CRIATIVIDADE NO MARKETING VIII
01/03/2008 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES VIII - DĂCADA DE 50 - UM EXEMPLO PARA AS MULHERES DE HOJE
AnĂșncio publicado na revista O Cruzeiro, em 1954. Perceba a felicidade da mulher, de avental, servindo cerveja aos homens. Atualmente, sĂł em Museus...
Note também os detalhes: "Refrigeração mesmo no sertão!" - "A querozene".
Fonte: Almanaque Brasil - NĂșmero 99.
PROFESSORA PASQUALINA
DIA INTERNACIONAL DO IDIOMA MĂE - NOSSA LĂNGUA MESTIĂA
A cultura brasileira Ă© craque em incorporar e reprocessar influĂȘncias. Com a lĂngua nĂŁo poderia ser diferente. IncontĂĄveis sotaques, palavras, gĂrias e expressĂ”es provenientes dos quatro cantos, temperam nossa salada lingĂŒĂstica. Dia 21/02 se comemorou o Dia Internacional do Idioma MĂŁe. Trazemos recortes da histĂłria desse idioma tĂŁo nosso, que, como cantou Noel Rosa, Ă© brasileiro, jĂĄ passou de portuguĂȘs.
Olavo Bilac a chamou de âinculta e belaâ no cĂ©lebre soneto LĂngua Portuguesa. Que Ă© bela, sabemos. Mas inculta? SĂ©culos antes de Cristo, na regiĂŁo do LĂĄcio, atual territĂłrio italiano, viviam os latinos, povo simples formado em sua maioria por agricultores. Tornaram-se uma das civilizaçÔes mais avançadas que o mundo jĂĄ viu: o ImpĂ©rio Romano. Havia lĂĄ dois latins: o culto, da polĂtica e dos textos; e o vulgar, falado pela população, em sua maioria analfabeta. Foi essa segunda variante que ganhou o Velho Mundo, levada por soldados e comerciantes. A partir dela, surgiram lĂnguas como o espanhol, o francĂȘs e o italiano. O portuguĂȘs Ă© a mais recente delas; a âĂșltima flor do LĂĄcioâ, nas palavras de Bilac. O ImpĂ©rio Romano, que dominou quase toda a Europa, chegou ao fim no sĂ©culo 5. Nesse perĂodo, a PenĂnsula IbĂ©rica sofreu invasĂ”es germĂąnicas e, a partir do sĂ©culo 8, ĂĄrabes. Esses Ășltimos permaneceram lĂĄ por cerca de 500 anos. O reino portucalense, no territĂłrio atual de Portugal, expulsou os ĂĄrabes definitivamente no sĂ©culo 13. Ali, falava-se o galego-portuguĂȘs, Ă quele ponto jĂĄ marcado por palavras das culturas germĂąnica (coifa, ganso, rico) e ĂĄrabe (azeite, alfaiate, algarismo). No sĂ©culo 15, Portugal entrou na era das grandes navegaçÔes, e o galego-portuguĂȘs deu lugar ao portuguĂȘs medieval. No apogeu da histĂłria lusitana, palavras portuguesas se espalharam pelo mundo, e a lĂngua sofreu ainda mais influĂȘncias dos idiomas das regiĂ”es conquistadas. A lĂngua portuguesa aportou por aqui em 1500, com a esquadra de Cabral. Desde entĂŁo, nunca mais foi a mesma, cada vez mais brasileira.
QUEM DIRIA? NO COMEĂO, PORTUGUESES ADOTARAM A LĂNGUA DOS ĂNDIOS
Os portugueses encontraram aqui cerca de 1.200 povos indĂgenas, que falavam nada menos do que mil lĂnguas diferentes. Na costa baiana, travaram contato com os tupis. Fugaz, essa comunicação inicial visava somente facilitar o escambo. A partir de 1530, começaram a chegar expediçÔes de colonização. SĂŁo Vicente, no litoral paulista, foi a primeira vila, fundada em 1532. Em minoria, os portugueses acabaram adotando o idioma indĂgena. Com influĂȘncia lusitana, surgiu uma lĂngua franca, baseada no tupi, conhecida como lĂngua geral paulista. Durou cerca de dois sĂ©culos, tendo sido usado na catequização dos Ăndios pelos padres jesuĂtas e pelos bandeirantes em suas expediçÔes. Em condiçÔes semelhantes, surgiu na AmazĂŽnia, no sĂ©culo 17, outro idioma franco: a lĂngua geral amazĂŽnica, ou nheengatu (lĂngua boa), com base no tupinambĂĄ.
PALAVRAS DA LĂNGUA GERAL PAULISTA
ANHEMBI: rio das anhumas; UBERABA: rio brilhante; VOTUVERAVA: morro brilhante; TUCURUVI: gafanhotos verdes.
PALAVRAS DA LĂNGUA GERAL AMAZĂNICA
tapioca; açaĂ; tatu; jacarĂ©; pororoca; cuia; tipĂłia; peteca; araponga
MOLEQUE, ANGU, OXALĂ - AFRICANOS DE TODA PARTE ENRIQUECERAM NOSSA LĂNGUA
No sĂ©culo 16, o comĂ©rcio de açĂșcar era dos mais lucrativos. Os portugueses passaram a cultivar cana em nossas terras. Como os Ăndios resistiam Ă escravidĂŁo, os colonizadores trouxeram negros da Ăfrica. A maioria dos que chegaram nesse primeiro perĂodo falava lĂnguas bantas, principalmente o quicongo, o quimbundo e o umbundo. Nos sĂ©culos 17 e 18, com a descoberta de jazidas de ouro e diamantes, vieram para cĂĄ escravos minas-jejes, falantes de lĂnguas ewĂ©-fon. Na Ășltima leva de escravos, no sĂ©culo 19, chegaram povos de origem iorubĂĄ, tambĂ©m conhecidos como nagĂŽs, para trabalhos domĂ©sticos e urbanos na cidade de Salvador e arredores. O resultado: sons de todos os cantos da Ăfrica encravados na nossa lĂngua.
PALAVRAS BANTAS: bagunça ⹠cachimbo ⹠moleque
PALAVRAS IORUBĂ: AfoxĂ© âą IemanjĂĄ âą Ogum
PALAVRAS EWĂ-FON: angu âą bobĂł âą vodum
NADA DE LĂNGUAS GERAIS - PORTUGUĂS TEVE QUE SER IMPOSTO NA MARRA
Com a descoberta de metais preciosos no Brasil, Portugal resolveu, digamos, reforçar os laços com a ColĂŽnia. Em 1758, MarquĂȘs de Pombal instituiu o portuguĂȘs como idioma oficial daqui e proibiu o uso das lĂnguas gerais. Mas idiomas naturais nĂŁo sĂŁo extintos a canetadas. O nheengatu, por exemplo, tem ainda hoje mais de 8 mil falantes. As disputas com a Espanha pelo territĂłrio no sul do Brasil no sĂ©culo 18 tambĂ©m foram importantes para difundir a lĂngua portuguesa na ColĂŽnia. A ameaça espanhola trouxe uma grande leva de colonos lusitanos, que se estabeleceram em locais como a Ilha de Santa Catarina, em 1748, e em Porto Alegre, fundada em 1772.
DIFERENĂAS ENTRE O PORTUGUĂS BRASILEIRO E EUROPEU
NĂŁo sĂŁo sĂł o sotaque e a grafia de algumas palavras que separam o portuguĂȘs brasileiro do europeu. No dia-a-dia, nĂłs e os lusitanos usamos palavras diferentes para expressar os mesmos significados. Alguns exemplos curiosos:
PORTUGUĂS BRASILEIRO
carro conversĂvel
concreto
gol
grampeador
maiĂŽ
mamadeira
ĂŽnibus
salva-vidas
telefone celular
PORTUGUĂS EUROPEU
carro descapotĂĄvel
betĂŁo
golo
agrafador
fato de banho
biberĂŁo
autocarro
nadador-salvador
telemĂłvel
COM A CHEGADA DA FAMĂLIA REAL, FALAR COM SOTAQUE PORTUGUĂS VIROU CHIQUE
Repare: o sotaque carioca muito tem a ver com o lusitano. Basta notar o âsâ chiado e as vogais abertas em palavras como âtambĂ©mâ, caracterĂsticas comuns em ambos. NĂŁo Ă© por acaso. Junto com a FamĂlia Real, chegou em 1808 uma corte numerosa Ă Cidade Maravilhosa. O portuguĂȘs que se falava no Rio tinha caracterĂsticas paulistas, por conta da passagem dos bandeirantes pela regiĂŁo. Mas, com o prestĂgio da realeza, virou chique falar Ă moda portuguesa, e houve um fenĂŽmeno que especialistas chamam de ârelusitanizaçãoâ da lĂngua.
CASTANHOLA, CAMICASE, LASANHA - IMIGRANTES TEMPERARAM NOSSO CALDEIRĂO
O fim da escravidĂŁo e a chegada de imigrantes marcaram a segunda metade do sĂ©culo 19. Entre os intelectuais, era forte a influĂȘncia exercida pela cultura da França. Muitas palavras francesas foram incorporadas ao nosso vocabulĂĄrio nessa Ă©poca, como matinĂȘ, abajur e batom. Os imigrantes que aqui se estabeleceram a partir da dĂ©cada de 1870 trouxeram em sua bagagem cultural diferentes sotaques, palavras e expressĂ”es. AlemĂŁes, italianos, espanhĂłis, japoneses e ĂĄrabes se espalharam pelos quatro cantos do Brasil. E dĂĄ-lhe palavras e expressĂ”es novas: camicase, castanhola, lasanha... Inicialmente restritas Ă s regiĂ”es onde os imigrantes se fixaram, muitas dessas contribuiçÔes acabaram por ganhar o PaĂs. Inspirado pela colĂŽnia italiana, o escritor paulista Alexandre Marcondes Machado criou no inĂcio do sĂ©culo 20 o personagem JuĂł BananĂ©re (JoĂŁo Bananeira), que se expressava no dialeto macarrĂŽnico, hilĂĄria mistura de italiano e portuguĂȘs. A revista de humor O Pirralho publicou alguns de seus textos e parĂłdias, reunidos no livro La Divina Increnca, de 1915. BananĂ©re nĂŁo perdoou nem clĂĄssicos de Gonçalves Dias e Olavo Bilac.
DIALETO BANANĂRE
UVI STRELLA
Che scuitå strella, né meia strella!
VocĂȘ stĂĄ maluco! e io ti dirĂł intanto,
Chi pâra iscuitalas montas veiz livanto,
i vĂŽ dĂĄ una spiada na gianella
MIGNA TERRA
Migna terra tĂȘ parm eras,
Che ganta inzim a o sabiĂĄ.
As aves che stĂł aqui,
TembĂȘ tuttos sabi gorgeĂĄ
O texto completo de La Divina Increnca estĂĄ na internet, em http://bananere.art.br/increnca.html
SERĂ MIĂ OU PIĂ?
O Modernismo chegou em 1922 com bandeiras como a reafirmação da nossa identidade e a antropofagia das culturas estrangeiras. Oswald de Andrade, um dos lĂderes do movimento, debruçou-se sobre o tema em alguns de seus poemas, como VĂcio na fala e Pronominais.
OSWALDIANAS
VĂCIO NA FALA
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem miĂł
Para pior piĂł
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vĂŁo fazendo telhados
PRONOMINAIS
DĂȘ-me um cigarro
Diz a gramĂĄtica
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro
e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dĂĄ um cigarro
SĂCULO 20 - SONS DOS SERTĂO, DOS STATES E DA TELEVISĂO
A partir dos anos 1930, o PaĂs passou a navegar nas ondas do rĂĄdio, meio de comunicação de imensa penetração popular. Milhares de brasileiros deixaram o campo e o sertĂŁo em direção Ă s grandes cidades, principalmente Rio e SĂŁo Paulo, onde crescia a indĂșstria e a construção civil. A cultura do interior nordestino marcou profundamente os grandes centros urbanos, transformando em universais expressĂ”es regionais como âvixeâ, âlascadoâ e âcabraâ. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o Brasil de GetĂșlio alinhou-se aos Estados Unidos. Propagandeando o estilo de vida norte-americano, palavras inglesas bombardearam o PaĂs e sĂŁo atĂ© hoje onipresentes. Quando a televisĂŁo surgiu, na dĂ©cada de 1950, muitos imaginavam que ela daria cabo Ă s peculiaridades regionais do idioma, uniformizando o portuguĂȘs do Oiapoque ao ChuĂ. NĂŁo foi o que aconteceu: os brasileiros parecem capazes de absorver novas influĂȘncias, cada um Ă sua maneira.
SAIBA MAIS
PARA VISITAR - Museu da LĂngua Portuguesa: Estação da Luz - Praça da Luz, s/nÂș. SĂŁo Paulo-SP. Na internet: www.estacaodaluz.org.br
PARA NAVEGAR - A histĂłria do portuguĂȘs brasileiro:
http://www.comciencia.br/reportagens/linguagem/ling03.htm
PARA LER: O PortuguĂȘs no Brasil, de AntĂŽnio Houaiss (Revan, 1992)
Texto: Rafael Capanema - Fonte: Almanaque Brasil - NĂșmero 106.
PROFESSOR X
SALĂRIO DE PROFESSORES AUMENTOU 39%
Estudo do MinistĂ©rio da Educação mostra que variação de renda na rede pĂșblica foi maior que a inflação de 17% entre 2003 a 2006. Tese da FGV-SP revela tambĂ©m que de 1995 a 2006 salĂĄrios no magistĂ©rio pĂșblico cresceram mais do que em outras categorias.
Em muitas anålises sobre a piora da qualidade da educação, um argumento usado é o de que sucessivas perdas salariais foram diminuindo a atratividade da carreira do magistério. Duas pesquisas inéditas, no entanto, apontam mudanças positivas nesse quadro.
Uma delas, feita pelo Inep (instituto de pesquisa e avaliação do MEC) a partir da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de DomicĂlios, do IBGE), mostra que, de 2003 a 2006, o rendimento mĂ©dio dos professores do setor pĂșblico na educação bĂĄsica aumentou 39%.
O crescimento foi superior aos 17% registrados no Ăndice de inflação oficial, o IPCA, e aos 29% registrados para os demais trabalhadores.
A outra, elaborada por Gabriela Moriconi na Escola de Administração de Empresas da FGV-SP, usa tambĂ©m a Pnad para concluir que, de 1995 a 2006, os ganhos nos rendimentos dos professores da rede pĂșblica bĂĄsica foram superiores aos das escolas particulares e aos de outros trabalhadores do setor pĂșblico e privado.
Moriconi comparou os salĂĄrios de um professor da rede pĂșblica da educação bĂĄsica aos de um trabalhador com as mesmas caracterĂsticas (escolaridade, cor, sexo, domicĂlio e outras variĂĄveis) no setor privado e em outras ocupaçÔes.
Para profissionais com nĂvel superior, seu trabalho mostra que a distĂąncia que separava os professores da rede pĂșblica dos demais grupos diminuiu.
O diferencial em favor de outros trabalhadores (nĂŁo-professores) do setor privado com nĂvel superior caiu de 62% para 17% entre 1995 e 2006. Para ocupados no setor pĂșblico que nĂŁo estĂŁo no magistĂ©rio, a redução foi de 60% para 43%.
Quando se compara somente docentes do setor pĂșblico e privado com diploma, o diferencial cai de 34% em 1995 para insignificativos 2,5% (ainda em favor do setor particular).
O mesmo foi verificado nas comparaçÔes de profissionais com formação apenas de nĂvel mĂ©dio com mesmas caracterĂsticas. Nesse caso, os diferenciais, desfavorĂĄveis em 1995, passaram a ser favorĂĄveis aos professores da rede pĂșblica.
Pela pesquisa do MEC, o maior crescimento na renda da rede pĂșblica foi verificado de 2005 para 2006.
O trabalho de Moriconi destaca igualmente que a melhoria foi mais intensa nos Ășltimos anos, mas, por analisar um perĂodo maior -1995 a 2006-, cita tambĂ©m possĂveis efeitos do Fundef (fundo de financiamento do ensino fundamental criado em 1996) e uma tendĂȘncia de melhoria na remuneração em todo o setor pĂșblico.
Por se tratar de um movimento recente, as razÔes dessa melhoria salarial ainda foram pouco estudadas.
Para o ministro Fernando Haddad (Educação), a retomada das discussÔes sobre o estabelecimento de um piso salarial nacional de R$ 850 e uma maior pressão em ano eleitoral (2006) por reajuste ajudaram a melhorar o rendimento dos professores em 2006.
A presidente UniĂŁo Nacional dos Dirigentes Municipais da Educação, Justina Iva Silva, aponta que muitos municĂpios sĂł recentemente criaram planos de carreira e remuneração.
Para Roberto Franklin de LeĂŁo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, o crescimento se deve ao pagamento de abonose gratificaçÔes. "NĂŁo pode ser considerada polĂtica salarial perene. O benefĂcio pode ser retirado a qualquer momento e nĂŁo atinge inativos".
MELHORIA SALARIAL NĂO Ă SUFICIENTE, DIZ MEC
Para o MEC e secretårios de educação, a melhoria dos salårios dos professores é um ponto positivo, mas não suficiente para impactar na qualidade.
O ministro Fernando Haddad diz que o governo espera que os salårios continuem melhorando por causa do Fundeb (fundo de financiamento da educação båsica que substituiu o Fundef) e da aprovação do piso nacional de R$ 850, em tramitação no Congresso. Ele afirma, no entanto, que a melhoria na formação dos professores é fundamental.
Sua avaliação Ă© de que os currĂculos em cursos de pedagogia sĂŁo muito voltados para a formação teĂłrica e preparam pouco o professor para sua principal função em sala de aula: ensinar. Para incentivar a mudança, o ministro diz que o prĂłximo Enade -avaliação aplicada aos os formandos- jĂĄ serĂĄ adequado a essa nova formação.
Outra estratĂ©gia que Haddad cita nesse sentido foi a criação do Conselho TĂ©cnico e CientĂfico da Educação BĂĄsica, ĂłrgĂŁo que terĂĄ entre suas atribuiçÔes orientar polĂticas pĂșblicas para capacitação de professores e ajudar o MEC na avaliação da qualidade dos cursos.
O ministĂ©rio quer tambĂ©m incentivar que os melhores professores formados em universidades pĂșblicas sejam atraĂdos pelas escolas pĂșblicas. "Foi por isso que, ao lançarmos o Pibid [programa que oferecerĂĄ bolsas a alunos de cursos de licenciatura e pedagogia de universidades pĂșblicas], colocamos como contrapartida o desenvolvimento de projetos de educação em escolas pĂșblicas", diz Haddad.
O sociólogo Simon Schwartzman, ex-presidente do IBGE no governo FHC e atual presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, aponta como fundamental para a qualidade da educação a melhoria da formação do professor.
"Bons salĂĄrios podem atrair melhores talentos, mas aumentar o vencimento de quem jĂĄ estĂĄ trabalhando nĂŁo muda muita coisa. No entanto, para mudar o prestĂgio da profissĂŁo, Ă© preciso tambĂ©m melhorar a qualidade dos cursos de pedagogia e educação, hoje desmoralizados. Uma combinação interessante poderiam ser cursos bem articulados, criados ou supervisionados por secretarias de educação como as de SĂŁo Paulo ou Minas", diz.
AntĂŽnio Gois - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/02/08.
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