"HERROS" PLASTIFICADOS
22/04/2011 -
A JENTE HERRAMOS
UM MAR DE PLĂSTICO
English:
http://5gyres.org/
O plĂĄstico Ă© um dos maiores poluentes em todos os oceanos, uma praga invisĂvel.
Uma semana a bordo. Nenhum continente ou ilha fica a menos de mil quilĂŽmetros do ponto em que estamos agora. No meio do AtlĂąntico Sul, a tripulação do veleiro Sea Dragon avalia que o oceano parece limpo. Mas a miragem se desmancha nas mĂŁos do cientista americano Marcus Eriksen, do projeto 5 Gyres: apĂłs deslizar um coletor por uma hora na superfĂcie da ĂĄgua, ele exibe uma coleção de fragmentos de plĂĄstico.
Os mares do mundo foram invadidos por uma praga quase invisĂvel, o lixo plĂĄstico, em boa parte arrastado das cidades pelo curso dos rios. Os resĂduos nĂŁo chegam a formar ilhas flutuantes, mas uma fina camada de fragmentos estĂĄ presente em todo o percurso da expedição - 3,5 mil quilĂŽmetros entre o Rio de Janeiro e a ilha de AscensĂŁo, uma possessĂŁo britĂąnica. Nem uma vez recolhemos o coletor sem plĂĄstico. Em viagens pelos maiores giros oceĂąnicos do mundo, o 5 Gyres obteve os mesmos resultados. O que varia Ă© a densidade de fragmentos (mapa acima).
O lixo é mais nocivo do que aparenta. Enquanto viaja, o plåstico entra em contato com os poluentes orgùnicos persistentes (POPs), uma categoria de contaminantes de longa duração no ambiente - caso do pesticida DDT e das dioxinas. "Um fragmento de plåstico circulando hå alguns anos no mar chega a ter uma concentração de POPs 1 milhão de vezes maior que a ågua a seu redor", diz Eriksen.
Isso acontece porque esse lixo e os poluentes tĂȘm a mesma origem - o petrĂłleo - e possuem afinidade quĂmica. Assim, os organoclorados dispersos na ĂĄgua aderem ao plĂĄstico "viajante". Pobre do animal que engolir a mistura indigesta: nĂŁo conseguirĂĄ metabolizar o plĂĄstico e sofrerĂĄ os efeitos da contaminação.
Vazamentos e naufrĂĄgios sĂŁo fontes de lixo e POPs, mas apenas de uma Ănfima parte. "A grande maioria dos resĂduos sai de cidades e lixĂ”es em terra. SĂŁo despejados diretamente nos rios ou carregados pelas enxurradas atĂ© terminar no mar", conta Eriksen.
Liana John - Fonte: National Geographic - NĂșmero 133.
O projeto 5 Gyres:
http://5gyres.org/
A VIAGEM DO LIXO
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/interatividades/infograficos/2011/viagem-do-lixo/index.shtml
AS FRONTEIRAS BRASILEIRAS
Confira a charge do Jean:
http://www.faculdademental.com.br/fotosEventos3.php?fea_id=210.
Fonte: Folha de S.Paulo - 19/04/11.
O BRASIL EXPLICADO EM GALINHAS...
Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um galinheiro e o levaram para a delegacia.
D - Delegado
L - LadrĂŁo
D - Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!
L - NĂŁo era para mim nĂŁo. Era para vender.
D - Pior, venda de artigo roubado. ConcorrĂȘncia desleal com o comĂ©rcio estabelecido. Sem-vergonha!
L - Mas eu vendia mais caro.
D - Mais caro?
L - Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas galinhas nĂŁo. E que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam ovos marrons.
D - Mas eram as mesmas galinhas, safado.
L - Os ovos das minhas eu pintava.
D - Que grande pilantra... (mas jĂĄ havia um certo respeito no tom do delegado...)
D - Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...
L - Jå me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de galinheiros a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso, um ovigopólio..
D - E o que vocĂȘ faz com o lucro do seu negĂłcio?
L - Especulo com dĂłlar. Invisto alguma coisa no trĂĄfico de drogas. Comprei alguns deputados. Dois ou trĂȘs ministros. Consegui exclusividade no suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e superfaturo os preços.
O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira estava confortĂĄvel, se ele nĂŁo queria uma almofada. Depois perguntou:
D - Doutor, nĂŁo me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor nĂŁo estĂĄ milionĂĄrio?
L - TrilionĂĄrio. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho depositado ilegalmente no exterior.
D - E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?
L - Ăs vezes. Sabe como Ă©.
D - NĂŁo sei nĂŁo, excelĂȘncia. Me explique.
L - Ă que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa. O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa proibida, da iminĂȘncia do castigo. SĂł roubando galinhas eu me sinto realmente um ladrĂŁo, e isso Ă© excitante. Como agora fui preso, finalmente vou para a cadeia. Ă uma experiĂȘncia nova.
D - O que Ă© isso, excelĂȘncia? O senhor nĂŁo vai ser preso nĂŁo...
(Colaboração: Waldeyr Estevão)
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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