DIREITO Ă CRĂTICA
19/08/2010 -
FAZENDO DIREITO
VOGUE ITĂLIA "WATER & OIL"
English:
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Famosa por suas capas e ensaios inusitados para o padrĂŁo CondĂ© Nast, a "Vogue" ItĂĄlia tem na edição de agosto corrente a sua "September Issue" o assunto do momento! Quem vĂȘ Kristen McMenamy na capa e no recheio clicados por Steven Meisel nĂŁo imagina o debate que o material anda causando. Batizado de "Water & Oil", o editorial recria um ambiente de destruição numa clara crĂtica Ă tragĂ©dia ambiental que assola o golfo do MĂ©xico desde abril, quando a explosĂŁo de uma plataforma causou um dos maiores vazamentos de petrĂłleo da histĂłria. HĂĄ quem diga que as imagens banalizam e glamourizam a tragĂ©dia e outros defendem que nĂŁo cabe a uma revista de moda questionar assuntos de teor polĂtico ambiental. MissĂŁo cumprida. NatĂĄlia D'ornellas - Fonte: O Tempo - 15/08/10.
Veja:
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DICA ELEITORAL
Se vocĂȘ estiver recebendo e-mails difamando um candidato, eles podem ser ilegais. Denuncie. O telefone Ă© (61) 3105-5672 e o site Ă© http://www.eleitoral.mpf.gov.br/eleitoral_new/institucional/como-denunciar/.
Aparte - Fonte: O Tempo - 17/08/10.
TRANSPLANTES ĂS CLARAS
A Associação Brasileira de Transplante de ĂrgĂŁos estĂĄ incentivando os centros de transplantes nos Estados a divulgar em seu registro nĂŁo sĂł os nĂșmeros de operaçÔes feitas mĂȘs a mĂȘs, mas, tambĂ©m, a taxa de sucesso delas. Os mĂ©dicos consideram a transparĂȘncia uma prestação de contas do serviço Ă sociedade. Nos 716 transplantes de fĂgado no primeiro semestre, por exemplo, a sobrevida do paciente foi de 80%.
Ricardo Boechat - Fonte: Isto à - Edição 2127.
Associação Brasileira de Transplante de ĂrgĂŁos -
http://www.abto.org.br/abtov02/portugues/populacao/home/home.aspx
PROJETO JOVENS URBANOS
Uma experiĂȘncia em diversos bairros da periferia de SĂŁo Paulo, desenvolvida desde 2004, estĂĄ mostrando como fazer com que jovens se encantem pela leitura. Ă um desafio que estĂĄ no topo de agenda de comunicadores, escritores e educadores de todo o mundo, todos buscando fĂłrmulas para agarrar a atenção de novos leitores.
Uma equipe de avaliadores constatou que aqueles que passaram por essa experiĂȘncia leem muito mais (precisamente 67%) revistas, livros e jornais do que seus colegas de mesma situação econĂŽmica e moradores das mesmas comunidades.
O resultado estĂĄ sendo divulgado neste perĂodo em que tanto a Flip como a Bienal do Livro discutem o medo de que o leitor de obras mais complexas esteja desaparecendo. Para chamar a atenção de crianças e adolescentes, a Bienal aproveitou a sexta-feira 13 e a onda da sĂ©rie "CrepĂșsculo" e fez do ZĂ© do CaixĂŁo uma de suas estrelas para brincar com a curiosidade sobre a morte.
Aquela iniciativa, que desenvolveu uma sĂ©rie de atividades para despertar a curiosidade pela vida, ocorreu em bairros da periferia, que vivem o terror da violĂȘncia em seu cotidiano. Tomou-se consciĂȘncia de que lĂĄ existe outro tipo de vampiro, bem diferente do da ficção.
Batizado de Jovens Urbanos, o programa convida moradores da periferia paulistana de 16 a 21 anos para descobrir a cidade e suas possibilidades. O projeto, desenvolvido pelo Cenpec, uma espĂ©cie de laboratĂłrio de experimentaçÔes de aprendizagem, organiza uma sequĂȘncia de provocaçÔes intelectuais destinadas a despertar a curiosidade.
Durante 16 meses, sĂŁo oferecidas oficinas de tecnologia digital, imagem e som, hotelaria e gastronomia, moda, design, arquitetura, tudo isso em meio a passeios pela cidade.
Nos Ășltimos trĂȘs anos, conheci alguns desses jovens, que, sem exagero, pareciam viver em guetos. Poucos jĂĄ tinham ido a um cinema. Tinham tamanha defasagem educacional que dificilmente conseguiriam ler um texto com um mĂnimo de complexidade.
Como eles seriam se nĂŁo tivessem passado por essa vivĂȘncia?
Para responder cientificamente a essa questĂŁo, pesquisadores montaram um grupo de controle. Eles acompanharam jovens de mesma idade, cor, gĂȘnero, renda e moradores do mesmo bairro dos frequentadores do programa.
Viu-se que os garotos do projeto Jovens Urbanos obtiveram, além da descoberta da leitura, emprego, uma renda maior no trabalho e até mais interesse em desenvolver açÔes comunitårias. Logo teriam, melhor desempenho na escola do que o verificado no grupo de controle, certo? Errado. à aqui que aparecem alguns dos vampiros que sugam a perspectiva da juventude brasileira que vive nas periferias.
Estamos lidando com a sĂntese da crise social brasileira, a mistura de jovens e a precariedade das metrĂłpoles, onde fica a usina da violĂȘncia, com baixas perspectivas.
Apesar de terem recebido tantos estĂmulos durante tanto tempo e, inclusive, uma bolsa mensal em dinheiro, os Jovens Urbanos nĂŁo demonstraram nenhuma superioridade escolar em relação aos integrantes do grupo de controle.
Embora tenham ficado mais interessados pela vida, começado a ler livros, jornais e revistas e resolvido melhorar suas comunidades, a escola não entrou em seus planos.
Na verdade, eles nĂŁo vislumbram utilidade na escola. CurrĂculos distantes da realidade, professores desmotivados, infraestrutura precĂĄria, tudo isso "vampiriza" os jovens, sugando seu prazer de aprender -e a perda da vontade de descobrir estĂĄ mais perto da morte do que a extinção fĂsica no meu entender.
Uma das piores notĂcias da semana passada foi a queda do nĂșmero de estudantes oriundos da escola pĂșblica que ingressam na USP, fato que se verificou apesar das medidas lançadas nos Ășltimos anos para facilitar o acesso ao ensino superior.
Uma das melhores ideias dos Jovens Urbanos é a escola passar a operar em tempo integral e tornar-se um local de experimentaçÔes ligadas ao cotidiano, dessas que fazem da cidade uma sala de aula.
EstĂĄ aĂ um dos melhores projetos de longo prazo para o paĂs. Ă assim que se fazem leitores e cidadĂŁos.
PS- Por se tratar de uma tecnologia social, o projeto Jovens Urbanos, desenvolvido pelo Cenpec e apoiado pela Fundação ItaĂș Social, serĂĄ apresentado em todo o paĂs. HĂĄ mais detalhes sobre isso no meu site (www.dimenstein.com.br).
Gilberto Dimenstein - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/08/10.
Mais detalhes:
http://jovensurbanosipj.blogspot.com/
http://blog.pucsp.br/jovensurbanos/
LIVROS JURĂDICOS
SEGURANĂA JURĂDICA E SĂMULA VINCULANTE
AUTOR Jorge A. Maia Nunes
EDITORA Saraiva (0/xx/11/ 3613-3344)
QUANTO R$ 54 (200 pĂĄgs.)
ExperiĂȘncias jurĂdicas encartadas na filosofia do direito levam, em tese de doutorado na Fadusp, Ă contraposição entre teoria e prĂĄtica. A obra estĂĄ nesse perfil, conforme anota Celso Lafer, no prefĂĄcio. A eficĂĄcia da decisĂŁo judicial Ă© uma das formas de expressĂŁo do poder estatal. A sĂșmula vinculante compĂ”e espĂ©cie de presunção de alento na esfera da segurança jurĂdica, com estabilidade e a previsibilidade.
O POSITIVISMO JURĂDICO
AUTOR AntĂŽnio Carlos Cintra do Amaral
EDITORA FĂłrum (0/xx/31/2121-4900)
QUANTO R$ 29 (122 pĂĄgs.)
Amaral ampliou texto anterior para examinar a operação do direito. Em dez capĂtulos enxutos, situa processo e concretização do direito, com o positivismo em Hoerster, sua defesa em Bobbio e a norma fundamental em Hans Kelsen. Validade e eficĂĄcia da norma seguem a conclusĂŁo e precedem a colocação do positivismo jurĂdico sob a Ăłtica do Direito Constitucional e palavras a um jovem estudante.
DIREITO BANCĂRIO
AUTOR Nelson AbrĂŁo
EDITORA Saraiva
QUANTO R$ 129,50 (647 pĂĄgs.)
Prossegue o sucesso editorial da obra de AbrĂŁo, atualizada e ampliada por seu filho Carlos Henrique AbrĂŁo.
REFLETINDO O DIREITO E A JUSTIĂA
AUTOR Rogério M. G. de Lima
EDITORA TJMG
QUANTO Sem preço (168 pågs.)
Autor percorre os temas do tĂtulo com maestria, nos polos distintos de direito e justiça.
A PRAGMĂTICA DAS NULIDADES E A TEORIA DO ATO JURĂDICO INEXISTENTE
AUTOR Torquato Castro Jr.
EDITORA Noeses
QUANTO R$ 64 (252 pĂĄgs.)
Trata de metĂĄforas e paradoxos do dogmatismo privatista.
DIREITO PREVIDENCIĂRIO MĂDICO
AUTOR Edmilson de A. Barros Jr.
EDITORA Atlas
QUANTO R$ 52 (256 pĂĄgs.)
O direito previdenciĂĄrio surge em segmento especĂfico pouco tratado.
Fonte: Folha de S.Paulo - 21/08/10.
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