PARQUE TECNOLĂGICO DE BELO HORIZONTE
25/09/2008 -
COLUNA DO CANALHA
BH-TEC
O Parque TecnolĂłgico de Belo Horizonte vai abrigar centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), possibilitando a transferĂȘncia do conhecimento cientĂfico e tecnolĂłgico das universidades para as atividades produtivas.
Imagem: Maquete do prédio institucional do Parque Tecnológico de Belo Horizonte.
Saiba mais:
http://www.ufmg.br/online/arquivos/009857.shtml
http://www.agenciaminas.mg.gov.br/detalhe_noticia.php?cod_noticia=21531
DOM - http://portal6.pbh.gov.br/dom/iniciaEdicao.do?method=DomDia
ENTREVISTA: 40 RAZĂES PARA SER CANDIDATO
Entrevista com candidato a vereador. Confira: http://www.herminio36333.can.br/sistema/blog/post.php?pos_codigo=26.
Outros candidatos foram convidados a responder o mesmo questionĂĄrio, mas nĂŁo responderam ainda.
Esse espaço estå aberto aos candidatos que desejarem responder as mesmas perguntas do questionårio.
ALHEIO A IGNORĂNCIA
Tem candidato a prefeito de Belo Horizonte (e nĂŁo Ă© sĂł um) que nĂŁo sabe nem o que Ă© o Parque TecnolĂłgico de Belo Horizonte. HĂĄ ainda quem declarou achar o projeto modesto. Indiferente aos polĂticos, o complexo jĂĄ estĂĄ para ser erguido, assim que sair a publicação no DOM sobre a licença ambiental de instalação, concedida pelo Comam. Ao custo de R$ 20 milhĂ”es, a sede terĂĄ 8.000 metros quadrados e deve ser concluĂda em 18 meses. O objetivo Ă© captar mais de R$ 500 milhĂ”es em investimentos.
Paulo Roberto BrandĂŁo - Fonte: O Tempo - 21/09/08.
CONTAS ABERTAS
Pesquisa realizada pelo Contas Abertas (CA) revela que apenas onze estados das 27 unidades federativas do paĂs possuem portais que permitem ao cidadĂŁo fazer consultas sobre as receitas e os gastos pĂșblicos. Isto Ă©, 59% dos estados brasileiros nĂŁo disponibilizam mecanismos de fiscalização das contas pĂșblicas por parte da sociedade.
Rio Grande do Sul - http://www.sefaz.rs.gov.br/SEF_ROOT/AFE/AFE-Informacoes.asp
Santa Catarina - http://www.sctransparente.sc.gov.br/
ParanĂĄ - http://www.gestaodinheiropublico.pr.gov.br/Gestao/index.jsp
SĂŁo Paulo - http://www.fazenda.sp.gov.br/contas/
Mato Grosso - http://governotransparente.mt.gov.br/
Bahia - http://www.sefaz.ba.gov.br/administracao/transparencia_bahia/
Pernambuco - http://www.portaldatransparencia.pe.gov.br/
CearĂĄ - http://www.portaldatransparencia.ce.gov.br/paginas/default.aspx
AmapĂĄ - http://www.amapa.gov.br/gastos/consulta.php
Amazonas - http://www.seplan.am.gov.br/transp/transparencia.html
ParĂĄ - http://www.age.pa.gov.br/TransparenciaPara/
Nos onze estados que disponibilizam portais, Ă© possĂvel saber, por exemplo, quanto cada ĂłrgĂŁo da administração gastou e para quem pagou, seja pessoa fĂsica ou jurĂdica, ou ainda o nĂșmero de funcionĂĄrios que receberam diĂĄrias e passagens e quando os pagamentos foram feitos. Apesar dessas caracterĂsticas comuns, a apresentação dos dados nĂŁo Ă© inteiramente idĂȘntica em todos os estados. O governo da Bahia, por exemplo, divulga tambĂ©m orçamentos temĂĄticos sobre o quanto Ă© gasto em educação e saĂșde.
A relação completa dos portais pode ser vista aqui http://contasabertas.uol.com.br/noticias/imagens//estados_transparentes.pdf.
Leia mais: http://contasabertas.uol.com.br/noticias/detalhes_noticias.asp?auto=2388
A IGNORĂNCIA COMO CĂMPLICE DA CORRUPĂĂO
SĂŁo dois conceitos essenciais para a vida de qualquer cidadĂŁo brasileiro: polĂtica e educação. PolĂtica estĂĄ no agir e tambĂ©m no nĂŁo agir; no associar-se e igualmente no nĂŁo aliar-se; no ato de votar conscientemente, assim como no voto de protesto e na luta pelo direito de nĂŁo ter que ir Ă s urnas. Nicolau Maquiavel, certamente um dos maiores expoentes do realismo polĂtico de todos os tempos, ousou dizer em "O PrĂncipe", sua obra principal e livro de cabeceira de muitos polĂticos, inĂșmeras verdades pensadas e praticadas (praticamente sem exceção) por todos os que freqĂŒentam gabinetes e ante-salas do poder estabelecido. No Brasil, Ă© triste analisarmos dados como os que informam sobre a rejeição do eleitorado aos polĂticos que investem pesadamente em educação. Pesquisas apontam que cerca de 70% dos prefeitos brasileiros que investiram em educação e, dessa forma, apostaram que os benefĂcios de uma escola de qualidade podem garantir um amanhĂŁ melhor para suas comunidades, nĂŁo conseguiram se reeleger ou eleger seu sucessor. Por outro lado, 65% dos prefeitos que beneficiaram os moradores com mais vias pĂșblicas pavimentadas, obras e/ou benefĂcios sociais, foram agraciados com novos mandatos ou elegeram seus candidatos Ă sucessĂŁo.
As negociatas na esfera pĂșblica acontecem porque a população nĂŁo se mobiliza, nĂŁo fiscaliza e nĂŁo interfere na administração pĂșblica. Isso, por sua vez, ocorre pela falta de informação, de esclarecimento e pelo predomĂnio da ignorĂąncia. A pobreza e a dependĂȘncia da população sĂŁo cĂșmplices da corrupção e, certamente, ajudam a alavancar as negociatas que enriquecem inĂșmeros polĂticos brasileiros. NĂŁo interessa a esses senhores melhorar efetivamente a qualidade da educação brasileira, resultando em uma população mais esclarecida, atuante, crĂtica e exigente. Qual polĂtico, em sĂŁ consciĂȘncia, quer ver a comunidade aferindo as contas pĂșblicas e descobrindo desvios de verbas atravĂ©s de compras superfaturadas e de licitaçÔes fraudadas em reuniĂ”es secretas, regadas a muito vinho importado, com preços impublicĂĄveis para 90% da população brasileira? Temos sido surpreendidos por fatos que demonstram a evolução do paĂs no que tange Ă sua vida econĂŽmica.
Mas nĂŁo podemos, por esses ganhos, fechar os olhos aos desmandos que cerceiam a cada vez mais pessoas o acesso ao saber proporcionado pela educação e que, todos sabemos, pode garantir ao paĂs um futuro muito mais prĂłspero do que o que se avizinha. Sem educação de qualidade, nĂŁo hĂĄ a polĂtica, na acepção da palavra, que verdadeiramente desejamos. E a luta contra a corrupção começa nos pequenos atos cotidianos de cada um - nĂŁo dar propina, respeitar as leis, ter paciĂȘncia nas filas, votar com consciĂȘncia, participar da educação dos filhos, cobrar serviços pĂșblicos de qualidade.
JoĂŁo LuĂs de Almeida Machado - Editor do portal Planeta Educação e professor universitĂĄrio - Fonte: O Tempo - 27/09/08.
Planeta Educação - http://www.planetaeducacao.com.br/novo/index.asp
O DOUTOR D'HONDT E VOCĂ
E lĂĄ vamos nĂłs, outra vez. NĂŁo deve haver muitos paĂses no mundo em que o eleitor Ă© convidado a pinçar numa lista de extensĂŁo oceĂąnica um candidato do qual, se nĂŁo Ă© seu parente, teve apenas escassas referĂȘncias, e designĂĄ-lo para exercer uma função que sabe de antemĂŁo caracterizar-se, na melhor das hipĂłteses, pela inocuidade, e, na pior, por oferecer posição vantajosa para a prĂĄtica de ilĂcitos. Ă o que estamos convidados a fazer â aliĂĄs, intimados, jĂĄ que o voto Ă© obrigatĂłrio â na eleição para vereador. Em quem devo votar? VocĂȘ tem alguma indicação? Na vĂ©spera da eleição, estabelece-se uma aflita corrente em que se faz a ronda dos conhecidos. Quem sabe dessas consultas se consiga extrair o nome de um candidato capaz, ou pelo menos nĂŁo incurso em algum artigo do CĂłdigo Penal. NĂŁo deve haver muitos paĂses em que o eleitor Ă© induzido a votar Ă s cegas. Ă o caso do Brasil, campeĂŁo da esbĂłrnia partidĂĄrio-eleitoral, nas eleiçÔes para vereador, deputado federal e deputado estadual.
A esbĂłrnia começa na quantidade de partidos com existĂȘncia legal no paĂs: 27. Vinte e sete! Do amontoado obeso e incongruente de partidos derramaram-se neste ano, pelos 5 563 municĂpios brasileiros, 348 047 candidatos a vereador (348 047!) â 1 224 no Rio de Janeiro (1 224!), 1 077 em SĂŁo Paulo (1 077!), 1 030 em Belo Horizonte (1 030!). Haja ponto de exclamação para dar conta da magnitude dos nĂșmeros! E haja paciĂȘncia e discernimento do eleitor para encontrar, nesse palheiro, a agulha salvadora do candidato mais de acordo com seu gosto. Da superlotação das listas partidĂĄrias resulta esse desafio para o olho e a atenção que Ă© o entra-e-sai dos candidatos no horĂĄrio eleitoral. Acresce que os partidos nĂŁo ajudam, ao peneirar seus representantes, e entĂŁo, a cada ano, temos o conhecido desfile de rostos que parecem herdados do portfĂłlio do selecionador de elenco do saudoso Federico Fellini, ou do PowerPoint do doutor Cesare Lombroso.
As diabruras do sistema nĂŁo terminam aĂ. O eleitor pensa que vota num nome, mas Ă© engano; vota antes num partido. Vota em Fulano, mas acaba elegendo Sicrano. O 1,6 milhĂŁo de eleitores paulistas que votaram em EnĂ©as Carneiro para deputado federal em 2002 acabou elegendo outros cinco candidatos do mesmo partido, um deles com o cacife de 200 votos. Inversamente, os 38 000 paulistas que votaram em Delfim Netto em 2006 nĂŁo foram suficientes para elegĂȘ-lo, mas ajudaram outros candidatos do PMDB a eleger-se. SĂŁo artimanhas do coeficiente eleitoral. O leitor o conhece? Devia conhecĂȘ-lo, pois Ă© ele, com esse nome de aterrorizar vestibulando, que decide a parada. Façamos as apresentaçÔes. O quociente eleitoral Ă© a divisĂŁo do total dos votos vĂĄlidos (todos, menos os nulos) pelo nĂșmero de cadeiras em jogo. Assim, suponhamos que no Rio de Janeiro haja 3,5 milhĂ”es de votos vĂĄlidos. Como a CĂąmara de Vereadores local possui cinqĂŒenta cadeiras, faz-se a divisĂŁo de 3,5 milhĂ”es por 50 e chega-se ao coeficiente eleitoral de 70.000. Cada partido obterĂĄ uma cadeira a cada 70.000 votos que venha a somar. Se o partido X somou 140.000 votos, terĂĄ duas cadeiras.
Simples, nĂŁo? Bem... Dificilmente um partido obterĂĄ exatamente o dobro do coeficiente eleitoral. Digamos que obtenha 150.000 votos. TerĂĄ direito entĂŁo, como resultado da divisĂŁo de 150.000 por 70.000, a 2,14 cadeiras. Que fazer desse 0,14 de cadeira? Aqui entra um fator novo nessa histĂłria â o cĂĄlculo de DâHondt. DâHon...??? Façamos as apresentaçÔes. Victor DâHondt foi um jurista belga, criador do sistema pelo qual se distribuem as sobras no sistema proporcional. Funciona assim:⊠NĂŁo. As apresentaçÔes ficam por aqui. DâHondt nos ultrapassa. O leitor que quiser beber da sapiĂȘncia do belga que vĂĄ fazĂȘ-lo, com todo o respeito, em outra freguesia.
E assim chegamos a uma primeira e crucial conclusĂŁo: o sistema brasileiro de eleição proporcional situa-se bem acima da capacidade mĂ©dia do sistema operacional do cĂ©rebro humano. A segunda conclusĂŁo Ă© que nĂŁo se pode encarar a sĂ©rio um sistema que nĂŁo se compreende; se os parlamentos sĂŁo o que sĂŁo, no Brasil, em grande parte Ă© pelo modo como sĂŁo eleitos. A terceira conclusĂŁo nĂŁo Ă© conclusĂŁo, Ă© um apelo: que se invente outro modelo. Ă a sobrevivĂȘncia do regime representativo que estĂĄ em jogo.
Roberto Pompeu de Toledo - Fonte: Veja - Edição 2079.
ENTREVISTA COM CANDIDATO
1Âș) Candidato formado na USP
Diretor: - Qual e a coisa mais rĂĄpida do mundo?
Candidato: - Ora, Ă© um pensamento.
Diretor: - Por que?
Candidato:- Porque um pensamento ocorre quase instantaneamente.
Diretor: - Muito bem, excelente resposta.
2Âș) Candidato formado na PUC
Diretor: - Qual Ă© a coisa mais rĂĄpida do mundo?
Candidato: - Um piscar de olhos.
Diretor: - Por que?
Candidato: - Porque e tĂŁo rĂĄpido que as vezes nem vemos.
Diretor: - Ăłtimo
3Âș) Candidato formado na UNICAMP
Diretor: - Qual Ă© a coisa mais rĂĄpida do mundo?
Candidato: - A eletricidade.
Diretor: - Por que?
Candidato: - Veja, ao ligarmos um interruptor, acendemos uma lĂąmpada a
5km de distĂąncia instantaneamente.
Diretor: - Excelente.
4Âș) Candidato fazendo um curso mais modesto
Diretor: - Qual e a coisa mais rĂĄpida do mundo?
Candidato: - Uma diarrĂ©iaâŠ
Diretor: - Como assim ? Esta brincando ? Explique issoâŠ
Candidato: - Isso mesmo. Outra noite eu tive uma diarrĂ©ia tĂŁo forte, que antes que eu pudesse pensar, piscar os olhos ou acender a luz, jĂĄ tinha me cagado todoâŠ
Diretor: - O emprego Ă© seu!
Moral da HistĂłria: âFundamento tĂ©cnico e cĂĄlculo nĂŁo Ă© tudo⊠Entender de cagadas Ă© o que o mercado precisa!!! â
(Colaboração: Gustavo)
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NARIZ DE PALHAĂO
Só sendo palhaço para suportar essa palhaçada!
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NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
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