TURMAS NA DEFESA DOS ANIMAIS
10/05/2008 -
TURMAS DO FM
DEFENDENDO OS ANIMAIS
Austrålia - Membros do grupo que defendem o direito dos animais realizam protesto contra a exportação de animais deitando seminus no asfalto com cartazes em uma central de compras de Sydney.
Fonte: Terra - 10/05/08.
ORIGEM DA EXPRESSĂO: Uma mĂŁo lava a outra
A expressĂŁo aparece na obra Satyricon, do escritor latino PetrĂŽnio (27 - 66 a.C.). Entre passagens dramĂĄticas e satĂricas, hĂĄ uma em que dois personagens discutem favores para ganhar uma eleição. Ganhou o sentido de solidariedade, ajuda recĂproca, troca de favores.
"O Guia dos Curiosos â LĂngua Portuguesa, de Marcelo Duarte (Cia. das Letras, 2003)."
Fonte: Almanaque Brasil - Edição 108.
PLANETAS-BEBĂS
No ano de 1600, o monge italiano Giordano Bruno foi queimado vivo em meio a uma praça pĂșblica em Roma. Condenado como herege pela Inquisição, Bruno tinha idĂ©ias extremamente ousadas: duvidava da virgindade de Maria, da plausibilidade da SantĂssima Trindade e acreditava na existĂȘncia de outros planetas circundando estrelas pelo espaço afora. A existĂȘncia de outros planetas ameaçava a hegemonia terrestre e sua importĂąncia teolĂłgica: se outras Terras existirem, talvez tambĂ©m existam outros seres. Nesse caso, existiram tambĂ©m outros Cristos? E se o cosmo fosse infinito, existiriam infinitos Cristos?
Apenas nove anos mais tarde, Galileu descobriria quatro luas circundando JĂșpiter (hoje sabemos que existem dezenas delas), demonstrando que, de fato, a Terra nĂŁo era necessariamente o centro do cosmo.
Foram necessĂĄrios 400 anos para que a hipĂłtese de Bruno fosse verificada. NĂŁo a da virgindade de Maria (ou falta dela, mais precisamente), mas a da existĂȘncia de outros planetas. A partir da dĂ©cada de 1990, observaçÔes astronĂŽmicas de alta precisĂŁo encontraram centenas de planetas circundando outras estrelas. AtĂ© agora sĂŁo 228, e o nĂșmero continuarĂĄ a crescer. (O leitor interessado pode visitar o excelente portal www.exoplanets.org) Pela primeira vez na histĂłria da astronomia, foi confirmado que o nosso Sistema Solar nĂŁo Ă© especial: outras estrelas tambĂ©m tĂȘm a sua corte de planetas girando Ă sua volta.
O que ficou claro com essas descobertas foi a enorme variedade planetĂĄria. Cada um desses outros sistemas planetĂĄrios Ă© Ășnico: em uns, planetas gigantes circundam suas estrelas a distĂąncias comparĂĄveis Ă s de MercĂșrio no nosso; em outros, estrelas bem maiores e bem menores do que o Sol tambĂ©m tĂȘm os seus planetas, alguns deles talvez atĂ© com ĂĄgua, como Ă© o caso de um encontrado em torno da estrela Gliese 436. Ele tem massa 22,4 vezes maior do que a da Terra (comparĂĄvel Ă de Netuno) e uma densidade mĂ©dia duas vezes maior que a da ĂĄgua: muito possivelmente, o planeta tem enormes quantidades de gelo.
Uma nova ĂĄrea de especialização surgiu devido a essas descobertas, a planetologia comparada, que visa estudar propriedades e caracterĂsticas dos novos planetas, tendo em vista os processos de formação desses sistemas solares, sua composição quĂmica e, claro, a possibilidade de esses planetas terem vida. Para tal, astrĂŽnomos procuram por outras Terras, isto Ă©, planetas que sejam rochosos feito o nosso e que estejam a distĂąncias de suas estrelas que permitam a existĂȘncia de ĂĄgua lĂquida. Talvez existam formas de vida que fujam a essa regra, mas, dentro do que no momento podemos chamar de plausĂvel, a vida precisa de ĂĄgua.
AtĂ© agora, ainda nĂŁo foi encontrada uma outra Terra. Mas um dos princĂpios importantes na busca por vida extraterrestre Ă© a identificação de traços comuns dentre os vĂĄrios sistemas solares. Recentemente, dois grupos de astrĂŽnomos encontraram o que parecem ser planetas nascendo, girando em torno de duas estrelas ultrajovens.
Se as descobertas forem confirmadas, aprenderemos que os mesmos processos que formaram o nosso Sistema Solar formam outros, o que nĂŁo Ă© nada surpreendente. Afinal, as leis da fĂsica e da quĂmica funcionam em todo o cosmo. Portanto, para que outras Terras existam, basta que condiçÔes semelhantes Ă s nossas sejam repetidas na imensidĂŁo do cosmo. Dado que na nossa galĂĄxia existem em torno de 300 bilhĂ”es de estrelas, as chances de encontrarmos outras Terras Ă© bem razoĂĄvel. Arriscaria que Ă© coisa para alguns anos, no mĂĄximo. Bruno ficaria satisfeito.
Marcelo Gleiser Ă© professor de fĂsica teĂłrica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo". Fonte: Folha de S.Paulo - 04/05/08.
Giordano Bruno: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/2005/08/25/000.htm
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