PENSANDO EM RESPEITO
10/01/2014 -
PENSE!
PONTO DE VISTA
English:
Respect the point of view of people, sometimes we are seeing the same thing, but differently ...
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Respeite o ponto de vista das pessoas, às vezes estamos vendo a mesma coisa, porém de forma diferente...
Fonte: https://www.facebook.com/baika.violao - 24/12/13.
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A FORMAĂĂO DO EU
Ao nascer, temos uma impressĂŁo embrionĂĄria de que nĂŁo estamos sĂłs; e um 'euzinho' passa a funcionar...
O alemĂŁo Ă© uma das lĂnguas mais precisas que hĂĄ, tanto que os polĂticos alemĂŁes tĂȘm um grande trabalho para tornar seus discursos vagos (mas conseguem).
Freud descreveu trĂȘs softwares principais para o nosso funcionamento mental: "das ich"; "das es"; "das ĂŒberich", alemĂŁo do dia a dia compreensĂvel por qualquer um de lĂĄ. Em portuguĂȘs, o equivalente seria o "Eu"; o "Algo em mim" e "O que estĂĄ acima de mim".
Mas o primeiro tradutor de Freud para o inglĂȘs, Ernest Jones, era mĂ©dico, e os doutores gostam de falar difĂcil: impressiona os pacientes e ninguĂ©m mais alĂ©m deles entende. Foi assim que os termos em alemĂŁo corrente viraram latim (!): Ego, id e superego.
A partir daà as pessoas pensam que ego é vaidade, e que superego deve ser um parente do super-homem (ou uma super vaidade). E id ninguém sabe mesmo o que é.
O Eu Ă© um programa mental que nos dĂĄ a ilusĂŁo de existirmos como uma entidade Ășnica e essencial. O que sabe o Homo sapiens? Que ele existe! Descartes chegou a uma Ășnica certeza: "Penso, logo existo". Ă um programa tĂŁo poderoso que inĂșmeras pessoas creem que ele Ă© imortal ("meu corpo morrerĂĄ, mas eu continuarei existindo pela eternidade").
Deixando de lado a metafĂsica, que, como bem disse Fernando Pessoa, "Ă© o resultado de se estar mal-disposto", o que me interessa Ă© como o programa Eu se forma. No Ăștero ele nĂŁo tinha condiçÔes de rodar: nada nos perturbou desde o inĂcio que nos desse a perceber que algo havia para alĂ©m de nossa existĂȘncia, donde, nossa existĂȘncia nĂŁo era percebida por falta de contraste.
Mas, ao nascer, a perturbação começa, e com ela uma embrionĂĄria impressĂŁo de que nĂŁo estamos sĂłs. E se formos tratados como uma existĂȘncia em separado, com necessidades, capacidades e caracterĂsticas prĂłprias, um "Euzinho" começa a funcionar. Ele vai se construir, construir sua identidade, por identificação. Ela começa pela imitação.
VocĂȘ fala portuguĂȘs hoje do seu jeito porque imitou a fala dos adultos ao seu redor (a melhor maneira de se aprender uma lĂngua, nĂŁo sei quem foi o idiota que resolveu nos ensinar lĂnguas atravĂ©s da gramĂĄtica). A imitação leva Ă incorporação do aprendido, a partir de um ponto vocĂȘ se torna autor, pois o imitado vai se misturando Ă s suas caracterĂsticas pessoais.
Mas o processo de identificação pode se dar por gosto, ou por imposição.
Por gosto, Ă© quando se encaixa bem Ă s nossas caracterĂsticas Ășnicas, ao desejo que vem de "algo em nĂłs" (id, "das es") nĂŁo consciente.
Por imposição, quando fomos submissos, fizemos o que nos mandaram, e nos "tornamos" o que nos disseram para ser. Ou, curiosĂssimo, quando nos rebelamos e nos tornamos o exato oposto do que nos disseram para ser. Quer dizer que a rebeldia Ă© um jeito de ser comandado, pelas avessas. Assim, filhos de caretas "obedecem" a seus pais e viram hippies. E vice-versa.
HĂĄ culturas que estimulam a formação do Eu indivĂduo, caracterĂsticas prĂłprias, ideias prĂłprias, buscam a democracia. Outras, nĂŁo suportam a existĂȘncia de "Eus", querem massa, submissos nĂŁo pensantes, sĂŁo as tiranias.
Francisco Daudt (www.franciscodaudt.com.br) â Fonte: Folha de S.Paulo â 25/12/13.
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