"NO CARNAVAL ROLA DE TUDO, SĂ NĂO ROLA SEM CAMISINHA"
18/02/2012 -
COLUNA DO CANALHA
CARNAVAL 2012
Video:
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ApĂłs veto, vĂdeo de campanha contra Aids Ă© improvisado. Presidente Dilma barrou filme que gerou polĂȘmica entre os movimentos gays.
O MinistĂ©rio da SaĂșde lançou sua campanha de Carnaval contra a Aids em TV aberta com recuo no tema gay, em decisĂŁo que teve o dedo atĂ© da presidente Dilma Rousseff.
Em vez de enfocar o pĂșblico-alvo da campanha (jovens gays), como prometido, o filme divulgado ontem traz um jovem e uma jovem citando dados epidemiolĂłgicos da doença, sendo somente um deles sobre os jovens gays.
Release divulgado no inĂcio do mĂȘs dizia que os filmes para TV e internet trariam situaçÔes com jovens gays e heterossexuais prestes a terem relaçÔes sexuais sem camisinha.
"Em ambos os filmes, surgem personagens fantasiosos -uma fadinha, no caso do filme do casal gay, e um siri, no casal heterossexual- com uma camisinha", dizia o release do ministério.
A Folha apurou que Dilma quis, pessoalmente, assistir aos vĂdeos que geraram polĂȘmica entre os movimentos sociais depois de serem liberados na internet. A presidente ficou irritada com o grau de irreverĂȘncia dos filmes e vetou duas das trĂȘs peças prontas para veiculação.
O primeiro exibia um casal homossexual que recebia a camisinha de uma fada. No outro, um homem aparecia em dĂșvida se tinha ou nĂŁo usado camisinha na noite anterior. Ao final do filme, ele deixava o cenĂĄrio montado em um elefante, em analogia Ă boa memĂłria do animal.
A Ășnica peça aprovada pela presidente foi a direcionada ao pĂșblico hĂ©tero. Em cenas quentes numa praia, eles acabavam recebendo uma camisinha de um caranguejo.
ATENĂĂO
Apesar de liberado por Dilma, o vĂdeo teria que ser adequado para garantir que a campanha nĂŁo ficasse restrita sĂł aos heterossexuais.
Com o curto prazo para lançar oficialmente a campanha antes do Carnaval, a saĂda encontrada pela pasta foi, Ă s pressas, produzir um vĂdeo mais simples e genĂ©rico.
O ministro Alexandre Padilha (SaĂșde) negou mais uma vez censura Ă campanha e disse que o vĂdeo da fadinha nunca foi pensado para TV aberta. "Aquele vĂdeo nĂŁo reforçava e nĂŁo chamava atenção para os dados epidemiolĂłgicos", disse Padilha.
Julianna Sofia e Johanna Nublat - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/02/12.
VĂdeo:
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VĂdeo proibido:
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