CRIATIVIDADE NO MARKETING CXV
01/04/2010 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES CXV (PRINGLES HOT & SPICY)
English:
http://www.stillad.com/pringles-hot-spicy-hot-air-balloon-1378.htm
AnĂșncio para a batata Pringles Hot & Spicy. Quente e picante...
(Colaboração: Jenny Squaiella - SP)
Mais detalhes:
http://www.stillad.com/pringles-hot-spicy-hot-air-balloon-1378.htm
PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. . (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
A Vida com InstruçÔes
* por Tom Coelho
âA botinha representa a nossa caminhada na vida.
Subi e desci. Andei depressa e devagar.
Cansei e descansei. Entristeci e me alegrei.
E, assim, sempre caminhei.
Hoje estou gasta e cheia de marcas,
mas com a certeza de que valeu a pena.â
(Ditinho Joana)
Agora Ă© pra valer. Fevereiro traz consigo a volta Ă rotina para a maioria das pessoas. Ă o fim das fĂ©rias para muitos trabalhadores e tambĂ©m para os estudantes. Os hotĂ©is turĂsticos ingressam na chamada âbaixa temporadaâ, com reduzidas taxas de ocupação e preços mais mĂłdicos. Empresas retomam a produção paralisada por força da crise do Ășltimo trimestre de 2008. O trĂąnsito caĂłtico ganha novamente as ruas das grandes cidades. AtĂ© mesmo os parlamentares retornam de seu recesso. Ă hora de desengavetar os planos traçados na virada do ano e partir rumo Ă sua implantação.
Ler o jornal, acessar a internet, ouvir o rĂĄdio âatualizar-se. Fazer telefonemas, responder e-mails, participar de reuniĂ”es âcomunicar-se. Tomar banho, fazer as refeiçÔes, praticar esportes âcuidar-se. A vida Ă© uma sucessĂŁo de açÔes cotidianas (que se repetem diariamente), corriqueiras (desenvolvidas cada vez mais em alta velocidade) e rotineiras (do francĂȘs routine, o caminho muito frequentado).
HĂĄ um costume equivocado, em meu entender, compartilhado por muitos. Ă o hĂĄbito de separar prazer de obrigação, trajeto de destino, vida pessoal de profissional. Assim, vejo pessoas declararem que sonham passar os Ășltimos dias de suas vidas em uma casa no campo, longe da agitação urbana. E outros que afirmam trabalhar com afinco durante meses apenas para garantir a posse de alguns bens ou uma viagem de lazer no prĂłximo interlĂșdio.
Ditinho Joana Ă© um artesĂŁo nascido, criado e residente na pequena SĂŁo Bento do SapucaĂ, em SĂŁo Paulo, prĂłxima Ă divisa com Minas Gerais. Em seus 35 anos de carreira tem talhado em madeira de lei parte de sua histĂłria e da vida rural local, lançando mĂŁo apenas de uma machadinha, um canivete e um formĂŁo. As obras sĂŁo esculpidas em bloco Ășnico, dispensando o uso de colagens ou encaixes. E seu trabalho faz-me lembrar da declaração de Michelangelo, ao cinzelar em pedra, de que âapenas tirava as sobras, pois a estĂĄtua jĂĄ estava lĂĄ".
O Ăcone do trabalho de Ditinho Ă© uma bota. Simples, amarrotada, calejada. A bota que capinou o chĂŁo, que escalou montanhas, que pisou o barro. A bota que o conduziu de lavrador a artista, que edificou sua casa e construiu sua famĂlia.
Atendendo hoje em seu prĂłprio ateliĂȘ, seu sorriso gracioso denuncia que a trajetĂłriaâ cotidiana, corriqueira e rotineiraâ valeu a pena.
A vida que a gente vive parece herdada com instruçÔes, uma bula escrita pelos ascendentes e pela sociedade ensinando-nos o âcomo usarâ. O que devemos, podemos ou nĂŁo dizer e fazer. O que Ă© Ă©tico, antiĂ©tico e aĂ©tico. O que Ă© moral, imoral e amoral. O que Ă© certo e o que Ă© errado. Tarefas por realizar, planos por concretizar, horĂĄrios por cumprir. Dias que sucedem, com noites intercaladas, algumas maldormidas, outras serenas pela leveza da boa consciĂȘncia.
NĂŁo dĂĄ para ignorar todas as instruçÔes. Mas Ă© possĂvel reescrever algumas. E encontrar prazer na obrigação, contemplar o trajeto atĂ© o destino, conciliar vida pessoal e profissional. Descansar em uma casa no campo em um final de semana e nĂŁo apenas ao final de uma vida.
A lição de Ditinho é para ser aprendida. Espero que minhas botas também fiquem gastas e repletas de marcas. Continuo caminhando...
* Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados por mais de 400 veĂculos da mĂdia em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos atravĂ©s do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.
ADM. MARIZETE FURBINO
http://www.marizetefurbino.com/ (Confira o logo do FM - http://www.marizetefurbino.com/parceiros.asp)
CERTIFICAĂĂO, jĂĄ!
Por Adm. Marizete Furbino
âControle o seu destino ou alguĂ©m o controlarĂĄ". (Jack Welch)
As idĂ©ias sobre a inserção da certificação em uma empresa surgem num marco de uma nova diĂĄspora, onde as atençÔes encontram-se voltadas para a sobrevivĂȘncia e solidez tanto no mercado nacional, quanto no mercado internacional. O registro das mudanças e transformaçÔes advĂ©m de uma visĂŁo estratĂ©gica, assumindo forças na sua concepção em uma dimensĂŁo midiĂĄtica.
Vale lembrar que a certificação da qualidade nada mais é do que o reconhecimento realizado por uma entidade acreditadora externa, que verificarå de forma séria e transparente a conformidade do sistema da qualidade da empresa, observando em detalhes todo o referencial normativo para tal certificação.
Ademais, Ă© notĂłrio perceber que a empresa que preza pela certificação, preza tambĂ©m pela qualidade em seus processos, produtos e/ou serviços prestados; por conseguinte, atua no mercado fazendo o diferencial e se destacando com certa credibilidade. Sendo assim, se torna mais competitiva e ganha mais e mais âfatiasâ no mercado.
Desta feita, pode-se dizer que a certificação Ă© sinĂŽnima de reconhecimento e de qualidade. A implantação dos programas de qualidade em uma empresa, demonstra de forma transparente a real preocupação com a melhoria contĂnua, eficiĂȘncia, eficĂĄcia e qualidade.
Como Ă© sabido, para alcançar a certificação, a empresa Ă© submetida a uma auditoria interna, que faz uma avaliação em todo seu processo interno de trabalho, sendo esta de grande valia para o gestor. AtravĂ©s desta auditoria poderĂŁo ser detectadas algumas e/ou inĂșmeras distorçÔes, que uma vez corrigidas, trarĂŁo inĂșmeros benefĂcios Ă empresa, tais como: agregação de valor Ă marca, maximização da produtividade, minimização de custo e tempo, melhoria da imagem da empresa perante o mercado, satisfação dos clientes internos e externos, maior confiança dos clientes internos e externos, melhoria da gestĂŁo e processos internos, melhoria da competitividade e de todo desempenho operacional, alĂ©m de criar e manter uma cultura voltada para a qualidade, vindo consolidar a imagem e a presença da marca no mercado, facilitando o comĂ©rcio interno e no exterior, possibilitando entĂŁo o incremento das exportaçÔes.
Destarte, cabe ressaltar que o reconhecimento, advindo de uma equipe externa de auditores à empresa, reconhece que o produto e/ou serviço teve, tem e continuarå tendo qualidade, garantindo vantagens competitivas, corroborando para que a empresa se destaque no mercado.
Neste diapasĂŁo, Ă© importante perceber que em todo o processo a empresa Ă© vista e concebida como um ser vivo, onde todos os departamentos deverĂŁo trabalhar de forma interligada, interagida e inter-relacionada, e atravĂ©s da dedicação, envolvimento e comprometimento, somar forças, conhecimentos, habilidades e talentos, em prol da qualidade , para assim informar, proteger e atender a satisfação e necessidades dos clientes, buscando de forma contĂnua a melhoria da qualidade, propiciando assim, uma justa concorrĂȘncia.
VĂȘ-se, pois, que atravĂ©s da visĂŁo estratĂ©gica, a empresa conseguirĂĄ assegurar nĂŁo somente a completa satisfação do cliente, mas garantirĂĄ a continuidade de seus produtos e/ou serviços, pois, ainda que haja alguns entraves em meio a um mercado de difĂcil sobrevivĂȘncia, conseguirĂĄ cada vez mais expandir os seus negĂłcios atravĂ©s da responsabilidade, Ă©tica, transparĂȘncia e dedicação.
Cumpre registrar que a certificação assegurarå que a empresa certificada dispÔe e pratica um sistema de garantia da qualidade, endossando que produtos e/ou serviços desta empresa estão sempre em conformidade com as normas técnicas e regulamentos pré-estabelecidos; assim, propicia um adequado grau de confiança, uma vez que o produto/serviço é devidamente acompanhado e avaliado por uma equipe de auditores.
Somados a isso, torna-se de suma importĂąncia o gestor perceber que, atravĂ©s do ciclo do PDCA- (Plan- Planejar, Do-Fazer, Check-Verificar e Act- Agir), ou Ciclo de Shewhart, a empresa irĂĄ planejar, definindo indicadores, metas e mĂ©todos para alcançar a certificação. Igualmente executarĂĄ todo o seu trabalho em conformidade com as normas tĂ©cnicas prĂ©-estabelecidas, checando, monitorando e verificando todo o desempenho dos processos. Tem essa estratĂ©gia em função dos resultados alcançados, fazendo girar novamente o ciclo do PDCA realizando um novo planejamento, com o intuito de realizar a adequação da polĂtica da qualidade, preocupando-se com a prĂĄtica da gestĂŁo em prol das oportunidades para melhoria do desempenho e para o alcance e manutenção da certificação.
Neste contexto Ă© importante todo gestor enxergar que atravĂ©s de uma visĂŁo sistĂȘmica, a gestĂŁo irĂĄ desenvolver todo o seu trabalho mantendo o foco no cliente. AlĂ©m disso, deverĂĄ se preocupar com o processo, e de maneira sempre atenta no que tange a avaliação, fazendo medição, anĂĄlise de registros da qualidade e monitoramento de indicadores, atuando de forma preventiva e corretiva, prezando sempre pela melhoria contĂnua da qualidade de seus produtos e/ou serviços.
Por fim, Ă© de grande valia enxergar que, no tocante a certificação, Ă© inegĂĄvel o valor desse âtĂtuloâ para que a empresa permaneça nĂŁo somente sĂłlida no mercado, mas galgue altos âvĂŽosâ; assim, conclui-se que as certificaçÔes nĂŁo sĂŁo mais diferenciais e sim prĂ©-requisitos para a solidez e crescimento da empresa.
18/10/2008
Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. à Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitåria no Vale do Aço/MG.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado a autora e o site www.marizetefurbino.com e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br
PROFESSOR X
O CARTAZ EM CARTAZ
Museu da Casa Brasileira e ADG promovem palestra "O Cartaz em Cartaz"
Data: 6 de abril, Ă s 19h30 Gratuito
O Museu da Casa Brasileira, instituição vinculada Ă Secretaria de Estado da Cultura, e a Associação de Designers GrĂĄficos (ADG-Brasil) promovem palestra no dia 6 de abril, Ă s 19h, do arquiteto e designer grĂĄfico Paulo Moretto. O evento faz parte das atividades do Concurso de Cartaz do 24Âș PrĂȘmio Design do Museu da Casa Brasileira, que tem inscriçÔes de 23 de março a 18 de abril no site www.mcb.org.br. SerĂŁo abordadas questĂ”es referentes ao uso, função, histĂłria e linguagem grĂĄfica de cartazes.
Paulo Moretto Ă© arquiteto e mestre pela FAU-USP. Desde sua graduação atua como designer grĂĄfico. Nos Ășltimos anos criou vĂĄrios cartazes explorando a linguagem do "lambe-lambe" (tipografia tradicional), alguns expostos em mostras internacionais como o Festival International de L'Affiche et des Arts Graphiques de Chaumont, na França; a Internacional Biennale of Graphic Design Brno, na RepĂșblica Tcheca; e a Internacional Poster Biennale, em VarsĂłvia, PolĂŽnia. TambĂ©m foi curador das exposiçÔes "A Cultura do Cartaz: meio sĂ©culo de cartazes brasileiros de propaganda cultura", "Um Cartaz para SĂŁo Paulo", da qual tambĂ©m Ă© idealizador, e da categoria "Manifesto" da 9ÂȘ Bienal Brasileira de Design GrĂĄfico da ADG-Brasil. Foi jurado do Concurso de Cartaz do 23Âș PrĂȘmio Design do Museu da Casa Brasileira.
Realização: Museu da Casa Brasileira e ADG Brasil
Serviço
Palestra: "O Cartaz em Cartaz"
Data: 6 de abril, Ă s 19h30
Entrada: gratuito 230 lugares
Site: www.mcb.org.br
Local: Museu da Casa Brasileira
Av. Faria Lima, 2705 Tel. 11 3032-3727 Jardim Paulistano SP
Estacionamento: R$ 12,00
InformaçÔes para a imprensa:
Menezes Comunicação Tel. 11 3815-1243/0381 9983-5946
Contato: LetĂąnia Menezes/Silvana Santana
E-mail: menezescom@uol.com.br
Silvana Santana
Menezes Comunicação
Av. Pedroso de Moraes, 631 cj 93
05419-000 - SĂŁo Paulo - SP
tels. 11 3815-1243/0381
silvana.menezescom@uol.com.br
PROFESSORA PASQUALINA
BAITA COLĂGIO
Com aspiraçÔes de civilização e progresso, em 25 de março de 1838 ocorreu a aula inaugural do ColĂ©gio Pedro 2Âș, localizado no centro do Rio de Janeiro. Era a primeira escola de instrução secundĂĄria oficial do PaĂs.
Logo as famĂlias abastadas matricularam seus pimpolhos na instituição. Estudar lĂĄ era garantia de sucesso vida afora. Sob a batuta de professores como AurĂ©lio Buarque de Holanda, Euclides da Cunha e Heitor Villa-Lobos, geraçÔes de alunos receberam um dos melhores ensinos do PaĂs. Dos bancos do colĂ©gio saĂram personalidades como Manuel Bandeira, Fernanda Montenegro, Joaquim Nabuco, MĂĄrio Lago. AlĂ©m de quatro presidentes: Rodrigues Alves, Washington LuĂs, Nilo Peçanha e Hermes da Fonseca.
O Pedro 2Âș permanece federal e possui outras unidades pela cidade. Hoje, orgulha-se por ser o segundo colĂ©gio mais antigo em atividade no Brasil - sĂł perde para o Atheneu Norte-Riograndense, em Natal. Possui atĂ© hino oficial. Mas os alunos preferem mesmo o informal: "Zummzumzum / Paratimbum / Pedro 2Âș!".
Fonte: Brasil - Almanaque de Cultura Popular - NĂșmero 131.
ColĂ©gio Pedro 2Âș - http://www.cp2.g12.br/
Os hinos:
http://www.cp2.g12.br/ocolegio/hino.htm
http://www.urubus.com/hinos/hino_padrao_cpii.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%A9gio_Pedro_II
Atheneu Norte-Riograndense -
http://atheneu.norteriograndense.vilabol.uol.com.br/index.htm
THE BOOK IS ON THE TABLE
Quando, hĂĄ 27 anos, fiz do Brasil meu paĂs, aceitei um bico num curso de inglĂȘs que contratava americanos para fazer fitas de exercĂcio: frases gravadas que os alunos deveriam repetir "ad nauseam" na esperança de algo similar sair um dia de suas bocas.
No dia do bico, uma jovem carioca me recebeu no estĂșdio de gravação com um "VocĂȘ deve ser Maique Quepe". "Sou Mike Kepp", disse, pronunciando com duas, e nĂŁo quatro, sĂlabas. Ela pediu, entĂŁo, que eu lesse um exercĂcio para principiantes enquanto o sonoplasta ajustava o nĂvel de minha voz.
"The book is on the table", eu disse ao microfone, provocando a reação: "No! No! No! Diga "The boook! is on! the taaable!'", ela explicou, esticando e enfatizando cada palavra-chave como se fosse seguida de um ponto de exclamação.
EntĂŁo, eu disse "The book is on the table" mais en-fa-ti-ca-men-te, mas nĂŁo o suficiente para ela. Eu argumentei que ela estava pedindo uma ĂȘnfase tĂŁo exagerada que seria apropriada somente se eu estivesse dizendo: "I've just won a million dollars!" (Acabei de ganhar um milhĂŁo de dĂłlares!).
"Pleeeez!", ela implorou, em inglĂȘs. Mas, mesmo adicionando os pontos de exclamação -"The book! is on! the table!"- , ainda nĂŁo alcançara o que ela queria. EntĂŁo, irritado, eu disse: "Escute aqui, senhorita! Nos EUA, alguĂ©m sĂł diria isso tĂŁo enfaticamente se estivesse dando uma de camelĂŽ, gritando na frente dum livro em cima duma mesa numa calçada de Nova York: "The boook! is on! the taaable!".
"Good-je!", ela disse, com uma sĂlaba extra, demonstrando aprovação. E, jĂĄ que ela se recusava a ouvir outro argumento, decidi capitular. E frases como "The boook! is on! the taaaable!" e "The caaat! is on! the chaaair!" passaram a rolar de minha lĂngua. Pontos de exclamação mentais ajudavam a dar ĂȘnfase, assim como repetir, para mim mesmo, o mantra: "Esta! mulheeer! Ă© idiooota!".
Continuei esse entusiasmo forçado no exercĂcio seguinte: "Where! is the boook?", "The boook! is on! the taaaable!", "Where! is the caaat?", "The caaat! is...", e por aĂ vai. Ela gostou tanto do tom do diĂĄlogo que decretou ser hora de começar a gravar. Mas eu achava que jĂĄ havia começado. O horror de ter de dizer tudo de novo era mais do que minha voz exausta podia suportar.
EntĂŁo, eu disse em inglĂȘs: "I quit!", uma frase cujo significado ("Eu me demito!") ela pareceu ter esquecido. "You quit?", ela disse. "Yes!", eu disse enfaticamente, "The gringo! is not! on the program!".
O que deu errado? Falar uma lĂngua Ă© como cantar uma mĂșsica. E ela, insistindo para que eu falasse meu idioma daquela maneira, me fez desafinar. Mas essa memĂłria nĂŁo me aflige quando eu e minha mulher brasileira assistimos a um filme na TV e ela diz: "Ă o Kirque Douglas" ou "Ă o RĂłque Ădson".
Estou tĂŁo acostumado com seu jeito de acrescentar a sĂlaba extra a nomes estrangeiros, inclusive o meu, que agora me apresento como "Maique Quepe".
Outras Ideias - Michael Kepp, jornalista norte-americano radicado hå 27 anos no Brasil, é autor do livro de crÎnicas "Sonhando com Sotaque - ConfissÔes e Desabafos de um Gringo Brasileiro" (ed. Record) www.michaelkepp.com.br - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/04/10.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php