SHOW DE PROBLEMAS...
27/06/2013 -
FUTEBOL SHOW
O TESTE PARA A COPA
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World Cup 2014 News:
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Fora de campo, Copa das ConfederaçÔes vĂȘ problemas se acumularem.
Se dentro de campo a Copa das ConfederaçÔes tem sido um sucesso, nas arquibancadas e fora dos estådios os problemas se acumulam, mobilizam o governo federal e a Fifa e disparam um alerta em relação ao Mundial de 2014.
O maior --e mais inesperado-- contratempo foram os confrontos nos entornos das arenas entre policiais e manifestantes contrĂĄrios aos gastos com os eventos esportivos. A intensidade e o alcance dos protestos (por vĂĄrias capitais) deixaram apavorados dirigentes da Fifa.
Houve tumultos com bombas de gĂĄs lacrimogĂȘneo, balas de borracha, prisĂ”es e feridos nas proximidades de estĂĄdios como CastelĂŁo (Fortaleza), ManĂ© Garrincha (BrasĂlia) a Fonte Nova (Salvador).
Só em Belo Horizonte, palco do jogo de amanhã entre Brasil e Uruguai, houve 37 feridos e 32 presos em uma manifestação antes do jogo entre Japão e México.
Entre os problemas de alçada da Fifa e do COL (ComitĂȘ Organizador Local), os principais foram as mĂĄs condiçÔes de gramados como os de BrasĂlia e Salvador e de centros de treinamentos, que afetaram algumas seleçÔes.
Jå os torcedores foram prejudicados pela desorganização na distribuição dos ingressos, que geraram filas, e nos serviços nos estådios, como a falta de comida e de sinal de celular e internet.
TambĂ©m houve ao menos dois furtos em hotĂ©is (envolvendo a delegação espanhola e a mulher do goleiro JĂșlio CĂ©sar, Suzana Werner).
Semana passada, o secretårio-geral da Fifa, JérÎme Valcke, cobrou mais segurança até o Mundial-2014.
"Espero que nĂŁo continue ano que vem [os protestos]. O Brasil tem que resolver o problema", disse ao UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
Ontem, o mesmo dirigente preferiu destacar os aspectos positivos. "Tem sido um grande torneio", afirmou.
"Não tivemos nenhum grande problema, mas uma série de pequenos incidentes, como o controle de ingressos. Não hå nada que mereça ser destacado em termos de problemas na organização."
Fonte: Folha de S.Paulo â 25/06/13.
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COM A PALAVRA...: CORSĂRIO FRANK, O MAU
Sabe gente, embora eu seja um CorsĂĄrio InglĂȘs, de onde eu vim, nĂŁo havia ainda o soccer, ou football, como queiram. No entanto, pelo que estou vendo nesta Copa das ConfederaçÔes, que a famĂlia do VĂŽ Quita me apresentou, naquela caixinha que vocĂȘs chamam de televisĂŁo, aliĂĄs, muito interessante por sinal, jĂĄ deu para aprender a detestar um agrupamento que corre no campo de guerra: Os EspanhĂłis. NĂłs sempre derrubamos embarcaçÔes espanholas, mas, nĂŁo posso negar que eles sempre deram trabalho. Tenho certeza que nĂłs vamos ter a batalha final com esses EspanhĂłis. E vamos vencer. Quem vai ser o herĂłi de nosso agrupamento serĂĄ um guerreiro chamado Hulk, que estĂĄ ficando verde de raiva por causa do fominha do Neymar. Vencer os EspanhĂłis Ă© a coisa mais fĂĄcil que existe: Emparelhe sua embarcação com a deles como se fosse um elemento surpresa, compreende? Depois mire seu canhĂŁo para o casco do navio deles e dispare a bomba. Bem, pelo que entendi, disparar a bomba Ă© Ășnica coisa que o Hulk sabe fazer como ninguĂ©m! Por isso ele serĂĄ o herĂłi. E tenho dito!
Facebook.com/corsariofrank.omau - 23/06/13.
"DIĂRIO DE UMA CONQUISTA -- OS 15 DIAS EM QUE O CORINTHIANS ABALOU O MUNDO"
Jornalista lança livro sobre saga corintiana no Japão.
O jornalista Sandro Macedo, enviado pela Folha para relatar a excursão corintiana ao Mundial de Clubes, no Japão, lança o livro "Diårio de uma Conquista -- Os 15 dias em que o Corinthians abalou o mundo" (editora Prumo, 144 påginas, R$ 19,90).
A obra conta detalhes de bastidores sob o olhar de quem teve trùnsito quase irrestrito entre os atletas e a comissão técnica nos trechos aéreos e de trem, corredores e elevadores de hotéis e o antes e o depois dos dois jogos que levaram o Corinthians ao bicampeonato mundial.
Em 15 capĂtulos, o jornalista relata a reação oriental frente Ă festa brasileira, os cuidados com o frio, os efeitos do fuso horĂĄrio, a alimentação da equipe e o mantra diĂĄrio do tĂ©cnico Tite.
Fonte: Folha de S.Paulo â 27/06/13.
Detalhes:
Editoraprumo.com.br/Diario-de-uma-conquista
Editora Prumo -
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LĂNGUA Ă DIFICULDADE, MAS TRANSPORTE NO BRASIL Ă MAIS GRAVE
Quando saĂ da Europa para vir Ă Copa das ConfederaçÔes, achei que seria uma festa sem igual, porque este Ă© o verdadeiro lar do jogo bonito e o paĂs no qual o futebol, mais que em qualquer outro lugar, constitui uma religiĂŁo.
No lugar disso, encontrei o povo que tanto ama o futebol em revolta contra seu governo, a Fifa e a Copa.
Nas Ășltimas semanas, visitei trĂȘs estĂĄdios (MaracanĂŁ, CastelĂŁo e Fonte Nova) e quatro cidades-sedes da Copa (SĂŁo Paulo, Rio, Fortaleza e Salvador) e estou preocupado com o torneio do ano que vem.
Os novos estĂĄdios sĂŁo bonitos, nĂŁo se pode negar, mas os milhares de torcedores que virĂŁo da Europa sĂł estarĂŁo nas arenas por algumas horas, a cada dois ou trĂȘs dias.
Creio que eles se surpreenderĂŁo muito com o que vĂŁo encontrar no Brasil.
A vida aqui Ă© cara, mesmo para europeus, e os padrĂ”es dos hotĂ©is que vi sĂŁo inferiores aos do velho continente. A segurança pode ser um problema, assim como o idioma. Pouca gente fala outra lĂngua que nĂŁo o portuguĂȘs.
Mas, acima de tudo, creio que a maior preocupação serå o transporte.
O Brasil Ă© grande. A prĂłxima Copa serĂĄ realizada num continente e nĂŁo num paĂs.
Isso Ă© totalmente novo, e a Ășnica comparação possĂvel Ă© com a Copa dos EUA, em 1994. A diferença Ă© que lĂĄ o sistema de transportes funcionava perfeitamente.
Tive problema para chegar de Fortaleza a Salvador a tempo para o jogo do dia seguinte. O que acontecerĂĄ quando forem 500 mil visitantes?
E viagens aĂ©reas sĂŁo a Ășnica opção, nĂŁo sĂł por causa das distĂąncias como por causa das estradas, que sĂŁo realmente horrĂveis e perigosas.
Em janeiro deste ano, cobri a Copa Africana de NaçÔes, na Ăfrica do Sul. Desembarquei em aeroportos esplĂȘndidos e percorri o paĂs de carro em novas e excelentes rodovias. Tudo isso Ă© legado da Copa do Mundo de 2010, e Ă© o que nĂŁo estou vendo no Brasil.
A Fifa deveria ter dito aos brasileiros que "não queremos elefantes brancos; podemos nos ajeitar com 10, nove ou até mesmo oito estådios".
O Brasil teria economizado muito dinheiro e ainda assim teria construĂdo diversos estĂĄdios novos. Nada contra isso. Um paĂs que ama o futebol precisa de estĂĄdios novos e seguros, mas nĂŁo deveria jogar dinheiro fora em concreto.
François Colin, 64, é repórter esportivo chefe do "De Standaard/Het Nieuwsblad", em Bruxelas, e jå cobriu oito Copas. Tradução de Paulo Migliacci - Fonte: Folha de S.Paulo - 30/06/13.
De Standaard / Het Nieuwsblad -
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PEQUENOS CLUBES GRANDES NEGĂCIOS
Times sem torcida funcionam como 'incubadora' de jogadores e faturam alto com a venda de atletas.
O volante Paulinho, que marcou um dos trĂȘs gols do Brasil contra o JapĂŁo em partida pela Copa das ConfederaçÔes, tem o contrato cotado em cerca de R$ 40 milhĂ”es. Se ele for vendido pelo Corinthians, seu time atual, metade do valor irĂĄ para um clube que nĂŁo tem nem torcida, o Audax.
Trata-se do pequeno time da rede varejista PĂŁo de AçĂșcar, que tem na formação de jogadores a principal maneira de ser financeiramente equilibrado.
AlĂ©m dele, o Desportivo Brasil, da companhia de marketing esportivo Traffic, e a equipe da Red Bull tem modelos semelhantes. "O objetivo do Audax Ă© ser autossuficiente e nĂŁo depender de investidor", diz o gerente-executivo Thiago Scuro, 31. Ele afirma que a intenção do time Ă© ter uma histĂłria como a do holandĂȘs PSV Eindhoven, que foi ligado Ă Phillips durante anos.
Esse processo de desvinculação pode ser acelerado, pois os executivos da empresa francesa Casino, que hoje controla o PĂŁo de AçĂșcar, querem se desfazer do time.
Se Paulinho for transferido por seu preço atual, o dinheiro que o Audax irå levar é o equivalente a uma parcela significativa do custo anual do clube (R$ 20 milhÔes).
O clube tem times em categorias jovens, mas também nos campeonatos profissionais de futebol em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Ă isso que sai caro, afirma Guilherme GuimarĂŁes, da empresa de marketing esportivo Ativa Esporte.
"Manter um plantel de jogadores adultos Ă© muito custoso. Ă preciso ter estrutura de treinamento, comissĂŁo tĂ©cnica e pagar salĂĄrio de verdade. Nas categorias de base, alguns jogadores tĂȘm contratos e salĂĄrios, mas a maioria recebe sĂł ajuda de custo."
SĂ NA BASE
O Desportivo Brasil nĂŁo tem um time para disputar campeonatos "de adultos".
Com isso, os custos são menores. Segundo Rodolfo Canavesi, 36, vice-presidente do time, as despesas anuais giram em torno de R$ 5 milhÔes. Mas, segundo Guimarães, sem um time para disputar as categorias principais, "perde-se a principal vitrine" do esporte.
Eles ainda nĂŁo formaram uma grande estrela mas, segundo Canavesi, jĂĄ negociaram alguns jogadores para clubes da Europa (ele cita o meia Carlos Eduardo de Oliveira Alves, hoje no Porto, de Portugal, como exemplo).
O executivo diz que hå espaço para esse modelo de negócios porque "os grandes clubes não conseguem absorver todos os potenciais jogadores". "Nós conseguimos competir na formação de talentos."
Scuro, do Audax, afirma que durante a formação de um atleta "hĂĄ muita oscilação" e que ser um pequeno clube sem torcida ajuda a empresa a segurar esses jogadores --os atletas nĂŁo sofrem pressĂŁo para ganhar tĂtulos.
O gerente conheceu Paulinho hĂĄ dez anos, quando o jogador tinha 15 anos, e acompanhou a trajetĂłria dele (o volante chegou a jogar na PolĂŽnia, mas voltou ao Brasil para disputar a quarta divisĂŁo do Campeonato Paulista).
O consultor de marketing Amir Sonoggi, 38, diz que esses times sĂŁo resultado do aumento no valor dos contratos com jogadores. Segundo ele, mesmo com um "ajuste" nos preços de 2008 para cĂĄ, as quantias continuam altas (ele dĂĄ como exemplo a transferĂȘncia do meia Lucas, que foi do SĂŁo Paulo para o PSG por R$ 103 milhĂ”es).
VAQUINHA
O "crowdsourcing", maneira de financiar um projeto coletivamente, Ă© uma outra maneira pela qual pequenos clubes podem ter receitas de novas fontes.
O site Pódio Brasil, por enquanto, financia idas de atletas a competiçÔes internacionais. Mas, segundo um dos cofundadores, Nélio de Oliveira Costa, hå planos para que times consigam dinheiro pela plataforma.
Isso só não aconteceu até agora, ele diz, porque "a prestação de contas de clubes é mais nebulosa e o projeto precisa ser benéfico e incentivar a população inteira a praticar esportes".
Felipe Gutierrez â Fonte: Folha de S.Paulo â 23/06/13.
PĂłdio Brasil â
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