"HERROS" DE 2004
12/03/2009 -
A JENTE HERRAMOS
ATOCHA - 5 ANOS
English: http://www.daylife.com/search/photos/all/1?q=atocha+station
Asociación 11-M Afectados del Terrorismo – http://www.asociacion11m.org/
Espanha - A presidente da associação dos afetados pelo atentado de 11 de março de 2004, Pilar Manjón, presta homenagem à s vÃtimas na entrada da estação Atocha-CercanÃas, em Madri. O ataque ao local, que deixou 192 pessoas mortas, completou cinco anos.
Fonte: Terra - 11/03/09.
Mais fotos: http://www.daylife.com/search/photos/all/1?q=atocha+station
Asociación 11-M Afectados del Terrorismo – http://www.asociacion11m.org/
ROUPA LAVADA
O jornal do Vaticano, "L'Osservatore Romano", publicou artigo no qual afirma que a máquina de lavar talvez tenha feito mais pela liberação da mulher do que o anticoncepcional. Intitulado "A máquina de lavar e a liberação das mulheres -ponha detergente, feche a tampa e relaxe", o texto fazia parte da homenagem ao Dia Internacional da Mulher.
Fonte: Folha de S.Paulo - 10/03/09.
L'Osservatore Romano - http://www.vatican.va/news_services/or/or_por/index.html
UFJF INVESTIGA BRICADEIRA COM CADÃVERES
Uma sindicância foi aberta pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para identificar os responsáveis pela circulação de fotos em que estudantes brincam com cadáveres no laboratório de anatomia da instituição. Segundo o diretor de comunicação da UFJF, Kleber Ramos, seis estudantes aparecem em três fotos que estão sendo analisadas. Uma delas mostra o trabalho do grupo, em outra há dois estudantes brincando com ossos e na terceira é possÃvel ver uma universitária empunhando dois ossos cruzados.
Ramos disse que o laboratório é usado por alunos de seis cursos: medicina, farmácia e bioquÃmica, odontologia, fisioterapia, enfermagem e educação fÃsica. O desrespeito a cadáveres é considerado conduta antiética entre os profissionais da saúde e também pode configurar crime, com pena prevista de um a três anos de detenção.
Fonte: O Tempo - 14/03/09.
Leia mais: http://www.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/03/13/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=102426/em_noticia_interna.shtml
UFJF - http://www.ufjf.br/
OCASIÃO PERDIDA
O ex-diretor da CIA, Allen Dulles (1893-1969) costumava contar que, em 1917, participava de uma missão americana em Berna, na SuÃça, quando recebeu um telefonema de um expatriado russo pedindo para vê-lo. Dulles sse negou a encontrá-lo porque tinha combinado de sair com uma garota. Dias depois, o russo foi para São Petesburgo, a fim de liderar a Revolução Soviética. Seu nome? Vladimir Lênin (1854-1924).
Tiago Cordeiro - Fonte: Aventuras na História - Edição 68.
A GAFE DE ZAPATERO
O presidente do governo espanhol, José Luis RodrÃguez Zapatero, cometeu uma enorme gafe. Em uma entrevista coletiva à imprensa, ele falava da relação da Espanha com a Rússia para promover o turismo bilateral. Em vez de dizer a palavra “apoyarâ€, disse “follarâ€, termo chulo para “fazer sexo†em espanhol. Zapatero corrigiu a palavra de imediato, mas foi o bastante para 200 mil pessoas acessarem o vÃdeo na internet.
Margarida Telles (www.bombounaweb.com.br) - Fonte: Época - Número 564.
Veja o vÃdeo - http://www.youtube.com/watch?v=Mj6MjaJ1H-Q
ÃNDIA - ACERVO ALERTA PARA FALTA DE SANITÃRIOS
Urinóis rococó e outros objetos curiosos são a maneira que o museu da Latrina, em Nova Déli, encontrou para denunciar a falta de acesso a sistemas sanitários na Ãndia -são 700 milhões de pessoas excluÃdas do sistema. A ideia veio de Bindeshwar Pathak, fundador de uma ONG que se dedica a instalar sanitários no paÃs. O site do museu é http://sulabhtoiletmuseum.org/.
Fonte: Folha de S.Paulo - 12/03/09.
MADOFF - ALGEMAS LÃ
Abrindo o texto da manchete do "NYT" (http://www.nytimes.com/2009/03/13/business/13madoff.html?_r=1&hp): Em desgraça, o financista Bernard L. Madoff foi imediatamente algemado e levado para a cadeia depois da audiência em que se declarou culpado de vasto esquema Ponzi, que fraudou investidores em bilhões de dólares. Enquanto suas mãos eram algemadas nas costas, vÃtimas apontavam com satisfação. Quando foi levado, ao menos duas delas estavam em lágrimas. As algemas foram destaque aqui, por exemplo, no UOL (http://economia.uol.com.br/album/madoffprisao_album.jhtm?abrefoto=4). Mas não no "Jornal Nacional".
É emblemática a frase do americano Bernard Madoff ao se declarar culpado por um esquema fraudulento de investimentos, com perdas estimadas em até US$ 65 bilhões: “Com o passar dos anos, eu percebia que minha prisão e este dia inevitavelmente chegariam.†E, num paÃs onde dificilmente um criminoso fica sem punição, esse dia chegou. Madoff foi condenado por 11 acusações de fraude, lavagem de dinheiro, roubo e falso testemunho. A promotoria não aceitou um acordo em troca da confissão, e Madoff saiu do tribunal direto para o Centro de Correções de Manhattan, onde vai aguardar preso até a definição de sua pena, numa audiência em 16 de junho. Segundo o The Wall Street Journal, é provável que ele pegue cerca de 20 anos de prisão – para quem tem 70, é o mesmo que passar o resto da vida na cadeia. Justo.
Toda MÃdia (http://todamidia.folha.blog.uol.com.br/) - Nelson de Sá - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/03/09.
O Filtro (http://www.ofiltro.com.br) - 13/03/09.
NO PARAÃSO DA TRANSGRESSÃO
A gente se acostuma a criticar os jovens por eles serem pouco educados, os homens por serem arrogantes, as mulheres por serem chatas, os governos por serem omissos ou incompetentes, quando não mal-intencionados. PolÃticos sendo acusados de corrupção é tão trivial que as exceções se vão tornando Ãcones, ralas esperanças nossas. Onde estão os homens honrados, os cidadãos ilustres e respeitados, que buscam o bem da pátria e do povo, independentemente de cargos, poder e vantagens?
Transgredir no mau sentido é natural entre nós. Ladrões e assassinos, mesmo estupradores, recebem penas ridÃculas ou aguardam o julgamento em liberdade; se condenados, conseguem indultos absurdos ou saem em ocasiões como o Natal, e boa parte deles naturalmente não volta. Crianças continuarão a ser estupradas, inocentes mortos, velhinhos roubados, mulheres trancadas em suas casas, porque a justiça é cega, porque as leis são insensatas e, quando prestam, raramente se cumprem.
Nesta nossa terra, muitos cidadãos destacados, lÃderes, são conhecidos como canalhas e desonestos, mas, ainda que réus confessos ou comprovados, inevitavelmente se safam. Continuam recebendo polpudos dinheiros. Depois de algum tempo na sombra, feito eminências pardas, voltam a ocupar importantes cargos de onde nos comandam. Assassinos ao volante nem são presos. Se presos, são soltos para o famoso "aguardar o julgamento em liberdade". Centenas e centenas de vidas cortadas de maneira brutal e o assassino, a não ser que acossado pela culpa moral, se tiver moral, logo voltará ao seu dia-a-dia, numa boa. Se invadir a casa de meu vizinho, fizer seus empregados de reféns, der pauladas na sua mulher ou na sua velha mãe e escrever nas paredes com excremento humano frases ameaçadoras, imagino que eu vá para a cadeia. Os bandos de pseudoagricultores (a maioria não sabe lidar na terra) fazem tudo isso e muito mais, e nada lhes acontece: no seu caso, bizarramente, não se aplica a lei.
Se sobram muitas vagas nos exames vestibulares, em alguns casos simplesmente se fazem novas provas, provinhas mais fáceis. Leio (se me engano já me desculpo, nem tudo o que se lê é verdadeiro) que, como são poucos os aprovados nos exames da OAB, porque os estudantes saem despreparados demais das faculdades de direito que pululam pelo paÃs, o exame se tornou mais simples: há que aprovar mais gente. Quantidade, não qualidade. Governantes, os bons e esforçados, viram objeto de ódio de adversários cujo interesse não é o bem da comunidade, estado ou paÃs, mas o insulto, o desrespeito, a violência moral do pior nÃvel. Aliás, nesses casos o nÃvel não importa, o que importa é destruir.
Eis o paraÃso dos transgressores: a lei é a da selva, a honradez foi para o brejo, a decência tem de ser procurada como fez há séculos um filósofo grego: ao lhe indagarem por que andava pela cidade com uma lanterna acesa em dia claro, declarou: "Procuro um homem honesto". O que devemos dizer nós? Temos pouca liderança positiva, rarÃssimo abrigo e norte, referências pÃfias, pobre conforto e estÃmulo zero, quase nenhuma orientação. A juventude é quem mais sofre, pois não sabe em que direção olhar, em que empreitadas empregar sua força e sua esperança, em quem acreditar nesse tumulto de ideias desencontradas. Vivemos feito bandos de ratos aflitos, recorrendo à droga, à bebida, ao delÃrio, à alienação e à indiferença, para aguentar uma realidade cada dia mais confusa: de um lado, os sensatos recomendando prudência e cautela; de outro, os irresponsáveis garantindo que não há nada de mais com a gigantesca crise atual, que não tem raÃzes financeiras, mas morais: a ganância, a mentira, a roubalheira, a omissão e a falta de vergonha. E a tudo isso, abafando nossa indignação, prestamos a homenagem do nosso desinteresse e fazemos a continência da nossa resignação. Meus pêsames, senhores. Espero que na hora de fechar a porta haja um homem honrado, para que se apague a luz de verdade, não com grandes palavras e reles mentiras.
Lya Luft (http://www.releituras.com/lyaluft_bio.asp) - Fonte: Veja - Edição 2103.
O SILÊNCIO DOS BONS
"O conceito de ‘governabilidade’ foi interpretado, na polÃtica brasileira, como a necessidade de reservar áreas do governo à livre prática da corrupção"
Agora já não há mais dúvidas: houve uma batalha entre os bons e os podres, e os podres venceram. É simples assim. Tal qual num teatro em que o autor finalmente desvela o que ainda faltava desvelar, e os espectadores são contemplados com o chocante desfecho, os últimos dias, começando pela tentativa de assalto comandada por um ministro a um fundo de pensão, e terminando com a articulação para eleger o novo presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, disseram tudo.
A mesma turminha braba agiu num caso como no outro. Aquela turminha famosa mesmo antes de o senador Jarbas Vasconcelos denunciá-la na VEJA de três semanas atrás, e mais famosa ainda depois. Ela estende sua sombra por um vasto condomÃnio: o Senado, a Câmara, os ministérios de mais polpudos orçamentos, o comando das estatais. Onde há ainda algum cofre fora de seu alcance, ou algum promissor recanto do estado a salvo de seu poder de chantagem, não se perde por esperar. Eles estão com as garras afiadas e, certos de que não há força capaz de barrar-lhes o avanço, ainda chegam lá. É simples assim: acabou. Eles venceram.
Como foi isso acontecer? Já se cansou de falar da voracidade com que os polÃticos se lançaram ao pote, quando do desmanche da ditadura. Já se cansou de falar da impunidade, já se arquicansou de falar de regras eleitorais favoráveis à trapaça e ao engodo. Ficou faltando falar de um fator igualmente decisivo, ou mais: o silêncio dos bons. Os podres avançaram na mesma proporção em que os bons recuavam. Quanto mais silêncio de um lado, mais estimulado se sentia o outro em seguir adiante. A audácia com que recentemente descartaram os últimos escrúpulos tem sua perfeita contrapartida na atitude daqueles que, por timidez ou, pior, por conveniência, se recusaram a atrapalhar-lhes o caminho.
Um aviso ao leitor incréu: existem, sim, os bons. Existe gente honesta e com a cabeça no bem do paÃs no Congresso e nos ministérios, no governo dos estados e nas prefeituras. É tão equivocado achar que todo polÃtico é desonesto quanto achar que todos são anjos. Quando o senador Jarbas Vasconcelos soltou o verbo, expondo o PMDB como um partido cuja vocação é pleitear cargos para praticar a corrupção, seria de esperar que os bons viessem em peso engrossar o coro. Enfim, surgia um paladino daquela verdade que todo mundo via, mas que ninguém de semelhante prestÃgio e influência ousara denunciar. A obrigação dos bons, tanto nos outros partidos quanto nos minoritários bolsões de honestidade no próprio PMDB, seria, num tropel de cavalaria justiceira, vir em reforço do senador. Era de esperar uma mobilização que, do mais humilde vereador ao mais poderoso governador de estado, passando pelos senadores e deputados que exercem seu mandato com honradez, contaminasse a sociedade com um estrondo de avalanche. Em vez disso, o que se viu foi uma ou outra protocolar declaração de apoio, o silêncio de muitos, e vida que segue.
Por que o silêncio dos bons? Eis outra revelação para deixar a plateia chocada: porque puseram na cabeça que não podem prescindir dos maus. Não é que toleram; se assim fosse, não seria tão grave. Eles cortejam os maus. Acenam para eles com carinho, jogam beijinhos, reviram os olhos. Chegaram à conclusão de que sem eles não se governa, por isso se desdobram nas amabilidades e solicitudes. Esse fenômeno vem lá do funesto governo Sarney. O governo Fernando Henrique Cardoso foi a penúltima esperança de que pudesse ser detido. O governo atual, em que atingiu sua expressão máxima, foi a última. "Governabilidade", uma palavra que em outros paÃses significa encontrar pontos doutrinários comuns, entre partidos diferentes, para permitir efetividade à ação administrativa, no Brasil ganhou o significado de reservar áreas do governo à livre prática da corrupção, em troca de apoio em votações no Congresso e em campanhas eleitorais. Em outras palavras, legalizou-se a corrupção. Acabou-se a história. A vitória foi entregue de bandeja à banda podre.
O homem escolhido para chefiar a Comissão de Infraestrutura do Senado, um posto que oferece boas possibilidades de manipulação e chantagem, é o ex-presidente Fernando Collor. Expulso do poder por corrupção em 1992, o homem que pedia para não ser deixado só teve seu desejo atendido: conta com a companhia amiga dos colegas, numa teia de solidariedade que corre até o centro do governo. Sozinho ficou o senador Jarbas Vasconcelos.
Roberto Pompeu de Toledo (http://www.objetiva.com.br/objetiva/cs/?q=node/233) - Fonte: Veja - Edição 2103.
A EXCOMUNHÃO DA VÃTIMA
I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.
II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.
III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vÃtima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.
IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.
V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.
VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.
VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saÃda
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.
VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.
IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.
X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A famÃlia da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.
(*) Poeta popular, Miguezim de Princesa, é paraibano radicado em BrasÃlia.
(Colaboração: A.M.B.)
Textos de Miguezim de Princesa - http://recantodasletras.uol.com.br/autor_textos.php?id=38858.
E NÓIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR É UMANO!
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