RESUMO, SINOPSE E RESENHA
26/08/2006 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROFESSORA PASQUALINA
Muitos estudantes me perguntam a respeito da diferença entre modelos textuais diversos como: resumo, sinopse e resenha, muito requisitados por professores universitårios em especial. Com base nessa dificuldade tão comum entre os alunos, a partir dessa edição intercalarei dicas gramaticais e textuais, a fim de melhor auxiliå-los em atividades dessa natureza.
Lembrem-se de que escrever nĂŁo Ă© uma tarefa muito fĂĄcil, requer estudo, atenção e prĂĄtica constante. O hĂĄbito de uma leitura de qualidade, conjugado Ă interpretação crĂtica daquilo que foi lido, Ă© o segredo de uma Ăłtima redação.
NĂŁo se enganem: escritores, jornalistas, professores e outros profissionais tambĂ©m enfrentam obstĂĄculos para colocar com clareza suas idĂ©ias no papel. Mas nĂŁo se utilizem desse argumento para justificar suas dificuldades; providenciem um bom dicionĂĄrio e uma boa gramĂĄtica, mostrem seus conhecimentos e aceitem as crĂticas que serĂŁo feitas pelos professores.
Resumo Ă© uma produção sucinta dos pontos mais importantes de um determinado texto, deve ser fiel Ă s idĂ©ias do autor. Segue a estrutura de qualquer texto: introdução, desenvolvimento e conclusĂŁo. Deve-se dar preferĂȘncia ao uso da terceira pessoa do singular (fala-se, comenta-se, observa-se, conclui-se, etc.).
Sinopse é uma espécie de resumo, porém é realizada pelo próprio autor do texto em observação.
Resenha Ă© uma exposição concisa das idĂ©ias principais do texto, como o resumo, todavia deve conter a argumentação (pontos de vista, crĂticas) de quem a produz, Ă© fundamental a intervenção crĂtica.
Boa semana a todos!
Professora Pasqualina
PROFESSOR X
OlĂĄ pessoal. Hoje vamos aproveitar nossa coluna para dar algumas explicaçÔes bem interessantes sobre algumas EXPRESSĂES...
NAS COXAS
As primeiras telhas do Brasil eram feitas de argila moldada nas coxas dos escravos.
Como os escravos variavam de tamanho e porte fĂsico, as telhas ficavam desiguais.
DaĂ a expressĂŁo fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.
VOTO DE MINERVA
Na Mitologia Grega, Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado de a ter assassinato.
No julgamento havia empate entre os jurados, cabendo à deusa Minerva, da Sabedoria, o voto decisivo. O réu foi absolvido, e Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.
CASA DA MĂE JOANA
Na Ă©poca do Brasil ImpĂ©rio, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no paĂs costumavam se encontrar num prostĂbulo do Rio de Janeiro cuja proprietĂĄria se chamava Joana.
Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no paĂs, a expressĂŁo casa da mĂŁe Joana ficou conhecida como sinĂŽnimo de lugar em que ninguĂ©m manda .
CONTO DO VIGĂRIO
Duas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma Ășnica imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigĂĄrios apelaram Ă decisĂŁo de um burrico.
Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas.
A escolhida pelo quadrĂșpede ficaria com a santa.
E o burrico caminhou direto para uma delas... SĂł que, mais tarde, descobriram que um dos vigĂĄrios havia treinado o burrico, e conto do vigĂĄrio passou a ser sinĂŽnimo de falcatrua e malandragem.
A VER NAVIOS
Dom SebastiĂŁo, jovem e querido rei de Portugal (sec XVI), desapareceu na batalha de AlcĂĄcer-Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por isso o povo portuguĂȘs se recusava a acreditar na morte do monarca, e era comum pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando Ă PĂĄtria.
Como ele nĂŁo regressou, o povo ficava a ver navios.
NĂO ENTENDO PATAVINAS
Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originĂĄrios de PĂĄdua, ou Padova. DaĂ que nĂŁo entender patavina significa nĂŁo entender nada.
DOURAR A PĂLULA
Antigamente as farmĂĄcias embrulhavam as pĂlulas amargas em papel dourado para melhorar o aspecto do remedinho.
A expressĂŁo dourar a pĂlula significa melhorar a aparĂȘncia de algo ruim.
SEM EIRA NEM BEIRA
Os telhados de antigamente possuĂam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imĂłvel.
Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Estar sem eira nem beira significa que a pessoa Ă© pobre e nĂŁo tem sustentĂĄculo no raciocĂnio.
Até a próxima semana turma.
Abraços
Professor X