CRIATIVIDADE NO MARKETING
05/08/2010 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (HUMANS FOR ANIMALS)
English:
http://creativeadvertisingworld.com/dont-treat-others-the-way-you-dont-want-to-be-treated-nervous-to-not-look/
http://spluch.blogspot.com/2007/06/dont-treat-others-way-you-dont-want-to.html
NĂŁo trate os demais da maneira como nĂŁo quer ser tratado....
(Colaboração: Washington de Jesus)
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PROFESSOR TOM COELHO
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ENSINANDO A OUSAR
*por Tom Coelho
"O que quer que vocĂȘ seja capaz de fazer, ou imagina ser capaz, comece.
Ousadia contĂ©m gĂȘnio, poder e magia".
(Goethe)
A cada minuto de nossas vidas estamos sempre assumindo dois papéis: o de professor e o de aluno. Dependendo do momento, do tema, do interlocutor, colocamos um ou outro véu. E num diålogo realmente edificante, chegamos mesmo a utilizar simultaneamente os dois.
PorĂ©m, lamentavelmente somos, via de regra, maus professores. Maus porque pregamos a mediocridade, inibimos a audĂĄcia, coibimos o risco, desestimulamos a galhardia. Ser medĂocre Ă© ser comum, mediano, modesto, despretensioso. Ser medĂocre Ă© estar seguro, ainda que nĂŁo se esteja bem. Ser medĂocre Ă© fruto natural de nossa cultura ibĂ©rica e de nossa tradição catĂłlica.
Empregados sem Empregos
Nossas escolas de ensino fundamental privilegiam uma alfabetização metĂłdica, padronizada, enquadrando nossas crianças num plano bidimensional. SĂŁo ao menos oito anos de estudos sem estĂmulo Ă criatividade e Ă ousadia. Depois, quem pode gasta uma soma considerĂĄvel num terapeuta ou num curso de especialização para instruir aquele garoto a traçar linhas curvas e nĂŁo apenas retas, a misturar cores quentes e frias, a experimentar outras formas geomĂ©tricas, a unir nove pontos alinhados trĂȘs a trĂȘs com apenas quatro retas.
O ensino mĂ©dio, por sua vez, produz exĂ©rcitos dotados de baionetas com as quais assinalarĂŁo "x" dentre cinco alternativas possĂveis para, aĂ sim, ingressando no chamado ensino superior, compor uma legiĂŁo de empregados para um mundo sem empregos. A prĂłpria estrutura de ensino incentiva a subserviĂȘncia, seja por intermĂ©dio do mĂ©todo expositivo de aulas, seja atravĂ©s do respeito incĂłlume Ă s hierarquias, seja por meio dos trabalhos de conclusĂŁo ou estĂĄgios supervisionados, sempre focalizados em grandes empresas e com conteĂșdo discutĂvel.
Nosso modelo de ensino nĂŁo instiga o pensar. HistĂłria Ă© para ser decorada, e nĂŁo entendida. MatemĂĄtica Ă© para se aprender por tentativa e erro, e nĂŁo por tentativa e acerto. PortuguĂȘs tem muitas regras, nĂŁo se sabe para quĂȘ, nĂŁo Ă© mano?
Abolimos as aulas de Educação Moral e CĂvica porque eram uma herança dos tempos da ditadura, ao invĂ©s de modernizarmos seu conteĂșdo. O resultado Ă© que hoje nĂŁo se sabe mais cantar o Hino Nacional, o qual sĂł Ă© ouvido em jogos de futebol ou quando somos agraciados com alguma façanha de Guga ou outros esportistas. Foi-se embora o culto ao patriotismo e ao amor ao verde-amarelo. Foi-se tambĂ©m a oportunidade de se ministrar um pouco de Ă©tica e responsabilidade social.
Mediocridade Ensinada
Nossa mediocridade ensinada acaba permeada em nossas vidas sem que nos apercebamos disso. Nossas empresas tornam-se medĂocres porque nĂŁo tĂȘm o gene do empreendedorismo, especialmente o empreendedorismo de oportunidade, aquele que agrega valor, que produz riqueza, que gera empregos, qualificados e de forma sustentada. Falta-nos a ousadia para adotar novas prĂĄticas, da remuneração variĂĄvel ao horĂĄrio flexĂvel, da gestĂŁo compartilhada Ă participação nos resultados.
Nossa mediocridade ensinada congela nossos Ămpetos corporativos, impedem-nos de investir em nossas prĂłprias idĂ©ias, de acreditar em nossos mais castos ou ambiciosos sonhos. O risco, palavra derivada do italiano antigo risicare e que significa nada menos do que "ousar", deixa de ser uma opção, deixa de ser um destino.
Nossa mediocridade ensinada se mostra presente em nossas vidas pessoais, exacerbando nossa timidez, trazendo consigo a hesitação por uma palavra, por um beijo, por uma conquista mĂștua. Tempera relaçÔes sem usar sal ou pimenta, adota a monotonia e culpa a rotina. Observe como nunca somos medĂocres no inĂcio de um namoro, da troca de olhares ao flerte, do perfume das flores ao sabor dos bombons. Tudo isso atĂ© o primeiro beijo, o Ășnico realmente verdadeiro, pois dele deriva muitos outros atĂ© os meramente, e finalmente, protocolares, como a nota cinco necessĂĄria para se passar de ano.
PĂlula Azul ou Vermelha?
Vivemos numa nação na qual, mesmo apĂłs 500 anos, a terra ainda devolve com fartura tudo o que nela se planta. NĂŁo somos vitimados por catĂĄstrofes naturais. Somos dotados de grande simpatia e predisposição ao trabalho. EntĂŁo, por quĂȘ sermos medĂocres?
O que nos impede de reproduzir em larga escala a criatividade de nossa publicidade, a inteligĂȘncia de nosso design, a beleza de nossa moda, a eficiĂȘncia de nossa agroindĂșstria de soja, a ousadia de milhĂ”es de pessoas que teimam em manter-se vivas com um punhado de reais ao longo de todo um mĂȘs?
Ou a vida Ă© uma aventura ousada, ou nĂŁo Ă© nada. Do contrĂĄrio, nĂŁo vivemos, apenas vegetamos. Ă luz de um Ăcone criado em "Matrix", podemos tomar a pĂlula vermelha, esquecer tudo isso, e tratar o ensino com objetivo exclusivo de satisfazer estatĂsticas, empenhados em reduzir Ăndices de evasĂŁo e elevar taxas de escolaridade. Mas podemos optar pela pĂlula azul, e incentivar a escola democrĂĄtica, substituir a forma desinteressante e desatrelada da realidade de educar pelo estĂmulo Ă curiosidade, encorajar o aprendizado ao invĂ©s do ensino porque ousadia Ă© uma forma de ser e nĂŁo de saber.
01/06/2003 - Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br.
ADM. MARIZETE FURBINO
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VOCĂ JĂ SORRIU HOJE?
Por Adm. Marizete Furbino
âA Paz começa com um sorriso. Sorria pelo menos cinco vezes ao dia para as pessoas a quem vocĂȘ normalmente nĂŁo daria um sorriso. Faça isso pela paz. Irradiemos a paz de Deus e tornemo-nos o reflexo de sua luz para extinguir no mundo e no coração dos homens toda espĂ©cie de Ăłdio e o amor pelo poder. Sorria junto com os outros, embora isso nem sempre seja fĂĄcilâ. (Madre Tereza de CalcutĂĄ)
Partindo-se desta premissa, um sorriso vale ouro. O sorriso, além de massagear o ego, serve de bålsamo para a alma, aliviando o stress do dia-a-dia, sendo um remédio para quem estå doente, e o melhor, não custando absolutamente nada a quem o oferece, proporcionando um bem enorme tanto a quem o oferece quanto a quem o recebe.
Assim, experimente sorrir. Sorria para seus familiares, para seus amigos, colaboradores, para quem cruzar o seu caminho; enfim, sorria para a vida, e verĂĄ que esta passarĂĄ a ter um novo sabor, um sabor diferenciado no qual irĂĄ lhe proporcionar abertura de caminhos, amizades, harmonia no ambiente de trabalho, maior integração entre todos os envolvidos na empresa e, por consequĂȘncia, maior produtividade.
Com sĂłlido fundamento, podemos salientar que um sorriso possui inĂșmeros benefĂcios. Um sorriso, alĂ©m de deixar a pessoa muito mais bonita, Ă© capaz de nĂŁo somente aproximar pessoas, mas tambĂ©m de reduzir e combater o estresse, a depressĂŁo, ansiedade, angĂșstia, tristeza, desĂąnimo e dores, tanto de ordem fĂsica quanto de ordem emocional, minimizando o âpesoâ do dia-a-dia, melhorando o humor das pessoas e ainda Ă© capaz de realizar grandes mudanças de comportamento. Enfim, Ă© capaz de proporcionar acontecimentos mil, no qual chegamos a duvidar de quĂŁo valioso Ă© o seu poder.
Vale aqui ressaltar então que um sorriso possui um efeito espetacular, é momento de pura magia. Quem cultiva um sorriso nos låbios, além de proporcionar bem-estar a quem o recebe, proporciona um bem enorme à sua própria alma.
Neste diapasĂŁo lembramos que, no momento em que vocĂȘ sorri, vocĂȘ contrai e relaxa vĂĄrios mĂșsculos, o que faz com que seja aumentado em seu sangue o nĂvel de substĂąncias denominadas endorfinas, entre as quais a serotonina, que lhe proporcionarĂŁo uma sensação de prazer, felicidade e bem-estar, elevando de certa forma a sua auto-estima, contribuindo desta maneira a estimular os profissionais a atuarem na profissĂŁo com maior gosto e afinco.
Com efeito, sabemos que na vida a cada ação temos uma reação, que comportamento gera comportamento; sendo assim, fica fĂĄcil perceber que um sorriso, alĂ©m de gerar simpatia, prazer, otimismo, entusiasmo, bem-estar e positividade, cria uma atmosfera capaz de contagiar a todos ao seu redor, contribuindo entĂŁo para uma maior desinibição, entrega, integração e uniĂŁo de todos, levando os profissionais a somarem nĂŁo somente atitudes, mas tambĂ©m conhecimentos, habilidades e talentos, alĂ©m de contribuir significativamente no que tange ao aumento da autoestima e da autoconfiança, que sĂŁo dois pilares imprescindĂveis para o alcance do sucesso.
Em adição, torna-se importante perceber que, com um sorriso nos lĂĄbios regularmente, estaremos sempre de bom humor, com a autoestima elevada e sempre autoconfiantes. Essa atitude leva o profissional a acreditar em si mesmo, se doando e se entregando de âcorpo e almaâ ao que se propĂ”e a fazer, alcançando desta forma, nĂŁo somente a simpatia dos demais, mas alcançando a eficiĂȘncia e eficĂĄcia em suas açÔes, corroborando para que a empresa na qual exerça as suas funçÔes cresça, cresça e cresça.
EntĂŁo, incorporar e cultivar o bom humor na vida deve ser o dever de todos, pois sĂł temos a ganhar quando adotamos esta filosofia para nossa vida.
Neste contexto, a raiva, a tristeza, a melancolia, a ansiedade, a ira e a negatividade devem ser combatidas, pois, alĂ©m de nĂŁo resolverem problema algum, possuem o poder de encobrir a mente da pessoa, nĂŁo a deixando pensar e raciocinar de forma inteligente. Ainda, sentimentos negativos, quando em excesso, liberam duas substĂąncias denominadas estradiol e adrenalina, substĂąncias essas que funcionam como âervas daninhasâ na sua saĂșde, uma vez que causam o enfraquecimento de seu metabolismo, servindo de porta de entrada para as doenças.
Desta forma a raiva, a tristeza, a ira, a angĂșstia, a melancolia, sĂŁo tĂŁo terrĂveis que provocam rugas nĂŁo somente em seu rosto, mas possui a capacidade de provocar rugas em sua alma, o que Ă© muito pior.
Enfim, torna-se de fundamental importĂąncia lembrar que vocĂȘ Ă© quem comanda a sua vida; portanto, vocĂȘ Ă© quem decide como caminhar. ObstĂĄculos existem e sempre existirĂŁo. Se eles irĂŁo servir para vocĂȘ submergir ou emergir, quem decide Ă© vocĂȘ prĂłprio. VocĂȘ Ă© quem deve ser o grande lĂder de sua vida. Analise cada situação friamente, sem ofender e nem magoar os demais que se encontram Ă sua volta. Seja um ser humano maduro e equilibrado emocionalmente, pois as emoçÔes tĂȘm o poder de influenciar de forma negativa e/ou positiva sobre a sua saĂșde mental e fĂsica. Finalmente, em uma Ășnica frase: GOVERNE AS RĂDEAS DO SEU DESTINO!
22/11/2008 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. à Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitåria no Vale do Aço/MG.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br Reprodução autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado a autora e o site www.marizetefurbino.com e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br.
PROFESSOR X
UNIVERSIDADE PARA OS NOVOS TEMPOS
Hoje, o Brasil festeja os ventos que inflam a economia, louvando em prosa e verso tanto as perspectivas abertas no mar, com o prĂ©-sal, quanto em terra, com a exploração da biodiversidade, o potencial da energia renovĂĄvel, a proximidade da Copa de 2014 e da OlimpĂada de 2016. Por aĂ caminha o desenho do futuro risonho.
Mas e o reverso da medalha? Sinais de fragilidade jĂĄ sĂŁo perceptĂveis e, em boa parte, dizem respeito Ă crĂŽnica carĂȘncia de capital humano, mais uma ameaça Ă sustentabilidade do desenvolvimento.
A tĂtulo de exemplo, pesquisas indicam que somente a construção civil -o tradicional carro-chefe da expansĂŁo da economia, dada a rapidez com que responde aos estĂmulos, absorve grandes contingentes de mĂŁo de obra, alimenta ampla cadeia produtiva e alavanca o consumo- amargarĂĄ um deficit de 38,5 mil profissionais, que se multiplicarĂĄ, caso se confirmem as previsĂ”es de crescimento do PIB a taxas acima de 5%.
O mais preocupante Ă© que muitas dessas vagas nĂŁo serĂŁo preenchidas por falta de profissionais capacitados. Adicionalmente, Ă© tambĂ©m a construção civil que sinaliza para a ponta do iceberg que poderĂĄ emperrar as promessas de crescimento: a carĂȘncia de engenheiros, resultante do desinteresse pela graduação que despencou da terceira para a 16ÂȘ posição entre os cursos mais procurados, de 1997 a 2006.
Como resultado, o Brasil conta com 480 mil engenheiros, muito pouco para uma população perto dos 200 milhÔes de habitantes.
A boa notĂcia Ă© que os 2.032 cursos em funcionamento voltam a atrair alunos, registrando 140 mil matrĂculas neste ano. A mĂĄ notĂcia Ă© que, mesmo mantendo o ritmo de crescimento, dificilmente o Brasil prepararĂĄ a quantidade necessĂĄria de profissionais para atender Ă demanda do crescimento.
Basta lembrar que, com o prĂ©-sal, somente o setor petrolĂfero exigirĂĄ 150 mil engenheiros especializados. Ou, ainda, que cada milhĂŁo de dĂłlares aplicado em novos investimentos produtivos abre vaga para mais um engenheiro.
Como uma mĂĄ notĂcia nunca vem sozinha, as empresas tambĂ©m detectam a carĂȘncia de profissionais ligados aos vĂĄrios ramos das formaçÔes em tecnologia, considerando que o mercado deverĂĄ gerar 100 mil vagas para tecnĂłlogos atĂ© 2011 e mais 200 mil atĂ© 2015.
Com exceçÔes de praxe, esse deficit se repete em dezenas de outras åreas de atuação, visto que apenas cerca de 5 milhÔes de jovens chegam às faculdades (dados de 2007/ Inep), contra os 20 milhÔes, na faixa dos 16 aos 18 anos, que ficam à margem do ensino superior.
Apenas esses nĂșmeros -e, portanto, desconsiderando a mĂĄ qualidade do ensino- recomendariam que os candidatos Ă s prĂłximas eleiçÔes incluĂssem entre suas prioridades a revisĂŁo da matriz da formação profissional, dotando a rede de ensino superior de flexibilidade para propiciar, alĂ©m da acadĂȘmica, formaçÔes especĂficas para docĂȘncia, pesquisa e habilitaçÔes para o mercado de trabalho.
Com isso, atenderia Ă s necessidades do crescimento e Ă s aspiraçÔes dos jovens e das famĂlias de baixa renda que, ao terem acesso ampliado ao topo da pirĂąmide educacional, sonham principalmente em galgar um patamar superior de qualidade de vida.
Ruy Martins Altenfelder Silva Ă© presidente do Conselho de Administração do Ciee/SP (Centro de Integração Empresa-Escola) e do Conselho Diretor do Ciee nacional. Foi secretĂĄrio da CiĂȘncia, Tecnologia, Desenvolvimento EconĂŽmico e Turismo do Estado de SĂŁo Paulo (2001-2002). Fonte: Folha de S.Paulo - 01/08/10.
Ciee - http://www.ciee.org.br/portal/index.asp
PROFESSORA PASQUALINA
LITERATURA - PROFESSORA DISCUTE OBRAS OBRIGATĂRIAS NA CASA DAS ROSAS
Os livros cobrados nas provas da Fuvest e da Unicamp sĂŁo tema de um curso na Casa das Rosas, em SĂŁo Paulo.
A professora Susana Ventura discute as obras sempre às terças-feiras, das 14h às 16h, até o dia 31 de agosto e nos dias 14, 21 e 28 de setembro.
O "Vam'bora - Viagem Literåria Rumo ao Vestibular" abordarå um livro por encontro. Ainda hå vagas, e a taxa de inscrição é de R$ 10.
De 20 a 22 de agosto, o local também terå palestras e apresentaçÔes sobre o poeta concretista Haroldo de Campos. A programação estå em www.casadasrosas-sp.org.br, e o telefone para mais informaçÔes é 0/xx/11/3285-6986.
Fonte: Folha de S.Paulo - 04/08/10.
AMERICANOS, NORTE-AMERICANOS OU ESTADUNIDENSES?
As trĂȘs formas tĂȘm adeptos no portuguĂȘs contemporĂąneo â o que nĂŁo quer dizer que se equivalham inteiramente â e sempre rendem discussĂ”es quentes.
Como toda discussĂŁo quente, esta costuma ignorar argumentos baseados na razĂŁo, como o de que escolher entre americano, norte-americano e estadunidense nĂŁo Ă© uma questĂŁo de certo e errado, mas uma decisĂŁo vocabular legĂtima tomada por cada falante. DecisĂ”es vocabulares sempre revelam algo sobre o sujeito, seu grau de informação, modo de encarar o mundo e, sim, posição polĂtica.
Americano Ă© a forma mais comum e tambĂ©m a mais enraizada na histĂłria de nossa lĂngua. De Machado de Assis a Caetano Veloso â âAmericanos sĂŁo muito estatĂsticos/ TĂȘm gestos nĂtidos e sorrisos lĂmpidosâ â existe uma tradição cultural sĂ©ria a legitimar americano como termo preferencial para designar o que se refere aos Estados Unidos no portuguĂȘs brasileiro.
Sempre houve quem se incomodasse com isso, por acreditar que essa escolha aparentemente inocente trazia embutida uma concordĂąncia com o sequestro que os conterrĂąneos de John Wayne fizeram de termos mĂĄgicos â AmĂ©rica, americanos â que deveriam ser propriedade de todo o Novo Mundo. Os brasileiros tambĂ©m somos, assim como argentinos, venezuelanos e tobaguianos, americanos, certo? Claro que estĂĄ certo.
Assim, de um impulso nacionalista ou continentalista, surgiram dois subgrupos, o que prefere norte-americano e o que opta por estadunidense. Ă provĂĄvel que estadunidense â que jĂĄ foi a terceira opção dos brasileiros e Ă© a que contĂ©m maiores dosagens de antiamericanismo â tenha conquistado o segundo lugar durante o pesadelo dos oito anos de George W. Bush.
O problema Ă© que o principal argumento contra o uso de americano â o de que o termo estĂĄ âerradoâ porque quer dizer tudo o que se refere Ă s trĂȘs AmĂ©ricas â Ă© ingĂȘnuo. Americano quer dizer as duas coisas. Assim como mineiro pode designar tanto um trabalhador em minas, seja ele bĂșlgaro ou cearense, quanto um natural do estado de Minas Gerais, e o contexto resolve qualquer possĂvel ambigĂŒidade. Isso nĂŁo Ă© argumento. E ainda que fosse, norte-americano sofreria do mesmo problema, o de excluir canadenses e â dependendo da classificação â mexicanos de um termo que deveria incluĂ-los por força de geografia e histĂłria.
Quanto a estadunidense, bem, aqui a questĂŁo Ă© polĂtica, ponto. Por que logo eles, os americanos, teriam o direito de usar como emblema, medalha azul-vermelha-e-branca no peito, a sonoridade de AmĂ©rica? Se nĂłs tambĂ©m somos AmĂ©rica e temos atĂ© uma Iracema, isso nĂŁo seria pura pilhagem cultural, muque colonialista, arrogĂąncia ianque?
Ă claro que se pode pensar assim, e de certa forma foi isso mesmo que ocorreu. Mas o fato cru Ă© que, quando grande parte do mundo estava sendo redividido e rebatizado, os caras foram espertos no trabalho de branding. Correram logo ao cartĂłrio mundial com o bebĂȘ no colo e assimilaram â se nĂŁo a AmĂ©rica-coisa, que Ă© obviamente inassimilĂĄvel â pelo menos a palavra AmĂ©rica e uma ideia de AmĂ©rica. SĂŁo os Estados Unidos da AmĂ©rica como nĂłs jĂĄ fomos os Estados Unidos do Brasil. NinguĂ©m nos chamava de estadunidenses na Ă©poca.
PaciĂȘncia, entĂŁo? Isso vai de cada um. Minha paciĂȘncia Ă© menor com episĂłdios de gato-mestrismo linguĂstico â âvocĂȘ estĂĄ errado por falar como todo mundo, eu e uns poucos outros Ă© que estamos certosâ â do que com os Estados Unidos da AmĂ©rica, sobretudo na era Obama. No fim das contas, bastaria o pernosticismo da palavra estadunidense para me indispor contra ela.
Prefiro outra posição: a de que, do ponto de vista da lĂngua, nĂŁo existe certo ou errado aqui. Assim como a mandioca tambĂ©m pode ser, por questĂ”es regionais, chamada de aipim ou macaxeira, os termos americano, norte-americano e estadunidense sĂŁo opçÔes vocabulares Ă disposição do falante de portuguĂȘs. Mas convĂ©m saber aquilo que cada um realmente implica antes de sair brandindo argumentos furados de autoridade.
Sobre Palavras - Sérgio Rodrigues - Fonte: Veja - Edição 2176.
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