CRIATIVIDADE NO MARKETING
04/11/2010 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (BOM BRIL NAS ELEIĂĂES)
The site:
http://www.bombril.com/
Muito inteligente a propaganda da Bom Bril no final das eleiçÔes:
Nem situação, nem oposição.
Para um Brasil limpo, Bom Bril é a solução.
Bom Bril. Preferido por 1001% dos brasileiros.
Criação: WMcCann.
O site da Bombril:
http://www.bombril.com/
Leia mais:
http://designinforma.blogspot.com/2010/10/bombril-entra-na-nova-fase-da-campanha.html
PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
Tempo de Escolher
*por Tom Coelho
âUm homem nĂŁo Ă© grande pelo que faz, mas pelo que renuncia.â (Albert Schweitzer)
Muitos amigos leitores tĂȘm solicitado minha opiniĂŁo acerca de qual rumo dar Ă s suas carreiras. Alguns apreciam seu trabalho, mas nĂŁo a empresa onde estĂŁo. Outros admiram a estabilidade conquistada, mas nĂŁo tĂȘm qualquer prazer no exercĂcio de suas funçÔes. Uns recebem propostas para mudar de emprego, financeiramente desfavorĂĄveis, porĂ©m desafiadoras. Outros tĂȘm diante de si um vasto leque de opçÔes, muitas coisas por fazer, mas nĂŁo conseguem abraçar a tudo.
Todas estas pessoas tĂȘm algo em comum: a necessidade premente de escolhas. Lembro-me de Clarice Lispector: âEntre o âsimâ e o ânĂŁoâ, sĂł existe um caminho: escolherâ.
Acredito que quase todas as pessoas passam ao longo de sua trajetĂłria pelo âdilema da viradaâ. Um momento especial em que uma decisĂŁo especĂfica e irrevogĂĄvel tem que ser tomada apenas porque a vida nĂŁo pode continuar como estĂĄ. Algumas pessoas passam por isso aos quinze anos, outras, aos cinqĂŒenta. Algumas talvez nunca tomem esta decisĂŁo, e outras o façam vĂĄrias vezes no decorrer de sua existĂȘncia.
Fazer escolhas implica renunciar a alguns desejos para viabilizar outros. VocĂȘ troca segurança por desafio, dinheiro por satisfação, o pouco certo ao muito duvidoso. Assim, uma companhia que lhe oferece estabilidade com apatia pode dar lugar a uma dotada de instabilidade com ousadia. Analogamente, a aventura de uma vida de solteiro pode ceder espaço ao conforto de um casamento.
Prazer e Vocação
Os anos ensinaram-me algumas liçÔes. A primeira delas vem de Leonardo da Vinci que dizia: âA sabedoria da vida nĂŁo estĂĄ em fazer aquilo que se gosta, mas em gostar daquilo que se fazâ. Sempre imaginei que fosse o contrĂĄrio. PorĂ©m, refletindo, passei a compreender que quando estimamos aquilo que fazemos, podemos nos sentir completos, satisfeitos e plenos, ao passo que se apenas procurarmos fazer o que gostamos, estaremos sempre numa busca insaciĂĄvel, porque o que gostamos hoje nĂŁo serĂĄ o mesmo que prezaremos amanhĂŁ.
Todavia, Ă© indiscutĂvel importĂąncia alinhar o prazer Ă s nossas aptidĂ”es. Encontrar o talento que reside dentro de cada um de nĂłs ao que chamamos vocação. Oriunda do latim vocatione, e traduzida literalmente por âchamadoâ, simboliza uma espĂ©cie de predestinação imanente a cada pessoa, algo revestido de certa magia e divindade. Uma voz imaginĂĄria que soa latente, capaz de fazer advogados virarem mĂșsicos, engenheiros virarem suco. Ă um lugar no tempo e no espaço onde a felicidade tem sua morada.
Escolhas sĂŁo feitas com base em nossas preferĂȘncias. E aĂ torno a recorrer Ă etimologia das palavras para descobrir que o verbo âpreferirâ vem do latim praeferere e significa âlevar Ă frenteâ. Parece-me uma indicação clara de que nossas escolhas devem ser feitas com os olhos no futuro, no uso de nosso livre-arbĂtrio.
O mundo corporativo nos reserva muitas armadilhas. Trocar de empresa ou mudar de atribuição, por exemplo, sĂŁo convites permanentes. O problema de recusĂĄ-los Ă© passar o resto da vida se perguntando: âO que teria acontecido se eu tivesse aceitado?â. Prefiro nĂŁo carregar comigo o benefĂcio desta dĂșvida. Por isso, opto por assumir riscos, evidentemente calculados, e seguir adiante. Dizem que somos livres para escolher, porĂ©m, prisioneiros das conseqĂŒĂȘncias...
Para aqueles insatisfeitos com seu ambiente de trabalho, uma alternativa Ă mudança de empresa Ă© postular a melhoria do ambiente interno atual. Dialogar e apresentar propostas Ă© um bom caminho. De nada adianta assumir uma postura defensiva e crĂtica. Lembre-se de que as pessoas nĂŁo estĂŁo contra vocĂȘ, mas a favor delas.
Por fim, combata a mediocridade em todas as suas vertentes. A mediocridade de trabalhos desconectados com sua vocação, de empresas que nĂŁo lhe valorizam, de relacionamentos falidos. Sob este aspecto, como diria Tolstoi, âNĂŁo se pode ser bom pela metadeâ. Meias-palavras, meias-verdades, mentiras inteiras, meio caminho para o fim.
Os gregos nĂŁo escreviam obituĂĄrios. Quando um homem morria, faziam uma pergunta: âEle viveu com paixĂŁo?â.
Qual seria a resposta para vocĂȘ?
05/12/2003 - Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br
ADM. MARIZETE FURBINO
http://www.marizetefurbino.com/ (Confira o logo do FM - http://www.marizetefurbino.com/parceiros.asp)
Atenção: JOGUE tudo isso fora!
Por Adm. Marizete Furbino
"A vida nĂŁo Ă© perdida atravĂ©s da morte; a vida Ă© perdida minuto a minuto, atravĂ©s do dia a dia aborrecido, e em todos os milhares de modos medĂocres.â (Stephen Vincent Benet)
Os sentimentos negativos sĂŁo danosos Ă sua prĂłpria saĂșde; por isso e por muito mais os jogue fora.
Afigura-se correto afirmar que a mĂĄgoa Ă© um tenebroso sentimento que deve ser arrancado de maneira brusca e rĂĄpida de dentro de qualquer profissional, pois, alĂ©m de remetĂȘ-lo sempre a um passado doloroso, causando dor e sofrimento, tal sentimento o destrĂłi, conduzindo-o a uma baixa auto-estima e cobrindo o seu caminho de tristeza, impedindo-o de vislumbrar o futuro, de caminhar, de desenvolver e crescer, levando-o atĂ© mesmo a adoecer. Alimentar a mĂĄgoa Ă© o mesmo que ter o cuidado de fazer um chĂĄ de cicuta e tomĂĄ-lo diariamente. Isso sĂł irĂĄ prejudicĂĄ-lo e conduzi-lo ao caos.
Ă de se ressaltar que outro sentimento nocivo Ă© a raiva, e esta ocorre muitas vezes quando vocĂȘ encontra-se com seu interior âferidoâ. Independente de sua intensidade possui a raiva a capacidade de gerar um descontentamento, conduzindo-o a um âbeloâ mal-estar, tendo o poder de emitir vibraçÔes negativas, sendo em demasia perniciosa Ă sua saĂșde por estar associada a inĂșmeras molĂ©stias. Dentre essas, podemos citar a hipertensĂŁo, a depressĂŁo, a fadiga e atĂ© mesmo um cĂąncer. EntĂŁo, para que cultivĂĄ-la deixando-a permanecer dentro de vocĂȘ? Jogue-a fora!
Diante do exposto, nĂŁo podemos esquecer do Ăłdio, que tambĂ©m Ă© um sentimento funesto que igualmente estĂĄ associado a inĂșmeras enfermidades advindas do sofrimento psĂquico. Este somente serve para render-lhes rugas, nĂŁo apenas em seu rosto, mas, o que Ă© pior, em sua alma, arruinando relacionamentos, movendo o seu coração de forma a provocar atitudes que irĂŁo gerar um âtumultoâ desnecessĂĄrio em sua vida e na vida dos outros, impedindo-o de enxergar, valorizar, vislumbrar e vivenciar o que de bom a vida lhe oferece. Isso vai, com certeza, matĂĄ-lo aos poucos.
Releve notar, ainda, que outro sentimento infausto denomina-se vingança e esta pode ser considerada como um transtorno neurĂłtico que gera um impulso doentio pernicioso, perturbador e destruidor que, alĂ©m de provocar danos ao outro, provoca danos irreversĂveis em quem o pratica, uma vez que âarranhaâ e denigre a imagem de ambos. A vingança demonstra de forma clara e bem nĂtida quem Ă© o suposto vingador, pois Ă© este, atravĂ©s de suas açÔes, quem demonstra falta de maturidade, de Ă©tica e de carĂĄter, sendo visto como um psicopata nocivo e perigoso. Quando ele estĂĄ prĂłximo sempre isso sinaliza cautela, o que o faz perder espaço, tanto na vida pessoal como na vida profissional e organizacional; assim, mais âfeio na fitaâ fica quem Ă© o vingador devido Ă sua capacidade nociva de ação. Importante lembrar que vingança gera vingança, tornando-se um cĂrculo muitas das vezes vicioso e que gera somente efeitos catastrĂłficos.
Ainda neste discurso, no que diz respeito a um outro sentimento danoso, podemos ressaltar a tristeza. E esta deve ser jogada imediatamente fora, pois dela advĂ©m o desĂąnimo, a frustração e, por conseguinte, a baixa autoestima, o impedindo de seguir em frente na caminhada de cabeça erguida, conduzindo-o em um perĂodo curto de tempo Ă depressĂŁo. Temos o direito de ficarmos tristes, mas devemos ter a sabedoria de conviver com perĂodos da vida que nos conduzem Ă tristeza, nĂŁo deixando-nos abater e tendo nĂłs o cuidado de monitorĂĄ-la de forma a nĂŁo deixĂĄ-la passar em nossa vida como um vulcĂŁo, fazendo inĂșmeros estragos, estragos esses muitas vezes, alĂ©m de prejudiciais, irreparĂĄveis. Ă de suma importĂąncia aprender a refletir e analisar sobre os fatos que geraram a tristeza, bem como, aprender, desenvolver e crescer com estes.
Ă fato incontroverso que outro sentimento altamente perigoso Ă© o ressentimento, pois sabe-se que este faz gerar a angĂșstia e a amargura, deixando-o âazedoâ e de mal com a vida, garantindo apenas prejuĂzo em quem o sente. Lembrar de um passado ruim que gerou de certa forma uma frustração, seguida de um ressentimento e permanecer ruminando o mesmo Ă© querer sofrer duas vezes ou mais. Este sentimento corrobora para comprometer o seu presente, prejudicando o seu futuro, uma vez que deixa de certa forma âembaçadoâ o seu caminho, prejudicando a sua forma de caminhar. Pensando assim, para que cultivar o ressentimento se este em nada de bom em sua vida acrescenta?
Ainda no desfile de sentimentos negativos e prejudiciais, observa-se ainda outro sentimento nocivo Ă saĂșde, que Ă© a âdanadaâ da inveja, este um sentimento tĂŁo perverso que Ă© como se fosse uma sede insaciĂĄvel, o que faz obscurecer por completo a vida do invejoso, impedindo-o de se desenvolver e/ou crescer. E isso se deve ao fato de que simplesmente o invejoso vive em âsintoniaâ com a vida alheia, esquecendo-se de cuidar de sua prĂłpria vida. Contudo, a inveja deveria ser repugnante, pois, carrega consigo a tristeza, a melancolia, o egoĂsmo, a dor e o Ăłdio. Ă importante ressaltar que o invejoso aparece carregado de desgostos, altamente descontente com a sua prĂłpria vida, cheio de angĂșstias e totalmente revoltado, inalando egoĂsmo. Deixa de viver, tornando-se deplorĂĄvel em meio ao seu convĂvio, uma vez que nĂŁo quer o bem para ninguĂ©m. NĂŁo sabe compartilhar e nem se alegrar com os demais, alĂ©m das reaçÔes âmonstruosasâ, fazendo atĂ© a mudar de cor quando age.
De igual forma, a maledicĂȘncia pode ser considerada o sĂmbolo nĂșmero um da mediocridade humana. Infelizmente o ser humano mal resolvido e nĂŁo realizado nĂŁo se contenta em somente ter a inveja do outro, mas teima em utilizar a lĂngua como uma arma, assassinando o outro sempre que pode. Esse tipo de gente pensa que, ofuscando a luz do outro, a sua poderĂĄ brilhar. Mero equĂvoco! Para que vocĂȘ brilhe, vocĂȘ necessita somente da sua prĂłpria luz, o que depende Ășnica e exclusivamente de vocĂȘ, e nĂŁo do outro. Assim, a maledicĂȘncia deve ser banida literalmente de nossa vida, uma vez que em nada esta contribuirĂĄ para o nosso crescimento e/ou desenvolvimento.
Como se vĂȘ, dos sentimentos ou atitudes acima citadas, importante perceber que todos eles devem ser jogados fora, pois, alĂ©m de serem perniciosos, causando danos e/ou prejuĂzos muitas vezes irreparĂĄveis, predispĂ”em a molĂ©stias diversas em quem os abriga. Assim, Ă© de suma importĂąncia salientar que nossa mente Ă© como o mar, movimentada atravĂ©s dos nossos pensamentos. Cabe a vocĂȘ ter a sabedoria de cultivar bons pensamentos e de se tornar um ser humano cada vez melhor.
29/11/2008 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. à Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitåria no Vale do Aço/MG.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado a autora e o site www.marizetefurbino.com e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br
PROFESSOR X
RESPIRAR Ă POSSĂVEL
As eleiçÔes no Brasil tiveram uma importĂąncia internacional inusitada. As razĂ”es diferem consoante a perspectiva geopolĂtica que se adote. Vistas da Europa, as eleiçÔes tiveram significado especial para os partidos de esquerda. A Europa vive uma grave crise, que ameaça liquidar o nĂșcleo duro da sua identidade: o modelo social europeu e a social-democracia. Apesar de estarmos diante de realidades sociolĂłgicas distintas, o Brasil ergueu nos Ășltimos oito anos a bandeira da social-democracia e reduziu significativamente a pobreza. FĂȘ-lo reivindicando a especificidade do seu modelo, mas fundando-o na mesma ideia bĂĄsica de combinar aumentos de produtividade econĂŽmica com aumentos de proteção social. Para os partidos que, na Europa, lutam pela reforma do modelo social, mas nĂŁo por seu abandono, as eleiçÔes no Brasil vieram trazer um pouco mais de ar para respirar. No continente americano, as eleiçÔes no Brasil tiveram uma relevĂąncia sem precedentes. Duas perspectivas opostas se confrontaram. Para o governo dos EUA, o Brasil de Lula foi um parceiro relutante, desconcertante e, em Ășltima anĂĄlise, nĂŁo fiĂĄvel. Combinou uma polĂtica econĂŽmica aceitĂĄvel (ainda que criticĂĄvel por nĂŁo ter continuado o processo das privatizaçÔes) com uma polĂtica externa hostil. Para os EUA, Ă© hostil toda polĂtica externa que nĂŁo se alinhe integralmente com as decisĂ”es de Washington. Tudo começou logo no inĂcio do primeiro mandato de Lula, quando este decidiu fornecer meio milhĂŁo de barris de petrĂłleo Ă Venezuela de Hugo ChĂĄvez, que nesse momento enfrentava uma greve do setor petroleiro, depois de ter sobrevivido a um golpe em que os EUA estiveram envolvidos. Tal ato significou um tropeço enorme na polĂtica americana de isolar o governo ChĂĄvez. Os anos seguintes vieram confirmar a pulsĂŁo autonomista do governo Lula. O Brasil manifestou-se veementemente contra o bloqueio a Cuba; criou relaçÔes de confiança com governos eleitos, mas considerados hostis -BolĂvia e Equador-, e defendeu-os de tentativas de golpes da direita, em 2008 e em 2010. O paĂs tambĂ©m promoveu formas de integração regional, tanto no plano econĂŽmico como no polĂtico e militar, Ă revelia dos EUA, e, ousadia das ousadias, procurou relacionamento independente com o governo "terrorista" do IrĂŁ. Na dĂ©cada passada, a guerra no Oriente MĂ©dio fez com que os EUA "abandonassem" a AmĂ©rica Latina. EstĂŁo hoje de volta, e as formas de intervenção sĂŁo mais diversificadas do que antes. DĂŁo mais importĂąncia ao financiamento de organizaçÔes sociais, ambientais e religiosas com agendas que as afastem dos governos hostis a derrotar, como acaba de ser documentado nos casos da BolĂvia e do Equador. O objetivo Ă© sempre o mesmo: promover governos totalmente alinhados. E as recompensas pelo alinhamento total sĂŁo hoje maiores que antes. A obsessĂŁo de Serra com o narcotrĂĄfico na BolĂvia (um ator secundarĂssimo) era o sinal do desejo de alinhamento. A visita de Hillary Clinton e a confirmação, pouco antes das eleiçÔes, de um embaixador duro ("falcĂŁo"), Thomas Shannon, sĂŁo sinais evidentes da estratĂ©gia americana: um Brasil alinhado com Washington provocaria, como efeito dominĂł, a queda dos outros governos nĂŁo alinhados do subcontinente. O projeto se mantĂ©m, mas, por agora, ficou adiado. A outra perspectiva sobre as eleiçÔes foi o reverso da anterior. Para os governos "desalinhados" do continente e para as classes e movimentos sociais que os levaram democraticamente ao poder, as eleiçÔes brasileiras foram um sinal de esperança: hĂĄ espaço para polĂtica regional com algum grau de autonomia e para um novo tipo de nacionalismo, que aposta em mais redistribuição da riqueza coletiva.
Boaventura de Sousa Santos, 69, sociĂłlogo portuguĂȘs, Ă© professor catedrĂĄtico da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal). Ă autor, entre outros livros, de "Para uma Revolução DemocrĂĄtica da Justiça" (Cortez, 2007).
Fonte: Folha de S.Paulo - 02/11/10.
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal) - http://www.uc.pt/feuc
PROFESSORA PASQUALINA
SOBRE PALAVRAS - GREVE Ă COISA DE FRANCĂS
No momento em que as greves contra a reforma da previdĂȘncia tumultuam a França, vale lembrar que o nome dessa forma de protesto veio⊠da França. O primeiro registro do vocĂĄbulo "grĂšve" data do sĂ©culo 12, quando ainda tinha apenas o sentido de âpraia, terreno de areia ou cascalho Ă beira-mar ou beira-rioâ.
De substantivo comum, grĂšve virou nome prĂłprio ao batizar uma praça de Paris (hoje Place de lâHĂŽtel-de-Ville), em referĂȘncia a seu piso arenoso. O local, diz o Houaiss, virou âponto de reuniĂŁo de trabalhadores e operĂĄrios sem emprego ou descontentes com as suas condiçÔes de trabalhoâ.
A expressĂŁo francesa "faire grĂšve" (fazer greve) ganhou seu primeiro registro em 1805. Sete dĂ©cadas depois, a palavra desembarcava no portuguĂȘs â para desespero dos puristas, que durante dĂ©cadas lutaram para que o galicismo fosse substituĂdo pelo termo âparedeâ.
Kåtia Perin - Fonte: Veja - Edição 2189 (http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/).
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php