ă© o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento e entendo ser oportuno abrir espaço para a matĂ©ria abaixo. Leiam e pensem!
SEM INFRA-ESTRUTURA, ACELERAR Ă ILUSĂO
A primeira regra a ser obedecida é o planejamento responsåvel e realista. O Governo vinha propagando hå algum tempo uma previsão de crescimento de 5% em 2007. Mas a meta não serå cumprida. Para o Instituto de Pesquisa EconÎmica Avançada (Ipea), esse desempenho só poderia ser alcançado em 2017. Os especialistas sabem quem tem razão.
Aos leigos, basta ir a um aeroporto para descobrir que a infra-estrutura atual do PaĂs nĂŁo Ă© capaz de suportar um simples aquecimento no setor de aviação civil. E esse episĂłdio Ă© didĂĄtico, pois pode ser aplicado a todos os segmentos produtivos. Se o PaĂs passar a crescer 4% ao ano, por exemplo, em 2009 faltarĂĄ energia. Prosperidade acelerada hoje significa caos e, contraditoriamente, prejuĂzos, como demonstra recente desvalorização das açÔes de companhias aĂ©reas.
Não existe ùngulo de observação (monetårio ou estrutural) que justifique as previsÔes do governo para o PIB. O discurso entoado desde 2004 de que as condiçÔes para o desenvolvimento jå estão postas não corresponde à realidade e mesmo que, por milagre, o espetåculo do crescimento comece a ocorrer amanhã ele serå barrado na semana seguinte.
Apesar de o culpado ser, preferencialmente, o Banco Central (BC), o principal obstĂĄculo para o crescimento sustentado Ă© a falta de infra-estrutura. O modelo de gestĂŁo econĂŽmica pode se adaptar aos novos ambientes com certa agilidade e, alĂ©m disso, suas açÔes nĂŁo tĂȘm efeitos prĂĄticos sem contrapartida estrutural. JĂĄ criar as condiçÔes fĂsicas que sustentem a expansĂŁo da economia exige mais esforço e tempo. E deve ter prioridade.
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), nos Ășltimos 35 anos, o investimento em infra-estrutura caiu de 5,3% para 2,2% do PIB. Em transporte, nos anos 70, eram empregados 2% da riqueza nacional. Hoje, quando muito, mero 0,5%. Portanto, inicialmente, Ă© preciso destinar mais recursos para a ĂĄrea. E, de imediato, quem deve abrir a carteira Ă© a administração pĂșblica.
Hoje a prudĂȘncia nĂŁo recomenda aos empresĂĄrios tornarem-se parceiros do governo em grandes obras. A ausĂȘncia de marcos regulatĂłrios nos negĂłcios resultou em uma lei das selvas (jurĂdica, tributĂĄria e trabalhista) proibitiva Ă queles pouco afeitos a jogar dinheiro fora.
E se o volume de recursos deve voltar aos nĂveis dos anos 60 e 70, o planejamento do sĂ©culo XXI se impĂ”e mais elaborado. No caso do transporte, hĂĄ 40 anos foram construĂdas estradas sem se considerar critĂ©rios de eficiĂȘncia ou necessidades futuras. Embora compreensĂvel, a estratĂ©gia mostrou-se equivocada e deve servir como referĂȘncia para que os erros nĂŁo se repitam.
No momento, Ă© preciso considerar o conceito de logĂstica integrada na movimentação da produção e sua aplicação depende tanto dos tratores como de prancheta e lĂĄpis na mĂŁo de um profissional do ramo. Dessa maneira, as futuras obras serĂŁo ordenadas pela efetividade, e nĂŁo magnitude, respeitando caracterĂsticas regionais e demandas da economia.
A logĂstica do crescimento exige a construção de alternativas (por ar, ĂĄgua ou trilhos) de locomoção adequada aos bens produtivos locais. E, obviamente, uma integração de todos esses meios para o escoamento em portos e aeroportos modernos.
Essas medidas devem ser acompanhadas por uma mudança na lĂłgica que sempre orientou as grandes obras no Brasil. A principal motivação da administração pĂșblica para investir nessa ĂĄrea sempre foi o cĂĄlculo de dividendos polĂticos resultantes das inauguraçÔes. Por conta disso, nĂŁo existe empenho em açÔes de infra-estrutura que nĂŁo possam ser entregues durante o mandato. Essa regra nos brinda com situaçÔes patĂ©ticas, como a operação tapa-buracos, e trĂĄgicas, como esqueletos de obras abandonadas que, em algum momento de sua construção, perderam a importĂąncia eleitoral.
Também é bom lembrar que a precariedade da infra-estrutura não vai parar a produção, mas vai tornar o processo mais caro. Exemplo é a movimentação de cargas dentro da cidade de São Paulo, que poderia ser evitada com a conclusão do Rodoanel, que encarece em até 30% o custo do frete dos produtos. E isso é pago pelos consumidores.
A infra-estrutura voltou a ser pauta do governo. No entanto, Ă© perceptĂvel nas declaraçÔes uma precipitação publicitĂĄria temerĂĄria. TambĂ©m sĂŁo ouvidas idĂ©ias heterodoxas vindas da Esplanada dos MinistĂ©rios, que chamam a atenção tanto pela fragilidade como pela fonte de recursos. Contribuintes dos fundos de pensĂŁo devem prestar atenção ao possĂvel destino do seu dinheiro e os do FGTS analisar com cuidado as oportunidades oferecidas.
A primeira regra para a revitalização da infra-estrutura é um planejamento responsåvel e realista. Ao presidente, é recomendåvel desconfiar de qualquer solução mågica que prometa sustentar os sonhados 5% (ou 4%) de crescimento em 2007. Essa meta, aliås, pode fazer com que os recursos da årea sejam investidos em muitos castelos de cartas.
A realidade demonstra que para atingir o desenvolvimento Ă© preciso começar urgentemente a trabalhar em infra-estrutura com seriedade. PorĂ©m, os benefĂcios serĂŁo experimentados apenas daqui a alguns anos, como bem observou o Ipea. Se os condutores do processo nĂŁo admitirem essa premissa, nem em 2017, nem nunca.
(AntĂŽnio Wrobleski - Presidente da Ryder LogĂstica para o Brasil) - "Fonte: Gazeta Mercantil".
Leram? EntĂŁo, pensem bem no assunto.
Um forte abraço a todos e até a próxima semana,
Professor X