EDITORIAL 79
09/05/2006 -
EDITORIAL
DITA, DURA!
Caros colegas. A histĂłria nos ensina que muitos lĂderes e herĂłis sucumbiram,
em um primeiro momento, à força opressora e ditatorial dos donos do poder. Mas,
num segundo momento, seus ideais romperam as barreiras do tempo, assim como uma
semente germinando na terra, e foram indispensĂĄveis para mudar o rumo da
HistĂłria.
Exemplos nĂŁo nos faltam: Tiradentes de traidor passou a herĂłi e seus ideais
tremulam na bandeira de Minas.
Por vårias vezes criticamos o processo de eleição do D.A. da Faculdade Novos
Horizontes. Em momento algum nos omitimos perante esse gravĂssimo ato de
opressĂŁo e exclusĂŁo, praticado por aqueles deveriam ensinar os verdadeiros
valores Ă©ticos aos futuros administradores, advogados e contabilistas.
A vida tambĂ©m nos ensina que Ă© impossĂvel vocĂȘ sozinho remar contra fortes
correntezas durante uma tempestade. Ă preciso dar tempo ao tempo, e esperar que
este mesmo tempo, como senhor da razĂŁo, cobre dos poderosos, os atos
praticados no passado. NĂŁo se trata de desistir da luta, mas estrategicamente
vencĂȘ-la por outros meios.
Temos a consciĂȘncia tranqĂŒila que nĂŁo calamos jamais perante as injustiças,
mas agora cabe aos alunos, e somente a eles, tomar uma atitude ou sucumbir Ă
subserviĂȘncia, aceitando e convivendo com tudo que lhes Ă© imposto.
Hoje foi o D.A., amanhĂŁ podem ser outros direitos, e, aĂ poderĂĄ ser tarde
demais para reagir, ou nem mesmo serem dignos de fazer qualquer contestação,
pois quem cala, não apenas consente, mas também fortalece o outro lado.
Temos a absoluta certeza que o tempo nos darĂĄ razĂŁo quando nos posicionamos
contrĂĄrio a este ato que manchou para sempre a HistĂłria da FNH.
Cada um escreve a HistĂłria que merece, e nĂłs, do Faculdade Mental, vamos
continuar a escrever a nossa contando nosso ponto de vista sobre os fatos que
vivenciamos. Sempre pautada na transparĂȘncia, honestidade e Ă©tica. Vamos buscar
idéias que possam contribuir para o bem estar dos alunos.
Acreditamos que é assim que se vencem os desafios, com idéias inovadoras,
botando a âcara pra baterâ sem medo de ser empreendedor.
No inĂcio do processo eleitoral anterior, o marketing polĂtico plantou em
nossas mentes uma dĂșvida entre a esperança e o medo. Nosso povo, que ainda nĂŁo
estå acostumado com suas responsabilidades cidadãs, optou pela esperança.
A esperança nos propÔe mais audåcia, mas é no fundo uma forma mais passiva de
colaborar com as mudanças. Esperança é espera e quem espera sempre alcança.
Temos a responsabilidade de mudar esse panorama e o voto Ă© a primeira grande
oportunidade para dar inĂcio a essa mudança. Num sistema de voto voluntĂĄrio
existe a opção de poder se isentar de seu direito. No sistema obrigatório,
existem subterfĂșgios que facilitam as coisas. Mas a grande maioria vota.
E nestes momentos tĂŁo relevantes para a histĂłria de nossas vidas, nĂŁo
escolhemos criteriosamente as pessoas que elegemos para representar nossos
anseios e nos ajudar a assumir nossas responsabilidades. E, nĂŁo importa se a
escolha Ă© boa ou Ă© ruim, pois nĂłs Ă© que colocamos nossos representantes onde
eles estĂŁo. Somos os Ășnicos culpados.
Futuros administradores, contabilistas, advogados. Muitos de nĂłs estaremos
participando ativamente da vida de nossas comunidades, cada um escrevendo sua
prĂłpria histĂłria e sendo premiado ou vitimado pela escolha que fizermos. Ă assim
que as coisas funcionam. Fazemos escolhas e vivemos de seus resultados.
Por isso estamos preocupados em dar esse alerta. Porque nĂłs nĂŁo estamos
preocupados com nossas escolhas? Fomos âexcluĂdosâ de um processo eleitoral na
instituição onde nós estudamos e nem tomamos conhecimento disso. Aliås, nem
tomamos conhecimento da eleição. Nem nos deram claramente a opção de escolher
nada.
E nĂłs tomamos conhecimento disso. E nada fizemos ainda. E talvez, nĂŁo faremos
nada mesmo.
Dentro de poucos meses vamos eleger um Presidente da RepĂșblica que vai ditar
o rumo de nossas vidas. NĂłs vamos votar, vamos escolhĂȘ-lo.
Mas, o D.A. da nossa faculdade foi eleito debaixo dos nossos narizes. E
nĂłs nĂŁo participamos. NĂŁo tivemos a curiosidade de participar, e nem de saber
por que não participamos dessa eleição.
Não fazemos idéia de quem são as pessoas que foram eleitas.
E, provavelmente, nem queremos saber.
E mencionamos ânĂłsâ, devido ao fato de nada adiantar açÔes isoladas ou
individuais, pois o Ăłtimo de uma parte Ă© insignificante diante do Ăłtimo do
todo.
âDiscordo daquilo que dizes, mas defenderei atĂ© a morte o teu direito de o
dizeresâ (Voltaire).
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site
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