FALANDO EM MODA
05/05/2013 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
CONCURSO ELEGE 'LOOKS' MODERNOS DO VĂU ISLĂMICO
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http://americanhijabdesign.com/
American Hijab Design â
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Hijablog â
http://thehijablog.com/
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Evento reuniu estilistas nos EUA, com o objetivo de desfazer preconceitos sobre a vestimenta.
"Cubra tudo, exceto mĂŁos e rosto, e sua criatividade nĂŁo vai ter limites", afirma a estilista americana Sarah Musa.
Ela venceu em Chicago, nesta semana, um concurso de criação de "looks" com o hijab, o véu islùmico.
Metade palestina e metade coreana, Musa era uma das participantes do American Hijab Design Contest, com a premissa de que "hijab Ă© tĂŁo americano quanto jeans".
O evento foi organizado pela ativista americana Shaz Kaiseruddin, que pediu a estilistas que apresentassem trabalhos variando cores, camadas e texturas desse que Ă© visto, no Ocidente, como um dos sĂmbolos da opressĂŁo masculina contra a mulher.
"Percebi que toda a conversa sobre o hijab tinha um tom negativo", diz Kaiseruddin à Folha. "Quis, além de desfazer preconceitos, criar um furor em torno do véu."
Nascida e criada nos EUA, filha de imigrantes indianos, Kaiseruddin afirma ter como meta que "as mulheres que crescem no paĂs nĂŁo se sintam estrangeiras. EstĂĄ na hora de libertar nossa imaginação e criar visuais de ponta".
A vencedora Musa diz Ă reportagem que quis "criar roupas que sĂŁo confortĂĄveis e, ao mesmo tempo, chiques".
"Eu faço roupas prĂĄticas que as mulheres possam usar para sair na rua", afirma. Ela viaja a Dubai, como parte de seu prĂȘmio.
A estilista diz que "não hå restriçÔes" quando véu islùmico e moda se encontram na mesma cabeça. Basta que seja mantida uma regra: modéstia no modo de se vestir.
'PROFESSORA ESTILOSA'
Hå outros eventos de moda voltados a muçulmanas além do American Hijab Design Contest, como o Fashion Fighting Famine, realizado nos EUA desde 2007.
Na internet, mulheres divulgam seus visuais e dividem dicas em sites como o Hijablog (thehijablog.com), da norueguesa Imaan Ali.
"Eu lancei o blog em 2008 a partir das dificuldades que tinha como uma mulher muçulmana --como me vestir com o hijab e parecer estilosa", afirma à reportagem.
Professora de ciĂȘncia polĂtica na Universidade de Michigan, nos EUA, ela se orgulha de contar que seus alunos dizem, ao fim do semestre, "que sou a professora mais estilosa que eles jĂĄ tiveram".
Mas, principalmente enquanto morou na Europa, diz, foi alvo de preconceito pelo modo como se vestia. "NĂŁo conseguia achar emprego."
NARRATIVAS
Ali afirma que a opressĂŁo, que de fato existe contra as mulheres, representa apenas uma das narrativas. "Sou uma vĂtima de pessoas me dizendo o que nĂŁo vestir, e isso tambĂ©m Ă© dominação", diz. "NĂŁo deverĂamos encarar uma roupa como uma coisa naturalmente opressiva. Tudo tem seu contexto."
Ela tambĂ©m nota que, enquanto faz o doutorado, acha "interessante" ver como a tratam como uma "mulher nĂŁo educada, que nĂŁo entende bem o inglĂȘs" quando notam que ela veste o vĂ©u islĂąmico.
"Demorei anos para descobrir como me vestir como uma mulher muçulmana e, entĂŁo, criar meu estilo. Queria uma coisa colorida, um pouco excĂȘntrica. Adicionei peças Ă©tnicas e um jeito ocidental de combinar peças."
Diogo Bercito â Fonte: Folha de S.Paulo â 02/05/13.
Mais detalhes:
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Hijablog â
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MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
DITO E FEITO: CHOPP
Apesar dos dois pés no final, palavra só existe no Brasil.
Ă bem possĂvel que um dia, em algum lugar no exterior, um brasileiro tenha pedido um chopp e ganhado uma expressĂŁo perdida como resposta. Por mais que bares e fabricantes insistam em escrever o nome assim, tĂŁo âinternacionalâ, com dois pĂ©s e final mudo, a palavra âchopeâ ou âchoppâ, tanto faz, Ă© de uso exclusivamente brasileiro. Ao menos no sentido que damos a ela: cerveja tipo lager nĂŁo pasteurizada, vendida em barris e servida na torneira â âa draft beerâ, em inglĂȘs, âfassbierâ, em alemĂŁo, âcañaâ, em castelhano, e âfinoâ, em portuguĂȘs de Portugal. Se chopp Ă© uma jabuticaba lingĂŒĂstica, sua origem Ă©, de fato, internacional: a palavra vem do alemĂŁo âschoppenâ, o nome da caneca na qual elas sĂŁo servidas. Afrancesada para chope, chegou aqui no sĂ©culo 19, Ă©poca em que o brasileiro estava sendo introduzido Ă cerveja. âUm chopeâ era o jeito de pedir a bebida em um recipiente especĂfico. Com o tempo, a palavra passou a significar o conteĂșdo do copo.
Fonte: Aventuras na HistĂłria â Edição 118 â Maio 2013.
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